Coral Unijuí: regente quer trabalhar em novos projetos neste ano
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- Segunda, 26 Abril de 2021
Há cerca de 15 anos, Diogo Braggio acompanhou as primeiras apresentações do Coral Unijuí, enquanto participava de eventos e trabalhava em outros grupos. “Sempre me chamou a atenção a postura e a qualidade do Coral Unijuí”, contou o profissional, que não teve dúvidas em participar da seleção aberta para regente pela Universidade. “Em meio a esse período crítico de pandemia, onde a maior parte dos corais acabou parando seus ensaios por não ter uma forma de realizá-los, fiquei sabendo que o Coral da Unijuí estaria selecionando um novo regente e que continuava ensaiando de maneira online, produzindo músicas. Não tive dúvida: me inscrevi para a seleção, com muita expectativa e muita vontade de ser escolhido para o cargo”, contou Diogo, que agora coordena o grupo.
Formado em Música – Licenciatura Plena pela Universidade Federal de Santa Maria, Diogo já trabalhou em Santa Maria com grupos vocais e corais e em outros municípios, como Restinga Seca, São Pedro do Sul, São Sepé, Faxinal do Soturno, São João do Polesene e Ivorá – em alguns grupos, atuou também como professor de instrumentos musicais. De 2006 a 2008, trabalhou como professor na UFSM e teve a experiência de estar na regência do Coral da Universidade.
No ano de 2009, com a carreira profissional voltada quase que inteiramente ao canto coral, decidiu fazer uma graduação específica na área. Diogo foi para Porto Alegre e realizou o curso de Música – bacharelado em Regência Coral. “Mantive-me vinculado à Santa Maria e região, mesmo ao longo dessa graduação e, ao findá-la, voltei a Santa Maria. Aprovado em um concurso, passei a trabalhar no município de Ivorá como instrutor de música, atuando em oficinas e também com o coral municipal. Também segui trabalhando com coros na região, como em Restinga Seca e Faxinal do Soturno. Tive ainda a experiência de trabalhar com outro coral universitário, durante um período de três anos: o Coral Recanto Maestro, da Faculdade Antonio Meneghetti, na região da 4ª Colônia de Imigração Italiana do Estado”, relata.
À frente do Coral Unijuí, Diogo tem muitos planos. Neste ano, ele assume a conclusão de um projeto iniciado em 2020, o Traillers e Trilhas, que realiza a montagem de repertórios que estiveram presentes em filmes que marcaram o cinema mundial. No ano passado, o grupo chegou a gravar algumas músicas, mas outras foram apenas iniciadas. A ideia é que, no primeiro semestre deste ano, elas sejam finalizadas e gravadas. “Esse projeto contou com verba municipal e previa uma apresentação de forma presencial no seu encerramento. Por enquanto, acreditamos que essa apresentação não possa ser realizada, mas pretendemos reajustar os objetivos do projeto e talvez finalizá-lo com uma live, justificada através do isolamento trazido pela pandemia”, explicou o regente.
Muitas ideias podem vir a se transformar em projetos no segundo semestre, segundo Diogo. E uma delas estaria ligada a uma iniciativa já concluída pelo coral, com repertórios do rock and roll. “A origem e difusão do rock se deu a partir da banda The Beatles, que subitamente fez sucesso no mundo todo. Uma ideia seria cantarmos a quatro vozes repertórios dos Beatles. Também pensamos em realizar a produção de repertórios arranjados para vozes de canções infantis, de uma maneira distinta, harmonizada para sopranos, contraltos, tenores e baixos, algumas talvez com solos, personagens”, disse.
Diogo também deseja criar trabalhos em conjunto com a Cia Cadagy – Corpo em Movimento. Em conversas, pensou-se em transitar pela Jovem Guarda, desenvolvendo um espetáculo teatral com a participação do coral na trilha sonora. “Outra ideia seria a estruturação de um Festival de Música Coral no estilo Negro Spiritual, que foi um movimento musical norte-americano, surgido a partir da musicalidade dos escravos negros, mesclando conhecimentos adquiridos por eles, através da catequização religiosa, com a música levada pelos negros de suas origens africanas. Espetáculo esse que contaria com participação teatral da Cia Cadagy. Mas, essas últimas opções dependeriam da possibilidade de realizarmos apresentações públicas. Por isso, ainda não sabemos quando podemos pensar na execução”, reforça Diogo.