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Arquitetura e Urbanismo (Bacharelado)

Estudante propõe casa de acolhimento a pessoas em situação de rua em Ijuí

A preocupação diante do crescimento do número de pessoas em situação de rua, não só em Ijuí, mas em todo o País, motivou a acadêmica do curso de Arquitetura e Urbanismo da Unijuí, Emanuelle Becker Basso, a propor um projeto de casa de acolhimento em seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), que leva o título de Casa Acolher: Centro de Referência de Acolhimento Temporário e Reintegração Social para Pessoas em Situação de Rua. 

“Depois de pesquisas, pude perceber que não era apenas uma percepção minha o crescimento de pessoas em situação de rua, mas, sim, um fator social importante para o Brasil. O número de pessoas nas ruas aumentou de forma desproporcional em relação ao crescimento populacional no pós-pandemia. E, por ser uma situação delicada, que precisa ser resolvida, optei por trazer este tema em meu TCC”, explicou a estudante. 

Para o desenvolvimento do trabalho, Emanuelle realizou entrevistas e pesquisas bibliográficas. Para realizar o projeto, entrou em contato com a Assistência Social de Ijuí, via e-mail, como método de coleta de dados em relação à população de rua existente na cidade. Além disso, foi necessário buscar reportagens, bem como pesquisas científicas e de coleta de dados em âmbito nacional, a fim de entender as necessidades específicas, bem como as legislações pertinentes do município. “Realizar um projeto que abrange um leque de necessidades é sempre um desafio. Foram muitas horas de pesquisas, bem como de projeto. Mas, ao mesmo tempo, o sentimento de projetar algo que tem o intuito de melhorar a vida das pessoas foi algo gratificante pra mim”, apontou.

Com base nas pesquisas realizadas, ficou evidente para Emanuelle a existência de carências e necessidades na população em situação de rua. “É perceptível que, sem pontos de apoio adequados, essas pessoas enfrentam uma crescente exclusão no contexto social, tornando-se cada vez mais vulneráveis. É necessário que estas tenham acesso a espaços seguros, nos quais sejam criados ambientes com toques de tranquilidade e acolhimento, o que pode ser alcançado por meio da utilização de materiais e cores estratégicas, por exemplo”, afirmou.

O espaço, como destaca a estudante, precisa ter uma atmosfera acolhedora, garantindo sempre a segurança dos usuários, além de uma sensação de pertencimento. “Nesse contexto, a arquitetura desempenha um papel fundamental, pois pode contribuir para criar um ambiente no qual as pessoas nessa situação tenham seu próprio espaço e privacidade, ao mesmo tempo em que têm a oportunidade de socializar e se reintegrar”, completa.

Após a graduação, agendada para o mês de abril, Emanuelle quer seguir estudando e buscando cada vez mais conhecimento para conseguir realizar projetos que possam, de fato, melhorar a qualidade de vida das pessoas.




Curso de Arquitetura e Urbanismo incentiva acadêmicos a desenvolverem perfil criativo e empreendedor desde o início da formação

O curso de Arquitetura e Urbanismo da Unijuí incentiva, desde o início da formação, o estudante a desenvolver um perfil criativo e empreendedor, com visão crítica, consciência da realidade ambiental, social, econômica, técnica e cultural. Além disso, instiga os acadêmicos a estarem sensíveis às experiências do passado e com habilidades para transformar ideias em materializações no espaço arquitetônico territorial. 

A formação, que tem duração de cinco anos, é ofertada nos campi de Ijuí e Santa Rosa, no turno da noite, e está com inscrições abertas no Vestibular Contínuo até o dia 19 de fevereiro. Elas podem ser feitas no site unijui.edu.br/vestibular. O curso é organizado em módulos com as disciplinas sendo ofertadas de acordo com a modalidade e relação entre os conteúdos abordados. Além disso, todos os anos, os acadêmicos farão um Projeto Integrador, para colocar todo o conhecimento adquirido em prática. 

A graduação em Arquitetura e Urbanismo forma profissionais generalistas, capazes de atuar nas áreas de edificação, urbanismo, paisagismo, patrimônio histórico, cultural e ambiental, onde poderão desenvolver projetos; trabalhar com arquitetura de interiores; planejamento urbano, regional e ambiental; mobiliário urbano; avaliações de impacto ambiental, fiscalização, direção e execução de obras; entre outras. 

O coordenador do curso, professor Igor Norbert Soares, destaca que a formação se notabiliza por oferecer atividades práticas, o que fomenta e insere o estudante no mercado desde o primeiro ano de graduação. “A ideia é pensar a formação pessoal e profissional dos acadêmicos. Eles passam por exercícios práticos e recebem embasamento teórico nas disciplinas, o que proporciona a entender a vivência da área desde o início”, ressalta.  

O professor comenta que o curso dispõe de laboratórios completos, voltados para a estrutura, conforto, área gráfica e digital. “Temos tudo que envolve a formação do arquiteto e urbanista. O estudante sairá completo do curso e preparado para o mercado de trabalho”, comenta. 

