Até logo “velho continente” - Unijuí

Até logo “velho continente”

A contagem regressiva já começou, a volta para casa se aproxima tão rapidamente quanto a ansiedade de ver todos novamente. O “poix”, “estas a perceber” e “o pá” não farão mais parte do vocabulário cotidiano, o que me deixa muito feliz, pois é um sinal de que voltei para casa, para o meu Brasil, para o meu Rio Grande do Sul. Mas também fica a saudade de uma fase da vida inexplicável, recheada de novos conhecimentos, cultura, aprendizado, e que entre o “leite quente” de nós gaúchos, da “muxtarrda” dos cariocas, do “cê ta doido sô” dos mineiros, do “não to inteindeindo” dos paulistas, da fala acelerada dos catarinenses, foram-se criando novas amizades entre todos os cantos do Brasil...

Passamos o Natal e Ano Novo reunidos com os brasileiros, onde fizemos a ceia, amigo secreto, tudo como manda o figurino, mas com uma única diferença, estávamos na Europa. O Natal parecia que ia ser um dia triste, pois estava longe de toda a família, das pessoas que amo, mas a chegada de uma visita mais que especial da minha namorada Marcele tornou o Natal e o Ano Novo inesquecíveis, pois além de ela estar aqui comigo, estava representando toda a minha família e isso me deixou muito feliz.

Já no início de janeiro, começaram as provas. A faculdade nos proporcionou um grande aprendizado e conhecimento sobre aspectos diferenciados do nosso curso, fizemos visitas de estudos na fábrica da Citroën e da Peugeot, fábrica da Bosch, central de biomassa. A experiência obtida aqui será um grande diferencial na minha formação profissional.

Também tive a possibilidade de conhecer o Marrocos, um lugar diferente de tudo que se possa imaginar, fora da nossa realidade, mulheres de burca, um choque e uma diferença enorme da cultura brasileira. Os idiomas predominantes no Marrocos são o Árabe e o Francês. Como Marrakesh é uma cidade extremamente turística, principalmente na Praça Jemaa El Fna, onde há o Mercadão, onde se vende tudo, os vendedores falam mais algumas línguas como o espanhol, o que facilita muito pra nós, encontramos até um vendedor brasileiro e que morou em Porto Alegre, mas que está vivendo em Marrakesh há alguns anos.

O melhor da viagem foi andar de dromedário no deserto do Saara, uma experiência inesquecível e inigualável, a areia não é como a das nossas praias, as dunas são bem mais altas, o pôr do sol é extremamente maravilhoso.

Com o término das aulas tive a oportunidade de conhecer outros países da Europa, já que aqui é mais barato viajar para outro país do que no Brasil viajar para outro estado. Assim aproveitei os últimos dias na Europa.

Isso é um pouco do que vivi aqui nesses 5 meses, resumidamente. Valeu e está valendo a pena cada minuto presenciado aqui. Portugal é um ótimo país e a Cidade do Porto é maravilhosa, é um lugar bom de se morar, é um país cheio de cultura e riquíssimo em história, eu pretendo voltar com certeza para explorar ainda mais esse país.

Por fim, gostaria de agradecer à UNIJUI pela oportunidade oferecida através do intercâmbio, o que nos engrandece não só profissionalmente quanto pessoalmente. Agradecer aos meus pais pelo esforço e dedicação que demonstraram a fim de manter-me aqui e por segurar a barra e agüentar a saudade, que eu sei que não é fácil, serei grato eternamente pela oportunidade que me permitiram viver.

Um grande abraço a todos e até logo, Velho Continente!

Pedro Arnoldi, acadêmico do Curso de Engenharia Mecânica da Unijuí, concluiu em fevereiro período de intercâmbio na Universidade do Porto / Portugal.


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