Avaliação Bioquímica, Inflamatória e Hematológica Associados à Fisiopatologia do Diabetes Mellitus

Grupos/Linhas de pesquisa:
Grupo de Pesquisa em Fisiologia - GPeF/ Ensino Integrado de Anatomia e Fisiologia Humana

Duração: 05/05/2015 até 31/12/2019

Participantes:

Resumo:

O Diabetes Mellitus (DM) é uma doença metabólica de grande repercussão mundial. Dados epidemiológicos mostram que, em 2010 foram 285 milhões de indivíduos acometidos com a doença no mundo, e estima-se que no ano de 2030 tenhamos cerca 440 milhões de diabéticos. O DM tipo 2 (DM2), caracterizado por um quadro de resistência insulínica está geralmente associado com a obesidade, sendo caracterizado por um quadro de hiperglicemia. A resistência insulínica reduz a tolerância à glicose especialmente nas células musculares e adipócitos, nos quais a captação de glicose é insulino dependente. Isto gera acúmulo de glicose na circulação e consequentemente, um quadro hiperglicêmico, gerando desequilíbrio homeostático celular e sistêmico. O desbalanço na homeostase metabólica é acompanhado por condições de estresse celular, desencadeando alteração na expressão e concentração circulante de proteínas de choque térmico (Hsp - Heat shock protein) e citocinas (pró e anti-inflamatórias), além de alterar o estado redox (estresse oxidativo), inflamatório e hematológico. Este conjunto de alterações moleculares, bioquímicas e imuno hematológicas, em geral sub clínicas, caracterizam processos químicos e biológicos associados ao desenvolvimento da resistência insulínica e à fisiopatologia do Diabetes Mellitus. Nesse contexto a hiperglicemia é considerada como um fator de estresse tecidual e dessa forma, desencadeia em muitos pacientes processos inflamatórios nos tecidos podendo causar inúmeras complicações no paciente diabético, como um quadro inflamatório crônico que esta associado a inúmeras complicações diabéticas dentre elas uma as anemias, em especial a anemia por doença crônica, a qual segundo dados epidemiológicos da Organização Mundial da Saúde é atualmente o segundo tipo de anemia mais prevalente no mundo, já sendo a mais prevalente quando avaliada somente a população adulta e idosa. A anemia tem o potencial de afetar adversamente a saúde de pacientes com diabetes em inúmeras maneiras, desde uma sensação de cansaço, estagnação, assim como uma diminuiçao na capacidade de trabalho e principalmente na menor qualidade e expectativa de vida dos pacientes. Dessa forma, é fundamental que sejam mais bem elucidados os mecanismos bioquímicos, inflamatórios, e hematológicos relacionados as fisiopatpogênese do DM tipo II.

Obs: Essas informações são de responsabilidade do coordenador do projeto.