Treinamento Físico Associado à Terapia Térmica no Combate a Resistência a Insulina: Equilíbrio Extra e Intracelular de Hsp70 Como Biomarcador de Inflamação Subclínica no Diabetes

Grupos/Linhas de pesquisa:
Grupo de Pesquisa em Fisiologia - GPeF/ Estudo de Biomarcadores em Condições de Saúde e Doença

Programas/Linhas de Pesquisa (Mestrados/Doutorados):
Atenção Integral à Saúde/ Processos químicos e biológicos em saúde

Duração: 09/11/2015 até 31/12/2023

Participantes:

Resumo:

O presente projeto visa o estudo de uma proposta terapêutica não farmacológica complementar para o tratamento do diabetes. Estudos recentes do nosso grupo revelaram que diante de desafios fisiológicos a homeostase, células de diferentes órgãos respondem expressando maiores quantidades de HSP70 (proteína de choque térmico de 70kDa). Estas proteínas possuem ações de manutenção da homeostase celular quando no ambiente intracelular (iHSP70), mas também podem ser liberadas para a circulação (eHSP70). Altos níveis plasmáticos desta proteína estão correlacionados, simultaneamente, com o prejuízo no balanço energético, com alteração no status pró/anti-inflamatório e com o desequilíbrio dos sistemas pró/antioxidante do organismo. Em condições desfavoráveis à saúde como o diabetes, ocorre desequilíbrio nas dimensões citadas (metabólica, inflamatória e redox), e observam-se modificações da expressão de HSP70 no ambiente intracelular e na sua concentração extracelular. Tanto episódios hipoglicêmicos quanto a hiperglicemia persistente do diabético, geram aumento nas concentrações de eHSP70. A obesidade e o sedentarismo que, em geral, acompanham o diabetes, também estão associados à deficiência de conteúdo de iHSP70 muscular, sendo este um dos fatores desencadeadores do quadro inflamatório subclínico que resulta em resistência a insulina, intolerância a glicose e por fim, o diabetes. Por outro lado, o exercício físico (realizado com intensidades adequadas) é uma condição que favorece o equilíbrio entre os níveis de eHSP70 e iHSP70, gerando um estado anti-inflamatório, associado ao melhor controle glicêmico e do estado redox. De modo paralelo, estudos têm demonstrado recentemente que a terapia térmica também é capaz de diminuir a resistência a insulina e aumentar a tolerância a glicose, por modificar principalmente o conteúdo de iHSP70, potencializando suas propriedades anti-inflamatórias. Assim, propõem-se a investigação acerca da utilização da combinação de Exercício Físico e Terapia Térmica, como estratégia terapêutica no diabetes. Como proposta, além de acompanhar os efeitos deste tratamento quanto a tolerância a glicose, resistência a insulina e glicemia de jejum, neste projeto pretendemos avaliar biomarcadores de condições subclínicas, como o estado redox (equilíbrio pro/anti-oxidante) e o equilíbrio entre eHSP70/iHSP70, como marcador do status inflamatório subclínico do diabetes. Para atender a essa demanda, o grupo de Pesquisa em Fisiologia da UNIJUÍ (GPeF) propõe um estudo experimental, envolvendo camundongos submetidos ao consumo de dieta hiperlipídica (induzindo a condição de diabetes tipo II) que realizarão exercício físico de natação em moderada intensidade (exercício agudo e treinamento físico, subprojeto 1 e 2, respectivamente) com ou sem terapia térmica associada. Deste modo, ao longo dos 24 meses de desenvolvimento do projeto, temos a meta de responder a questão maior de pesquisa que é conhecer o potencial terapêutico da associação entre exercício físico e terapia térmica no controle glicêmico na condição de diabetes, propondo um biomarcador comum, a proteína HSP70, tanto para os efeitos em curto prazo (uma única sessão de esforço e terapia térmica) como em longo prazo (ao longo do treinamento físico regular e terapia térmica associada) sobre o estado inflamatório e redox concomitantemente ao estado glicêmico.

Obs: Essas informações são de responsabilidade do coordenador do projeto.