Na última semana o estudante do 10º semestre de Agronomia da Unijuí, Leonardo Bagolin, esteve participando do IV International Symposium on Integrated Crop-livestock Systems, organizado pela Aliança Sipa, instituição da qual fazem parte inúmeros pesquisadores, professores e estudantes de todo o mundo, com foco em estudos voltados à sistemas integrados. O IV ICLS foi dedicado aos aspectos científicos e de extensão rural, mas também à discussão com instituições de desenvolvimento agrícola, cooperativas agrícolas e partes interessadas de organizações governamentais e não governamentais e instituições de ensino.
O objetivo é criar sinergias e interação entre instituições de pesquisa e partes interessadas em todo o mundo para compartilhar conceitos, métodos e resultados por meio de intercâmbio aberto durante e após o simpósio, buscando desenvolver conceitos de sustentabilidade agrícola e criar oportunidades para a disseminação conceitual acelerada de sistemas agrícolas sustentáveis.
Conforme o estudante Leonardo Bagolin, foi uma grande oportunidade para aprimorar seus estudos na área, além de ampliar seu conhecimento a respeito das vantagens de aplicação. “Foi um evento muito interessante porque reunia palestrantes internacionais e nacionais renomados para tratar dos assuntos referentes aos Sistemas Integrados de Produção Agropecuária (SIPA). Tive a oportunidade de confirmar, ainda mais, a importância dos Sistemas Integrados quando se trata em sustentabilidade, aumento da renda dos produtores, otimização dos recursos da propriedade, bem como a ciclagem de nutrientes no sistema, sendo que os elementos que o compõem, quando integrados e bem manejados complementam um ao outro atingindo maiores rendimentos em cada um deles, como a maior produtividade por parte das plantas, a maior eficiência da produção animal e maior qualidade do solo, se tratando de suas características químicas, físicas e biológicas”, conta.
Leonardo também teve a oportunidade de apresentar um trabalho desenvolvido pelo Programa de Melhoramento Genético Vegetal da Unijuí, demonstrando resultados de seis anos de avaliações em aveias forrageiras. “Como já participo da pesquisa da Unijuí em forrageiras e temos um experimento em parceria com a UFRGS de Integração Lavoura-Pecuária, temática que inclusive foi abordada nas palestras, já temos a possibilidade de estudar esse sistema e comprovar a eficiência dele na prática, quando bem manejado. Como contribuição, esse evento ressalta a grande importância e benefícios desse tipo de sistema nas propriedades, e para mim, como futuro engenheiro agrônomo, serviu para aumentar ainda mais a bagagem de conhecimento sobre esses assuntos”, destaca.
De acordo com o professor de Agronomia da Universidade Emerson Pereira, a Unijuí faz parte da Aliança Sipa, por meio de trabalhos destinados à pesquisa de sistemas integrados em lavoura e pecuária, em Tupanciretã. “Fazem 4 anos que nós participamos com a pesquisa voltada a esse tema, além de pesquisas que realizamos dentro do espaço da Universidade, voltada ao uso da agricultura e pecuária associada à práticas de eficiência do solo, com utilização de recursos naturais, pensando em como produzir mais, contribuindo e preservando o meio ambiente”, explica.
Juntamente ao IV ICLS foram realizados o III Congresso Brasileiro de Sistemas Integrados de Produção Agropecuária e o VII Encontro de Sistemas Integrados de Produção Agropecuária no Sul do Brasil.
Preparados para receber os estudantes dos cursos de Agronomia e Medicina Veterinária, os laboratórios dos cursos de Ciências Agrárias da Unijuí são equipados para que os acadêmicos adquiram conhecimentos por meio de atividades práticas, de pesquisa e de extensão. Dentre os espaços disponíveis para as turmas estão o Laboratório de Produção Vegetal, a Casa de Vegetação, o Laboratório de Solos - Preparação de Amostras e o Laboratório de Análise de Sementes.
O curso divide ainda o Laboratório de Entomologia e Zoologia com o curso de Ciências Biológicas, e o Laboratório de Topografia com os cursos de Engenharia Civil e Arquitetura e Urbanismo.
Boa parte dos laboratórios do curso de Medicina Veterinária estão situados junto ao Hospital Veterinário da Unijuí, tais como: Laboratório de Anatomia Animal; Laboratório de Análises Clínicas Veterinárias; Laboratório de Diagnóstico por Imagem; Laboratório Bloco Clínico Cirúrgico; Laboratório de Microbiologia Veterinária; Laboratório Doenças Parasitárias; Laboratório de Patologia Veterinária; Laboratório de Ensino Bloco Cirúrgico - Cirurgia e Anestesiologia; e o Laboratório de Ensino Bloco Clínica Médica.
