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Museu Antropológico Diretor Pestana recebe patrocínio da Caixa Econômica Federal no valor de R$ 250.000,00

 
 

A Associação de Amigos do Museu Antropológico Diretor Pestana, juntamente com o Museu Antropológico Diretor Pestana - MADP, tiveram o Projeto "Adaptação do Espaço da Exposição de Longa Duração do Museu Antropológico Diretor Pestana com Vistas à Universalização do Acesso" selecionado pelo Programa CAIXA de Apoio ao Patrimônio Cultural Brasileiro – 2017/2018.

O Projeto visa adaptar e qualificar a Exposição de Longa Duração do Museu Antropológico Diretor Pestana e seus acessos, com ações voltadas à acessibilidade cognitiva, sensorial e motora, garantindo o acolhimento de todos os públicos, promovendo assim maior segurança, dinamismo e interação para os visitantes nos espaços expositivos.

A execução do Projeto será realizada em três etapas:

1ª etapa: Adequação e reforma dos espaços internos e externos com vistas à segurança e acessibilidade, através da construção de banheiros externos, rampas, corrimões, guarda-corpo.

2ª etapa: Adaptação do espaço Ijuí Hoje com vistas à exposição, através da adaptação luminotécnica e melhorias no espaço expositivo.

3ª etapa: Democratização de acesso à informação, através da aquisição de monitores touch, aparelho projetor Datashow/computador e produção de material audiovisual para exibição nos monitores.

Cliente CAIXA: Desconto de 50% no valor de ingresso de entrada nas exposições do Museu e 10% na compra de produtos na lojinha do Museu.

Mediante apresentação de cartão de conta corrente ou poupança.

Museu Antropológico Diretor Pestana, um lugar de Cultura, Informação e Lazer ao Alcance de Todos!

Horário para visitação no Museu: 8h às 11h30min / 13h30min às 17h.

Horários diferenciados mediante agendamento.

Mais Informações e agendamentos de grupos:

Telefone: (55) 3332-0257 / E-mail: madp@unijui.edu.br


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GRIPE ESPANHOLA EM IJUÍ

A história da Gripe Espanhola em Ijuí, contada por arquivos da imprensa e documentos de 1918

Evitar aglomerações, o contato físico, adotar higiene rigorosa, especialmente lavar as mãos com frequência. Bares, fábricas, escolas, teatros, igrejas, todos fechados. Nada de festividades. Afastamento do trabalho como recomendação, mesmo poucos podendo se dar a este luxo. Já estamos acostumados a essas questões neste 2020, certo? E foi exatamente estes aspectos da vida social que também foram afetados em boa parte do mundo, incluindo o Brasil e, claro, Ijuí e região, nos idos de 1918, mais de cem anos atrás.

Uma das maiores epidemias, conhecida como a Gripe Espanhola, foi contada pela cobertura da imprensa ijuiense da época, além de documentos oficiais, hoje disponíveis em arquivos do Museu Antropológico Diretor Pestana, nos ajudando a entender um pouco desta história. Tratam-se de documentos da Intendência Municipal e edições do Jornal Correio Serrano.

O que foi a gripe espanhola?

A gripe espanhola ou influenza espanhola foi o nome dado a uma pandemia de vírus influenza que infectou aproximadamente um quarto da população mundial entre 1918 e 1919. Embora não tenha surgido na Espanha, mais provável é que tenha sido nos Estados Unidos. No Brasil teve este nome porque, em função da I Guerra Mundial, as grandes potências europeias impuseram censura na imprensa e a Espanha, fora do conflito, divulgou amplamente o surto em seu país. Peste de Dakar, Influenza Hespanhola, Febre Siberiana, Febre Chinesa e  Febre Russa foram alguns nomes atribuídos a pandemia.

No Brasil o vírus chegou a bordo do navio Demerara, em setembro de 1918. A princípio nem imprensa e nem governantes deram muita importância, mas logo o número de infectados era tanto que não havia leitos, nem mesmo protocolo médico e medicamentos para tratar a doença.

Para tratar os doentes usavam alguns medicamentos para amenizar os sintomas, e o mais extraordinário, segundo os pesquisadores do MADP, foi a disseminação de remédios milagrosos e sem controle, como o quinino, que causava intoxicações, além da naftalina via nasal, que ocasionava severas hemorragias. O número de mortos rapidamente superou a capacidade dos cemitérios, não havia caixões e nem coveiros, que também ficaram doentes.

No Rio Grande do Sul o vírus chegou em 3 de outubro de 1918 e em 16 de outubro chega a Porto Alegre. Borges de Medeiros insistia que se o vírus chegasse no Estado seria de caráter benigno, dada as ótimas condições de higiene da população. As notícias chegavam à população ijuiense pelo Jornal Correio Serrano, que trazia mais informes oficiais e reprodução de notícias de outros veículos, especialmente.

Em geral as orientações das autoridades de saúde era evitar aglomerações, contato físico, higiene rigorosa, especialmente lavar as mãos com frequência. Foram fechados bares, fábricas, escolas, teatros, igrejas, festividades etc. Até afastamento do trabalho foi recomendado mas isso era um luxo que a população em geral não podia se dar.

Em Ijuí

Em Ijuí a primeira notícia sobre a gripe espanhola foi dada no Correio Serrano, em 04 de outubro de 1918, (ed. 79. Imagem 443). Desta data até dezembro, praticamente todas as edições traziam informações da pandemia, especialmente da capital federal, na época o Rio de Janeiro. 

Poucas são as notícias específicas aqui de Ijuí. Em várias edições foram encontradas a seguinte recomendação:

“Para evitar a influenza todo indivíduo deve fugir das aglomerações principalmente à noite, não frequentar teatros, cinemas e quaisquer reuniões, doentes não devem ser visitados, e ao enterro dos mortos devem assistir somente as pessoas necessárias.”

Uma propaganda também era recorrente do Succo de Limão:  “Está à venda na Pharmacia Rosa Lopez do succo de limão puro que é usado como refrigerante dos intestinos e preservativos da influenza espanhola, de acordo com notícias vindas do jornais do Rio. Além de ser um preservativo por excelência do grande mal que está às nossas portas é uma limonada deliciosa ao Paladar e próprio para a estação quente. Toma-se 2 ou 3 colheres de sopa por dia, cada colher em um copo d'água com açúcar. Para crianças colheres de chá, sendo que para essas é de grande proveito porque evita perturbações intestinais.”

As notícias em geral traziam os pareceres das autoridades, dizendo tratar-se de uma gripe benigna. A edição nº 85 de 25 de outubro de 2018, trouxe transcrita a famosa conferência do Dr. Carlos Seidl, Diretor Geral de Saúde Pública, na época a maior autoridade pública, em termos de saúde, na academia nacional de medicina. Ele defendia que, embora a enfermidade fosse contagiosa, era impossível adotar ações profiláticas gerais, como o isolamento, e que somente seria eficiente a adoção de ações de profilaxia individual, como a ingestão de sais de quinino e a rigorosa antissepsia da boca e nariz. Insistia que a gripe era benigna e não se justificava o terror que se apoderava das pessoas, alertando que isso diminuía a resistência orgânica e abria portas para a gripe.

