Relatos de intercâmbio - Unijuí

Relatos de intercâmbio

Intercâmbio: O sonho agora é Realidade

 

Estudar e viajar mundo a fora sempre foram os meus sonhos desde pequeno. Por isso, quando me inscrevi para realizar intercâmbio na Universidade Marie Curie-Skolodowska, em Lublin, na Polônia, quase não acreditei. O sonho se tornou realidade.


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Conexão Brasill Pôlonia

 

Conhecer novas culturas, trazendo na bagagem de volta mais conhecimento e aprendizado para a sua graduação, além de aperfeiçoar o idioma são algumas das vantagens de se estudar no exterior. O acadêmico de Letras - Inglês, da UNIJUÍ, Junior Kercher, contou suas vivências na cidade de Lublin, Pôlonia. Confere.


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Brasil e Polônia, a combinação que deu certo

 

Tornar o sonho em realidade é oportunidade para poucos, mas  para Mathias Ribas,  acadêmico de Letras da UNIJUÍ, o sonho se tornou realidade e, hoje, vai nos contar um pouco da sua vivência em Lublin, na Polônia.

Por influência de amigos poloneses que realizaram  intercâmbio na UNIJUÍ decidi, em outubro de 2014, que queria estudar na Polônia. Com os esforços dos professores, amigos, Escritório de Relações Internacionais e, claro, da minha família, a viagem finalmente aconteceu.  Há quase dois meses vivendo aqui as diferenças entre os dois países e suas culturas são bem visíveis. 

A distância entre os países gera um pouco de espanto nas pessoas quando digo que sou brasileiro. What?! Brazilian?! Essa não é uma expressão difícil de ouvir, passado o espanto, os poloneses se mostram agradáveis e simpáticos, embora no começo a aproximação seja um pouco difícil. Os poloneses são muito fechados, mas repito, apenas no começo.

A universidade

A Uniwersytet Marii Curie-Skłodowskiej, UMCS, tem aulas de muitas línguas, inclusive a portuguesa, responsabilidade do Departamento de Estudos Portugueses dirigido pela Professora  Doutora Barbara Hlibowicka-Weglarz, que é também Cônsul Honorária do Brasil, em Lublin. Na UMCS, há também o Centro de Língua Portuguesa, apoiado pelo Centro Camões, de Portugal, que é  um lugar incrível. Quando passamos por lá nos sentimos no Brasil, pois os professores estão sempre circulando no ambiente,  repleto de estudantes e uma farta biblioteca.

A sensação de estar em casa é ainda maior por causa da simpatia da sempre disposta doutora Natalia Klidzio, professora de literatura brasileira, moradora de Santo Ângelo nas férias e de Varsóvia durante o ano letivo polonês.

 


 

Dica do Intercambista

O nível do ensino é altíssimo, o que proporciona desafios aos alunos, estrangeiros e poloneses. As aulas em inglês são comuns. Se quiseres vir visitar e estudar na Polônia, uma boa dica é aprender algumas frases em polonês. Os mais jovens falam inglês, o que facilita muito a vida.

A Polônia é um pais relativamente pequeno, por isso passeios pelo país são uma boa opção para os dias de feriado e fins de semana. Os parques, que são muito bonitos e organizados, rendem ótimas fotos, principalmente durante o outono. Paisagem de filme.

 

 







Alisson Beerbaum - Irlanda

Conseguir o intercambio foi uma das melhores sensações da minha vida. Escolhi Irlanda, meu curso de inglês é de um ano. Os professores são ótimos, minhas aulas iniciam as 8 da manhã e terminam as 6 da tarde todo dia exceto sábado e domingo, com pequenos intervalos entre as aulas. Algumas vezes na semana nos colocam em turmas normais (só irlandeses) para simplesmente conversarmos, e praticar a fala. Duas vezes na semana é gramatica pura, o resto é listening e algumas de aplicação como por exemplo linguagem acadêmica inglesa onde aprendemos escrever artigos nas normas daqui. Minha graduação iniciará somente em junho de 2014.

 



Minha acomodação é ótima, moro com uma brasileira, 2 franceses e 2 italianas e 1 turco, no início nossa conversa se resumia somente a "-hi, how are you” (como vai você) mas agora quando vejo até tento um  "italiano" com as meninas. Quando cheguei levei um choque, fui direto ao mercado com muita fome, e na hora de pagar, a atendente me perguntou se eu queria comprar uma sacola para levar (aqui a sacola plástica é paga e é bem cara - 50 centos) disse que não precisava , acabei levando as compras á pé, SOZINHO, durante uns 20min no braço com um frio de 2°C. Hoje já está tranquilo entendo uns 90% do que falam, o problema é o sotaque que é muito forte pois aqui ainda é falado gaélico como o catalão em Madri, mas nada que um "sorry, speak slowly for me, please" não resolva.

