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Sinais que incluem

Na Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, estamos abordando, em uma série de reportagens, o processo de inclusão na Unijuí. Nesta última publicação, mostramos um pouco da Língua Brasileira de Sinais e conversamos com o egresso Tiago Dalri, que se utilizou dela durante toda a graduação.

                      

Um grupo de pessoas posa para uma foto erguendo o braço com a mão fechada e apenas três dedos erguidos: o polegar, o indicador e o mínimo. A não ser que você seja surdo ou entenda a Língua Brasileira de Sinais, a mensagem deixada pelo grupo será difícil de interpretar. 

“Eu amo Libras”, era o sinal registrado na fotografia, realizado no encerramento de um módulo do curso de Libras oferecido pela Unijuí aos técnicos-administrativos. O curso faz parte de um dos movimentos de inclusão da Universidade para os técnicos-administrativos e estudantes surdos. Ao todo, mais de 180 pessoas já receberam instruções, em algum nível, na Língua Brasileira de Sinais na Unijuí nos últimos anos. 

É rotina os intérpretes de Libras presentes em sala de aula, segundo as demandas dos componentes curriculares. Carin Scherer Rosário Batista trabalha há três anos como intérprete, e relata a experiência. “A aula inicia e nós estamos lá prontas para transferir/interpretar a fala do professor ou de quem estiver com a palavra”, explica. 

Segundo Carin, na Unijuí, o interesse pelo curso de Libras está cada vez maior. Para ela isso é motivo de alegria. “É com certeza um grande e significativo investimento no processo de inclusão, e tem mostrado grandes resultados quando os estudantes e funcionários nos contam que percebem muitas pessoas usando Libras para se comunicar com eles na Instituição e fora dela”, comenta. 

Aliada na formação 

O egresso do curso de Design da Unijuí, Tiago Dalri, natural de Três de Maio, teve, na Libras, uma grande aliada na trajetória acadêmica, motivo de muito orgulho para sua família e amigos. “Foi um período árduo, de muita dedicação, esforço e superação de barreiras, principalmente no que se refere à comunicação”, comenta Tiago, que sempre teve um intérprete traduzindo para Libras as aulas do curso. 

Para Tiago, o estudo da Língua Brasileira de Sinais contribui, não só para a comunicação, mas também para o reconhecimento do surdo como cidadão. “A importância do estudo da Libras pela sociedade é o reconhecimento do surdo com pessoa, sujeito capaz, e também pela demonstração de respeito à linguagem e ao próprio surdo”, afirma. 

Tiago concluiu o curso em 2016 e hoje trabalha como programador Visual Gráfico em uma empresa de Três de Maio. Comunica-se, na maioria das vezes, pela escrita. Em eventos a empresa contrata um intérprete. 


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