
Obra "Pra que é que serve uma canção como essa?" é organizada pelo poeta e crítico Eucanaã Ferraz e foi lançada no Rio de Janeiro
O trabalho de Adriana Calcanhotto sempre flertou com outras expressões, como a literatura, as artes visuais e o teatro. Influência central na obra da cantora e compositora, a poesia é o norte de Pra que é que serve uma canção como essa?, livro organizado pelo poeta e crítico Eucanaã Ferraz somente com letras da artista gaúcha. Publicado pela editora Bazar do Tempo, o volume foi lançado na semana passada no Rio de Janeiro, em uma concorrida sessão de autógrafos na livraria Argumento, que contou com as presenças de nomes como Erasmo Carlos, Thaís Gulin, Teresa Cristina, Roberta Sá e Antonio Cícero, que se revezaram em canjas musicais (não há previsão de sessão de autógrafos no Estado). São 91 letras, sendo que 18 inéditas, compiladas por Eucanaã e revisadas por Adriana, em um projeto acalentado há mais de cinco anos pela editora Ana Cecilia Martins.
— Eu não queria fazer esse livro de jeito nenhum. Fui negociando tempo então com a Ana: primeiro organizei uma antologia de poemas para crianças(chamada Antologia ilustrada da poesia brasileira), depois uma de haicais(batizada de Haicai do Brasil). Tenho muitas parcerias, mas letras só minhas não são muito mais do que essas reunidas. Vi que tinha coisas inéditas, antigas e novas, e resolvi fechar essas músicas, finalizar essas letras. Acho que o livro encerra um ciclo e começa outro na minha vida — explicou Adriana falando ao telefone com Zero Hora, lembrando que há pouco mais de duas semanas perdeu o pai, o baterista Carlos Calcanhoto, a quem ela se referia como "Partimpai".
Eucanaã dividiu o trabalho em cinco seções, nas quais agrupou as letras por temas e em ordem cronológica: Você (letras de temática amorosa, principal tópico das canções de Adriana), Agora (palavra constante nas letras da artista, congregando canções sobre o momento presente), Onde (destaque para a presença de lugares, paisagens, cidades), Olhar (aqui os versos giram à roda de pessoas e coisas, como se as canções observassem o mundo) e Verso (o tema é a própria canção, ou a palavra, o verso).
— Esse tipo de livro é equivocado por princípio, porque a canção é uma coisa única, letra e música. É como desmembrar corpo e espírito. Ao mesmo tempo, a Adriana é uma autora muito próxima da poesia, da palavra escrita. Meu olhar foi ver quais as letras que suportavam estar no papel sem melodia — sintetizou Eucanaã também conversando com ZH.
No prefácio de Pra que é que serve..., o organizador traça uma minuciosa exegese da obra da amiga, identificando a variada gama de referências artísticas e culturais que informaram uma trajetória singular na música brasileira. Eucanaã destaca em especial o que define como um pendor pelo paradoxal, um movimento pendular de Adriana que vai do minimalismo ao excesso — às vezes, em uma mesma canção. Em mais de 10 discos autorais e projetos que incluem performances poético-musicais e discos para o público infantil sob o heterônimo de Adriana Partimpim, a criadora avançaria por um caminho que acolhe tanto a contenção da bossa nova quanto o transbordamento do tropicalismo, o cerebralismo da poesia concreta e o romantismo ingênuo da jovem guarda, Augusto de Campos e Claudinho & Buchecha. Um deleite com a contradição explicitado em canções como Minha música (leia a letra abaixo) e Esquadros — dos versos "Transito entre dois lados de um lado / Eu gosto de opostos".
A ligação da porto-alegrense Adriana com o Sul está na frente e no verso da publicação: a capa estampa uma foto da intérprete olhando a paisagem a partir de uma janela da Fundação Iberê Camargo, enquanto a contracapa reproduz um retrato dela pintado pelo próprio Iberê Camargo.