Carlos Seidl sofreu severas críticas da própria classe médica e da imprensa. Por charges e notícias era atacado ferozmente e acusado por seu fraco empenho no combate à epidemia. A antagonismo entre a imprensa e diretoria de saúde chegou ao nível de Seidl pedir a censura, em vão, pois estava criando pânico na sociedade e ameaçavam a preservação da ordem pública. Carlos Seidl foi substituído por Carlos Chagas.

Edições

Na Edição 88 - Correio Serrano - 4 de novembro de 1918 uma pequena nota diz que diante da ameaça da influenza espanhola o Coronel Intendente Municipal tomou diversas providências preventivas, entre as quais a normatização de fossas sépticas. As demais providências não são descritas pelo jornal e não foram encontrados registros.

Já a edição 89 - Correio Serrano - de 08 de novembro de 1918 (capa e p.2 0482 e 0483) traz a íntegra de telegrama do Dr. Protásio Alves, Secretário do Interior, endereçado à Intendência Municipal de Ijuí, dando instruções sobre a profilaxia e o tratamento da influenza espanhola, visando a uniformidade de ação por parte das autoridades sanitárias do estado e do município.

E a edição 91 - Correios Serrano - 15 de novembro de 1918, na coluna Da Serra - destaque que embora o feriado da Proclamação da República fosse o mais importante do país, em virtude da pandemia não seria festejado como nos anos anteriores. Anunciava também que em função da situação reinante o ato de entrega do governo ao novo Presidente da República, Doutor Rodrigues Alves, realizar-se-ia em silêncio. Contudo, o que se sabe é que Rodrigues Alves contraiu a gripe espanhola e não conseguiu tomar posse, assumindo o seu vice, Delfim Moreira. Rodrigues Alves faleceu em janeiro e foram convocadas novas eleições. (nota: alguns historiadores  contestam que Rodrigues Alves morreu de gripe espanhola.)

A edição de número 93 do Correios Serrano, 22 de novembro de 1918, (imagem 500 e 501) noticia que foi instalado, no edifício do Grupo Escolar da Cidade (hoje Escola Ruizinho), um hospital para os enfermos atacados pela influenza e que uma comissão de senhoritas se encarregou de colher donativos para esse louvável fim.

Finalmente a edição 101 - Correios Serrano - 20 de dezembro de 1918 traz a notícia que estava quase extinta em Ijuí a influenza espanhola, que, apesar dos poucos casos de morte aqui verificados, tantas turbações ocasionou na vida familiar e pública. Que já estavam funcionando os estabelecimentos de divertimento, os cinemas e provavelmente o princípio do novo ano as aulas particulares também reabririam as suas portas.

Esta edição, juntamente com a edição 102, de 23 de dezembro de 1918, trouxe o relatório do Intendente Municipal, Cel. Antônio Soares de Barros, na íntegra, o qual passamos a destacar:

“Estado Sanitário - A gripe hespanhola, que tantos desastres ocasionou, não só no nosso paiz como em quase todo o mundo, aproximadamente há dous mezes apareceu neste município. Embora com caracter benigno, fez diversas victimas. Segundo os dados colhidos, até o presente faleceram em consequência desta moléstia: No primeiro districto (sede) 30: no Segundo (hoje Augusto Pestana) 22; e no Terceiro (hoje Ajuricaba), 6 pessoas.

            Tomei diversas providencias ao meu alcance, afim de evitar males maiores. Forneci medicamentos e alimentação aos pobres. Contractei com os médicos João Eickhoff e Germano Kaufmann seus serviços profissionais para attenderem aos pobres durante a epidemia, no 1º Distrito (fora da Villa) e no 3º. Procurei evitar o mais possível as aglomerações de povo, no intuito de prevenir o contágio da peste. Tive apoio de toda a população, na piedosa tarefa de protecção aos necessitados, e como auxiliares destacaram-se as organizadoras do Hospital de Caridade, exmas senhoras d. Maria Prestes, Nancy Silva, Rachel Marques da Silva e senhorinhas Maria Amorim, Elvira Pons, Geny Salgado e Inesilla Prestes. Os médicos Drs. Ulrich Kulmann, HansSoldan, Carlos Lester e Germano Kaufmann, bem como o farmacêutico Sr. Alberto Abreu, foram incansáveis em soccorrer aos necessitados. Quase todos os médicos adoeceram, pelo contágio da peste ou por excesso de trabalho, pelo que merecem louvores e agradecimentos da população. O Sr. Major Joaquim Prestes Junior, comandante do 4º Regimento de Cavalaria, igualmente prestou relevante auxílio.

            No 2º districto o sr. Eugenio Pereira. Escrivão districtal, também merece mensão especial pelo muito que fez, socorrendo aos pobres, não só com medicamentos, como prestando serviço de enfermeiro e até despendendo dinheiro seu."

            Ainda não posso informar da importância despendida para esse humanitário fim. Porém certo estou de que terei vossa aprovação e apoio.”

            Observa-se que o Hospital de Caridade a que se refere o Cel. Dico é o que foi criado no grupo escolar e não o atual HCI, que foi fundado em 1935.

            Por fim, o MADP salienta que faleceram 58 pessoas (os números podem ser maiores) num universo de aproximadamente 30.000 habitantes. Trata-se de uma estimativa considerando que o censo de 1914 indicava 25.325 hab. E o de 1920 31.636 hab. E o número de 58 pessoas vitimadas pela gripe espanhola.

            A galeria a seguir, exibe a reprodução das edições do Jornal Correio Serrano e o Relatório do Intendente Municipal, Cel. Antônio Soares de Barros sobre a gripe espanhola em 1918. Os documentos originais são de custódia do Museu Antropológico Diretor Pestana através de doação, portanto, ao fazer uso das fontes citar como referências: Acervo do Museu Antropológico Diretor Pestana/Correio Serrano, edição 79, 80, 82, 85, 86, 88, 89, 90, 91, 92, 93, 101;  Acervo do Museu Antropológico Diretor Pestana/AI.Administração Municipal/Prefeitura Municipal de Ijuí, documento AI 1.2 P120 d47 p1-2.




Confira o vídeo produzido pelo Museu sobre o tema


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LIVRO DIDÁTICO COMO MEIO NA PRODUÇÃO CULTURAL ESCOLAR

Maridalva Bonfanti Maldaner

Otavio Aloisio Maldaner 

 

De acordo com a Teoria Histórico Cultural com base em Vigotski (1988, 2001), o ser humano, em sua especificidade, é um ser constituído pela cultura, devendo entender-se por cultura todos os artefatos concretos e simbólicos que a humanidade produziu e produz e que pode, de alguma forma ser significada em cada nova geração e junto a cada ser humano. É essa forma especial de constituir os humanos que permite processos evolutivos acelerados em período relativamente curto da existência da espécie atual e, especialmente, a partir dos anos em que os registros escritos das produções permitiram uma significação mais qualificada de uma geração para outra. Mais ainda quando se cria um espaço e uma forma especial dessa significação, que se conhece, a partir da Modernidade, como escola. Na Escola Moderna, sem desconsiderar outras formas culturais, o centro de preocupação é o conhecimento, que de alguma forma ou outra foi sistematizado em áreas, especialidades e disciplinas. As disciplinas adquiriram um sentido muito especial na Escola, sendo ainda hoje os principais organizadores do trabalho escolar, o que também se reflete nos livros didáticos.

