A internet foi um grande avanço tecnológico que trouxe uma série de benefícios (claro que tem gente usando ela para fins não tão positivos, mas não estamos aqui para julgar isso). A mesma internet é capaz de estabelecer a comunicação entre diferentes regiões, entre uma série de coisas bacanas.

Mas além disso, ela dá a chance de uma cultura entrar em contato com a outra, e a partir disso surgem diversos tipos de manifestações e ações culturais. O que antes era desconhecido, passa a ser cultuado.

E esse é o caso do grupo indígena Brô MC’s, que mistura as características do rap norte-americano com as letras que são todas cantadas em guarani e que falam, dentre outros assuntos, sobre os problemas que os Guarani Kaiowá enfrentam.

Brô MC’s une o melhor das duas culturas:

Em um primeiro momento, podemos pensar que tal combinação não funcionaria, mas basta expandirmos um pouco mais nossa visão para perceber que a jogada é mais inteligente do que podemos pensar, fora o fato de ser extremamente necessária.

O grupo conta que escolheu o rap pelo fato do estilo servir como uma ferramenta que pode ser utilizada contra o preconceito e o racismo. Não é novidade para ninguém que muitas tribos indígenas, se não todas, ainda são alvo de preconceito de uma grande parcela da humanidade, o que torna a situação preocupante e ações como esta, fundamentais.

O grupo é formado pelos jovens indígenas Bruno Veron, Clemerson Batista, Kelvin Peixoto e Charlie Peixoto, das aldeias Jaguapiru e Bororó. Ele foi criado em 2009 com o objetivo de valorizar a cultura indígena. Sua música é cantada em idioma nativo e em português.

Em julho deste ano eles lançaram o clipe para a faixa Koangagua, que significa “nos dias de hoje”.  Segundo o produtor do grupo, Higor Lobo, a produção toda foi feita em pouco mais de uma semana durante a segunda visita do fotógrafo suíço Yan Groos. Este é o terceiro clipe do grupo:

Fonte: A Gambiarra