— O prédio da fundação abre para uma visão que a gente não tinha em Porto Alegre antes. A foto ilustra o que o Eucanaã escreve sobre eu sempre procurar enquadrar as coisas. Já o retrato é um díptico de 1991. O Iberê disse que pintou meu corpo e minha alma, e no livro está o quadro que seria a minha alma. Dediquei a música Tons para ele no meu segundo disco (Senhas, de 1992) — lembrou Adriana.
"MINHA MÚSICA"
"Minha música não quer ser útil
Não quer ser moda
Não quer estar certa
Minha música não quer ser bela
Não quer ser má
Minha música não quer nascer pronta
Minha música não quer redimir mágoas
Nem dividir águas
Não quer traduzir
Não quer protestar
Minha música não quer me pertencer
Não quer ser sucesso
Não quer ser reflexo
Não quer revelar nada
Minha música não quer ser sujeito
Não quer ser história
Não quer ser resposta
Não quer perguntar
Minha música quer estar além do gosto
Não quer ter rosto, não quer ser cultura
Minha música quer ser de categoria nenhuma
Minha música quer só ser música
Minha música não quer pouco"
PRA QUE É QUE SERVE UMA CANÇÃO COMO ESSA?
Livro com seleção de 91 letras de Adriana Calcanhotto organizado por Eucanaã Ferraz. Editora Bazar do Tempo, 192 páginas, R$ 48.
Fonte: Zero Hora

Segundo ator, personagem tem um pouco da classe do saudoso músico
Interpretar o Coringa após o icônico papel de Heath Ledger em 2008 não deve ter sido fácil para Jared Leto.
O ator e líder do Thirty Seconds to Mars ficou com a função para a mais nova aposta da DC Comics,Esquadrão Suicida, mas algo parece ter facilitado o seu trabalho: David Bowie.
Em entrevista, Leto revelou que se inspirou nas diversas personas do saudoso músico para compor a personalidade de seu personagem, e ainda reclamou que isso não ficou perceptível pois cortaram muitas cenas do Coringa no longa. Leia:
"Discutimos um pouco [sobre Bowie] – não necessariamente a música de David, mas sua classe, sua elegância, sua intemporalidade. […] Havia tantas cenas que foram cortadas do filme, não consigo nem começar. Havia tanta coisa que nós filmamos e não está no filme. […] Eu acho que seria ótimo mergulhar mais fundo no Coringa, expandir a história e aprender um pouco mais sobre este doente e estranho – mas adorável – homem."
O filme e o personagem de Leto, porém, não estão sendo muito bem recebidos pela crítica. No site Rotten Tomatoes, especialista em dar nota aos lançamentos da TV e do cinema, os críticos deram a Esquadrão Suicida um terrível 26%. Fãs do longa tentaram criar um abaixo assinado para derrubar o site em protesto.
Fonte: Tenho mais discos que amigos
Conhece alguma mulher empreendedora que tenha um projeto inspirador? O Prêmio Cartier é uma competição disputadíssima entre empreendedoras do mundo inteiro. O processo de participação já é um aprendizado enorme. Em 2014, a Bel Pesce ganhou o prêmio mundial com o projeto da FazINOVA e esse processo colaborou muito para uma incrível evolução da sua empresa. "Foi um momento muito, muito especial que ficará para sempre no meu coração. Motivada pelas emoções que vivi ao receber esse prêmio, resolvi, através do BeDream Fund, ajudar outras mulheres a inscreverem sua empresa nessa premiação, através de um acompanhamento e mentoria", diz Bel Pesce. Os 3 projetos mais votados receberão uma mentoria da Equipe BeDream para inscrever sua empresa no Prêmio da Cartier, coordenada pela própria Bel. Último dia para inscrever, acesse fund.bedream.me. Fonte: Catraca Livre. |
O quarteto que revolucionou a música é tema de curso para universitários. A Liverpool Hope University, na Inglaterra, tem desde 2009 um curso de pós-graduação em Beatles. “Os Beatles, Música Popular e Sociedade” busca examinar o significado da música dos Beatles na construção de identidades, na audiência, nas diferentes etnias e indústrias para compreender a música como prática social. As disciplinas também abordam a semiótica da música. O curso, que pode ser feito em período integral ou meio período, tem 12 módulos e uma dissertação de trabalho final. Confira mais informações na página oficial. Fonte: Catraca Livre |
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Esta semana “O que está pegando”, promovido pelos estudantes e professores do curso de Ciências Econômicas da UNIJUÍ, vai debater os desafios da organização da Expo-Ijuí/Fenadi. Compondo a mesa estão: o presidente da edição 2016 da feira e diretor da Imasa, Jalmar Martel; o professor da UNIJUÍ, doutor em Administração, Romualdo Kohler; e o professor Mestre em Administração, Ivo Ney Kuhn, que tem acompanhado as últimas edições da Expo-Ijuí através de pesquisas de satisfação tanto dos expositores como do público visitante.
