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Guaraná apresenta perfil de segurança e eficácia antifadiga em indivíduos com doença renal crônica

Estudo do Mestrado em Atenção Integral à Saúde descreve que a planta Guaraná (Paullinia cupana) apresenta perfil de segurança e eficácia antifadiga em indivíduos com doença renal crônica.
 

                   

O estudo publicado recentemente na revista Journal of Functional Foods, que visa reunir os resultados da pesquisa básica e aplicada sobre alimentos saudáveis ​​e ingredientes alimentares biologicamente ativos, demonstrou que é seguro e efetivo o uso de capsulas de guaraná para a saúde de indivíduos com doença renal crônica.

O estudo de autoria de Ieda Maria Pedroso Dorneles, Biomédica, Fisioterapeuta e egressa do mestrado em Atenção Integral à Saúde, verificou que a maioria dos pacientes que receberam 200 e 400 mg de guaraná por dia relataram aumento da disposição/energia, diminuição da fadiga e aumento do apetite. Além disso, os pacientes apresentaram valores superiores de hemoglobina e hematócrito após 30 dias de suplementação, quando comparado ao grupo placebo (que não recebeu guaraná).

O estudo, orientado pelos professores Eliane Roseli Winkelmann e Matias Nunes Frizzo, contou ainda com a participação da pesquisadora do grupo de pesquisa em Atenção à Saúde (GPAS), Paula Caitano Fontela, e apoio do farmacêutico bioquímico Mateus Batista Fucks. O estudo divulgou que o guaraná, principalmente na dosagem de 200 mg/dia, é seguro e efetivo para melhorar a sintomatologia clínica e manter os valores de hemoglobina e hematócrito.

O estudo está publicado em  https://www.sciencedirect.com/journal/journal-of-functional-foods/vol/51/suppl/C  https://doi.org/10.1016/j.jff.2018.10.004


Grupo de Estudos do curso de Direito realiza apresentações de trabalhos científicos

No dia 07 de novembro, os estudantes do curso de Direito, que integram o Grupo de Estudos em Mediação de Conflitos da Unijuí Campus de Santa Rosa, participaram do VI Seminário Internacional de Direitos Humanos e Democracia, no Campus Ijuí.

Na oportunidade os estudantes realizaram a apresentação de artigos que foram elaborados a partir dos estudos, leituras e debates que ocorrem no grupo de estudos. O evento proporciona aos participantes, um momento de aprendizado, apresentação de suas práticas no dia a dia acadêmico e resultado das pesquisas realizadas em âmbito institucional, bem como de trabalhos acadêmicos de estudantes dos Programas de Pós-Graduação da Região.

A coordenadora do Grupo de Estudos, professora Fernanda Serrer, destaca a importância do grupo e da pesquisa. “O trabalho realizado traduz o espírito universitário de convergência entre o ensino, a pesquisa e a extensão, na medida em que oportuniza aos alunos da graduação um espaço de pesquisa que dialoga com a extensão, reforçando e atualizando os pressupostos teóricos necessários às práticas de intervenção na comunidade local”.

Os trabalhos apresentados foram:

“Meios alternativos de solução de conflitos, um viés à judicialização”, apresentado por Amanda dos Santos Corim, estudante do Curso de Direito; “Mediação escolar: a potência do afeto na relação intersubjetiva”, apresentado por Lisiane Catieli Mazzurana, acadêmica do Curso de Pedagogia; “A justiça restaurativa nos casos de violência contra a mulher”, apresentado por Fernanda Parussolo, aluna do curso de Direito; “Conflito, jurisdição e o sistema multiportas de justiça”, apresentado por Jaqueline Beatriz Griebler, estudante do Curso de Direito. “Patriarcado, racismo e dominação”, apresentado por Raíssa Schadeck, egressa do curso de Direito da Unijuí; “Projeto de extensão universitária nas escolas: conflitos sociais e direitos humanos”, apresentado pelas professoras Fernanda Serrer, coordenadora do grupo de estudos e Francieli Formentini, coordenadora curso de Direito da Unijuí, Campus Santa Rosa.

O evento foi promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Direito da Unijuí e pelo Curso de Mestrado em Direitos Humanos.