Também há dois ambientes localizados na Escola Fazenda da Universidade - o Instituto Regional de Desenvolvimento Rural (IRDeR): o Laboratório de Biotecnologia e Reprodução Animal e a Clínica Médica e Reprodução de Equinos, que são de uso do curso de Medicina Veterinária. Além disso, o Laboratório de Bromatologia - Nutrição Animal é utilizado pelos estudantes de Agronomia e Medicina Veterinária.
Para a acadêmica de Agronomia Ana Paula Doberstein, diferentes espaços fazem com que o estudante tenha percepção de inúmeras áreas da atuação profissional. “Os ambientes permitem que o entendimento da sala de aula seja facilitado. Assim, o acadêmico consegue reunir na prática diversas ‘partes’ do seu curso e ter uma noção maior das situações cotidianas”, salienta.
Os espaços também possibilitam que sejam adquiridas outras competências que destacam profissionais da Unijuí de outros. “Também podem ser desenvolvidas nos laboratórios competências como trabalho em grupo, proatividade, companheirismo, senso de responsabilidade e o pensar fora da caixa”, completa a estudante.
Gabriel R. Jaskulski, acadêmico de Jornalismo da Unijuí
A Prefeitura de Boa Vista do Cadeado, por meio da Secretaria Municipal da Agricultura, Pecuária, Desenvolvimento Rural, Meio Ambiente, Indústria, Comércio e Turismo, promoveu mais uma edição da Semana do Meio Ambiente, com o tema “Preservar hoje é um projeto para o amanhã”.
As atividades realizadas proporcionaram a conscientização ambiental e aproximaram a comunidade do setor frutícola, que é pouco explorado no município. “A semana contou com momentos de reflexão, com a realização de palestras, atividades práticas, plantio e distribuição de mudas, além de ter um ponto de coleta para o recebimento de lixo eletrônico”, comentou o secretário Sidinei Fracaro.
“Procuramos desenvolver uma programação para todas as faixas etárias, com o objetivo de conscientizar a todos sobre a importância do meio ambiente em nossas vidas, bem como sua preservação, através de pequenos gestos, como o de plantar uma árvore”, pontuou o técnico agrícola Paulo Keitel.
O encerramento aconteceu na quarta-feira, 7 de junho, com a palestra ministrada pelo professor do curso de Agronomia da Unijuí, Osório Antônio Lucchese. “A palestra, realizada aos alunos dos Anos Finais do Ensino Fundamental da Escola Municipal Boa Vista do Cadeado e da Escola Estadual Dr. João Raimundo, fez referência à cobertura florestal no Rio Grande do Sul, além de promover a reflexão sobre a importância da floresta em nossas vidas, pois muitos dos princípios ativos usados para fabricar medicamentos são encontrados nas plantas”, ressaltou o professor Osório.
Compareceram ao evento os secretários municipais Andreia Mainardi Contri (Educação), Maria Alice Costa Beber Goi (Administração) e Sidnei Fracaro (Meio Ambiente), o prefeito em exercício, José Fracaro, e demais servidores municipais.
Os estudantes do curso de Agronomia da Unijuí realizaram, nos dias 20 e 31 de maio e 02 de junho, diversas visitas técnicas em propriedades rurais do interior do município de Ijuí. A atividade faz parte da disciplina de Fruticultura, ministrada pelo professor Osório Antônio Lucchese e teve o acompanhamento do engenheiro agrônomo, Felipe Esteves Oliveski.
Participaram da visita os estudantes dos semestres finais de Agronomia, que puderam conhecer e analisar a produção de azeitona, noz, laranja e uva, em quatro propriedades rurais.
O objetivo da atividade, de acordo com o professor Osório, foi desafiar os futuros profissionais a pensarem em um itinerário técnico de melhorias viáveis para a produção, pensando na realidade de cada produtor.
Motivado a trabalhar com a cultura do trigo desde o momento em que precisou definir o tema do seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), o acadêmico de Agronomia Eduardo Depiere conta que a inspiração surgiu por se tratar de uma cultura que faz parte do cotidiano da propriedade de sua família. “Por enfrentar os altos e baixos da mesma, entendo que todo produtor busca, durante o inverno, conseguir uma renda extra e uma das alternativas é o cultivo do trigo. Porém, o lucro é realmente pequeno comparado ao alto custo que a cultura demanda”, relata.
