Graduada recentemente no curso de Arquitetura e Urbanismo da Unijuí, Clara Lazzarin de Sá sempre teve interesse em aviões e no quanto o transporte aéreo pode impactar positivamente em uma sociedade. Trazendo esse interesse para perto, ela propôs em seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) a “Remodelação do Aeroporto João Batista Bos Filho em Ijuí/RS”.
“Atualmente, o aeroporto de Ijuí não realiza voos comerciais e, apesar de ter recebido reformas, a sua infraestrutura não comporta aviões maiores para o transporte aéreo regular. Por isso, muitas pessoas precisam se deslocar de moto, carro ou ônibus até Porto Alegre, ou outras cidades vizinhas, para utilizar esse transporte. Mas a verdade é que a cidade de Ijuí possui uma infraestrutura com excelente potencial de ampliação e melhorias para implantar um aeroporto que seja capaz de integrar não apenas a cidade, mas também a região Noroeste à malha aeroviária estadual”, explicou a agora egressa, lembrando que, a partir disso, teve o auxílio e incentivo do professor e mestre Matheus Cargnelutti de Souza, seu orientador, para o desenvolvimento do TCC.
“Inicialmente, foi realizada uma análise quanto ao fluxo de passageiros do mundo e do país, através do estudo da Associação Internacional do Transporte Aéreo - IATA. A partir disso, realizei pesquisas bibliográficas, estudei os órgãos internacionais, nacionais, estaduais e municipais, com as legislações pertinentes ao meu projeto, principalmente as normativas da Agência Nacional de Aviação Civil - Anac, que poderiam variar de acordo com o uso, porte e o entorno do aeroporto. Posteriormente, foram analisados três modelos de aeroportos, que contribuíram para dar um norte ao projeto. Por se tratar de uma estrutura complexa, houve preocupação desde o sistema estrutural da edificação e sua materialidade, até os fluxos e vias de acesso para motos, carros, caminhões, ônibus municipais e intermunicipais, ao local do aeroporto”, completou.
No projeto de remodelação desenvolvido, Clara partiu do princípio de que o aeroporto tem como conceito a palavra "visão", recebendo a forma de um olho, um dos cinco sentidos do ser humano, pois é a partir dele que se adquire a percepção da luz, incluindo a capacidade de observar o entorno e detectar os problemas para encontrar meios de solucioná-los, bem como identificar as oportunidades e conquistá-las. Tal conceito se deu a partir do estudo da própria vida do empreendedor João Batista Bos Filho, que dá nome ao aeroporto, sendo considerado um homem visionário e à frente do seu tempo, que procurou investidores para a implantação do aeroporto municipal, incentivando também o senhor Otto Ernst Meyer, que posteriormente fundou a Varig, uma das maiores companhias aéreas dos anos 90 da América Latina”.
O destaque do projeto, segundo a egressa, é sua infraestrutura audaciosa, em treliça espacial com traçado orgânico relacionado ao conceito, combinada com painéis de concreto reforçado com fibra de vidro - GRFC e fibras de poliéster, técnicas construtivas utilizadas primeiramente pela arquiteta Zaha Hadid, cujos componentes são capazes de moldar o concreto de forma livre para atender à forma e geometria da edificação.
“O aeroporto visa o atendimento de aproximadamente 2 mil pessoas por dia, entre embarque, desembarque, funcionários e visitantes, a fim de que seja um polo de grande referência do Noroeste do Estado. Embora seja majoritariamente térreo, visando atender mais pessoas, foi projetado um mezanino com um centro comercial e gastronômico, que dá acesso a um terraço contemplativo que dispõe de vegetação e mobiliário para lazer, para que os visitantes e amantes de aviões possam observar a decolagem de aeronaves, desfrutando da infraestrutura que o aeroporto oferece, além de espaços externos destinados à recreação, descanso e possíveis eventos”, detalhou a profissional.
Com a graduação, Clara agora planeja investir no meu crescimento pessoal e profissional, contribuindo para o desenvolvimento da sociedade.
Projeto de revitalização foi apresentado pela Unijuí em abril de 2022 para os representantes do Bairro São Geraldo e Poder Público de Ijuí
Visando contribuir para o desenvolvimento de Ijuí e proporcionar um espaço público qualificado para a comunidade, a Unijuí por meio do curso de Arquitetura e Urbanismo e do Espaço + Inovação Unijuí, desenvolveu um projeto de revitalização do Bosque dos Capuchinhos.
O trabalho foi realizado em 2022, em uma parceria entre a Universidade e bairro São Geraldo, onde os acadêmicos do 9º semestre de Arquitetura desenvolveram na disciplina de Paisagismo II, o projeto de revitalização incluindo a acessibilidade ao bosque e propostas urbanísticas e de paisagismo para a área interna, levando em consideração os aspectos apresentados pelos moradores.
