Duração: 15/02/2016 até 31/12/2018
Participantes:
Resumo:
No contexto atual, presencia-se o que os estudiosos da área da Comunicação denominam nova “Ecologia da Mídia” (STRATE, 2010; BARICHELLO e RUBLESCKI, 2013). Trata-se de uma configuração decorrente das novas relações sociais estabelecidas a partir do advento das novas tecnologias de comunicação e informação, decorrentes do uso das redes sociais digitais e da internet. Toda uma cultura está se configurando a partir dessa realidade, cada vez mais dependente da interação em seus mais variados suportes (JENKINS, 2009). O impacto de semelhante mudança sobre as antigas formas de organização tem sido expressivo. A tal ponto que, para alguns autores, trata-se de um momento de ‘disrupção’, entendida essa como a mudança brusca de estruturas até então operacionais (COSTA, 2014). Nesse cenário, irromperam novas formas de socialização, debate e participação, quase sempre de forma paralela às estruturas consolidadas da paisagem pré-internet, essa na qual se forjaram as grandes empresas de comunicação e jornalismo. No contexto nacional o quadro tem ainda os matizes trazidos pela inclusão das camadas mais pobres da população, que nos últimos vinte anos ascenderam ao mercado consumidor, trazendo novas formas de interação, as quais já se fizeram sentir na grande mídia. O quadro de crise das grandes corporações tem por contrapartida a inserção de novos atores em novas formas de comunicação midiática, que incluem desde a participação esporádica no processo de produção da notícia até a organização de demandas políticas via redes sociais. A pesquisa tem por objetivo investigar esse quadro de mutação acelerada nas formas de organização das empresas jornalísticas, interrogando sobre a efetiva participação dos novos atores sociais nesse processo. Também investiga a criação de novas formas de participação no espaço público em mutação. Para tal, investiga, num primeiro momento, as formas de regulação previstas no quadro da produção midiática, a fim de mapear a inserção das audiências sob o aspecto deontológico. Em seguida, investiga, a partir da análise do ambiente local e regional, o aspecto fenomenológico dessa realidade, interrogando as formas de participação que se verificam efetivamente na mídia local e regional, em estudo exploratório. Pretende-se assim colher elementos para aprofundar a compreensão do processo de inserção das audiências na nova ecologia midiática.
Obs: Essas informações são de responsabilidade do coordenador do projeto.