Gramado do Estádio do São Luiz recebe assistência técnica de professor e estudantes da Unijuí - Unijuí

COMUNICA

PORTAL DE NOTÍCIAS DA UNIJUÍ

Gramado do Estádio do São Luiz recebe assistência técnica de professor e estudantes da Unijuí

A elite do Campeonato Gaúcho de Futebol masculino já começou, porém o São Luiz ainda não jogou em sua casa, o Estádio 19 de Outubro. A estreia da equipe em seu domínio ocorre domingo, dia 30 de janeiro, contra o Juventude, às 19h. Com o objetivo de fazer com que o espetáculo ocorra da melhor forma possível, os ajustes finais no estádio estão sendo feitos e, dentre eles, a preparação do gramado.

A assistência técnica, desde a última modificação do gramado em 2018, vem sendo realizada pelo professor doutor do curso de Agronomia da Unijuí, Emerson André Pereira, que nos últimos anos assumiu essa responsabilidade. O processo é feito juntamente com os acadêmicos da graduação, que auxiliam nos processos de fertilização do solo e manejo com a grama, e com os próprios funcionários do Clube, integrando conhecimentos práticos e teóricos.

De acordo com o professor Emerson, diversas ações vêm sendo efetuadas para que o gramado esteja em perfeitas condições. “Inicialmente, fizemos um estudo da qualidade do solo, no Laboratório de Análise de Solos, seguido de uma análise foliar e visual nos laboratórios da Unijuí”, comenta.

Os estudantes, liderados pelo professor, agem também controlando a quantidade de adubo utilizada, promovendo o controle de pragas, o crescimento da planta e a irrigação, sempre prezando pelo cuidado individual no manuseio. O professor destaca que sempre busca relacionar os conteúdos da área de Agronomia e, neste caso, o cuidado com o gramado é semelhante ao manejo de uma pastagem, na qual alguns estudantes do curso de Medicina Veterinária também auxiliam.

Nessa abordagem do professor, as condições climáticas, fertilidade e a utilização do campo são quesitos fundamentais para a evolução da grama. “Se ocorrem muitos treinos no campo, a grama perde o potencial de desenvolvimento e diminui sua capacidade de rebrote. Assim como as pastagens, caso o produtor coloque muitos animais ou por muito tempo, intensificando o pastejo, perde-se a capacidade de suporte das plantas, prejudicando todo o sistema”, relaciona o professor Emerson.

Os estudantes que aceitaram o desafio de se comprometer com melhorar a qualidade do solo do estádio explicam que essa é uma excelente forma de trocar experiências. “Esse manejo que a gente faz nos permite levar alguns fundamentos teóricos aprendidos em sala de aula. Dessa forma, a gente consegue trocar aprendizados com o pessoal que está atuando diretamente no cuidado com o nosso conhecimento acadêmico”, comenta o estudante do 8º semestre, Guilherme Roberto Schalanski.

O acadêmico Matheus Costa declara que aceitou o convite para desenvolver as competências que estudou ao longo de seus oito semestres de curso. “É uma oportunidade de aplicar todo conhecimento adquirido na Universidade, bem como acompanhar a desenvoltura do gramado, planejar para a sequência dos jogos e entender os cuidados com o campo de futebol, que podem ser extrapolados para uma lavoura ou uma pastagem”, afirma o estudante.

Anteriormente, o gramado do 19 de outubro era cuidado pelo ex-presidente do Clube, Sadi Pereira, que em 2018 solicitou a ajuda do seu filho e também conselheiro do clube, Emerson, para auxiliar na troca completa do gramado. “Meu pai sempre foi o responsável pelo campo e me pediu ajuda naquele momento da troca do gramado. Desde então, venho acompanhando mais de perto. Quando houve a troca de direção, essa diretoria pediu que eu continuasse participando do processo de cuidado com o gramado, por meio do vice-presidente do Clube, Eloy Pettenon, e pelo diretor do Patrimônio, Gerson Machado”, salienta.

O vice-presidente do São Luiz, Eloy Pettenon, afirma que o conhecimento que o professor possui sobre o Clube e sua estrutura são fundamentais para que ele desenvolva a condução dos trabalhos no gramado dentro de uma realidade possível. “Considerando as más condições meteorológicas ocorridas na região nos últimos meses, o conjunto de orientações e tarefas de manejo executadas sob orientação do Emerson estão sendo determinantes para que possamos chegar no jogo contra o Juventude e dos demais com o gramado em excelentes condições”, destaca Eloy.

O professor Emerson complementa que usa técnicas adotadas na melhoria dos gramados de Copas do Mundo e conversa com profissionais experientes da região sobre o assunto. Objetivando economia e sustentabilidade, faz uso de bactérias promotoras de crescimento, defesas e de maior absorção de nutrientes para as plantas, bem como aquelas que contribuem para diminuir o estresse causado pela estiagem. Neste sentido, foi aplicado pouco adubo químico, diminuindo os gastos e colaborando com a natureza, o que vai ao encontro de seus objetivos em pesquisas na Universidade junto com os estudantes.

Gabriel R. Jaskulski, acadêmico de Jornalismo da Unijuí


Compartilhe!

Utilizamos cookies para garantir que será proporcionada a melhor experiência ao usuário enquanto visita o nosso site. Ao navegar pelo site, você autoriza a coleta destes dados e utilizá-los conforme descritos em nossa Política de Privacidade.