A partir do projeto, o município de Ijuí receberá R$ 200 mil em emenda parlamentar do deputado federal Marcelo Moraes para a revitalização do Bosque dos Capuchinhos. O vereador Bira Erthal, responsável pela articulação para a destinação da verba destacou que o trabalho da Universidade foi fundamental para isso.
“O projeto básico apresentado, levou em consideração o trabalho realizado pelos estudantes juntamente com a associação de moradores. A ligação entre a Unijuí e a comunidade é de extrema relevância para o desenvolvimento da cidade, uma vez que é a partir do conhecimento gerado na academia que encontramos as diversas soluções e alternativas aos problemas cotidianos, nas mais diversas áreas. Esta ligação contribui muito para o desenvolvimento social, econômico e cultural de nosso povo”, frisou o vereador, informando que o recurso já está cadastrado junto ao município e será acompanhado pela Central de Projetos.
Para o presidente do bairro São Geraldo, Salatiel Piesanti, a parceria entre a Unijuí e o bairro é importante pois, “com o projeto feito pela Universidade conseguimos embasamento para argumentar junto às lideranças políticas para buscar recursos para as melhorias necessárias. Já protocolamos junto à Prefeitura de Ijuí para que o projeto seja concluído e executado”.
Segundo a professora da disciplina de Paisagismo II, Tenile Piovesan, responsável pela elaboração do trabalho, parcerias como essas contribuem para o crescimento de todos os envolvidos. “É gratificante termos esse contato com a comunidade, tendo a oportunidade de contribuir, por meio do conhecimento gerado na Unijuí, com a melhoria da qualidade de vida das pessoas. A parceria faz com que todos cresçam. Os estudantes ganham experiências trabalhando com situações reais, o que faz a diferença para a formação acadêmica deles”, avaliou.
Coordenador do Espaço + Inovação Unijuí, o professor Peterson Cleyton Avi destacou que o Projeto de Ampliação de qualificação do Centro de Inovação e Criatividade para uma Cidade Inteligente, financiado pelo MCTI a partir de emenda parlamentar, também visa articular ações com a comunidade. "Além de oportunizar as experiências tecnológicas e de inovação, também temos como objetivo impactar de forma positiva, promovendo a articulação e diálogo com a comunidade, e pensar soluções a partir dos cursos da Unijuí para a população. O Bosque revitalizado poderá se tornar um ambiente de testes e implantação de novas tecnologias voltadas para o bem-estar e conectividade dos usuários", finaliza.
Projeto prevê a acessibilidade ao bosque e propostas urbanísticas e de paisagismo para a área interna
Na noite da última sexta-feira, 2 de junho, foi realizada de forma online a Aula Magna do curso de Arquitetura e Urbanismo da Unijuí. O evento foi aberto pela coordenadora do curso, professora Diane Johann, que desejou uma boa palestra aos estudantes participantes, e pelo professor Matheus Cargnelutti, que fez a apresentação do convidado.
Para falar sobre o tema “Metodologia de Projeto de Restauro Arquitetônico na Prática”, foi convidado o arquiteto, mestre em em Projeto e Patrimônio pela UFRJ, Felix Bravo, que atualmente reside no Rio de Janeiro e atua como coordenador de Projetos da Concrejato Engenharia - empresa fundada em 1970 e especializada na execução de serviços técnicos de obras industriais especiais, na recuperação e reforço estrutural, no restauro do patrimônio histórico e arquitetônico, e na manutenção de redes de distribuição.
O palestrante resgatou brevemente a sua trajetória profissional e compartilhou experiências sobre alguns projetos que participa ou participou, como a obra de restauração do icônico Palácio Gustavo Capanema; e os projetos de restauração da Igreja Nossa Senhora da Penha e do Museu Nacional, todos no Rio de Janeiro.
Para conferir a aula na íntegra, acesse:
Ao final da graduação em Arquitetura e Urbanismo da Unijui, o estudante Daniel Oliveira Rambo, buscou abordar em seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), algo que lhe despertasse a curiosidade. Em meio às pesquisas, optou por realizar um projeto social. “Escolhi abordar a habitação para refugiados pois acredito que seja um tópico muito presente na atualidade, tendo em vista o elevado índice de procura por refúgio e a carência por abrigos não generalistas. Assim, aliada à necessidade de habitação, busquei descentralizar os grandes focos das migrações em massa, trazendo para regiões longe de conflito, como é o caso do Sul do Brasil”, contou.
Para a realização do TCC intitulado de “Peco de Lumo: Habitação Efêmera para Refugiados”, Daniel explica que fez pesquisas bibliográficas. “Também busquei informações em tempo real dos números de refugiados através dos dados do Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), além de análises de modelo que contemplassem diferentes soluções tanto sustentáveis quanto funcionais, considerando que o tamanho da habitação é reduzido se comparada a uma residência usual”, explicou..
