A banda O Nó desponta como um belo candidato a mais uma “banda de Rock Psicodélico”. Se o caráter viajante da psicodelia aparece no jovem grupo paulistano, engana-se quem espera o clássico do estilo. Aparecem, na verdade, diversas faixas sem tanta relação, cambiáveis entre si e com um fio conectivo subliminar - talvez a Internet ou os diversos discos familiares escutados na vitrola de seus pais. O que se percebe é que, a grosso modo, o som da banda é particular aos seus quatro integrantes. Isso pode ser visto em seu primeiro relato, EP1. Transita entre o phaser de guitarras largadas, espaçadas e o sintetizador grave Krautrock de O Sol, um belo Rock Progressivo que faz conexão entre Ave Sangria, Cidadão Instigado e Supercordas. O som nunca é uníssono e se fragmenta na música brasileira - Nublado tem toques oitentistas nas teclas que até pouco tempo poderiam ser considerados bregas (como disco velho do seu pai da trilha sonora do Blade Runner) e que o Séculos Apaixonados insiste e acerta em se envolver. Chama atenção as colagens entre cada faixa - Nublado tem pelo menos quatro partes bastante distintas em cinco minutos: captura a psicodelia na falta de repetição e nas letras: “Difuso entorpecer/Alento repentino/Afago irascível/Exaspero certeiro”. Escuro sem Fim é o momento mais ambicioso de todo o disco. Começa com uma chuva sintética de teclas, traz o groove de baixo e bateria para frente da mix e vai se transformando como uma lista de vídeos aleatórios no Youtube - não se sabe o que vai ser encontrado no final. É um produto nostálgico e garageiro, mas ainda sim reflexo de nosso tempo conectado, desfocado e multissensorial. Se o disco Demo do ano passado tinha alguns bons momentos sem tanta produção e requinte, EP1 é uma obra digna. Agrada-me saber que o novo Rock Psicodélico na Brasil está se tornando "mutante" como o principal grupo brasileira pede em seu nome. Pincela-se as referências através de sons encontrados inesperadamente na Web e torna-se uma grande miscelânea sonora, permissiva para que o ouvinte encontre o seu tipo ideal de viagem. E o melhor de tudo com gosto e toques extremamente brasileiros.
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O rapper Rick Ross também foi um dos muitos que se encantou com a nova música de Adele, Hello, primeiro single de seu novo álbum. Ele não perdeu tempo, pegou a música e fez um remix de bom gosto e solene da nova canção que há muito era aguardada. Apesar de ser um remix, Rick não altera a estrutura da faixa, salvas algumas falhas distorcidas em certos trechos, inserindo apenas um verso rápido entre a introdução da música e sua parte final. Dá o play e vem com a gente: “Hello”, Adele? É o Rick RossApesar de não ter feito grandes alterações, Rick manda seu verso sombrio e cheio de cicatrizes sob o toque simples do piano. Fala sobre relacionamentos fracassados, comunidades empobrecidas e sonhos que nunca se apagam. Ele ainda faz uma referência à 5ª Sinfonia de Beethoven e o filme Titanic, de James Cameron. A reformulação que Rick Ross emprega em Hello é a última de sua série Renzel Remixes, e chega um dia depois de seu remix de Stick Talk, do Future, além de um novo vídeo para Bill Gates, de sua mixtape Black Dollar. Fonte: A Gambiarra |
Depois de três anos do lançamento de A Mágica Deriva dos Elefantes, o Supercordas finalmente lançou seu álbum novo. Terceira Terra, o terceiro disco da banda, saiu nas redes no inicio do mês, pelo selo da Balaclava Records. Com muito indie psicodélico, o álbum reuniu as faixas já lançadas "Sobre o Amor e Pedras”, do Pedro Bonifrate (vocal), e "Maria³", além de mais nove músicas inéditas. Ouça Terceira Terra abaixo: Fonte: Noisey
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Uma das tendências que tem tido cada vez mais força no mundo da música é a dos duos, em que duas cabeças se unem para formar algo tão incrível que nossos ouvidos sentem prazer ao ouvir. Para citar dois exemplos, temos o Disclosure, formado pelos irmãos Lawrence, e AlunaGeorge, que já conquistou nossos corações. Mas, claro, existem ainda alguns grandes outros artistas na mesma indústria. E hoje apresentamos a você outro duo, que só pelas suas características merece nossa atenção. Agora, quando somos envolvidos pela música, mesmo que ainda em estágio inicial, podemos esperar grandes feitos. É o que acontece com a dupla Sofi Tukker, que faz uma dance music bastante contagiante. Sofi Tukker: começo promissorO duo é formado pela alemã Sophie Hawley-Weid e pelo ex-jogador de basquete Tucker Halpern. Aparentemente uma junção que a princípio pode parecer sem sentido, mas acredite, funciona. Os dois residem em Nova York, mas Sophie mesma se considera BRASILEIRA, porque ela diz amar o fato de a música pulsar em todo o lugar por aqui. Tucker, conforme já falamos, era jogador de basquete, mas um problema de saúde infelizmente (e “felizmente” para o mercado musical) acabou encerrando sua carreira como atleta e o fez entrar para a música. Os dois se conheceram e se uniram, e assim surgiu o Sofi Tukker. É interessante que o som do duo mistura música eletrônica com ritmos latinos, por conta da paixão de Sophie pela música brasileira, além de ritmos africanos. Oficialmente o duo lançou apenas uma faixa, Drinkee, que começou a ficar conhecida por conta de seu uso em um comercial do Apple Watch. A música é inspirada em Chacal, poeta brasileiro, que inclusive já compôs músicas para a Blitz. Trata-se de uma dance music com um pouco da pegada brasileira. E para se ter uma ideia da conexão que Sophie sente com sua música, confira a declaração que ela deu: ❝ Fazer Dance Music é uma coisa espiritual. É sobre estar completamente absorvido pelo ritmo e pela vibração, num ponto que as coisas insignificantes da vida param de importar. Eu venho ensinando várias formas de yoga por quatro anos e Drinkee, em particular, tem muito da minha experiência com cânticos da Kundalini Yoga. Ao repetir os sons várias e várias vezes, eu perco a noção do tempo, do espaço e do ego, e posso apenas pulsar.❞ Sim, o duo está apenas começando, mas isso não tira de forma alguma o mérito que eles têm por criar uma faixa incrível. Aprimorando cada vez mais seu som, não temos dúvidas de que ainda vamos ouvir muito mais de Sofi Tukker nos próximo anos. Ouça Drinkee abaixo.
Fonte: A Gambiarra |
Com acordes fáceis, letra bastante aconchegante, melodias diretas e uma voz digamos… ‘torta’, Fábio Cardelli adentra aos ouvidos com a canção “Cat Eyes”, primeiro single retirado do seu disco solo de estreia, A Palavra dos Olhos, lançado esse ano pelo selo paulista mono.tune records. No vídeo, gatos. Muitos gatos. Todos em relação de igualdade, intimidade e trocas com belas mocinhas em um quarto da vida, fazendo uma metáfora simples entre felinos e mulheres. A direção é de Jorge Maia, com edição de Vinícius Prado Martins. O disco está disponível para audição no Youtube e venda no iTunes. Fonte: Rockinpress |
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