Participação em evento da Unicruz

O curso de Direito representado pelas estudantes Amanda dos Santos Corim e Jaqueline Griebler, bolsistas do Projeto de Extensão Conflitos Sociais e Direitos Humanos do Campus Santa Rosa, juntamente com as professoras Fernanda Serrer e Francieli Formentini, também realizaram apresentações de trabalhos no dia 9 de novembro, durante o evento promovido pelo Mestrado em Práticas Socioculturais da Unicruz, na cidade de Cruz Alta/RS. Os temas apresentados foram:“Mediação de Conflitos no Espaço Escolar: Um Caminho em oposição à violência” e “Mediação de Conflitos: da Teoria à prática”.

Sobre o Grupo de Estudos

O grupo de Estudos em Mediação de Conflitos, iniciou suas atividades no início do ano de 2018, e atualmente conta com a participação de sete voluntárias, dentre as quais, três acadêmicas do curso de Direito, uma acadêmica do Curso de Pedagogia, uma professora convidada, a professora coordenadora e 1 aluna egressa da Unijuí. Os encontros são realizados quinzenalmente e nestes são debatidos textos que estejam relacionados ao tema. Após o debate são realizados fichamentos e que posteriormente vão se tornando artigos científicos e/ou resumos expandidos. Este grupo trata-se de um espaço de consolidação do referencial teórico que sustenta as práticas de extensão universitária no Projeto “Conflitos Sociais e Direitos Humanos.

 

 


A Universidade inserida na comunidade: Projeto ensina a produção de alimentos saudáveis

                

Desenvolver alimentos sem glúten a partir de grãos cultivados na região Noroeste do Estado é o principal objetivo de um Projeto de pesquisa desenvolvido na Unijuí, por meio do curso de Nutrição. Para além disso, as ações do projeto também consistem em oportunizar o conhecimento para membros da comunidade regional sobre este tipo de tecnologia. Por isso, nos dias 05 e 06 de novembro, professores e bolsistas do projeto realizaram o curso de transferência de tecnologia para agricultores, colaboradores e proprietários de agroindústrias da região.

A transferência consiste na instrução desses indivíduos para a produção dos alimentos e também na transferência dos resultados das pesquisas. Foram oferecidos dois cursos teórico-práticos no Laboratório de Nutrição. Um de processamento de massas sem glúten e outro de processamento de flocos sem glúten.

Foram utilizados os seguintes grãos para as pesquisas e produções: chia, quinua e trigo sarraceno, produzidos em sistemas orgânicos como base e outros ingredientes sem glúten. Os produtos desenvolvidos estão sendo analisados pelos pesquisadores em relação a nutrientes, presença de agroquímicos e análises microbiológicas.

Participaram dos cursos proprietários e colaboradores de agroindústrias, produtores rurais familiares, entre outros. A atividade e o Projeto são financiados pela Secretaria do Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (SDECT) do Estado do RS.

Saiba mais sobre o Projeto

O projeto de pesquisa “Desenvolvimento de alimentos sem glúten a partir de grãos cultivados na região Noroeste do RS” tem como proposta inovadora para a região o desenvolvimento de produtos alimentícios isentos de glúten a partir de grãos não convencionais na região, cultivados preferencialmente em sistema orgânico e/ou agroecológico, por agricultores familiares integrados em algum tipo de organização, seja na forma de cooperativa ou de associações. Com as tecnologias geradas neste projeto será possível ampliar a gama de produtos isentos de glúten no mercado e contribuir para melhorar a qualidade de vida de pessoas celíacas ou que preferem dietas sem glúten. Com os resultados obtidos pretende-se contribuir para validar as experiências locais com agricultura orgânica e agroecológica e fomentar a ampliação destas experiências para toda a região noroeste do estado do Rio Grande do Sul.

O projeto tem como parceiros na equipe, pesquisadores das Instituições: Sociedade Educacional Três de Maio; Instituto Federal Farroupilha - Campus Santo Augusto e apoio da Giroil Ltda, localizada no município de Entre Ijuís (RS), pela Cooperativa UNICOOPER, localizada no município de Santa Rosa (RS) e/ou compradas no mercado local e IRDeR-Unijuí.

Avaliação

Projetos de pesquisa como esse, desenvolvidos na Universidade e com resultados efetivos na comunidade, fazem da Unijuí uma Universidade completa e com excelente avaliação do Ministério da Educação.

