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Quem vê rótulo não vê coração

 

 

Na estreia da coluna "Colher de Pau", que vai tratar de gastronomia e cultura, escrita por André Pinheiro Machado, jornalista e Chef, entenda a importância de tomar alguns cuidados com a alimentação. Saboreie!


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Psicologia e o Senso Comum

E você, já usou sua psicologia hoje?

Como acadêmica de psicologia, posso diferenciar certos termos, sem que me cause alguma estranheza, o que não era bem assim tempos atrás. Noto o quanto as pessoas usam o termo psicologia no cotidiano. Sendo que muitas vezes as pessoas não se dão conta e usam esses termos, sem saber o significado. Usam, porque, afinal de contas, as pessoas em geral têm “sua psicologia”.

Quem já não ouviu alguém comentar a respeito da atitude de uma pessoa em relação a determinado assunto ou situação? Normalmente falam que fulano usou de “certa psicologia” para se safar, ou então, que teve um “psicológico” forte para encarar tal situação, ou ainda que aquele vendedor da loja tal usou do poder de persuasão. Para vender, usou de “psicologia”.

Quando as pessoas geralmente procuram aquele amigo, que está sempre disposto a ouvir seus problemas, dizem que ele tem “psicologia” para entendê-las. Quando se deparam com algum problema, pensam que precisam manter o equilíbrio psicológico para não perder o controle. E assim as pessoas seguem no seu cotidiano, nas suas relações, não é isso? Quem de nós não passou ou presenciou tais eventos?

Será essa a psicologia dos psicólogos? Certamente não. Essa psicologia, usada no cotidiano, é denominada de psicologia do senso comum, é justamente nessas situações do meu cotidiano, com amigos, colegas de trabalho, que observo o quanto as pessoas usam esses termos, como por exemplo: “menina histérica”, “ficar neurótico”. Termos definidos pela psicologia científica e, que as pessoas não se preocupam em definir as palavras usadas e nem por isso deixam de ser entendidas pelo outro. E você, tem usado muito da psicologia no seu cotidiano?

* Janaina Jaques - Acadêmica do curso de Psicologia da UNIJUÍ


"O doce da loucura"

Vamos Zarpar pro futuro, sem Crise de Abstinência e, aos Carecas da Jamaica: naaaaaaaaaada...

Quando se fala em música, geralmente fazem-se classificações, rotulações, etc. Mas, quem consegue definir Nei Lisboa? Eu não. E isso me faz gostar e ouvir ele ainda mais. Nei é bossa, é jazz, é rock, é mistura. Nei Lisboa é... Nei Lisboa. Não adianta ler sobre ele, é necessário ouvi-lo.

Além de música Nei faz poesia e faz a cabeça viajar. Quem não ouviu “Telhados de Paris”? Perfeita pra um dia meio chuvoso, como o de hoje (quarta-feira, 8 de julho de 2009), ou então a música “Por Aí”, outro poema daqueles que fazem a gente parar o mundo pra prestar a atenção.

Além de música, poesia, Nei faz política. Li, numa Aplauso de 2009, que ele decidiu encarar a música como profissão pra disseminar suas idéias políticas. Ouça então, “A Revolução” e “Zarpar pro Futuro” ou ”Carecas da Jamaica”, parceria com Humberto Gessinger. Ou melhor, ouça todos os discos e todas as músicas. Hein?


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Literatura do lixo?

A resposta é: Bukowski. Charles Bukowski...

Chamado também de o beat tardio, Bukowski tirava sua literatura de tipos mal encarados, bêbados, decadentes. Talvez tenha sido o escritor que melhor expressou o anti-sonho americano. Também foi um mestre do conto, surpreendendo o leitor com finais interessantes, abruptos, anti-convencionais.

Histórias tiradas de sua vida desregrada. Histórias ambientadas em bares de quinta categoria, em meio a pessoas duvidosas e pouco dinheiro pra bebida. Essas definições expressam um pouco da literatura de Bukowski, extremamente autobiográfica. Ele próprio tornou-se um personagem de suas histórias.

O que as biografias contam, é que era uma pessoa extremamente difícil de conviver, sempre bêbado, reclamão, dono da verdade. Odiava tudo e quase todos, vivia praticamente isolado, bebendo e escrevendo. Volta e meia tinha que participar de recitais literários, por contratos com editoras, o que, quase sempre não acabava bem, pois, geralmente afrontava a platéia e bebia em meio a sua fala.

Aí vai um pouco da sabedoria Bukowskiana:

“Me sinto bem em não participar de nada. Me alegra não estar apaixonado e não estar de bem com o mundo. Gosto de me sentir estranho a tudo”.

“Já basta o número de comentaristas sociais de escasso QI que existe por aí. por que deveria acrescentar o meu sarcasmo privilegiado? que não ouviu ainda essas velhas que vivem dizendo: "oh, acho simplesmente ATROZ o que essa juventude anda fazendo por aí, com todas essas drogas e sei lá mais o quê! que coisa horrível!" e aí a gente olha pra ela: sem olhos, sem dentes, sem cérebro, sem alma, sem bunda, sem boca, sem cor, sem ânimo, sem humor, sem nada, apenas um sarrafo ambulante, e a gente fica pensando o que o chá com bolinhos, a igreja e a bonita casa de esquina fizeram por ELA. e os velhos às vezes ficam bem agressivos com o que uma parte da juventude anda fazendo - "que diabo, trabalhei DURO a vida inteira!" (eles acham que isso constitui uma virtude, quando a única coisa que prova é que o sujeito não passa de um perfeito idiota) "esse pessoal quer ganhar tudo sem fazer NADA! passando o tempo todo sentado pelos cantos, estragando o corpo com drogas, esperando viver às custas da riqueza da terra!"