Os moradores daqui são muito, mas muito educados, os carros se você parar para olhar pros lados em qualquer lugar da rua afim de atravessar, eles param pra você, é um respeito sem igual. Um dia fui ao correio entrei na fila, e logo após chegou uma senhora que deveria ter uns 70 ou 80 anos logo falei pra ela passar na minha frente e para minha surpresa a senhora recusou dizendo que eu havia chegado primeiro. Outro exemplo é o ônibus coletivo, não tem cobrador, você compra o cartão passa no sensor e entra, nem catraca tem, sem nenhuma fiscalização, pois o povo aqui sabe que para andar tem que pagar. Toda manhã acordo com o som das máquinas lavando as ruas.

Acho que mais que aprendizado acadêmico, é a experiência de vida que estou tendo, aprendendo a conviver com a diferença, pois os mais diferentes aqui somos nós, brasileiros, que somos a primeira remessa do brasil pelo programa Ciência sem Fronteiras. A história de qualidade de ensino no Brasil ser inferior não tem nada ver, nos deram algumas provas e materiais gerais de algumas disciplinas daqui, e com certeza nosso ensino superior, pelo menos o da UNIJUÍ, está muito similar aos daqui da Europa.

 


Renata Valandro - Hungria

Durante o Salão do Conhecimento de 2012, fui com minha amiga Natália até o RI da universidade pois ela iria resolver assuntos sobre sua ida à Austrália. Sempre achei incrível a oportunidade de um intercâmbio, não imaginava quão perto essa oportunidade estava de mim. Conversando com o pessoal do Escritório de Relações Internacionais descobri sobre o Ciência sem Fronteiras, o que foi incrível! Saí do RI com papeis em mãos sobre o que deveria fazer primeiramente:  ter um certificado de excelência em inglês.

Me inscrevi para a IELTS, uma prova britânica de proficiência, com 4 fases de avaliação para o seu inglês... Essa parte foi a que mais me assustou pois nunca havia feito cursinho de inglês, tinha somente a base através de música e filmes/seriados. Para ser sincera a primeira vez em que conversei com alguém em inglês foi durante a prova! Mas ufa, consegui alcançar a nota suficiente para me inscrever no programa.

Para a seleção do programa escolhi a Hungria por ser um país muito interessante, pouco procurado pelos alunos (pois era a primeira chamada para esse país) e a cobrança pelo inglês era menor com a possibilidade de curso de inglês por 2 meses. A fase de seleção não foi fácil, como curso Design de Produto, corria o risco de ser cortada do programa, mas tudo deu certo no final e fui passando por cada etapa de seleção com o coração na mão! O apoio da minha família, professores e amigos foi extremamente essencial pra mim...  Até o dia que recebi a esperada notícia de que estava tudo certo para a minha vinda pra cá para, primeiro estudar inglês e depois iniciar minhas aulas na universidade!

Buda Castle

 

É uma emoção sem tamanho ganhar uma bolsa de estudos para estudar na Europa durante 14 meses! Fui aceita na Óbuda University para dar continuação ao meu curso. A partir daí iniciava outra etapa, a da despedida e a aventura de entrar em um novo continente, um novo país e uma nova cultura. Depois de mais de 15 horas de voo eu e mais um grande grupo de brasileiros colocamos os pés em terra húngara!

 

Os meses de cursinho foram de extrema importância para a adaptação. Estou morando em Budapeste, a capital da Hungria. A cidade é maravilhosa e até agora nestes quase 5 meses aqui não me canso de sua beleza! A maior dificuldade inicial foi a comunicação, pois como dizia Chico Buarque húngaro é "a única língua do mundo que, segundo as más línguas, o diabo respeita". Quase ninguém fala inglês perfeitamente mas todos conseguem se entender de alguma forma.  

Existe a dificuldade para comprar comida no mercado e em outras lojas, você vai por dedução! A comida aqui contém muita pimenta e é muito gordurosa mas você consegue driblar isso e aproveitar a culinária daqui! O povo é bem fechado e sério, penso eu que é em função de tudo o que passaram durante a guerra. Povo com cultura forte e rico em histórias. Ficam muito curiosos sobre nosso modo de viver e em como nosso país é grande! É engraçado descobrir o que pensam e o que imaginam de nós “os tão distantes” nos perguntando “por que a Hungria?” e, ainda sorrio da pergunta que nos deparamos da professora no cursinho de inglês “Vocês possuem macacos de estimação?”.