Por falar em avaliação, de acordo com o Ranking Universitário Folha (RUF), uma avaliação anual do ensino superior no Brasil, o Curso de Nutrição foi considerado, pelos critérios do Ranking, como o melhor do estado e do país entre as instituições privadas.

São atividades como essa de pesquisa, além das de extensão e de ensino, que contribuem para o desenvolvimento da região, formação e qualificação do profissional formado na área e que fazem do curso de Nutrição um dos melhores do país.


A interferência prejudicial das revistas predatórias na formação científica

       

Uma dúvida frequente na comunidade científica é: “Para qual revista devemos submeter nosso artigo?” Esta dúvida persegue professores e alunos dos cursos de Graduação e Pós-Graduação em todo o Brasil e, possivelmente, no mundo. Com a transição do formato impresso para o formato on-line, ocorreu também a multiplicação exponencial de revistas em todas as áreas do conhecimento, embaralhando ainda mais essa escolha. Neste cenário, surgiram também revistas meramente comerciais, sem nenhum rigor científico, mas com forte apelo para o recebimento de artigos, independente do tema, área, consistência ou novidade científica a ser comunicada. Neste contexto, a má escolha da revista para envio do trabalho final, honesto e bem-realizado, leva-o a correr o risco de ser publicado em periódicos que pouco contribuem para a ciência.

Para o professor Thiago Gomes Heck, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Atenção Integral à Saúde da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí), a escolha da revista pode e deve ser feita antes mesmo de se iniciar a execução de um projeto de pesquisa, mesmo que de modo “inconsciente”. O professor explica que, ao fundamentar uma proposta de pesquisa, os autores leram e sustentam esta em artigos de determinadas revistas. Assim, seria lógico que os autores desejassem que, ao término do seu Trabalho de Conclusão de Curso, Especialização, Mestrado ou Doutorado, seu estudo fosse publicado nos mesmos meios de comunicação, ou seja, nos periódicos nos quais está construindo seu referencial. Assim, sua pesquisa tem chance de ser referencial para a área e para os autores que trabalham na mesma temática. “Desse modo, dificilmente os alunos e professores acabariam escolhendo uma revista de baixa ou nenhuma expressão no debate científico nacional ou internacional, ou seja, se evitaria cair nas mãos de revistas predatórias”, avalia.

O conceito de revistas predatórias surgiu nos últimos anos, quando pesquisadores começaram a submeter trabalhos falsos (relatos de descobertas absurdas ou produto de metodologias esdrúxulas), de autores falsos (pessoas falsas, animais de estimação), de instituições inexistentes (assinados como sendo de universidades ou até países que não existem), para revistas científicas de todo o mundo. Em um número grande delas, esses trabalhos foram aceitos imediatamente, e os autores falsos passaram a receber convites das revistas para publicar nas mesmas, apesar da produção do pesquisador não ter nenhum alinhamento com o escopo do periódico (exemplo: um pesquisador de Bioquímica Celular recebe convite para uma publicação na área de Engenharia de Materiais).

Movidos pela pressão de publicação, fenômeno mundial, muitos membros da academia estão atendendo ao chamado das “revistas predatórias”, publicando seus trabalhos nas mesmas, apesar de ser bastante evidente que estas não operam dentro dos parâmetros de publicações sérias e reconhecidas na área.

Esse cenário tem por trás o seguinte mecanismo: os pesquisadores devem atingir metas, números e índices de publicações. De outro lado, há editoras interessadas em lucrar com publicações de trabalhos sem exigir qualidade, e por um valor “razoável”. O texto até pode ser bom, mas não passa por uma avaliação que possa atestar tal condição.

                                                                     

Crédito imagem: extraído de Universo Abierto

 

Em relação a este fenômeno, o professor Thiago comenta: “O problema é que o número de brasileiros que têm seus trabalhos publicados nessas revistas aumentou três vezes nos últimos cinco anos, o que, na prática, representa um desserviço para a sociedade e a ciência em geral. Trata-se de um autoengano, pois, assim, pode ser considerado que a formação dos alunos e que os resultados das pesquisas são um sucesso, quando, na verdade, não passou por uma avaliação que realmente pudesse consolidar a ciência e a formação na Graduação e Pós-Graduação”.