Sem negar outros espaços de significação cultural, inclusive muito mais antigos que a atual Instituição Escolar, como as formas organizadas ou não da oralidade entre membros de gerações diferentes, bibliotecas, teatros, museus, rituais entre muitos outros, a escola é hoje o espaço indispensável de significação da cultura e a preparação das novas gerações para iniciação de sua recriação de acordo com as novas necessidades humanas. Nesse processo escolar constituem-se as capacidades humanas mais básicas necessárias para a ação de cada sujeito na sociedade. A Escola, como instituição social, também criou uma cultura própria de executar da melhor maneira o seu papel social, que é na forma do ensino possibilitar aprendizagens individuais e coletivas das crianças e adolescentes.

Desde o início da escolarização propriamente dita, hoje a partir dos seis anos, a criança vai se deparar com muitos artefatos culturais e com um deles em especial: o Livro Didático (LD)! Este, dentre muitos outros livros, é muito especial por uma série de razões.

Sob o ponto de vista do ensino e/ou do ponto de vista didático pedagógico, já se admite há um bom tempo que o conhecimento, que capacita as pessoas, institui habilidades e que permite a elas a agirem com sabedoria no contexto social. Para isso, é necessário que haja um processo interativo entre os atores do processo escolar, professor/estudantes no qual o LD pode tornar-se um meio de significação qualificado. A grande questão é saber como e quando esse meio é potencializado. Na concretização de se tornar um meio qualificado dão-se as divergências entre os atores que têm a função de propor as diretrizes para a sua produção, distribuição e seu uso. Mas há muitos outros atores envolvidos com interesses divergentes, chegando até aos professores, aos estudantes e aos pais que enviam seus filhos para determinada escola.

Por contemplar determinado conhecimento a ser significado dentre muitos outros, principalmente aqueles conhecimentos que dizem respeito à compreensão do que seja o ser humano na sua história, forma de organização social, ser de direito e de deveres, as escolhas dos conhecimentos terão grande influência na constituição do pensamento das crianças e adolescentes, na valorização das diferentes manifestações culturais, nas formas de organização política entre tantas outras possibilidades de atuação social. Por isso mesmo, o livro didático está cercado de controvérsias, mas sua importância é quase sempre reconhecida. Bittencout (2004) coloca, inclusive, o livro didático como objeto cultural contraditório e gerador de críticas e polêmicas, mas é um instrumento fundamental no processo de escolarização. Para Martins (2006) o livro didático é um artefato cultural, com sua história vinculada à própria história do ensino escola, do aperfeiçoamento das tecnologias de produção gráfica e dos padrões mais gerais de comunicação na sociedade.

Mesmo que haja um certo consenso na escolha de determinados conhecimentos ensináveis em uma ou outra disciplina, existindo já uma certa cultura curricular instalada, como nas Ciências da Natureza, na Matemática, há outras disciplinas, principalmente aquelas que permitem debater comportamentos e práticas em contínua mudança, como as Ciências Humanas, a Literatura, Manifestações Culturais, Filosofia, Religião, que propiciam calorosos debates, envolvendo pais, professores, gestores e outros responsáveis pelas políticas educacionais. Há, ainda, outros atores sociais, como os da área econômica, que muitas vezes simplificam a questão e apenas veem como necessária uma sequência curricular escolar que habilite as novas gerações para aquilo que o mercado oferece. O desenvolvimento humano em sentido ampliado não é visto como um valor. Tudo isso influencia nas escolhas da organização de um LD, como se pode perceber no debate ainda aceso sobre o conteúdo de determinadas questões da prova do ENEM ou da inserção de determinados conteúdos em LD, como aqueles que debatem sobre questões de gênero, inclusão e manifestações culturais ligadas a minorias.

Deve-se compreender que a cultura humana não se restringe a uma visão única e unificada da própria criação cultural histórica. Há alguns meios culturais de constituição do humano que são comuns, como a escrita contemporânea, as formas matemáticas de compreender e organizar o mundo, as relações econômicas. Mas há outros meios sobre os quais as pessoas divergem se devem fazer parte da educação escolar e lutam para que outros entrem na escola onde estudam seus filhos. Isso também instaura a cultura de determinada escola e que irá influenciar na escolha de determinado LD e não outro. Por exemplo, um livro com mais conteúdos sistematizados, textos mais longos ou mais curtos, com mais ou com menos exercícios a serem realizados. Outros propõem que sejam LDs na forma de temáticas de estudo e pesquisa, que abram para indicações de novas leituras, inserção de conhecimentos contextualizados.

Por ser um artefato cultural, o LD também é e pode ser recriado em sua forma e em sua finalidade. Por exemplo, já houve época em que o LD era praticamente a única fonte de informação para as crianças e adolescentes, isso aconteceu há três gerações cujos avós têm hoje seus netos na escola. Para essas crianças os LDs com muitas informações podem ter pouco valor, pois têm acesso a elas de forma, muitas vezes, bem mais qualificada por outros meios de produção de informação. Isso vale para todas as áreas do conhecimento, mas é muito evidenciado em Ciências da Natureza, por exemplo, em História, em determinados tópicos da Geografia, da Organização Social, da Geopolítica, nos dados da Estatística e tantas outras. Desta forma, professores, especialistas em currículo e autores de LDs passam a compreender melhor a produção do conhecimento escolar. Ele não pode mais ser de multiplicação de informações, mas de produção de pensamento coerente sobre determinada situação da realidade indicada pela significação de alguns conceitos estruturantes desse pensamento. Em outras palavras, a função do LD e dos outros meios culturais na escola é a de produzir conhecimento, pensamento e reflexão sobre determinada porção do real em debate e estudo. Denominamos isso de contextualização.

Outra característica importante dos LDs é aquela que permite contemplar a aproximação das disciplinas escolares, algo que decorre da ideia apresentada no parágrafo anterior. Ao buscar entender uma determinada realidade ou o real dado, logo se manifesta sua complexidade. A complexidade não pode ser contemplada apenas por uma disciplina escolar, necessita da conjunção de várias disciplinas, levando à interdisciplinaridade e à transdisciplinaridade. A organização do trabalho didático pedagógico por temáticas costuma favorecer essa característica e ela pode ser realizada mesmo que os LDs ainda não tenham essa mesma organização. Neste caso, os LDs serão apoio e não mais a sequência didática do trabalho pedagógico nas aulas.

Essas e muitas outras características e funções dos LDs no trabalho escolar mostram a importância da participação do professor, que inicia muito antes da escolha do LD a partir do conhecimento de professor constituído em sua formação profissional na Graduação e na atividade profissional.

Atualmente, os livros didáticos utilizados nas escolas da rede pública do país são avaliados, aprovados e distribuídos por um programa do Ministério da Educação, o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). Esse programa é resultado de um percurso histórico de iniciativas para a distribuição de livros didáticos, surgindo com essa nomenclatura em 1985.

O Brasil é um dos países que tem maior distribuição de livros, o faz crer que a disputa por títulos aprovados pelas comissões de avaliação e a articulação da distribuição pelas editoras seja muito grande.

