Rizoma Temático debate situação do Afeganistão após a saída de tropas americanas - Unijuí

Rizoma Temático debate situação do Afeganistão após a saída de tropas americanas

Os últimos oficiais americanos deixaram o Afeganistão nesta segunda-feira, 30 de agosto, após dias de uma missão para a retirada de militares e civis do País. Com isso, tem fim a mais longa ocupação da história dos Estados Unidos. Mas o que acontece agora? Quais as consequências da tomada do poder pelo Talibã para quem vive no Afeganistão e fora dele?

Para debater o assunto “Colapso no Afeganistão: como isso impacta em nossas vidas?”, o Rizoma Temático desta quinta-feira, 2 de setembro, trouxe três convidados: o mestre em História e professor da Unijuí, Josei Fernandes; o doutor em Ciência Política e professora da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Dejalma Cremonese; e o pós-doutor em Direito e professor do Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos (PPGDH) da Unijuí, Doglas César Lucas.

O professor Dejalma destaca que para entender a situação do Afeganistão hoje é necessário olhar um pouco para a história. “O Afeganistão é um país difícil no aspecto geográfico, sempre foi palco de disputas e conflitos, até no regime da Guerra Fria, e sempre foi considerado um país de salvaguarda a grupos terroristas, como a Al-Qaeda, que Osama Bin Laden pertencia e era aliada do Talibã.”

O professor Josei reforça que essa formação histórica torna o território propenso para o surgimento de grupos terroristas. “Esses conflitos, essa luta por territórios de difícil acesso, essa hostilidade que acaba sendo criada contra invasores estrangeiros em muitos momentos da história, acaba sendo um combustível muito forte para o surgimento de grupos terroristas”, avalia o historiador. 

“Do ponto de vista acadêmico, nós precisamos produzir o processo de descolonização epistemológica, ou sempre vamos insistir nessa leitura ocidental do mundo como sendo a melhor. Precisamos criar espaços de debate sobre a diferença, sobre o outro, a outra cultura. Não vamos produzir unanimidades, nem consensos, mas precisamos definir pautas mínimas de convivência entre povos, culturas e religiosidades diferentes. Nós só podemos contribuir para que a emancipação do outro se torne possível na medida em que o outro se torna importante para nós”, destacou o professor Doglas.

Por Amanda Thiel, estagiária de Jornalismo na Assessoria de Marketing da Unijuí

Ouça abaixo o programa na íntegra:


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