"...muitas vezes o aspecto da cozinha reflete o estado do espírito. Os sujeitos confusos, inseguros e maleáveis são pensadores. A cozinha da casa deles se assemelha às idéias que têm: cheias de lixo, metal encardido, impurezas, mas eles sabem disso e até acham graça. Às vezes, com violenta erupção de fogo, desafiam as divindades eternas e surgem com o fulgor intenso que volta e meia chamamos de criação; noutras, meio que se embriagam e resolvem limpar a cozinha. Mas tudo volta logo a cair na desordem e ficam no escuro de novo, precisando de BABO, comprimidos, orações, sexo, sorte e salvação. Mas quem mantém a cozinha sempre limpa é anormal. Cuidado com ele. O estado de sua cozinha equivale às idéias que tem: Tudo em ordem, arrumado; permitiu que a vida o condicionasse rapidamente a um firme e resistente complexo de raciocínio defensivo e tranquilizador. É só se prestar atenção no que diz durante dez minutos pra se ter certeza de que tudo o que dirá pelo resto da vida será intrinsecamente inexpressivo e sempre sem graça. É um monolito. Existem mais criaturas desse tipo do que de qualquer outro. Portanto, quem estiver a fim de encontrar um homem vivo precisa, antes de mais nada, dar uma olhada na cozinha do cara - economiza tempo e dinheiro."

Fernando Vieira Goettems - Jornalismo/ Coordenadoria de Marketing da UNIJUÍ


Campos de Carvalho pode te enlouquecer

“Pois o que me ocorre, onde me encontro, é apenas isso que me parece de um absurdo inominável: uma minoria armada até os dentes, inclusive com cadeiras elétricas, manda e desmanda em uma maioria de indivíduos realmente individuais…” – Walter Campos de Carvalho, escritor brasileiro.

O mineiro Campos de Carvalho, escritor brasileiro relegado ao segundo plano no panteão da literatura brasileira, devia ser amplamente estudado nas escolas, debatido na mídia e na academia. Sim, é necessário ler Machado de Assis, Jorge Amado, etc.; etc.; etc. Mas, esse cara, definido por alguns como anarquista, surrealista, e algo mais, tem uma escrita ácida, invocando o absurdo para explicar o homem, a condição humana, delírios existências, e afins.

Encaro a literatura do mineiro como marginal. Marginal porque praticamente não se fala, não se discute, não se escuta nada sobre seus escritos e sobre sua personalidade, sua história, a não ser na internet.

Encontrei um texto, bem completo e legal sobre o escritor nessa revista on-line: www.revistabula.com/materia/campos-de-carvalho-a-vingana-do-icone iconoclasta/1042

Aqui www.releituras.com/ccarvalho_menu.asp' class='azul'>www.releituras.com/ccarvalho_menu.asp.

E aqui também:super.abril.com.br/superarquivo/2001/conteudo_119573.shtml

A trajetória do escritor é parecida com a de muitos outros. Funcionário público de carreira passou a se dedicar a literatura, paralelamente, aos 25 anos. A medida que amadureceu, ficou cada vez mais ácido, chegando ao petardo “A lua vem da Ásia”. Sem muita conexão entre um capítulo e outro, a obra pode ser encarada como fragmentos de delírios, a cada capítulo. É uma lógica do absurdo.

Não vai cair no vestibular. Cuidado: Campos de Carvalho pode te enlouquecer. Só por isso vale a pena ler seus escritos. Ficamos por aqui, com mais um trecho louco de um escritor louco: “Sei que é de praxe o suicida invocar grandes razões, e se possível belas, para justificar seu gesto tresloucado. Se eu quisesse, certamente poderia encontrar uma dúzia (de razões) capaz de justificar não apenas o meu suicídio como o suicídio de toda a humanidade, no dias que correm como em todos os tempos”.

Fernando Vieira Goettems - Jornalismo/Coordenadoria de Marketing da UNIJUÍ


Por aí...

Existencialismo, literatura, protesto e diversão: na estrada...

Resolvi mudar. Até agora, em todos os posts comentei filmes. Hoje, comento um livro: “On The Road”, ou Pé na Estrada, na tradução brasileira. A essa altura, quem me conhece já pensa: “eu sabia, com certeza ele escreveria sobre esse livro”. E, quem pensa assim é por que me conhece mesmo. É o típico livro que muda vidas. Ponto.

O que podemos pensar de uma história ambientada na estrada? Existencialismo. Puro, simples, sincero. Escrito frenéticamente, “On the Road”, do escritor americano Jack Kerouac, retrata a América dos perdidos, dos (auto) excluídos do american way of life. É uma busca por algo, que nem mesmo o escritor sabe definir. Um algo que todos buscam, de algum modo. Uns na estrada, como o escritor e seus amigos. A geração beat. Os vagabundos iluminados (que é outro livro do escritor), autênticos sujeitos que buscam por si, suas referências, seus ideais.

É um história metafórica, unindo vida, estrada, pessoas, lugares. Retrata o conhecimento que vem da experiência individual. A história é uma viajem mesmo. É só pegar, começar a ler, que, imediatamente vem a cabeça o clássico de uma viajem: olhar o horizonte e deixar fluir o pensamento. Fluir para inúmeras possibilidades.

Para os mais interessados no livro, Kerouac no processo de escrita, mesmo que sem querer, criou elementos mitológicos. Entre eles: escrever a base de vinho, anfetaminas e jazz, sem parar, frenéticamente, tudo num rolo só, sem divisão de folhas e parágrafos. Um livro selvagem, como definiu Allen Ginsberg, amigo de Kerouac, escritor e, claro: um beat.

Fernando Vieira Goettems - Jornalismo/Coordenadoria de Marketing da UNIJUÍ








 
Unijuí - Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul
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