A discussão do processo de trabalho com livros didáticos precisa ser ampliada, sob uma série de aspectos, uma vez que o trabalho com produtos editoriais tem sofrido transformações advindas da crescente tendência à aferição de lucros nesse campo de produção especializado. Essa justificativa fundamenta-se em estudos como os de Apple (1989, 1995, 1997) para quem se está perdendo o controle sobre partes substantivas do currículo e da tecnologia, “à medida que as ideologias e as práticas capitalistas penetram no centro de um grande número de salas de aula” (1997, p.15) (TEIXEIRA, R. de F. B. 2015, p.9419)

Não raro as escolas e professores são envolvidos em ofertas de mercado que oferecem prêmios diante de escolhas e decisões por determinado material. Isso pode produzir distorções nos melhores critérios de escolha dos livros mais adequados para determinada escola.

A questão do livro didático faz parte de pautas em reuniões e encontros, indicando pontos de reflexão frente à necessidade de professores e gestores avaliarem o processo de suas escolhas, alinhadas à proposta pedagógica e curricular, à singularidade e especificidade de cada escola. Ainda cabe aos sujeitos da escola decidir em quais das etapas da escolaridade esse material é mais apropriado, confirmando a autonomia dos professores e da escola para decidir sobre a condução de práticas pedagógicas que requerem envolvimento com o contexto dos alunos, suas linguagens, experiências e produções singulares.

Hoje a escolha do LD é geralmente realizada a partir de uma reflexão coletiva entre professores, coordenadores pedagógicos e gestores, atendendo às peculiaridades e necessidades da escola em consonância com o Projeto Político e Pedagógico, com a realidade sociocultural das comunidades e de acordo com a legislação e Diretrizes Curriculares. Porém, há alguma indicação de que a escolha do livro didático estará sob a responsabilidade das redes municipais e estaduais. Esse é um ponto polêmico que pode alterar a dinâmica do PNLD, sendo uma alteração substancial que precisa ser discutida diante de seu impacto na condução das práticas pedagógicas pelos professores e dos seus reflexos, na adesão ou não, ao modelo de escolha padronizada.

Referências

BRASIL. Edital de convocação para o processo de inscrição e avaliação de obras didáticas para o Programa Nacional do Livro Didático PNLD 2018 – ensino médio. Brasília: Ministério da Educação, FNDE, 2015.

 ______. Guia de livros Didáticos: PNLD 2018. Apresentação. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2017.

BITTENCOUT, C.M.F. Apresentação da seção em foco: História, produção e memória do livro didático. Educação e Pesquisa, set/dez.2004, V.30, n.3, p.471-473.

MARTINS, I. Analisando livros didáticos na perspectiva dos Estudos do Discurso. Proposições, São Paulo, V.17, n.1, p.118-136, 2006.

TEIXEIRA, Rosane de Fátima B. Significados do Livro Didático na Cultura escolar. IN X CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO – EDUCERE, PUCPR, Curitiba, 2011.

VIGOTSKI, L.S. A Construção do Pensamento e da Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2001. (Texto integral traduzido do russo Pensamento e Linguagem, por Paulo Bezerra, USP, SP).

VYGOTSKY, L.S. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1988.

 


Sub-categorias

  • Sobre o Museu

    Visão e Missão Histórico Estrutura e Funcionamento Vídeo

    Visão e Missão

    Missão

    Oportunizar conhecimento e reflexão por meio da pesquisa, comunicação, difusão e preservação do acervo, contribuindo no processo educacional, identitário e cultural, visando o desenvolvimento do Noroeste do RS.

    Visão

    Ser referência museológica e arquivística para os museus no Estado do RS.



    Histórico

    O Museu Antropológico Diretor Pestana, mantido pela Fundação de Integração, Desenvolvimento e Educação do Noroeste do Estado – Fidene, foi criado em 25 de maio de 1961, junto ao Centro de Estudos e Pesquisas Sociais da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ijuí – FAFI com o objetivo de resgatar e preservar a memória regional, promover a cultura, a educação e o lazer.

    Constituir-se em “síntese da evolução da região pela mão do nosso homem...” era segundo seus fundadores, o objetivo a ser perseguido. Buscando concretizar este objetivo o Museu preserva tanto documentos textuais/bibliográficos e iconográficos como museais, permitindo assim, o resgate e preservação da memória de forma globalizada e a disponibilização do acervo aos pesquisadores.

    Instalado, inicialmente, em prédio alugado, possui hoje sede própria, com área de 1.618 m², climatizada, oferecendo as condições ideais para conservação do acervo constituído por mais de 29 mil peças museais. Este acervo é disponibilizado através das exposições permanente e temporárias e outras atividades educativo-culturais.

    O acervo documental é disponibilizado para pesquisa in loco.



    Estrutura e Funcionamento

    O Museu tem seu acervo constituído por documentos museais, textuais, bibliográficos e iconográficos ordenados nas Divisões de Museologia; Documentação e Imagem e Som.



    Vídeo

  • Visite

    AVISO!

    O MUSEU ENCONTRA-SE FECHADO PARA VISITAS E ATENDIMENTO AO PÚBLICO.

    Mais informações através do telefone 55 3332 -0257 ou por e-mail: madp@unijui.edu.br

    Horários de atendimento interno:

    • Segunda-feira somente no turno da tarde: 13h30min às 17h.
    • Terça à quinta-feira, nos turnos manhã e tarde: das 8h às 11h30min e das 13h30min às 17h.
    • Sexta-feira somente no turno da manhã, das 8h às 11h30min.

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    Horários diferenciados mediante agendamento.

    O custo da visita é de R$ 8,00 para comunidade em geral e R$ 4,00 para estudantes. Atendimento à grupos, com mais de 10 pessoas, mediante agendamento e com taxas diferenciadas:

    • De segunda à sexta-feira: R$ 3,00 por pessoa.

    • Sábado: R$ 5,00 por pessoa.

    • Domingo e feriado: R$ 10,00 por pessoa.

    Acima de 60 anos e Membros Contribuintes são isentos, nas visitas individuais. Para obter mais informações entre em contato com a secretaria do Museu.

    Exposição temporária Exposição de longa duração

    Exposição temporária

    O Museu disponibiliza aos seus visitantes uma área com 135 m² para exposições de curta duração, a fim de possibilitar a apresentação de outras manifestações culturais e, ao mesmo tempo, atrair públicos com interesses diferenciados. Contíguo a esse espaço, há ainda um auditório para 60 pessoas todo equipado.




    Exposição de longa duração

    A exposição permanente do Museu Antropológico Diretor Pestana ocupa uma área de 500m2.

    O objetivo da mesma é retratar aspectos da caminhada do homem que viveu e vive nesta região do Estado, sobretudo, no município de Ijuí. A exposição permanente inicia com o índio pré-missioneiro, primeiro habitante desta região, com seus instrumentos em pedra e cerâmica, seguida do índio missioneiro, principalmente através de sua arte e dos bens culturais produzidos por seus descendentes, hoje, no Rio Grande do Sul.

    O negro e o caboclo que aqui habitaram antes da chegada dos imigrantes são retratados a seguir. A exposição destaca, ainda, aspectos da fundação e colonização do município, a imigração, facetas da agricultura e trabalho rural, os processos produtivos artesanais, comunicação e transporte, indústria e comércio, energia, serviços, esporte e lazer, ensino, religião, usos e costumes e a moradia.

    O espaço final da exposição foi reservado às manifestações culturais de Ijuí hoje.























  • Contribua

    Veja nas abas abaixo as diversas formas com as quais você pode contribuir com o Museu. Para obter mais informações sobre como contribuir entre em contato com a equipe do museu.


