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Pesquisa analisa relação entre o estresse psicológico e as práticas alimentares

Uma experiência pessoal motivou a realização do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) pela então acadêmica do curso de Nutrição da Unijuí, Larissa Louise Schäffer. Sua pesquisa, intitulada “Relação entre o Estresse Psicológico e as Práticas Alimentares em Universitários'',  foi orientada pela professora Maristela Busnello. 

No decorrer da graduação, fui exposta a diversos fatores estressantes, como o deslocamento a outro município para estudar, novos vínculos de amizade, cumprimento de prazos de entrega de avaliações e provas e até mesmo a pressão acadêmica. Quando passava por esses momentos estressores, percebia que isso afetava diretamente as minhas práticas alimentares e, quando entendi a influência da alimentação adequada e saudável em nossa vida, quis identificar se, cientificamente, havia alguma relação ou não”, explicou Larissa.

O objetivo do estudo foi identificar as práticas alimentares e a presença de estresse psicológico entre estudantes universitários. Desta forma, descrevendo as práticas alimentares e identificando a presença de estresse psicológico segundo idade, sexo, curso, período, turno e se atualmente trabalham, após relacionar práticas alimentares e a presença de estresse entre os alunos entrevistados.

Larissa utilizou questionário virtual, dois instrumentos de pesquisa validados para a população brasileira, a Escala de Estresse Percebido (Perceived Stress Scale – PSS) e a Escala desenvolvida por Gabe e Jaime (2018), seguindo as recomendações do Guia Alimentar para a População Brasileira.

Foi possível identificar que, entre os estudantes universitários que participaram da pesquisa, cerca de 89,6% apresentaram níveis de estresse percebidos de alto a moderado e somente 10,4% indicaram baixo nível de estresse. Ainda na pesquisa, foi identificado  que, quanto menores os níveis de estresse, melhores são os hábitos alimentares. Essa relação foi encontrada em ambos os sexos, porém, estatisticamente, apresentavam-se somente entre as mulheres. “O que confirmou que, na graduação, estamos expostos a fatores estressantes. O estudo demonstrou o quão importante é identificar esses fatores para impedir que o estresse psicológico possa interferir no aprendizado. Assim, também, confirmando que uma alimentação adequada e saudável é muito importante em todas as fases da vida para uma melhor qualidade de vida”, ressaltou a jovem.

Segundo Larissa, a relação positiva entre as práticas alimentares saudáveis e os menores níveis de estresse psicológico é fundamental para que sejam implementadas ações educativas desde o início da graduação. “ Quanto menor a idade, maiores os níveis de estresse e piores os hábitos alimentares. Conhecer essa realidade possibilita que sejam oferecidas ações que auxiliem na promoção da qualidade de vida dos graduandos, tanto em situações de estresse psicológico como na melhora das práticas alimentares, pois uma alimentação saudável está diretamente relacionada à redução de fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis”, finalizou. 

Por Evelin Ramos, bolsista de Popularização da Ciência da Unijuí


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