O trabalho denominado “Avaliação do rendimento e PH do trigo sobre diferentes doses de nitrogênio em cobertura”, analisa os maiores gastos para implementação, verificou que a adubação nitrogenada era a mais onerosa para o agricultor. “A partir disso realizei um experimento para apresentar a quantidade ideal a ser aplicada de nitrogênio dentro das propriedades com intuito de proporcionar um rendimento favorável, mas com um menor custo ao produtor. Isso surgiu a partir da hipótese de que a planta consegue absorver determinada quantidade do nutriente e começa a limitar a absorção a partir de determinada dose, o que se tornaria um excesso de custos ao produtor e que a planta não o compensaria na hora da colheita”, conta Eduardo.
“A partir dos resultados, e do cultivo, percebeu-se que foi um ano propício para a cultura do trigo como foi mostrado no trabalho em si, mostra que a diferença dos resultados se deu pela adubação, desta forma, comprova-se que conforme o aumento da dose de nitrogênio obteve-se um incremento na produtividade, mas que por outro lado, em doses excessivas de nitrogênio constatou se o acamamento de plantas, o que seria interessante fazer o uso de cultivares de porte mais baixas ou uso de reguladores de crescimento nessas dosagens, mas também percebe-se que os resultados obtidos com dosagens a partir de 150 kg de ureia/hectare (100%) já conseguem elevar a produtividade a bons números sem a necessidade do uso deste produto . Observando o comportamento das plantas o ideal seria utilizar um meio termo entre as dosagens de 100% e 200% (algo em torno de 200 kg de uréia/hectare) onde não teria a necessidade do uso de reguladores de crescimento e provavelmente não haveria plantas acamadas na área, o que se tornaria mais economicamente viável. Após o período que foi conduzido o experimento e também das experiências obtidas durante o acompanhamento das parcelas e desenvolvimento das plantas, infere-se que a utilização de adubação nitrogenada na cultura do trigo é de extrema importância para atingir resultados mais expressivos em rendimento de grãos por unidade de área”, explica.
A colação de grau de Eduardo como engenheiro agrônomo acontece no dia 18 de fevereiro o que, para o - quase - formado será um grande marco. “É uma conquista que obtive após uma longa caminhada de aprendizagem dentro da Universidade. Mas é importante lembrar que a graduação não é o suficiente para acompanhar as transformações e mudanças, ainda mais nesse ramo em que trabalho. A atualidade nos força a acompanhar isso e de acordo como ela ocorre, o meu foco vai ser estar sempre mais atualizado e capacitado possível para acompanhar essas mudanças” finaliza.
A escassez de estudos que avaliem como a altitude influencia no cultivo da planta de milho foi uma das questões que motivou o egresso do curso de Agronomia da Unijuí, Marlon Sarturi, na escolha do tema de seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Intitulada “Predição da produtividade de grãos de milho (Zea mays L.) em função da altitude e população de plantas”, a monografia buscou identificar as causas que elevam o rendimento das plantas de milho, de acordo com as diferentes populações e altitudes.
Conforme relata Marlon, o trabalho consistiu em um levantamento de informações, da safra 2019/2020, no qual foram analisadas as produções de grãos de milho de 144 produtores. Ao total, os campos abrangiam uma área de cerca de 2.300 hectares, localizados na região Norte do Rio Grande do Sul, nos municípios de Barra do Guarita, Braga, Derrubadas, Esperança do Sul, Miraguaí, Redentora, Santo Augusto, Tenente Portela e Vista Gaúcha.
Entre os 144 ambientes, foram semeados 14 diferentes híbridos de milho. “Eu busquei avaliar qual a real influência de diferentes populações de plantas de milho em diferentes altitudes, objetivando o maior alcance do seu potencial produtivo”, ressalta Marlon. O acadêmico contou com orientação da professora Cleusa Bianchi e contribuições do professor Ivan Carvalho, que o auxiliou desde a construção dos dados até a confecção do estudo.
Os resultados da análise explicam que, para maximizar a produtividade de grãos do milho, deve-se aumentar a população de plantas por hectares à medida que o cultivo ocorre em menores altitudes. “A partir da altitude, é possível predizer qual o máximo potencial produtivo de plantas de milho, possibilitando as diferentes tomadas de decisão quanto a qual população utilizar em locais distintos”, explica Marlon.
Depois de ter finalizado a Graduação, o engenheiro agrônomo optou por seguir a carreira acadêmica, visando ampliar seus aprendizados. “Após a conclusão do curso de Agronomia, ingressei no Mestrado em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade da Unijuí, buscando aprofundar meus conhecimentos e aprimorar o pensamento crítico”, destaca.
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