    Amigos do Museu Doações ao Acervo Mecenato Membros Contribuintes

    Amigos do Museu

    A Associação de Amigos do Museu Antropológico Diretor Pestana é uma instituição civil, de direito privado, sem fins lucrativos, fundada em 20 de agosto de 1983. Constituída por pessoas e entidades que tenham interesse na preservação da memória regional, no desenvolvimento de ações de natureza cultural e educativas que permitam melhor conhecer e reconhecer o patrimônio histórico e cultural de Ijuí e região. Tem por objetivo principal apoiar a integração do Museu Antropológico ao processo de dinamização cultural de Ijuí e Região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, através da participação ativa de pessoas, empresas e grupos interessados, conforme o artigo 1º do seu estatuto.

    O principal foco de sua atuação centra-se precisamente no apoio ao trabalho do Museu Antropológico Diretor Pestana que se constitui no maior e mais bem aparelhado repositório museológico e arquivístico da história do noroeste colonial.

    A Associação está aberta a todos. Os interessados são convidados a somarem-se aos nossos esforços. Você, leitor, também está convidado. Sua participação é muito importante. Solicite agora sua ficha de inscrição.


    Membros Contribuíntes

    O Museu busca diferentes formas de aprimorar e expandir suas atividades culturais e tornar-se independente economicamente dando sustentabilidade a sua manutenção. Dentre elas está a campanha de Membros Contribuintes que acontece desde 1990.

    Além de primar pela cultura, os membros contribuintes podem contribuir com idéias, sugestões e ações que venham dinamizar e garantir apoio às atividades de caráter científico e cultural do Museu. Para tornar-se Membro Contribuinte basta pegar sua ficha e fazer sua adesão junto ao Museu e terá os seguintes benefícios:

      • isenção das taxas de manutenção nas exposições;

     

      • acesso aos eventos promovidos pelo museu, sem nenhum ônus adicional;

     

      • desconto nos produtos da lojinha;



    As doações são efetuadas mensalmente com valores definidos pelo próprio contribuinte. Veja abaixo as formas de contribuir:

      • Débito em Conta Corrente: Os correntistas do Banco do Brasil ou do Banrisul poderão autorizar o pagamento de suas contribuições através de débito em conta corrente. Venha até o Museu e autorize o débito.

     

      • Pagamento direto no Museu: Você pode realizar o pagamento diretamente na Secretaria do Museu. Desconto na Folha de Pagamento: Para os funcionários da Fidene o desconto poderá ser efetuado na Folha de Pagamento mediante autorização na Secretaria do Museu.

    Mecenato

    Mecenato é um termo que indica o incentivo e patrocínio de artistas e literatos, e mais amplamente, de atividades artísticas e culturais.

    Como Contribuir: Você pode colaborar com os projetos culturais do Museu destinando uma parcela do seu Imposto de Renda para a Instituição.

    Pessoa Física: A Pessoa Física que optar pela declaração de renda, pelo formulário completo, pode contribuir com até 6% do imposto devido.

    Pessoa Jurídica: A Pessoa Jurídica que faz a declaração com base no lucro real, pode contribuir com até 4% do imposto devido.

    Tanto para Pessoa Física como para Pessoa Jurídica poderá deduzir de 100% do valor doado, uma vez que o projeto aprovado pelo Museu enquadra-se no Art. 18 da Lei de Incentivo que autoriza esta dedução.

    Doações ao Acervo

    Devido à pandemia (COVID-19) e questões técnico-administrativas, mantém-se suspenso o recebimento de itens a serem avaliados para doação ao acervo do Museu.

    Desde sua fundação em 1961, o MADP vem formando seu acervo, principalmente, através de doações da comunidade, mediante critérios estabelecidos.

    As doações de documentos e objetos ajudam a qualificar e renovar o acervo, de modo a acompanhar as mudanças e evolução da sociedade, que através da preservação dos bens materiais, reflete a memória de determinada comunidade, enquanto patrimônio cultural. O acervo é a base para a difusão da herança local e regional, a partir de programas de conservação, de pesquisa e ações educativas.


    Orientações para recepção de objetos museológicos a serem doados

    Previamente, entre em contato pelo telefone geral do Museu (55)3332-0257.


    Orientações para recepção de documentos a serem doados

    Recolher bens materiais da comunidade para preservação significa não só adquirir peças e mantê-las em segurança, mas documentá-las adequadamente e contextualizá-las, a partir de informações levantadas sobre cada doação e seu doador. Por isso, o MADP depende da contribuição de cada interessado para identificar e contextualizar adequadamente os documentos de diferentes gêneros. Assim, o Museu solicita que antes de trazer seus documentos pessoais, o interessado siga atentamente as orientações de recepção.

  • Pesquise

    O Museu preserva e disponibiliza diferentes arquivos e coleções, incluindo-se a hemeroteca e a biblioteca especializada. Os documentos podem ser consultados no local, sem agendamento prévio ou por e-mail: madppesquisa@unijui.edu.br. Quanto ao acervo bibliográfico, algumas publicações são restritas apenas à consulta local, outras podem ser emprestadas mediante cadastro na Biblioteca Universitária Mario Osorio Marques da UNIJUÍ. Além do atendimento à pesquisa, O Museu oferece o serviço de reprodução digital de documentos com custos diferenciados (para ver a tabela de preços clique aqui). Os jornais Correio Serrano e Die Serra Post, que se encontram microfilmados e digitalizados, também possuem reprodução em meio digital. 

    De forma gradativa, a documentação histórica preservada é reproduzida e descrita, considerando-se os objetivos de reduzir o manuseio dos originais e estabelecer o acesso as suas informações para pesquisa. Adotou-se como aplicativo baseado na Web, o sistema informatizado de código aberto Access to Memory (AtoM), um banco de dados com a função de repositório de informações, que comporta instrumentos de pesquisa e exibição de documentos e reproduções, considerando-se padrões arquivísticos recomendados pelo International Council on Archives (ICA). Para acessar a página dos acervos disponíveis no AtoM MADP/FIDENE, clique em Acervo do Museu Antropológico Diretor Pestana/FIDENE.

    Acesse as instruções de como pesquisar no AtoM MADP/FIDENE


    Genealogia Documentos textuais, bibliográficos e cartográficos Imagem e som Museologia Taxas

    Genealogia

    Genealogia é o registro da história de nossos ancestrais sob forma de texto ou árvore genealógica da família, com nomes, datas e lugares por onde eles passaram para conhecimento de seus descendentes. Ao estruturar a árvore genealógica de sua família faça uma pesquisa nos documentos de identidade, certidões dos seus pais, tios, avós e bisavós para se descobrir os nomes dos antepassados, quando e onde nasceram, casaram e faleceram, e de onde vieram. A partir daí pode-se programar visitas a cartórios, cemitérios, paróquias e ao museu para levantamento de dados mais antigos.

    No Museu Antropológico Diretor Pestana, os documentos que tratam de indivíduos e famílias foram adquiridos a partir de doações. As doações recebidas pela comunidade seguem critérios que auxiliam na organização dos conjuntos preservados no MADP, neste sentido você também pode nos ajudar a partir das orientações em doação ao acervo.


