Duração: 03/07/2017 até 27/12/2019
Participantes:
Resumo:
O Brasil e demais países tropicais, preferencialmente, são aqueles mais afetados pelas doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Há muito tempo se combate o mosquito, temendo a dengue e suas complicações, especialmente os casos de hemorragia, que podem levar ao óbito. Hoje a preocupação adquiriu uma nova dimensão, devido à incidência de casos de microcefalia, doença que está relacionada ao vírus zika, cujo vetor é o Aedes aegypti, tornando-o o inimigo público número um do país e talvez do mundo. Segundo DATASUS , até 26 de março de 2016, 6.776 casos de suspeita de microcefalia foram notificados, segundo as definições do Protocolo de vigilância (recém-nascido, natimorto, abortamento ou feto). Desses, 4.291 (63,3%) casos permanecem em investigação e 2.485 casos foram investigados e classificados, sendo 944 confirmados para microcefalia e/ou alteração do SNC sugestivos de infecção congênita e 1.541 descartados. (http://combateaedes.saude.gov.br). Dados de domínio público, apontam 11 novos casos suspeitos de zika em investigação no estado. No início de março, a contagem pela Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul apontava 52 notificações suspeitas de microcefalia, no final do mês este número passou para 63, segundo o mesmo órgão estadual. Tendo em vista a confirmação da relação entre o Zika vírus e a ocorrência de microcefalia, dados estes já confirmados pelo Ministério da Saúde, somado a gravidade das sequelas, torna-se importante a mobilização de todos os segmentos da sociedade no desenvolvimento de estratégias educativas, de controle e prevenção permanente na vigilância evitando a propagação e a reprodução do vetor. A Unijui, instituição inserida há 60 anos na comunidade, sente-se comprometida com a saúde pública regional e vem, através deste projeto, propor ações comunitárias diversas, em adição às iniciativas já organizadas e em funcionamento, para o enfrentamento mais efetivo desta situação de agravamento crescente da infestação do mosquito Aedes aegypti e o risco das doenças por ele transmitidas. Neste sentido o Departamento de Ciências da Vida (DCVida), já preocupado com o possível desenvolvimento desta condição de risco à saúde pública, desde o final de 2015, vem discutindo, através do grupo de extensão do departamento, uma possível inserção efetiva, visualizando um possível aumento na ocorrência de casos de Dengue. Desta preocupação inicial, no início de 2016 constatamos o surgimento de febre Chikungunya, logo depois a notificação dos primeiros casos de microcefalia no nordeste, mais especificamente no estado de Pernambuco, causada por um vírus com biologia até então pouco conhecida. O diagnóstico da infecção viral no primeiro trimestre da gestação das mães atendidas na rede pública local foi diretamente relacionada à gênese e desenvolvimento dos casos de microcefalia diagnosticados até então, demostrando a associação e posteriormente a relação hoje aceita pelo ministério da Saúde. Com o objetivo de ampliar e qualificar as ações já desenvolvidas em atividades curriculares, e também somar com as políticas e estratégias de saúde disponíveis no combate à proliferação do Aedes aegypti este projeto propões ações de Educação Ambiental, através de estratégias que favoreçam a captura e identificação correta do vetor; ações de Educação em Saúde para conscientizar a população sobre os graves riscos associados à doença, especialmente para as gestantes; acompanhamento epidemiológico e capacitação de equipes para auxiliar no controle da proliferação do vetor. A partir das ações já realizadas pretende-se enfatizar atividades relacionadas a identificação dos vetores, sintomas prováveis das doenças e áreas de risco. Neste sentido todos os estudantes e profissionais envolvidos devem ser capacitados para esta função, pois para a efetiva sensibilização da população as acoes devem ser efetivas e continuadas.
Obs: Essas informações são de responsabilidade do coordenador do projeto.