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Unijuí recebe seu primeiro aluno com síndrome de down

O ano de 2021 será especial para o jovem de 18 anos, Lucas Forgiarini de Matos, que dará início ao curso de Educação Física na Unijuí. Ele será o primeiro aluno com síndrome de down a ingressar na Instituição.

O Lucas optou pela Educação Física por gostar muito de esportes”, comenta o pai, Agostinho Alves de Matos, que conta, com orgulho, que o filho pratica futebol, judô e ainda realiza treinos diários de musculação – em casa, especialmente agora, em razão da pandemia, ou na academia. Todas essas práticas sempre estiveram mescladas a uma rotina intensa de estudos.

O jovem concluiu o Ensino Médio no ano passado, no Centro de Educação Básica Francisco de Assis (EFA), onde estudou desde os 4 anos. Apesar da vida marcada por dificuldades, por idas e vindas de clínicas, realizando estimulações desde cedo, Lucas sempre se destacou nos estudos e nas atividades que desempenhou. Tanto que, aos seis anos, como lembra o pai, já começou a ler. “Sempre prestamos toda a estrutura e o acompanhamento necessário e hoje o Lucas é o que é: faz de tudo. Com a conclusão do Ensino Médio, decidimos continuar investindo nele, que queria realizar uma graduação. Isso ajuda até na sua autoestima”, declara Agostinho, que contou com o apoio da esposa, Lenir Forgiarini de Matos.

A psicopedagoga na EFA, Juliana Sfalcin relata que Lucas teve uma bela trajetória desde a Educação Infantil até o Ensino Médio. “A convivência com seus colegas, as interações com estudantes da mesma idade ou de idades diferentes, em situações diversas através de atividades individuais e coletivas, possibilitaram o respeito às diferenças e a socialização entre os alunos, contribuindo para o seu crescimento social e emocional”, explica a profissional, que relata que desempenhou um trabalho de acompanhamento com intervenções de acordo com as necessidades e potencialidades, e de orientação para os professores, para que todas as adequações curriculares fossem realizadas.

No decorrer do percurso escolar, o Lucas mostrou-se comunicativo, carismático, afetivo, dedicado aos estudos e com grande facilidade para criar vínculos, sempre interagindo com os colegas e professores. Participativo em todos os processos, teve avanços significativos e, de forma a considerar a sua capacidade cognitiva, respondeu de forma positiva às aprendizagens. Por isso acreditamos que terá sucesso também no Ensino Superior”, reforçou Juliana, lembrando que, mesmo durante a pandemia, com as aulas remotas, Lucas conseguiu acompanhar todas as mudanças e teve um desempenho excelente. “Ele participou das aulas online e realizou as atividades propostas. Por estes motivos, não estamos surpresos e acreditamos que o Lucas terá uma ótima performance na graduação. Com certeza esse é um exemplo que mostra que é possível promover a inclusão. O mais importante nos processos de ensino e aprendizagem é fazer com que o estudante se sinta capaz de superar as suas dificuldades, potencializando as suas habilidades, sempre com muito respeito, empatia e sensibilidade”, finalizou.


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