Existem sites e listas que divulgam as revistas “potencial e provavelmente predatórias”. O professor Thiago explica: “usam esses termos potencialmente e provavelmente predatórias pois se tratam de listas não formais ou oficiais de um órgão regulador, mas, de qualquer modo, é muito provável que nenhum pesquisador tenha lido um artigo publicado nas revistas dessa lista; então por qual razão escolher publicar lá?” Embora não sejam informações referendadas ainda pelas instituições maiores do Brasil relacionadas à pesquisa (como Ministérios de Ciência e Tecnologia, CNPq e Capes), algumas áreas de avaliação dos Programas de Pós-Graduação da Capes (que avaliam cursos de Mestrado e Doutorado no Brasil) já penalizaram cursos, rebaixando a nota na avaliação e, consequentemente, cortando recursos e bolsas.

A atenção deve ser redobrada, pois ainda “escaparam” revistas predatórias nas últimas avaliações, e as mesmas estão consideradas passíveis de indexação em bases de dados confiáveis e até mesmo listadas com uma boa avaliação no sistema Qualis-Capes, que avalia os periódicos nos quais os pesquisadores brasileiros publicam seus trabalhos. O professor Thiago assim avalia: “estas inconsistências são devido ao grande número de revistas que são avaliadas por um número reduzido de avaliadores, que limita a capacidade de detecção, deixando passar alguns casos inexplicáveis, mas acredito que, já na próxima avaliação da Capes, mais algumas revistas serão detectadas”.

Outra confusão bastante comum é entender que se uma revista cobra uma taxa de publicação é uma revista predatória. “Geralmente uma predatória visa a apenas o lucro e não a ciência, portanto cobra algum valor, mas muitas revistas cobram, e cobram até 2.000 dólares, mas rejeitam 98% dos trabalhos, aceitando somente o que passou por uma avaliação rigorosa. Então, as cobranças por taxas de publicação não indicam diretamente se uma revista é predatória ou não”, observa o professor.

Embora existam algumas formas de reconhecer uma revista predatória, como observando se a editora é confiável, se ela tem importantes publicações, se as informações dos editores são verídicas, ainda assim essa análise não é 100% efetiva. O modo mais simples e direto de analisar se a revista é predatória, portanto, pode ser respondendo a duas perguntas: Algum estudo que é parte do meu referencial vem desta revista? Algum pesquisador conceituado da área do meu estudo já publicou lá? Se não atender a essas questões, pode ser mais adequado buscar uma revista que responda a esses requisitos. Ao não procurar atender a esses pressupostos, podemos estar nos encaminhado para uma formação científica com preceitos equivocados do papel da divulgação de novidades científicas. “Este é um desafio de todos os professores e alunos na defesa de uma divulgação que possa trazer reconhecimento para a qualidade da pesquisa feita no Brasil. E para aqueles que já caíram nessa rede, como eu, entendo que ainda é tempo de mudar de rumo, ” salienta o professor.

Consultado sobre o tema, o professor Fernando Jaime González, vice-reitor de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão da Unijuí, salientou que este tópico é uma preocupação para as universidades, e que está no planejamento da Vice-Reitoria discutir o assunto com a comunidade acadêmica em geral, em especial com a comunidade da Pós-Graduação. Nesse sentido, o professor afirma: “nos próximos meses desenvolveremos um seminário sobre a produção de conhecimento e a publicação em revistas internacionais, onde este assunto, necessariamente, fará parte do temário”.

O professor doutor Paulo Sausen, coordenador de Pesquisas do DCEEng da Unijuí, também avalia o tema:

“Um assunto bastante discutido no exterior há vários anos já começa a tomar espaço nas discussões dos Programas stricto sensu e nas rodas de conversas de pesquisadores brasileiros. De um lado pressionados pela Capes (órgão que avalia a Pós-Graduação no Brasil) e, de outro, pelas IES, que estão cobrando cada vez mais produtividade em revistas qualificadas, muitos pesquisadores são levados a publicar, às vezes por desconhecimento, outras vezes por julgar que é um caminho mais simples, em revistas predatórias. Existem vários sites na internet que discutem e apresentam as armadilhas usadas por esses periódicos para atrair pesquisadores, que vão desde logotipos semelhantes a revistas tradicionais até falsos fatores de impacto.

A discussão acadêmica em relação ao assunto gira em torno da linha tênue que existe entre o desconhecimento do pesquisador, que o leva a ‘cair nas teias das revistas predatórias’, e, muitas vezes, sua ‘vista grossa’ em relação aos fortes indícios que estas revistas apresentam e que todo pesquisador deveria conhecer.

