Por Uma Educação da Não Violência dos Corpos: Políticas-Digitais Feministas Vão à Escola e à Universidade

Programas/Linhas de Pesquisa (Mestrados/Doutorados):
Educação nas Ciências/ Educação popular em movimentos e organizações sociais

Grupos/Linhas de pesquisa:
Paidotribas - Educação, Corpo e Cultura/ Práticas Corporais e Sociabilidades

Duração: 02/08/2021 até 09/07/2025

Participantes:

Resumo:

Esta pesquisa é movida pela vontade de fazer uma educação da ?não violência? dos corpos e dos gêneros. Observa-se, de um lado, uma pauta candente no tempo presente (2021) de conservadorismos, de uma moral ameaçada pela cultura da morte (em especial corpos de meninas e mulheres e grupos minoritários) e pela dita ?ideologia de gênero?, que é utilizada como categoria acusatória para fragilizar os avanços e os argumentos científicos e educacionais brasileiros dos estudos de gênero. De outro modo, paralelamente observamos uma emergência de políticas-digitais feministas por meio de grupos e de coletivos e de Organizações Não Governamentais (ONGs), que apostam em discursos e ?modos de fazer? mais horizontais, resultando em uma multiplicação de campos e pluralização das práticas que possibilitam uma crítica à atuação institucional (de um Estado Violento). Nisso as mídias digitais têm possibilitado as conexões entre as políticas-digitais feministas (principalmente a partir de campanhas, blogs, sites, institutos e redes sociais, tais como Facebook, Instagram, Twitter) e outras redes de conteúdo com repertórios que consolidam uma agenda de combate à violência dos corpos, bem como implicam a percepção, o reconhecimento, o enfrentamento e ações contra as violências. Com isso, depreendemos que determinadas vidas estão sujeitas a serem mais expostas aos perigos e às violências do que outras, tornando-se, consequentemente, mais vulnerabilizadas. Desse modo, no contexto brasileiro encontramos sujeitos, ditos ?meninas e mulheres?, que sofrem violência com maior frequência do que os sujeitos ditos ?homens?, e isso é um fator que não pode ser desconsiderado. Assim, partimos dos seguintes questionamentos inspirados em Butler (2019, 2018): O que faz uma vida ser vulnerável pela sua condição de gênero? Destacamos que a condição precária inscreve-se pela escritura corporal e pelo gênero. Nesse sentido, questionamos: a) em que medida o conceito de vidas precárias pode ser ponto de partida para se compreender os desafios e as possibilidades ante as violências corporais e sexuais na realidade brasileira do século 21? Como uma discussão pública, em especial na escola, com base em materiais de políticas-digitais feministas, pode permitir rupturas do silenciamento e encontrar voz de reconhecimento no enfrentamento educativo às situações de violências corporais e sexuais? O objetivo desta pesquisa, portanto, é lançar reflexões e provocações sobre essas possibilidades de atuação (NÃO VIOLENTAS) sobre corpos e gênero baseadas em políticas-digitais feministas em contextos educacionais. Para adensar a reflexão sobre esses processos, destacaremos situações que se organizariam em torno de alguns acontecimentos/narrativos e/ou temas/centrais, tendo como disparadores as discussões sobre a dignidade dos corpos, de modo específico, especialmente, sobre as problematizações das violências corporais, tais como as importunações, os abusos, os assédios, os estupros. Como segundo movimento de condução metodológica, organizaremos grupos focais (licenciandos/as da formação inicial e alunos da educação básica) com escolas públicas da região Noroeste do Estado do RS. Após o contato com as escolas, pela indicação das equipes gestoras, selecionaremos os alunos e alunas a participarem dos grupos focais para o desenvolvimento das ações. A cada grupo serão desenvolvidas pautas específicas. Os encontros serão gravados, transcritos e c

Obs: Essas informações são de responsabilidade do coordenador do projeto.