Na última sexta-feira, 07, foi realizada em Cruz Alta - RS uma audiência pública presidida pelo Deputado Estadual, Rafael Braga Librelotto, Presidente da Comissão das Universidades Comunitárias.
Esta foi a quarta audiência pública realizada no estado com o objetivo de promover a discussão sobre o papel das universidades comunitárias no RS e a facilitação do acesso ao ensino superior.
A comissão especial das universidades comunitárias da assembleia legislativa do Estado do Rio Grande do Sul esteve representada pelas universidades Unicruz, UPF, URI e UNIJUÍ.
Conversamos com a reitora da Unijuí, professora Cátia Maria Nehring, que falou sobre este movimento, “que tem por base a perspectiva de discutir de fato a pertinência, relevância das instituições comunitárias no Rio Grande do Sul”.
A professora Cátia Nehring destacou ainda que é necessário entender o funcionamento e a funcionalidade das universidades, “precisamos entender que essa ideia de instituições comunitárias, ela não é uma ideia nova, a Lei das comunitárias está fazendo 10 anos em 2023, porém, ela ainda não se aplica efetivamente, nós não temos uma fotografia das universidades comunitárias e do impacto formativo, na produção de ciência na inovação, na tecnologia das universidades comunitárias, porque nós não somos vistos efetivamente, reconhecidos”.
Sobre a atuação das comunitárias, a reitora da Unijuí falou que a instituição precisa ser reconhecida pelo que entrega para a sociedade, “somos uma terceira via, não pública, não privada, somos pública estatal e precisamos e estamos fazendo, promovendo o desenvolvimento das nossas comunidades a mais de 60 anos, o RS tem essa trajetória, somos 14 instituições, mais de 160 mil estudantes no nosso escopo efetivamente, e trabalhando para o desenvolvimento das nossas comunidades”.
Ainda sobre a audiência pública, Cátia Nehring destacou que é importante pois fornece informações sobre o impacto das instituições nas suas comunidades, “trazer mais informações sobre o impacto das 14 instituições em mais de 40 municípios com polos presenciais…fazendo a promoção da formação acadêmica profissional da graduação, no stricto sensu, fazendo pesquisa, fazendo inovação, propondo questões de extensão que é uma marca das universidades comunitárias e mantendo essa ideia da cultura que são processos que a gente não abre mão…”.
Algo que foi citado pelas autoridades presentes foi o índice de alunos que não conseguem concluir as suas graduações, por falta de ferramentas de permanência, algo que também foi destacado pela professora Cátia Nehring, “nós precisamos proporcionar acessibilidade aos estudantes que queiram ir para a educação superior, mas também precisamos ter permanência para aqueles que já estão. O índice de pessoas que entram na universidade e que não tem condições de permanecer nela é muito grande.”
A principal cobrança das universidades comunitárias é para que se cumpra a constituição federal, o que também teve destaque na fala da reitora da Unijuí, “o nosso ponto de pauta é ter acessibilidade e permanência, para isso basta que o governo do RS cumpra o que diz na constituição federal, no seu art. 201 que é a aplicação dos 0,5% da receita líquida de impostos próprios na manutenção e no desenvolvimento no ensino superior público e no ensino superior comunitário”.
A reitora Cátia Nehring aproveitou para desmistificar o acesso para poucos que por muitas vezes é associado à imagem da Unijuí, “têm um mito de que a Unijuí é uma universidade cara, que a Unijuí é uma universidade para poucos. Eu faço um convite para que vejam o nosso portal, o custo de uma mensalidade e as possibilidades de financiamento…”.
A Unijuí tem realizado buscas frente aos representantes públicos para tornar possível ferramentas que auxiliem na manutenção das universidades comunitárias.
Para mais informações ouça a entrevista na íntegra com a professora Cátia Maria Nehring, Reitora da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Unijuí
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