Existem, inclusive, erros grotescos de avaliação da própria Capes quando da divulgação do ‘ranqueamento’ das revistas a partir do seu sistema eletrônico, conhecido como Webqualis, no qual não é difícil encontrar, ainda hoje, revistas predatórias não apenas relacionadas a, mas também classificadas em estratos superiores em determinadas áreas. O que os pesquisadores devem ter em mente é que esta lista (Webqualis), como todo e qualquer sistema de classificação por pares, está suscetível a erros de interpretação, e que, principalmente, sofre modificações/aperfeiçoamentos com o passar dos anos, várias vezes, inclusive, no transcorrer de uma quadrienal de avaliação. Isto pode reverter, inclusive de forma retroativa, toda a avaliação da produtividade de um pesquisador e, consequentemente, do programa e da instituição em que o mesmo está inserido.

Neste sentido, a pergunta que fica é: Como irei ter segurança de que a revista em que eu publico não é predatória? Bem, existem vários sites na internet que disponibilizam listas – as famosas ‘Blacklist’ – destes tipos de revista. Outra dica simples é verificar se a revista possui política de cobrar taxas para publicação; muitas vezes essa cobrança é disfarçada na forma de disponibilização no formato ‘open access’. Nestes casos, o pesquisador deve minimamente verificar se existe fator de impacto e se este é validado por uma entidade de respeito. Também duvidar quando a resposta de aceite ocorre de forma muito rápida. Infelizmente ainda hoje o retorno de uma revista de alto fator de impacto e com boa reputação demora meses, e não é difícil encontrar casos de anos. Neste sentido, excluídas raríssimas exceções, o rápido retorno de uma avaliação e o aceite sem recomendações já pode ser considerado um forte indicativo da prática predatória, principalmente se a mesma vem acompanhada de um pedido de auxílio financeiro (leia-se taxa de publicação).

Nem tudo, todavia, está perdido. O simples fato de estarmos preocupados com a existência destas revistas já é um alento ao futuro ético da pesquisa no Brasil. Felizmente, em pesquisas recentes da Fapesp (Agência de Fomento à Pesquisa no Estado de SP), foi verificado que, na média, menos de 2% dos pesquisadores brasileiros publicam neste tipo de revista; claro que este percentual varia nas diferentes áreas de conhecimento e Estados do Brasil, mas mostra que a maioria dos pesquisadores ainda tem a preocupação em publicar seus trabalhos em revistas respeitáveis. Outro indicativo positivo, neste sentido, é a discussão, tanto pela comunidade acadêmica quanto pela Capes, da necessidade de não mais avaliar quantidade de publicações, mas, sim, sua qualidade, que está vinculada diretamente ao impacto que a pesquisa tem na sociedade, como, por exemplo, quantas vezes sua pesquisa foi citada e referenciada em outras pesquisas, ou, ainda, métricas associadas ao fator de impacto da revista e também ao índice-H do pesquisador.

Bem, finalizando, gostaria de reforçar a importância de trazer este assunto à tona na nossa universidade, até como forma de orientar nossos pesquisadores para que não caiam nas armadilhas que, muitas vezes, são montadas e arquitetadas por estas revistas, ao mesmo tempo que reforça a discussão da ética na pesquisa.”

 


Comportamento disfuncional do consumidor causa impacto no setor varejista de Santa Rosa

O resultado de uma pesquisa desenvolvida pela Unijuí evidencia a incidência no setor varejista do Comportamento Disfuncional do Consumidor (CDC). O comportamento em ambientes de consumo considerados inadequados pela empresa e pela sociedade pode ser chamado de CDC. Também pode ser entendido como o comportamento em ambientes de troca que viola as normas, geralmente são marcos percebidos em descrédito pelos profissionais de marketing e pela maioria dos consumidores.

Os dados foram obtidos por meio de entrevistas aos gerentes do setor varejista durante o primeiro semestre de 2018. Durante a pesquisa realizada alguns entrevistados mencionaram:

“As consequências também estão relacionadas ao stress que a situação provoca em especial para o gestor. Muitas vezes há o envolvimento com a polícia, abordagens, ação judicial, intervenção e furto, gerando uma situação constrangedora para todos os envolvidos. Além da necessidade da instalação de câmaras de segurança”.

