Jornalismo Investigativo é tema de conversa na Unijuí - Unijuí

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Jornalismo Investigativo é tema de conversa na Unijuí

Humberto Trezzi falou sobre reportagem e bastidores de investigações

              

Texto: Fabiane Madril e Natan Torzeski
Fotos: Eduardo Padilha e Róbson Gomes

O curso de Jornalismo da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí) recebeu na noite de quarta-feira (17), Humberto Trezzi, repórter do jornal Zero Hora há 28 anos. Ele participou do evento #ZHnaFaculdade – Uma conversa sobre jornalismo, em Ijuí. 

O encontro teve como pauta a proposta e o funcionamento do GDI – Grupo de Investigação do Grupo RBS, grandes reportagens produzidas e também o dia a dia do fazer investigativo. Há 32 anos no jornalismo, Trezzi atuou por muito tempo na editoria Geral do jornal até integrar o GDI. Agora, faz mais investigação do que cobertura do cotidiano. 

—De 2016 para cá, em 80% do tempo faço pautas que podem demorar 15 a 30 dias para ser finalizada — contou.

Inicialmente, o repórter comentou sobre quatro níveis de reportagens, relacionando a integração dos veículos na disseminação de informações e produções jornalísticas no meio, explicando como funciona na prática a produção, repercussão, publicação e apuração, individual e complementar entre esses veículos. Além disso, mostrou aspectos sobre o funcionamento, a equipe e organização de trabalho do Grupo de Investigação. 

Os estudantes conheceram cases de reportagens feitas pelo grupo. Perigo no Prato, série de reportagens sobre o abuso no uso de agrotóxicos foi classificada pelo jornalista como a maior produção da GDI até agora. Segundo ele, foi contratado um laboratório de Santa Maria para fazer testes em alimentos para avaliar os índices de agrotóxicos. A ação de compra desses alimentos foi registrada por câmeras ocultas pelas ruas. A equipe observou que os índices de veneno eram bem maiores do que constavam os órgãos responsáveis. 

Nessa investigação, a reportagem também recorreu à lei de acesso a informação. Foram três meses de produção e o resultado foi publicado durante 5 dias em ZH todos com vídeos, inclusive de contrabando de agrotóxicos vendidos no Uruguai e no Paraguai.

             


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