Macarrão Instantâneo - choque de línguas!

 

Na minha universidade uniram-se somente 15 alunos e a partir daí surgiu uma segunda família, na parte do Design sou eu e mais 3 alunos.. Tenho aula praticamente todos os dias e ao meu ver são muito interessantes, a quantidade de trabalhos é grande e muita vezes não tão fáceis, mas nada impossível! Os professores são atenciosos e a coordenação nos recebeu calorosamente... Não tenho nada para falar da universidade, estou amando!


Renata entre os colegas de Design

 

Os jovens aqui são muito alegres e a cidade não para nunca! Estou tendo aula de húngaro também, mas até agora não consegui obter muito sucesso, é realmente difícil! Aqui os brasileiros são todos órfãos então somos uma grande família, uns ajudando os outros... É engraçado a mistura de sotaques e modos de viver pois cada um vem de um canto diferente do Brasil, você acaba conhecendo ainda muito mais sobre seu próprio país!

Estou entrando para meu 5º mês aqui e não sei se fico triste ou feliz com isso, a saudade aperta mas a sede por conhecer cada vez mais e viver nesse ‘outro mundo’ é gigantesca! Me restam 9 meses aqui e espero agregar muito mais conhecimento e vivencias que forem possíveis! Hungria é um país maravilhoso, estou apaixonada por Budapeste e digo que quem vier conhecer não irá se arrepender nunca! Köszönjük - obrigada!

 


Guilherme Döbler - University of Arizona

Estou ha quase três meses aqui nos Estados Unidos. Neste momento estou estudando Inglês no Center for English as a Second Language (CESL), na Universidade do Arizona. 

Tucson, Arizona   

Todos os dias tenho tido grandes aprendizados nesta Instituição. Um intercâmbio acadêmico não possibilita apenas o aprendizado de uma segunda língua, pelo contrário, ele fornece um tangente tão grande de compartilhamentos de ensino e aprendizado que muitas vezes e imensurável retratar em palavras. 

Seminário na Universidade - onde usam insetos como comida 

Os Estados Unidos da America, assim como o Brasi,l é um país com grande concentração de culturas. No primeiro bimestre de aulas no CESL tive contato com pessoas de todas as partes do mundo: Tailandeses, Chineses, Russos, Alemães, Japoneses, Árabes...

Este mix de culturas, concentrado em um espaço acadêmico, possibilita grandes questionamentos a respeito do aprendizado, da cultura e, também, sobre o respeito e a necessidade da DIFERENÇA no mundo. 

A organização da cidade e os costumes dos nativos também são um ponto relevante a expor aos interessados em realizar este tipo de experiência. Existem contrastes culturais bem fortes no que diz respeito à alimentação, socialização de ideias, pontualidade e organização urbana. Sem dúvida questões simples como: semáforos movidos a energia solar ou disponibilização de água em abundância em uma cidade construída em pleno deserto são pontos importantes para refletir a realidade e o que queremos para a nossa cidade, para o estado e para o nosso país. 

Quanto à adaptação do idioma, confesso que no inicio foi difícil, até pelo fato de que meu inglês era bem "pobrezinho", mas ao longo da vivência com a fala e a escrita perde-se o medo e, sem perceber, o intercambista mergulha na nova cultura, como de fato deve ser. É muito interessante deixar que os aprendizados venham ao natural. Tenho aprendido a respeitar o meu tempo de aprender e promover a significação destes mesmos aprendizados. 

  

 Tenho certeza de que após esta experiencia não serei mais o mesmo com relação ao modo que via o mundo, cresci muito e ainda estou imerso por este processo. Um processo que com toda certeza sempre estará presente na minha carreira profissional, humanística e pessoal. Conhecer o mundo e poder ver as realidades por um outro ângulo, além de ser um privilegio, é uma necessidade no século XXI, um século de informações, tecnologias, mudanças, ideias e atitudes.

Penso que a correção de falhas no cenário mundial que dizem respeito às relações entre nações ou questões como sustentabilidade e desenvolvimento de tecnologia no espaço-tempo que vivemos depende exclusivamente do compartilhamento de aprendizados e os intercâmbios educacionais acadêmicos, sem dúvida, são verdadeiros protagonistas das mudanças que tanto a comunidade local e mundial anseia.

Hallowen nos EUA

 


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