Grupo de Pesquisa em Fisiologia - GPeF/ Estudo de Biomarcadores em Condições de Saúde e DoençaGrupos/Linhas de pesquisa:
Grupo de Pesquisa em Fisiologia - GPeF/ Estudo de Biomarcadores em Condições de Saúde e Doença
Programas/Linhas de Pesquisa (Mestrados/Doutorados):
Atenção Integral à Saúde/ Processos químicos e biológicos em saúde
Duração: 11/02/2015 até 10/02/2018
Participantes:
Resumo:
A falta de estrogênio, natural (pós-menopausa) ou induzida (ovarectomia) está associada ao aumento de tecido adiposo abdominal e estresse metabólico, resultando em dislipidemia, estresse oxidativo e resistência insulínica. Não obstante os benefícios da terapia de reposição hormonal durante a pós-menopausa, considera-se importante e necessário a realização de estudos acerca de novas abordagens terapêuticas, por meio da investigação de mecanismos protetores endógenos que, quando ativados, são capazes de prevenir alterações metabólicas e, assim, reduzir o risco de doenças decorrentes da ausência de estrogênio no organismo feminino. Dentre os mecanismos endógenos, pode-se destacar a expressão da proteína de choque térmico de 70 kDa (HSP70), que faz parte de uma grande família de proteínas que integram um sistema de defesa celular, complexo e altamente conservado. A expressão intracelular de HSP70 está relacionada com mecanismos citoprotetores, antiapoptóticos e ações anti-inflamatórias. A maior expressão de HSP70, estimulado pela terapia de choque térmico, tem sido associada com melhora da tolerância à glicose e aumento da sinalização da insulina no músculo esquelético, protegendo-o do desenvolvimento da resistência insulínica. Na falta de estrogênio ocorrem alterações nas concentrações de HSP70 intracelular e extracelular, que podem ser determinantes para o estabelecimento de um estado pró-inflamatório crônico que leva à resistência à insulina. Nossa hipótese é de que o aumento da expressão de HSP70, estimulada pela terapia de choque térmico, possa gerar benefícios sobre o quadro metabólico, redox e inflamatório em organismo com falta de estrogênio. Neste projeto propomos investigar o efeito do choque térmico sobre metabolismo de glicose e lipídeos, o estado redox e marcadores inflamatórios, em modelo animal de ovarectomia (que resulta em um fenótipo semelhante ao observado em mulheres na pós-menopausa). Ratas adultas virgens, ovarectomizadas, serão submetidos à terapia de choque térmico, por um período de 12 semanas. São propostos quatro grupos experimentais, cada qual com oito (08) animais: controle (C); submetido à ovarectomia (OVX); submetido à ovarectomia e terapia de choque térmico (OVX + TCT); e submetido a terapia de choque térmico (TCT). Os animais dos grupos C e TCT serão submetidos à falsa cirurgia (Sham) e os animais dos grupos C e OVX permanecerão normotérmicos. A partir do material biológico coletado, serão realizadas análises bioquímicas e moleculares no sangue, no plasma e/ou soro e nos tecidos hepático, muscular (sóleo e gastrocnêmio) e adiposo abdominal, relativas a marcadores inflamatórios e de estresse oxidativo (HSP70, GLUT4, TNF-α, lipoperoxidação lipídica, grupos carbonil e sulfidril, atividade de SOD e CAT) e relacionadas à homeostase glicêmica e lipídica (testes de tolerância à glicose e a insulina, GLUT4, triglicerídeos, colesterol, HDL, LDL e nível de adiposidade). Os dados serão analisados por procedimentos descritivos (medidas de tendência central e dispersão) e ANOVA de uma via, seguido pelo teste de Student-Newman-Keuls, e índice de correlação de Pearson.
Obs: Essas informações são de responsabilidade do coordenador do projeto.