Reforçando uma das características das coletivas de imprensa, que é o caráter itinerante, o debate acontece nesta terça-feira, na Sala de Reuniões da Associação Comercial de Ijuí, a partir das 9h.
“O que está pegando” consiste na organização de um roteiro de entrevistas realizadas por lideranças comunitárias aos órgãos de comunicação da região sobre os principais temas da conjuntura socioeconômica. As entrevistas serão realizadas semanalmente e contarão com a participação de três convidados que discutirão o tema eleito. Até o momento os debates aconteceram sobre as perspectivas da economia brasileira, o financiamento da saúde e o planejamento estratégico regional.
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O Poder Executivo e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente premiaram o projeto "Ações Sustentáveis nas Escolas de Ijuí: a preservação do meio ambiente também passa pelo rádio", realizado pela UNIJUÍ FM em 2013, 2015 e 2016. O Prêmio Ben Hur Lenz César Mafra foi entregue em cerimônia nesta sexta-feira, durante o 8º Fórum Gaúcho de Arborização Urbana, na SMMA. A UNIJUÍ FM esteve representada no evento pelo diretor Luiz Henrique Berger e pela coordenadora pedagógica Carine Prediger Da Pieve.
O projeto "Ações Sustentáveis nas Escolas" utiliza o rádio como ferramenta de educação ambiental. Alunos do pré ao 9º anos do Ensino Fundamental ouvem informações sobre sustentabilidade ao vivo na emissora, professores trabalham atividades lúdicas, de reflexão, de pesquisa interdisciplinar, e a UNIJUÍ FM confere de perto os trabalhos desenvolvidos com a realização de fotos, áudios e vídeos em que os alunos podem divulgar conhecimento, mostrar suas produções e desenvolver a expressão e comunicação oral.
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Em 2016 participam do projeto da UNIJUÍ FM 12 escolas de Ensino Fundamental de Ijuí e interior, totalizando 1.608 alunos e 106 professores. Estima-se que a iniciativa ainda alcance um público de 5 mil pessoas entre familiares e comunidade escolar.
Os temas ambientais trabalhados nesta edição foram: Reaproveitamento e Reutilização de materiais nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro; como a natureza reaproveita os resíduos pelas bactérias e fungos; os cuidados e a preservação da água; dengue; resíduos e coleta seletiva; resíduos e reciclagem; relações e sustentabilidade para cuidar do planeta; lixo, dengue e coleta seletiva; produção de horta com verduras e chás medicinais; ambiente saudável e a qualidade de vida; preservação do meio ambiente e os cuidados dos seres humanos com o planeta; e a união entre a natureza e o homem e a importância do cuidar.
No ano passado participaram 13 escolas, 1.891 alunos, atingindo um público de 8 mil pessoas. Em 2013, o projeto piloto foi aplicado em duas escolas de Ijuí.
Para saber mais sobre o projeto, o cronograma de atividades e conferir de perto o material produzido pelas escolas, acesse o blog acoessustentaveisnasescolas.blogspot.com.br.

































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