Um dos diferenciais do curso é a possibilidade de envolvimento dos acadêmicos em atividades interdisciplinares em projetos de pesquisa e extensão, e de integração com outros cursos, como de Design e Engenharia Civil, oportunizando ao estudante a troca de experiências entre as diferentes áreas.


Estudantes de Arquitetura e Urbanismo exploram inovação sustentável em visita técnica

Temas emergentes como sustentabilidade e mudanças climáticas têm instigado estudantes de Arquitetura e Urbanismo da Unijuí, que buscam o conhecimento acerca de soluções mais ecológicas em suas práticas de trabalho, a conhecerem in loco experiências concretas que evidenciam o quanto essa área cresceu e se desenvolveu no Brasil ao longo das últimas décadas.

Na Unijuí, os acadêmicos estudaram, por meio da disciplina de Arquitetura e Urbanismo na Contemporaneidade, tendências em temas como design bioclimático e tecnologias de energia renovável, entre outros assuntos essenciais para a formação de profissionais capacitados a atuar em obras sustentáveis, como é o caso das futuras instalações da Sicredi das Culturas RS/MG, que segue padrões internacionais de sustentabilidade. 

Por essa razão, após desenvolverem estudos de caso a partir de obras de arquitetos como Francis Keré e João Figueiras Lima, famosos por conceberem obras sustentáveis e humanizadas, os acadêmicos tiveram a oportunidade de conhecer uma obra local, que está sendo executada pelo Grupo Andora, de Porto Alegre, conhecido por realizar soluções construtivas modernas e sustentáveis. 

A visita técnica à obra, que aconteceu no final da tarde da última segunda-feira, 11 de dezembro, foi antecedida por uma palestra realizada no Museu Antropológico Diretor Pestana, pelo gerente regional administrativo financeiro,  Moacir Rossi, que é atualmente porta-voz da obra, e que mostrou aos alunos sobre todo processo de planejamento e de concepção do projeto. 

Rossi destacou que a obra segue os critérios necessários para que a construção obtenha a certificação máxima Leadership in Energy and Environmental Design (Leed), selo utilizado em mais de 160 países, levando em consideração oito aspectos: localização e transporte; espaço sustentável; eficiência do uso da água; energia e atmosfera; materiais e recursos; qualidade ambiental interna; inovação e processos; créditos de prioridade regional. 

Para o professor da disciplina, Matheus Cargnelutti de Souza, “a visita técnica vem complementar os conteúdos desenvolvidos, ajudando os alunos a visualizarem aquilo que é estudado na sala de aula".

A disciplina de Arquitetura e Contemporaneidade teve a participação da doutoranda em Desenvolvimento Regional da Unijuí, Aline Benso, que está concluindo sua tese sobre planejamento urbano e regional em municípios não-metropolitanos. Para a acadêmica, “obras como a nova sede da Sicredi são exemplos de como a ação de empresas e municipalidades é importante para enfrentar os desafios das mudanças climáticas, e a atuação dos arquitetos é peça fundamental para isso”, conclui. 


TCC de Arquitetura e Urbanismo propõe hotel fazenda para o Distrito de Erval Novo, em Três Passos

Recentemente graduada no curso de Arquitetura e Urbanismo da Unijuí, Carolina Gnoatto sabia, desde que ingressou na Universidade, qual seria o tema que abordaria no seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Ela propôs, atendendo à indicação da irmã, o projeto de um hotel fazenda, com o tema “Hotel Fazenda Traumen - Hotel Fazenda para o Distrito de Erval Novo - Três Passos/ RS”.

“A partir das pesquisas feitas, pude perceber que a região de Três Passos necessitava de algum tipo de lazer, de entretenimento, algo que pudesse incentivar o turismo. O hotel fazenda teria a finalidade de proporcionar aos seus visitantes momentos de descanso e de interação com a natureza”, explicou Carolina. 

Para produzir o TCC, a então estudante fez várias pesquisas bibliográficas, buscando saber como surgiu o ramo de hotelaria no Brasil e no Rio Grande do Sul, como se estruturava um hotel fazenda e qual a necessidade que seria suprida ao ser construído no local escolhido. 

“Fiz algumas entrevistas, também, com os moradores do local, para saber o que eles gostariam de ter em um hotel fazenda, o que eles esperariam do projeto”, comentou.

Já graduada, Carolina agora coloca todos os ensinamentos adquiridos durante o curso em prática. “Quero no futuro, se possível, construir o tão sonhado projeto de TCC, já que este foi projetado em uma propriedade da família”, disse.


Estudantes de Arquitetura e Urbanismo realizam viagem de estudos a Santa Maria

Acadêmicos de Arquitetura e Urbanismo da Unijuí participaram, no dia 14 de setembro, de uma viagem de estudos para Santa Maria, onde realizaram visitas à Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e à Frazzon Iluminação, uma loja especializada em iluminação residencial e comercial.

A atividade, realizada a partir da iniciativa da professora Tenile Rieger Piovesan, responsável pela disciplina "Conforto e Desempenho: Acústica e Iluminação", teve o intuito de fortalecer o aprendizado prático e enriquecer a formação dos estudantes do curso.