    Um pouco mais sobre genealogia

    A consciência de família e de tradição é a raiz da cidadania e da autoestima. O conhecimento da origem da família, sua ligação a uma tradição, a uma cultura, a uma religião é o campo da Genealogia. Esse conhecimento é parte fundamental da estrutura de identidade do Eu e requisito fundamental também para a autenticidade e maturidade da personalidade de cada um.

    A pesquisa genealógica é antes de tudo uma busca paciente de documentação. Um dos mais importantes documentos para a genealogia é o registro de casamento. Este registro foi responsabilidade exclusiva da igreja, durante um período da história brasileira, que durou até o século XIX. Após a proclamação da República (1889) passou a existir também o registro civil. O registro feito pela igreja teve início após a realização do Concílio Tridentino, que terminou por volta de 1563 e os vigários foram obrigados a manter livros de registro em suas paróquias. Por isso, os arquivos da Igreja Católica são considerados os mais ricos do Brasil, em geral, alocados nas Cúrias Diocesanas e Arquidiocesanas, ou nas próprias Ordens Religiosas.

    Ainda há outras opções de busca de documentos relacionados aos indivíduos, como cartórios, arquivos municipais, estaduais e o Arquivo Nacional. Existem também arquivos na Marinha, no Exército e em outras repartições que retém por algum tempo sua documentação, antes de encaminhá-la ao Arquivo Nacional.

    A leitura da documentação antiga é uma tarefa um tanto difícil para o iniciante, mas que, após algum tempo de pesquisa, torna-se cada vez mais fácil. Existem algumas regras que facilitam a leitura dos documentos, como por exemplo, o conhecimento de abreviaturas comuns em cada época e as variações gráficas de nomes e sobrenomes. As palavras comuns e frequentemente repetidas em textos oficiais podem sofrer abreviações, assim, também existem livros dedicados a este caso. Alguns nomes e sobrenomes passaram a existir a partir de abreviaturas como exemplos: "Roiz" de Rodrigues; “Brites” de Beatriz; “Alves”, provável abreviatura de Alvarez, etc.


    Genealogia nos documentos fotográficos e textuais do Museu

    A seguir, confira o índice de sobrenomes identificados nas imagens de documentos fotográficos de fundos e coleções do MADP: Índice de sobrenomes.

    Abaixo, confira os índices de sobrenomes dos documentos textuais:


    Confira a lista completa

    Documentos textuais, bibliográficos e cartográficos

    O museu preserva documentos dos gêneros textuais, bibliográficos e cartográficos que contextualizam a memória regional, o que o torna referência para estudantes, pesquisadores e estudiosos da cultura e da história de Ijuí e região. Esta documentação está classificada aos seguintes conjuntos documentais: Ijuí, Regional, Sindicalismo, Cooperativismo, Kaingang, Guarani e Xetá e FIDENE, totalizando 975,41 metros lineares de documentos. A hemeroteca é formada por 40 títulos de publicações da imprensa, relacionados à cidade de Ijuí, Estado do Rio Grande do Sul e Brasil, considerados de grande relevância histórica, em sua maior parte, proveniente de Ijuí e região. A seguir, as coleções e fundo Fidene. A consulta também pode ser feita pela plataforma de acesso online clique aqui.

    Ijuí

    Destina-se à guarda, registro e conservação da documentação referente às atividades dos diversos setores do município de Ijuí. Formado por documentos de diferentes proveniências. Sua sistemática de organização tem por base a classificação da documentação por assunto e o arranjo da mesma por órgãos que têm relação com o âmbito informativo ou produção documental.

    Reúne documentos relativos à administração pública, com destaque ao município de Ijuí; documentação de 489 famílias; 107 casas comerciais e 79 indústrias; empresas ligadas à agropecuária; prestação de serviços; meios de comunicação e transporte; educação e cultura; organizações civis como: entidades benemerentes, classistas, culturais, esportivas, recreativas, estudantis, comunitárias; política e partidos políticos; religião e saúde.


    Destaques

    Históricos familiares, árvores genealógicas, documentos como certidões de batismo, casamento, nascimento e óbito, passaportes e outros documentos de famílias ijuienses, desde que originais, podem ser doadas por qualquer cidadão para inclusão neste item. Organizado em pastas por sobrenome paterno. Os documentos da Comissão de Terras e Colonização, com 378 documentos, datados de 1877 a 1912, anteriores à emancipação do município de Ijuí, documentos usados para pesquisas de cunho histórico e socioculturais da Colônia Ijuhy e fonte única de comprovação de registro de lotes urbanos e rurais. Microfilmados e digitalizados.

    Os documentos do Cartório Eleitoral de Ijuí – 26.780 processos eleitorais das décadas de 1950, 1960 e 1970, em geral, são usados para complementação de processos de aposentadoria de cidadãos ijuienses e pesquisas genealógicas. O Índice alfabético por sobrenome está disponível – datilografado - na Sala de Pesquisa. A documentação da Prefeitura Municipal de Ijuí – 96.626 documentos da Administração Pública Municipal custodiados pelo MADP, sendo 1.054 relatórios de atividades da Intendência Municipal e de Secretarias (de 1912 a 1981), 15.593 telegramas expedidos e recebidos (de 1912 a 1982) e 63.839 correspondências expedidas e recebidas (de 1911 a 1973). Salienta-se que os documentos da administração municipal que estão preservados no Museu, não constituem todo o acervo de valor histórico da Prefeitura Municipal de Ijuí. O índice dos documentos está disponível – datilografado - na Sala de Pesquisa.


    Cooperativismo

    Documentação sobre o movimento cooperativista e a coleta inicial de documentos foi iniciada em 1985. Estão preservados documentos de 82 cooperativas localizadas no Estado do Rio Grande do Sul.



    Regional

    Conjunto formado na década de 80, constituído por documentos de 280 municípios gaúchos. A classificação é de acordo com o código numérico estipulado pelo IBGE para cada município na data de sua emancipação.



    Kaingang/Guarani e Xetá

    A documentação relaciona-se aos três grupos indígenas mencionados no título, com destaque para o Guarani e o Kaingang. A proposição de organização é da antropóloga Ligia Teresinha Lopes Simonian, quando professora da instituição e desenvolvendo o projeto “Índios e Brancos no Rio Grande do Sul”. O núcleo inicial da documentação se constituiu com o material existente no Museu, acrescido de publicações e documentos advindos de diferentes instituições do país, em sua grande maioria, constituídas por fotocópias. A classificação é por grupo étnico e tipo de documento.


    Sindicalismo

    O conjunto tem por objetivo preservar a documentação referente a Entidades Sindicais, definidas segundo a Comissão Nacional de Classificação (CONCLA) em função da natureza jurídica como sindicatos, federações, confederações e centrais sindicais, de trabalhadores ou patronais. Sua organização foi iniciada no ano de 1985, devido à Exposição Comemorativa aos 50 Anos do Sindicalismo em Ijuí. Neste mesmo ano o professor do Departamento de Ciências Sociais, Hilário Barbian, proferiu palestras sobre A História do Sindicalismo Operário Brasileiro e Ijuiense a um público de 567 pessoas, entre os quais professores, estudantes e operários.

    A documentação referente às entidades de fiscalização do exercício profissional e às associações profissionais ou de classe estão arquivadas no em Ijuí, na classe Organizações Civis.


