“Não lembro de ter visto meu pai mais feliz do que no dia em que a Unijuí foi reconhecida como Universidade” - Unijuí

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“Não lembro de ter visto meu pai mais feliz do que no dia em que a Unijuí foi reconhecida como Universidade”

A frase, dita por Eliane Brum, filha do professor Argemiro Jacob Brum, dá o tom da homenagem realizada a um dos fundadores da Universidade. No evento, a Unijuí também passou a denominar o seu principal local de eventos como “Salão de Atos Argemiro Jacob Brum”.

    

A figura cuja trajetória acadêmica e de vida se confunde com a história da Unijuí, recebeu, na tarde desta quinta-feira, dia 16, uma grande homenagem. A partir de agora, o principal local de eventos da Universidade passa a ser chamado de “Salão de Atos Argemiro Jacob Brum”.

Com a presença de familiares, professores, técnicos-administrativos e convidados, o evento, que deu início às comemorações dos 60 anos de Ensino Superior na região e na Instituição, ressaltou o legado do professor. Na abertura, a Reitora, professora Cátia Maria Nehring, ressaltou a importância do ato. “Momentos como este, que juntam emoção e razão, são difíceis, mas necessários, pois as instituições são feitas de pessoas”. A Reitora em sua fala também expressou a gratidão da Universidade ao fundador e professor pelo seu legado.

Logo após, o professor Jaeme Luiz Callai (DHE), abordou “O legado acadêmico do Professor Argemiro Jacob Brum”. “Como um verdadeiro mestre, ele ensinou uma geração de estudantes, pelo que disse e pelo que escreveu, mas sobretudo pela coerente firmeza de suas convicções. Para Argemiro, o respeito ao outro não era um exercício retórico, pelo contrário, era a expressão de um modo de vida. Esse foi o seu legado maior”, acrescentou.

       

Na sequência, Eliane Brum, jornalista e filha do professor, compartilhou com o público a fala “Viviário” de Argemiro Jacob Brum”. “Só posso falar como filha e fazer aqui um “viviário”, porque descobri que meu pai não me ensinou a escrever obituários. E como filha, eu lembro de um pai, que foi meu e também desta Universidade. É nesse lugar que meu pai gestava sentidos para o seu ser e estar no mundo”, iniciou Eliane.

Emocionada, ela continuou seu discurso. “Nem eu nem meus irmãos conhecemos uma vida em que a Unijuí não estivesse. A história de cada um de nós tem sido entrelaçada pela história desta Universidade e esta trama compartilhada definiu os homens e mulheres que viríamos a ser. Não é por acaso que o meu irmão mais velho, que completa 60 anos amanhã (dia 17), e que leva o nome do pai, é professor na Unijuí. 60 anos atrás, portanto, meu pai vivia dois partos ao mesmo tempo”, relatou.

Eliane Brum lembrou, ainda, outros momentos da vida do seu pai ligados à Unijuí. “Não lembro de ter visto meu pai mais feliz do que no dia em que a Unijuí foi reconhecida como Universidade” observou a jornalista, que, ao final, foi aplaudida em pé pelo público.

         

Para finalizar a primeira parte da homenagem, o Coral Unijuí realizou uma apresentação ao público.

Em um segundo momento, para encerrar o evento, foi realizado o Ato de Denominação do Salão de Atos Argemiro Jacob Brum, com o descerramento de uma placa, afixada na entrada do local. “Que esta construção não termine aqui. Os primeiros 60 anos estão concluídos, outros tantos deverão vir. As pessoas passam, as Instituições que nós criamos, continuam”, pontuou Argemiro Luis Brum, filho do professor homenageado, e docente na Unijuí.

Confira

Uma trajetória dedicada à educação

O professor Argemiro Jacob Brum, um dos fundadores da FIDENE/UNIJUÍ, faleceu no dia 5 de agosto de 2016 e foi sepultado no dia 6, no Cemitério da Comunidade do Barreiro (interior do município de Ijuí). 

Filho de agricultores de imigração italiana, dedicou sua vida à educação. Seu pai, José Brum, tinha um sonho: dar estudo a pelo menos um de seus filhos. E o desejo do pai, que faleceu ainda jovem, foi concretizado pela sua família através de Argemiro.  

Após cumprir todos os estudos básicos, cursou Filosofia e Letras na então Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ijuí (FAFI), pioneira no ensino superior da Região Noroeste do Rio Grande do Sul. Desde então, nunca mais parou de estudar e de ensinar. Também deixa como legado uma série de obras.  

Confira mais sobre a história do professor.

     


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