“Os clientes possuem suas particularidades nas questões relacionadas ao comportamento. Há clientes que são agressivos, querem resolver as coisas com alteração de voz, com maus tratos aos colaboradores. Os casos que mais acontecem são os relacionados a pagamentos e garantia de produtos”.

De acordo com o professor Ariosto Sparemberger, coordenador da pesquisa, os danos podem estar relacionados com os gastos referentes às avarias à propriedade, perdas com roubos e fraudes, investimentos em segurança, redução da produtividade, custos de retenção, contratação e treinamento de funcionários e impactos negativos para a marca. Os diversos danos não são restritos apenas ao curto prazo, pois em longo prazo, podem afetar a lucratividade e o crescimento em vendas, causar a redução da satisfação e da lealdade dos clientes.

“Foram constatados impactos negativos para as organizações do varejo, provocados pelo CDC e que precisam ser observadas com atenção pelos gestores e funcionários com vistas a minimizar os problemas gerados”, ressalta Ariosto.

A pesquisa orienta para a necessidade do desenvolvimento de estratégias por parte das organizações varejistas, para que estas possam combater e prevenir o CDC, devido principalmente, este tipo de comportamento, provocar ações semelhantes por parte de outros consumidores e até de funcionários. Resultando em uma desordem repetitiva para todos os públicos envolvidos neste segmento.

Segundo Ariosto, por se tratar de um setor que requer inovação e mudanças constantes, os gestores precisam atingir resultado positivo, entre outras ações, buscar a fidelização do cliente, fazendo com que este retorne constantemente a fazer seus negócios com o estabelecimento comercial.

O estudo está sendo desenvolvido via projeto de pesquisa liderado pelo professor Dr. Ariosto, do Curso de Administração da Unijuí e pela bolsista, Ângela Maria Vanzella, acadêmica do curso. O tema sobre comportamento disfuncional do consumidor que no Brasil ainda é pouco explorado, motivou universitários a realizarem seus Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) nesta área do marketing.


Dia de Campo sobre produção de aveia será realizado pela Unijuí

Nessa quinta-feira, dia 18, no Instituto Regional de Desenvolvimento Rural – IRDeR, pesquisadores e técnicos do Departamento de Estudos Agrários (Deag) e do Departamento de Ciências Vida (DCVida) da Unijuí vão apresentar os resultados das pesquisas desenvolvidas pelo projeto “Avanços Tecnológicos na Produção de Aveia na Região Noroeste Colonial/RS”, apoiado pela Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado do Rio Grande do Sul/SDECT.  A apresentação será realizada no II Curso de Atualização em Tecnologia e Produção de Aveia, que acontece das 8h às 12h, e também no Dia de Campo, que ocorrerá das 13h30 às 17h30.

As atividades serão conduzidas pelo professor do curso de Agronomia, José Antonio Gonzalez da Silva, coordenador do Projeto. O público-alvo do evento são agricultores, funcionários de agroindústrias, cooperativas, estudantes de graduação em Agronomia e/ou Medicina Veterinária e técnicos agropecuários.

Cultivo da Aveia - O aumento do cultivo da aveia branca nos últimos anos procede dos inúmeros benefícios que a mesma oferece ao sistema de produção. Na alimentação animal, a aveia tem assumido grande importância como produtora de grãos, forragem, feno, silagem e composição da ração. Além disto, vem sendo cada vez mais utilizada na alimentação humana, pelo alto teor de proteínas de qualidade e fibras solúveis, caracterizando um alimento de alta qualidade para o consumo, com benefícios à saúde pela redução do colesterol e riscos de enfermidades cardiovasculares Portanto, o enorme crescimento e gama de finalidades de uso da aveia nas unidades de produção e qualidade à alimentação humana tem favorecido o crescimento no número de agroindústrias familiares e indústrias de alimentos para processamento do cereal.


Unijuí participa da XIX Jornadas Latinoamericanas de Educación

A Unijuí participou nos dias 12 e 13 de outubro na Universidade privada de Encarnación (UNAE), no Paraguai, da XIX Jornadas Latinoamericanas de Educación, da Federación de Asociaciones Educativas de América Latina y el Caribe (FAELA).