    Fidene

    Fundo documental da Fundação de Integração, Desenvolvimento e Educação do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – FIDENE, desde a instalação da FAFI, em 1957, a constituição da FIDENE em 1969, o reconhecimento da UNIJUI em 1985, a regionalização desta, em 1993. A partir de 1994, com a implantação do Projeto Sistema de Arquivos da Fidene foi adotada a classificação funcional em todos os arquivos correntes (em cada órgão/setor da instituição).


    Hemeroteca

    O objetivo da Hemeroteca do MADP é preservar dos jornais produzidos no município de Ijuí, os de cunho histórico e político, que apresentem temáticas relacionadas a índios e patrimônio histórico-cultural.

    A política de guarda de jornais foi redefinida no ano de 2003 pelo Conselho de Direção do Museu e aprovada pelo Conselho Diretor da Mantenedora - foram doados aos respectivos municípios produtores dos mesmos, 1530 volumes referentes a 68 títulos de jornais. Até esta data eram arquivados 92 títulos de jornais.

    O Projeto Preservação da Memória Jornalística de Ijuí, patrocinado pelo Departamento Municipal de Energia Elétrica de Ijuí (DEMEI) por meio da Lei de Incentivo à Cultura do RS (LIC) no ano de 2004, proporcionou que os dois jornais (Correio Serrano e o Die Serra Post), mais importantes e de maior volume documental da hemeroteca, fossem novamente disponibilizados à pesquisa, pois seu estado de conservação estava extremamente deteriorado.

    Foram microfilmadas e digitalizadas as coleções dos jornais Correio Serrano, de 1917 a 1988 e Die Serra Post, de 1919 a 1984, totalizando 102 mil páginas, as quais estão disponíveis para acesso em banco de dados local (LINK PARA TAXAS) – digitalizadas e por meio de leitura em microfilmes.

    Confira neste link os 40 títulos disponíveis a pesquisa.



    Pesquisa no arquivo fotográfico

    O Museu preserva e disponibiliza documentos de valor informativo e histórico da comunidade pertencente à memória de Ijuí e região noroeste do Rio Grande do Sul. A documentação, além de seu expressivo volume, também possui uma diversidade, tanto por sua natureza de formação, quanto pelos gêneros documentais. Há conjuntos documentais que reúnem diferentes gêneros como o audiovisual, e iconográfico, o musical e o sonoro.


    A seguir, a consulta por índices de pesquisa pode ser feita conforme cada conjunto, como também pela plataforma de acesso online clique aqui. Orientação de uso dos índices: ao localizar as informações desejadas na tabela, anote o código relativo ao (s) documento (s) para uso no atendimento à solicitação de pesquisa por e-mail (Exemplo: Cascata das Andorinhas, Rio Potiribu, código AI 0.1 0001).


    FIDENE

    O Arquivo Fidene, de responsabilidade também reúne suportes dos gêneros audiovisuais, iconográficos e sonoros, que representam a história institucional desde 1957, principalmente através dos materiais fotográficos e entrevistas. Os instrumentos de pesquisa ainda não estão disponíveis na internet, porém o atendimento à pesquisa desse acervo pode ser feito no local (sala de pesquisa no MADP) ou por e-mail. O arquivo fotográfico possui mais de 41.000 documentos organizados e descritos, incluindo fotografias de processo analógico e digital, tanto coloridas como monocromáticas (preto e branco), sendo a maioria das imagens digitais registradas em catálogo eletrônico desde 2009, não disponíveis na internet. As fotografias descritas anteriormente estão registradas em fichas manuais, incluindo índices de sobrenome e temático. As fotografias recebem o arranjo temático desde 1982, estabelecido na execução do projeto “Estudo da Formação Fotográfica de Ijuí”, em conjunto com a FUNARTE. Os documentos audiovisuais e sonoros estão parcialmente organizados e sua grande maioria está apenas ordenada cronologicamente, com índices para pesquisa. A gestão arquivística, que visa a classificação na origem de produção institucional, ainda está em elaboração.





    Ijuí

    Conjunto formado por diferentes proveniências da comunidade ijuiense, que como o Arquivo FIDENE, também reúne diferentes gêneros documentais dotados de imagem e ou som, incluindo o musical. Dentre os materiais em destaque estão as fotografias, com mais de 5.000 documentos iconográficos em cores e monocromáticos (preto e branco) desde o início do século XX, rolos de filmes e fitas magnéticas com entrevistas, a discoteca, constituída por quase 3.000 discos de vinil e um pequeno acervo de notação musical, principalmente partituras. Os índices temáticos e de sobrenome das fotografias estão disponíveis nessa página e o atendimento à pesquisa dos demais acervos pode ser feita no local (sala de pesquisa no MADP) ou por e-mail. O arquivo fotográfico possui arranjo temático desde 1982, estabelecido na execução do projeto “Estudo da Formação Fotográfica de Ijuí”, em conjunto com a FUNARTE. Os documentos audiovisuais e sonoros estão parcialmente organizados e sua grande maioria está apenas ordenada cronologicamente, com índices para pesquisa.



    Família Beck

    Documentação proveniente da família Beck, cujas atividades foram iniciadas por Carlos Germano Beck, imigrante alemão estabelecido em Cruz Alta e posteriormente em Ijuí, instalando seu primeiro estúdio em 1908. Carlos, que ensinou o ofício à família, também contou com auxílio dos seus seis filhos homens, que se tornaram fotógrafos. O conjunto preservado no MADP possui mais de 7.500 imagens, cuja aquisição inicial ocorreu em 1982, com a compra de uma parte do conjunto de negativos de vidro. Mais tarde o fotógrafo Alfredo Beck (1912-2003), um dos filhos, consciente da importância de preservar seu trabalho, também doou parte dos seus originais. Os índices temáticos das fotografias estão disponíveis nessa página e o atendimento à pesquisa pode ser feito no local (sala de pesquisa no MADP) ou por e-mail. A documentação fotográfica possui arranjo temático desde 1982, estabelecido na execução do projeto “Estudo da Formação Fotográfica de Ijuí”, em conjunto com a FUNARTE. Também veja aqui o índice.





    Eduardo Jaunsem

    Fotografias produzidas por Eduardo Jaunsem (1896-1997), nascido na Letônia, fotógrafo e agricultor que imigrou ao Brasil, estabelecendo-se na Linha 11 Leste em 1914, região próxima a Ijuí. Sua obra enriquece a história regional, por seu olhar artístico e pelo registro de paisagens do cotidiano rural, onde viveu. Os documentos chegam a 5.500 imagens, conjunto custodiado pelo MADP desde 1978, inicialmente com a doação de 2.636 negativos de vidro. Os índices temáticos das fotografias estão disponíveis nessa página e o atendimento à pesquisa pode ser feito no local (sala de pesquisa no MADP) ou por e-mail. O arquivo fotográfico possui arranjo temático desde 1982, estabelecido na execução do projeto “Estudo da Formação Fotográfica de Ijuí”, em conjunto com a FUNARTE Também veja aqui o índice.





