Desempenho de Espécies Forrageiras de Estação Quente Sob Irrigação para Produção Leiteira na Região Noroeste do Rio Grande do Sul

Grupos/Linhas de pesquisa:
Sistemas Técnicos de Produção Agropecuária/ Diagnóstico e concepção de sistemas técnicos de produção vegetal e animal

Duração: 01/01/2012 até 31/12/2023

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Participantes:

Resumo:

O Noroeste do Rio Grande do Sul caracteriza-se por sistemas de produção de grãos e leite, onde a alimentação suplementar tem maior demanda entre os meses de novembro e maio, período em que as áreas destinadas aos cultivos estão ocupadas por culturas de grãos, principalmente soja e milho. Neste cenário, as áreas com cultivos de espécies forrageiras de estação quente se mostram insuficientes para atender adequadamente as necessidades nutricionais dos animais. O objetivo deste trabalho é avaliar o desempenho de diferentes espécies forrageiras tropicais sob irrigação, utilizadas em sistemas de produção de leite na Região Noroeste do Rio Grande do Sul, analisando suas possibilidades de utilização em cultivos forrageiros. O experimento está sendo conduzido no IRDeR/DEAg/UNIJUÍ, no município de Augusto Pestana (RS). Os tratamentos são constituídos por doze forrageiras, dentre sete espécies, com quatro repetições, constituindo um fatorial (espécies x períodos de pastejo) de blocos ao acaso. O sistema de irrigação somente será utilizado em períodos em que as precipitações são insuficientes. As espécies estudadas e suas respectivas cultivares, híbridos e/ou nomes comuns são: Pennisetum purpureum (cv. Anão, cv Kurumi (Embrapa), cv. HB, cv. Pioneiro e cv. Roxo), Cynodon plectosfachyum (cv. Estrela Africana), Cynodon dactylon x Cynodon nlemfuensis (cv. Tifton 85 e cv. Coastcross), Panicum maximum (cv. Aruana e cv. Mombaça), Arachis pintoi (Amendoim forrageiro), Hemarthria altíssima, Paspalum notatum (cv. Pensacola) e Axonopus Jesuiticus (Grama missioneira gigante). O uso de água para irrigação combinada ao aumento do uso de insumos (fertilizantes, novas espécies forrageiras) traz novos desafios a serem dominados pelos produtores e pelos técnicos da região. Esse fato determina a necessidade de geração de um conjunto de conhecimentos que respondam tanto a um processo de gestão dos sistemas produtivos, como a racionalização de recursos cada vez mais escassos, a exemplo da água e insumos agrícolas, atendendo os pressupostos de sustentabilidade ambiental, evocando a necessária atenção aos impactos ambientais (compactação do solo, lixiviação de N). Gerir este complexo da atividade leiteira de forma adequada é o grande desafio para gerar renda, empregos e oportunidades de desenvolvimento local sustentável para esta região. Esta é uma das problemáticas que representam um conjunto de desafios que integram às atividades de pesquisa e de extensão rural de instituições que atuam não somente na região noroeste, como é caso da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUI) e da Emater/Regional Ijuí, mas também de instituições parceiras como a EMBRAPA – Centro Nacional de Pesquisa Pecuária Sul/Bagé e outras instituições diversas que atuam no desenvolvimento regional participantes do Programa de Pesquisa-Desenvolvimento - PPD em Sistemas de Produção com Atividade Leiteira na Região Noroeste do Rio Grande do Sul - REDE LEITE, um programa interdisciplinar e multi-institucional iniciado em 2004. O objetivo geral desse programa é contribuir para o fortalecimento e viabilidade da agricultura familiar na região noroeste, a partir da geração de conhecimento em um processo participativo, com os diversos atores que tem por foco a produção leiteira; uma área experimental já instaurada com uma coleção de espécies forrageiras e com experiência de quatro anos no manejo desta área quanto ao manejo das espécies forrageiras, necessidades hídricas e nutriciais, que deram suporte para cinco trabalhos de conclusão de curso desta instituição e inúmeros resumos cientificos, bem como objeto de estudo de diversos bolsistas de iniciação cientifica e tecnológica. Suporte para realização dos dias de campo institucionais. Somando-se a rede de colaboração em andamento vinculando pesquisadores, técnicos de extensão rural e instituições e empresas privadas que trarão suporte fundamental a realização da proposta.

Obs: Essas informações são de responsabilidade do coordenador do projeto.