O tema do congresso tratou sobre a educação inclusiva e equitativa de qualidade, com oportunidades de aprendizagem permanente para todos. Durante o encontro foram apresentadas seis publicações de professores, estudantes de graduação e pós-graduação, totalizando 21 coautores nestes trabalhos.

De acordo com o coordenador dos cursos de engenharias do Campus Santa Rosa, professor Mauro Fonseca Rodrigues, dentro deste programa foram enviados e aprovados cinco artigos da área de engenharia, sendo três diretamente voltados para a Extensão Universitária da Unijuí, destacando os Projetos Física para Todos e Energia Amiga.

“Esses projetos apresentam a Ciência de forma lúdica e prática para alunos dos Ensinos Fundamental e Médio, incentivando a prática e despertando o interesse pelas Ciências Exatas tanto para homens, quanto para mulheres. Os outros dois trabalhos são da área de segurança a partir da aplicação de microcontroladores, circuitos eletrônicos, em identificação de pessoas e formas de garantir acesso seguro a ambientes controlados, desde residências até salas comerciais/industriais”, destaca Mauro.

Para o Coordenador do MBA em Gestão de Cooperativas, professor do curso de Administração da UNIJUÍ, Pedro Luís Büttenbender, que apresentou resultados da pesquisa sobre governança cooperativa na Cotrirosa e o desenvolvimento, o espaço de integração entre a pesquisa e as universidades amplia as relações de cooperação e desenvolvimento da região transfronteiriça. São mais de 10 anos da Rede de Universidades – Rede Cidir, gerando oportunidades na educação, ciência e tecnologia e institucionalizando a produção acadêmica e cidadã na América Latina.  

A UNAE, sede do Evento, firmou convênio de cooperação universitária com a UNIJUÍ em visita institucional realizada a Ijuí no dia 22 de agosto.


Unijuí vai realizar cursos de produção de massas e flocos sem glúten

          

Foto: Imagem meramente ilustrativa/Banco de Imagem

No início de novembro, o Projeto “Desenvolvimento de alimentos sem glúten a partir de grãos cultivados na região Noroeste do RS”, vai promover dois cursos de formação: no dia 06, Produção de Massas Sem Glúten, e no dia 07, Produção de Flocos Sem Glúten. Ambos terão conteúdo teórico e prático e as atividades vão acontecer no Laboratório de Nutrição do Campus Ijuí, nos turnos da manhã e da tarde. 

O público-alvo são proprietários e colaboradores de agroindústrias, produtores rurais familiares, entre outros. O objetivo é apresentar tecnologias de produção sem glúten à base de farinhas de chia, quinoa e trigo sarraceno.  A atividade e o Projeto são financiados pela Secretaria do Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (SDECT) do Estado. 

As inscrições podem ser feitas até o dia 31 de outubro. Mais informações e inscrições pelos telefones 9.9159-2375 e 9.9147-7595. Ou pelos e-mails: jeangabrielregis@gmail.com e marialeticia-a@hotmail.com

Saiba mais sobre o Projeto 

O projeto de pesquisa “Desenvolvimento de alimentos sem glúten a partir de grãos cultivados na região Noroeste do RS” tem como proposta inovadora para a região o desenvolvimento de produtos alimentícios isentos de glúten a partir de grãos não convencionais na região, cultivados preferencialmente em sistema orgânico e/ou agroecológico, por agricultores familiares integrados em algum tipo de organização, seja na forma de cooperativa ou de associações. Com as tecnologias geradas neste projeto, será possível ampliar a gama de produtos isentos de glúten no mercado e contribuir para melhorar a qualidade de vida de pessoas celíacas ou que preferem dietas sem glúten. Com os resultados obtidos pretende-se contribuir para validar as experiências locais com agricultura orgânica e agroecológica e fomentar a ampliação destas experiências para toda a região noroeste do estado do Rio Grande do Sul.  

Os produtos alimentícios desenvolvidos no âmbito deste projeto de pesquisa (massa tipo macarrão e flocos a partir de grãos de chia, quinoa ou trigo sarraceno) estarão no mercado a partir da difusão tecnológica. O aumento da disponibilidade e do consumo de alimentos orgânicos, proporcionará o aumento da geração de renda dos produtores familiares que produzem alimentos com base na agroecologia. Isso também contribuirá para o fortalecimento de um sistema alimentar socialmente e ambientalmente sustentável. 