    Jornal da Manhã

    Coleção fotográfica com mais de 100.000 imagens, tanto coloridas como monocromáticas (preto e branco), em negativos flexíveis e positivos em papel. Os documentos foram adquiridos em 25 de abril de 2000, representando a memória fotojornalística de Ijuí entre 1980 e 2000. Os autores são os fotógrafos Eurides Martins (Pancho), com imagens até 1990 e posteriormente, de Elimar Martins (Panchinho). Do total, cerca de 4.000 fotografias foram descritas para pesquisa, mas um grande volume do acervo ainda se encontra em tratamento, a ser higienizado, acondicionado e descrito. Os índices temáticos das fotografias organizadas estão disponíveis nessa página e o atendimento à pesquisa pode ser feito no local (sala de pesquisa no MADP) ou por e-mail. A documentação fotográfica possui arranjo temático desde 1982, estabelecido na execução do projeto “Estudo da Formação Fotográfica de Ijuí”, em conjunto com a FUNARTE. Também veja aqui o índice.





    Ildo Weich

    Conjunto formado por positivos em papel e negativos flexíveis, ainda em processo de tratamento. Natural de Palmeiras das Missões (RS), Ildo Weich começou a fotografar com 15 anos, sendo autor da bela fotografia da neve de 1965, registrada na Estação Ferroviária de Ijuí. Seu primeiro estúdio ficava no Cine América, que foi destruído por um raio, fato que o fez instalar outro, próximo à escola Ruizinho, o “Foto Cisne”. Weich também foi reconhecido por seu pioneirismo no processo fotográfico em cores. A documentação não possui instrumentos de pesquisa.





    Arquivo Cooperativismo

    Com documentos fotográficos de diferentes proveniências sobre as cooperativas da região Noroeste do Estado, do período entre 1950 e meados de 1970. O acervo possui 40 fotografias referentes à Cooperativa Agropecuária & Industrial (COTRIJUÍ), inicialmente Cooperativa Regional Tritícola Serrana Ltda, digitalizadas para acesso e descritas em catálogo eletrônico, sem arranjo, apenas ordenadas por sequência de registro (número tombo).


    Sindicalismo

    Com documentos fotográficos de diferentes proveniências que representem as entidades sindicais, por sua natureza jurídica, conforme a Comissão Nacional de Classificação – CONLCA: sindicatos, federações, confederações e centrais sindicais, de trabalhadores ou patronais. O conjunto contém 207 fotografias em papel, que abrangem o período entre décadas de 1920 e 1980, a maioria de 1970 e 1980. Os documentos estão descritos em fichas catalográficas manuais, sem arranjo estabelecido, apenas ordenados por sequência de registro (número tombo) e por enquanto, não possui índices de busca.





    Regional

    Com documentos fotográficos que representam a memória dos municípios ou cidades da região do Rio Grande Sul, exceto Ijuí e contém 1570 fotografias. Os documentos estão descritos em fichas catalográficas manuais, sem índices para busca. O arranjo para organização foi estabelecido conforme o código de classificação dos municípios, de uso do IBGE, cuja tabela de classificação por áreas territoriais é elaborada pela Comissão Nacional de Classificação – CONLCA (que monitora, define normas de utilização e padronização das classificações estatísticas nacionais).





    Indígena

    Conjunto formado por fotografias que buscam retratar o cotidiano de diversas tribos indígenas da região e do Brasil. A coleção contém aproximadamente 200 fotografias, que estão descritas em fichas manuais e uma pequena parcela em catálogo eletrônico, sem arranjo estabelecido, apenas ordenados por sequência de registro (número tombo) e por enquanto, não possui índices de busca.





    Divisão de Museologia

    A divisão de museologia tem o objetivo de acondicionar, conservar, documentar e expor os objetos doados ao MADP. Além de tais competências, possui o compromisso de preservar a memória dos acervos museológicos e o dever de ressignifica – los, para que assumam sua função museal.

    Tal divisão é responsável pela manutenção da exposição de longa duração assim como, em conjunto com a equipe do Museu, os Departamentos da UNIJUI e os curadores, a incumbência de realizar a pesquisa, elaboração e montagem das exposições temporárias. Exposições estas que contam com atividades complementares de cunho educativo.
    Atualmente possui cerca de 30.000 acervos, divididos em quatro seções: Antropologia, Arqueologia, Numismática e Filatelia e Artes Visuais.

    Seção Arqueologia

    Composta por material referente ao índio Pré-Missioneiro proveniente de pesquisas arqueológicas realizadas, na Região, principalmente, no período de 1967 a 1973 e acrescida pela coleta avulsa. Tais pesquisas localizaram cerca de 134 sítios arqueológicos, cujos estudos contribuíram para a seriação e datação da cerâmica no Rio Grande do Sul, pelo Instituto Anchietano de Pesquisas da UNISINOS.

    No ano de 2000, em convênio com a Fundação de Apoio à Tecnologia e Ciência, FATEC, de Santa Maria, foi realizado um inventário da Coleção Arqueológica do MADP a fim de determinar o número de peças e assim cumprir determinação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN. Através de tal inventário, reconheceu-se que o Museu dispõe de cerca de 24.217 (vinte e quatro mil, duzentas e dezessete) peças arqueológicas. O acervo arqueológico encontra-se hoje, em sua maioria, armazenado em Reserva Técnica, distanciados dos objetos que compõem as demais seções e acondicionado em caixas devidamente identificadas. É válido citar que algumas peças, atualmente, compõem a exposição de longa duração, e que os acervos desta seção são instrumentos em pedra, cerâmica e osso.

    Seção Antropologia

    Tal seção tem como objetivo pesquisar e salvaguardar o acervo que se refere ao cidadão de Ijui e Região.

    Este acervo esta subdividido em três grupos: Índio, Missões e Povoamento, de acordo com a primeira utilização do objeto, e comporta material referente aos Índios desde o período missioneiro até os dias atuais, à colonização, imigração, grupos étnicos, história, religião e cultura regional.

    O acervo antropológico é o maior contribuinte da exposição de longa duração do MADP, no entanto esta em sua maioria acondicionado em Reserva Técnica de acordo com suas tipologias de uso e seção de tombamento.
    Atualmente o acervo antropológico esta em processo de levantamento de informações e conferência de documentação museológica, assim como higienização, digitalização e re-acondicionamento.



























    Seção Artes Visuais

    Esta seção tem o objetivo de reconhecer, registrar, pesquisar e apresentar a comunidade de Ijui e Região os documentos e objetos produzidos com fins estéticos e artísticos, assim como os artefatos que demonstram a criatividade e que integram as artes gráficas e plásticas.
    A coleção é composta por telas, quadros, pequenas instalações, esculturas e demais representações materiais. Esta acondicionada em Reserva Técnica e passará, assim como a Seção Antropologia, por um novo levantamento.

    Seção Numismática e Filatelia

    Composta por moedas, cédulas, medalhas e selos cunhados no Brasil ou proveniente de outros países. Tal seção passará por um processo de documentação e identificação das peças, e por este motivo não esta aberta à pesquisa.

  • Outras Informações do Museu
  • Exposições Temporárias Museu
  • Destaques Museu
  • Galeria de Fotos Museu
  • Agenda Cultural
  • Informativos Kema

    KEMA, da língua Kaingang, quer dizer "experimentando". O Informativo do MADP, concebido em maio de 2008, objetiva divulgar as atividades desenvolvidas pelo Museu Antropológico de Ijuí, Rio Grande do Sul.

    Segue abaixo a lista dos informativos Kema, para receber os informativos do museu no seu no seu e-mail cadastre-se neste link.

  • Cinema no museu
  • Projetos
  • Publicações

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