Segundo o estudante, com as pesquisas, análises de referências e demais estudos, surgiu a necessidade de habitações temporárias voltadas às regiões fora dos grandes centros. “Criei algo único, mas de forma que pudesse possibilitar a utilização em diferentes espaços, quando houvessem características semelhantes. Dessa forma, liguei nosso Estado com outros países através do Paralelo 30S, linha abaixo da Linha do Equador. A base do trabalho se dá pela criação de uma residência única, adaptável por meio da modulação, acessível para portadores de necessidades especiais serem autônomos dentro da residência, e adequada, podendo ser utilizada em climas semelhantes ao sul do Brasil”, destacou Daniel, comemorando os resultados.
Após a colação de grau, o formando já tem planos. Daniel pretende ingressar no mercado de trabalho, seguir seus estudos realizando uma pós-graduação e prestar concursos públicos na área.
Voltado à socialização do conhecimento científico e tecnológico entre estudantes, egressos e professores das grandes áreas dos cursos de Arquitetura e Urbanismo e Design, o AUD Week chega a sua 4ª edição na Unijuí. A Semana Acadêmica iniciou nesta segunda-feira, 29 de maio, com dois eventos agregados: o IV Painel de Pesquisas em Design - PADES e o VI Painel de Pesquisas em Arquitetura e Urbanismo - PARQ.
A abertura do evento aconteceu no auditório do Espaço + Inovação, com um Bate-papo com a arquiteta Mônica Colombelli e a designer de interiores Raíssa Schorn. As duas profissionais apresentaram um pouco sobre suas trajetórias acadêmicas e realizaram um bate-papo com significativas contribuições sobre construção profissional e empreendedorismo.
Segundo a professora Diane Johann, coordenadora dos cursos Design e Arquitetura e Urbanismo, essa foi uma noite pensada para a troca de experiências com as profissionais convidadas. “Essa noite, assim como o restante da programação do AUD Week foi organizada para que os estudantes de Arquitetura e Urbanismo e de Design tivessem a oportunidade de compartilhar e aprender com os profissionais que estão no mercado de trabalho, expandindo os horizontes para além dos aprendizados acadêmicos”, destacou.
O AUD Week tem continuidade nesta terça-feira com uma Visitação ao Schirmann Home Center para um bate-papo com profissionais responsáveis. Já a quarta-feira será marcada por uma noite intensa de oficinas. Os participantes poderão escolher entre as oficinas de: Adobe XD na prática, Desenho de Moda: Croquis, Desbravando o Canva: uma introdução ao desenvolvimento de prancha síntese, Como geocodificar grandes quantidades de endereços para territorializar dados na minha pesquisa?, Criativah! Conectando Ideias, Realidade Virtual, e Patologias das construções: conceitos e dicas.
A quinta-feira, 1º de junho, está marcada para as apresentações dos trabalhos inscritos no IV Painel de Pesquisas em Design - PADES e no VI Painel de Pesquisas em Arquitetura e Urbanismo - PARQ. Por fim, a Semana Acadêmica encerra suas atividades na sexta-feira, 02 de junho, com a “Aula Magna: Metodologia de Projeto de Restauro Arquitetônico na Prática”, ministrada por Felix Bravo.
Desde o início do curso de Arquitetura e Urbanismo da Unijuí, Luana Cristina dos Santos Ávila Foguesatto queria produzir seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) focado em um tema relacionado a crianças. Durante sua infância, ela ouvia falar muito sobre um determinado lar para crianças e adolescentes, local onde sua mãe foi criada.
“Levando em consideração a vivência da minha mãe, decidi trabalhar em meu TCC a proposta de um centro de acolhimento para crianças e adolescentes em turno integral, destinado a sujeitos que são afastados do seu convívio familiar por determinação judicial, de forma permanente ou temporária”, explicou a agora egressa da Unijuí.
O Z-Lar - Lar para Crianças e Adolescentes surge da necessidade de promover ambientes que possam remeter à estrutura física de uma casa unifamiliar, integrando os usuários em ambientes acolhedores, lúdicos e com áreas de lazer. Ela propõe cuidados básicos como apoio psicológico, educacional e de saúde, visando atender às crianças e jovens de forma integral, em um ambiente agradável e saudável.
Para produção do TCC, Luana Cristina realizou pesquisas bibliográficas, estudos de casos e análises de modelos. Como resultado, percebeu a importância da contribuição arquitetônica para esses espaços, visando contribuir com as demandas dos acolhidos. “A palavra 'acolher' vai além do sentido denotativo da palavra. É preciso incluir conceitos arquitetônicos de um lar. Remeter à vivência, à vivência de uma família”, destacou a agora egressa, que pretende continuar se capacitando, especialmente em novas técnicas de trabalho.
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