O projeto tem como parceiros na equipe, pesquisadores das Instituições: Sociedade Educacional Três de Maio; Instituto Federal Farroupilha - Campus Santo Augusto e apoio da Giroil Ltda, localizada no município de Entre Ijuís (RS) e/ou pela Cooperativa UNICOOPER, localizada no município de Santa Rosa (RS) e/ou compradas no mercado local e IRDER-UNIJUÍ. 

Grupo pesquisadores Unijuí:

DCVida: Raul Vicenzi - coordenador do projeto; Alessandro Hermann; Anagilda Bacarin Gobo; Eilamaria Libardoni Vieira

DCEEng: Fernanda da Cunha Pereira

DEAg: José Antonio Gonzalez da Silva

Bolsistas dos cursos de Nutrição, Farmácia, Engenharia Química e Agronomia.

 


Unijuí vai realizar Seminário de Formação Científica e Tecnológica

                      

Na próxima quinta-feira, dia 11 de outubro, acontecerá a sexta edição do Seminário de Formação Científica e Tecnológica (SFCT) na UNIJUÍ, Campus Ijuí. Esse evento é organizado pelo Grupo de Pesquisa em Computação Aplicada (GCA) e conta com o apoio do Programa de Pós-Graduação em Modelagem Matemática e do curso de Ciência da Computação da UNIJUÍ.

Neste ano, além das apresentações de alunos, o evento contará com dois palestrantes convidados: a Dra. Raquel Mainardi Pillat abordará o tema de adaptação de processos de negócio especificados com BPMN. Já o professor Dr. Benjamim Zucolotto abordará o tema de execução e modelagem matemática de experimentos.

O evento acontece no Auditório do DCEEng, nos turnos da tarde e noite, conforme programação disponível no site do evento. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas de forma eletrônica, até o dia 10 de outubro, através do formulário disponível no ​site do evento​.  A inscrição dá direito ao recebimento de um atestado de participação totalizando 8h de atividades.

O evento é promovido pelo Grupo de Pesquisa em Computação Aplicada (GCA) e tem o apoio do Programa de Pós-Graduação em Modelagem Matemática e do curso de graduação em Ciências da Computação, ambos pertencentes ao Departamento de Ciências Exatas e Engenharias. 

Faça sua inscrição gratuita no site do evento:

www.gca.unijui.edu.br/events/sfct/index.html


MoEduCiTec: “o maior ato revolucionário dos jovens é estudar”

               

Foram 183 trabalhos inscritos de 42 instituições de ensino, inclusive uma da Colômbia. A 4ª Edição da Mostra Interativa da Produção Estudantil em Educação Científica e Tecnológica - MoEduCiTec, discutiu o protagonismo estudantil e fomentou a interação entre estudantes e professores da educação básica e superior, de todos os níveis e modalidades de ensino e de todas as áreas do conhecimento.

                 

Na abertura do evento, o Vice-Reitor de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão, professor Fernando Jaime González, destacou o orgulho da Universidade em fazer parte da Mostra e aconselhou os jovens: “sejam inquietos, o maior ato revolucionário dos jovens é estudar. Não aceitem as coisas como elas são. Não parem de pensar, não parem de questionar”, comentou.

Na palestra de abertura, o professor doutor Roque Ismael da Costa Güllich, falou sobre “A pesquisa na aula: na produção do conhecimento a constituição da autonomia". A Mostra seguiu durante o dia com a mostra dos trabalhos inscritos.

O evento

A MoEduCiTec se constitui num espaço de formação na interação entre estudantes e professores da educação básica e superior, de todos os níveis e modalidades de ensino e de todas as áreas de conhecimento, pela socialização de aprendizados e produções decorrentes de vivências em salas de aula. Dentre os objetivos, a proposta é fomentar a atitude da iniciação científica nas dinâmicas cotidianas das salas de aula, por meio do incentivo à divulgação dos trabalhos produzidos por estudantes na interação com seus professores, com vistas a promover a iniciativa, a criatividade, a capacidade inventiva e investigativa, o protagonismo estudantil, articuladamente ao desenvolvimento humano aliado ao avanço do conhecimento, na relação entre trabalho, cultura, ciência, tecnologia, sociedade e ambiente.

A 4ª MoEduCiTec é uma realização da Unijuí, 36ª CRE - Coordenadoria Regional de Educação e Secretaria Municipal de Educação de Ijuí – SMED.


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