Na UFSM, o grupo foi recebido pelos professores doutores Gabriela Meller e Christian dos Santos, que conduziram os estudantes pelo mundo da acústica durante visita aos Laboratórios de Acústica da Universidade. Eles tiveram a chance de realizar medições em laboratório e aprender na prática os procedimentos relacionados à acústica.

Os acadêmicos também visitaram o Centro de Convenções, um espaço com quase 7.000 metros quadrados, que é considerado o maior teatro do interior do Rio Grande do Sul. Durante a visita, eles conheceram o maestro da Orquestra Sinfônica de Santa Maria e tiveram a oportunidade de explorar os relógios do sol nas proximidades do campus.

A viagem incluiu uma parada na Frazzon Iluminação, loja que oferece uma ampla gama de produtos de iluminação e tecnologias avançadas. A equipe da Frazzon apresentou as últimas tendências em iluminação, enriquecendo a experiência dos acadêmicos e fornecendo insights para projetos futuros.

A atividade não apenas fortaleceu o conhecimento dos estudantes como também demonstrou a importância de experiências práticas e colaborações entre a academia e o setor privado para qualificar a formação dos futuros profissionais.

A viagem contou com o apoio do Centro Acadêmico do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Unijuí, em colaboração do Diretório Central dos Estudantes (DCE).




Centro de Cultura, Memória e Resistência à Ditadura é proposto em TCC

Graduado recentemente no curso de Arquitetura e Urbanismo da Unijuí, Gabriel da S. Wildner já sabia, muito antes de chegar à reta final da graduação, qual tema desenvolveria em seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Ele recorda que a ideia surgiu em maio de 2018, quando foi iniciada uma paralisação nacional pelos caminhoneiros, que levantava pautas como o valor do diesel, valor mínimo para transporte de mercadorias e redução de taxas de pedágios. Em meio a este movimento, surgia o pedido de intervenção militar no Brasil.

“Deflagrado no dia 31 de março de 1964, o golpe cívico-militar perdurou até o ano de 1985 no País. Encerrado há 38 anos, foi impactante ouvir e ver parte da população pedindo o retorno de um regime ditatorial, levando em consideração que são acontecimentos recentes. Essa situação me mostrou, na época, a curta memória da sociedade em relação à sua própria história e me fez refletir acerca de ferramentas da arquitetura, do urbanismo e do paisagismo que poderiam ser utilizadas para contribuir com o fortalecimento da memória da comunidade”, disse.

Conforme explica o agora arquiteto e urbanista, por mais que a região Noroeste do Rio Grande do Sul tenha uma expressiva participação no processo de resistência e, consequentemente, de redemocratização do País, poucos espaços evocam a memória e a história da luta pela liberdade. “E é visto que a concepção de espaços que sirvam como locais de memória pode contribuir ativamente para a preservação da história da comunidade, servindo de alicerce para a construção do futuro político do País”, disse.

Foi a partir de todo esse contexto que Gabriel produziu seu TCC intitulado “CURA: Centro de Cultura, Memória e Resistência à Ditadura no Interior do Estado do Rio Grande do Sul”. Para sua construção, foram realizadas pesquisas bibliográficas, principalmente nos relatórios da Comissão Nacional da Verdade (CNV) do ano de 2014, que trouxeram à tona muitos dados e histórias que foram silenciados ao longo dos anos sobre a ditadura no Brasil, além do livro “Baioneta Calada”, de Luciana Bertoldo, que conta a história de seu pai, Genir José Bertoldo, que foi perseguido pela ditadura no município de Ijuí.

“Outro recurso que contribuiu muito para a construção do meu trabalho foi a participação no Grupo de Pesquisa de Ensino e Metodologias em Geografia e Ciências Sociais (EMGEOCS), orientado pela professora Helena Copetti Callai. A participação ao longo dos anos em um grupo interdisciplinar me elucidou muito sobre conceitos e temáticas relacionados ao patrimônio arquitetônico, à memória e à conservação, além de me colocar em contato com pessoas incríveis que fizeram grande diferença na minha trajetória acadêmica”, comentou.

Para Gabriel, o resultado mais impactante da sua pesquisa foi saber que o Rio Grande do Sul detém o maior número de locais onde ocorreram violações dos direitos humanos do Brasil, durante a ditadura, e que grande parte dessas ocorrências aconteceram na região Noroeste do Estado. “Diante disso, a concepção do projeto CURA, um Centro de Cultura, Memória e Resistência, ocorreu na forma de uma intervenção arquitetônica em um prédio histórico da cidade de Ijuí, a antiga Intendência Municipal. O projeto tentou abordar todos os aspectos históricos da região acerca do tema, através de uma perspectiva poética e sensível, respeitando o invólucro histórico da edificação preexistente, trazendo materiais contemporâneos e incitando reflexões acerca da temporalidade, da repressão, da resistência, das memórias e da construção de futuros”, reforçou. 

Graduado no mês de março, Gabriel agora almeja ingressar em um curso de mestrado para dar sequência à pesquisa que teve início em seu TCC.


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