A população do Rio Grande do Sul está sofrendo uma grande tragédia. Dos 497 municípios gaúchos, 401 foram atingidos pelas enchentes, totalizando 1,4 milhão de pessoas afetadas, sendo que 159 mil estão fora de casa. Segundo dados da Defesa Civil do Estado, o número de vítimas fatais subiu para 95. Há ainda 131 pessoas desaparecidas e 372 feridas.
Essas situações causam sofrimento, onde comunidades inteiras são afetadas. Neste sentido, os primeiros cuidados psicológicos são extremamente necessários. Eles envolvem assistência humana e ajuda prática para apoiar indivíduos que sofreram sérias situações de crise. Com base no guia da Organização Pan-Americana da Saúde, o curso de Psicologia da Unijuí elencou as principais orientações para quem está atuando no resgate e acolhida aos atingidos pelas enchentes no Estado.
Para o professor do curso de Psicologia da Unijuí, Marcelo Rigoli, as pessoas estão passando por situações traumáticas e saber como acolhê-las faz toda a diferença. “Qualquer pessoa pode se inteirar a respeito dos primeiros socorros psicológicos. Essas ações são muito importantes para que as pessoas atingidas não tenham prejuízos a longo prazo”, explicou.
Segundo o professor, no primeiro momento, deve-se prover as necessidades físicas das pessoas. “Prestar atenção se há alguma lesão, se precisa de atendimento médico, se a pessoa está alimentada e hidratada; investigar o que a pessoa precisa ter nas próximas 24 ou 48 horas, pois muitas pessoas, por exemplo, fazem tratamento com medicação de uso contínuo; e buscar saber se a pessoa tem familiares desaparecidos, pessoas próximas que ela precisa buscar ou se ela mesma está sendo procurada, para a partir dessas informações, direcioná-la para os locais corretos”, destacou Rigoli.
Também é importante saber o que não fazer. “Não devemos pedir que as pessoas socorridas fiquem explicando o que aconteceu. Deve-se acolhê-las sem instigar que falem sobre o assunto, a não ser que elas queiram desabafar. Também não é necessário incentivar o uso de medicamentos que as pessoas não estejam habituadas a tomar como, por exemplo, ansiolíticos e outros remédios para tentar atenuar o que elas estão sentindo”, pontuou.
Primeiros cuidados psicológicos:
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