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A pandemia de covid-19 forçou mudanças e impôs desafios a toda a sociedade. Na área da educação, os professores tiveram que se reinventar para dar continuidade às aulas a distância e, há mais de um ano, reorganizam seus conteúdos para manter os estudantes motivados. Mas, como vencer esta distância, já que nem todos os alunos têm acesso às tecnologias? Como mantê-los motivados? Como seguir trabalhando com o peso de uma sociedade dividida, que deseja e também teme o retorno às aulas presenciais, mas que, de qualquer forma, cobra resultados dos educadores?
Para debater estas questões, o Rizoma Temático da Rádio Unijuí FM debateu nesta quinta-feira, dia 27 de maio, o “Impacto da pandemia na saúde mental dos professores”. Foram convidadas a professora doutora do curso de Psicologia da Unijuí, Amanda Schöffel Sehn, coordenadora da pesquisa que investigou a saúde mental dos professores durante o período de pandemia; Karine Medina, graduada no curso de Psicologia da Unijuí, uma das participantes da pesquisa; e Rosane Menezes, coordenadora pedagógica da 36ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE).
Ao fazer um apanhado deste período na área de abrangência da 36ª CRE, que conta com mais de 60 escolas, Rosane explicou que, no início da pandemia, as atividades eram organizadas e encaminhadas aos pais de forma física – eles iam até a escola, retiravam as atividades, e voltavam para entregar os resultados. Depois, a Secretaria Estadual de Educação recomentou a utilização do Google Classroom para realização das aulas. “É claro que, até hoje, muitos alunos não têm acesso às aulas online e, nestes casos, as atividades são encaminhadas de forma física, como acontecia no início. O governo do Estado disponibiliza o acesso à internet para que os estudantes possam acompanhar as aulas e realizar as atividades”, explicou Rosane, lembrando que, no final de abril, as aulas voltaram de forma escalonada. O retorno, no entanto, foi opcional.
Para entender o impacto que todo este processo teve na saúde mental dos professores, foi desenvolvida a pesquisa “Atravessamentos da Covid-19 na educação: um olhar para a saúde mental do professor e as relações pedagógicas”, a partir do trabalho de professores e estudantes que estavam cursando o Estágio de Ênfase Educacional em Santa Rosa. “Contamos com a participação de 159 professores das redes pública e privada, não apenas da região, mas de outros estados, como São Paulo, Santa Catarina e Rio de Janeiro. Como a pesquisa aconteceu de forma online, uma participação mais ampla foi possível”, explicou a professora, lembrando que a pesquisa contou com duas etapas: aplicação de um questionário e realização de uma entrevista aos educadores interessados.
De acordo com a docente, dos 159 entrevistados, 89% eram mulheres e 99,4% possuíam o Ensino Superior completo: 144 atuavam na docência em diferentes níveis de ensino, 14 ocupavam algum cargo de gestão e um atuava como monitor.
A pesquisa mostrou que 90% dos professores não estão sozinhos em casa e que o trabalho remoto trouxe como consequência uma sobrecarga de trabalho – afirmação dada por 86% dos entrevistados. “A educação já se encontrava num momento ruim, com os professores relatando um mal-estar. Já vínhamos identificando adoecimentos e licenças e a pandemia agravou o cenário. Além da adaptação que foi exigida dos professores – até ouvi o relato de uma educadora que disse que não sabia alfabetizar no formato online, o acesso ao ensino e à aprendizagem passou a exigir das famílias não apenas o acesso à internet, mas a recursos. Tivemos, aí, a exposição da desigualmente. O processo de mediação acabou ficando a cargo dos pais, que passaram a se queixar aos professores que estavam cansados, que não conseguiam prestar esse auxílio aos filhos, já que alguns possuem até baixa escolaridade. E em meio a todo este contexto, os educadores são expostos à burocracia, ao preenchimento de inúmeras planilhas, e precisam conciliar todo o trabalho a cursos de formação. O resultado é a sobrecarga de trabalho.”
Karine Medina, já graduada no curso de Psicologia, foi uma das estagiárias que auxiliou na elaboração e aplicação da pesquisa. De acordo com ela, foi na realização da primeira etapa da pesquisa, de coleta de dados, que observou-se a necessidade de abrir um espaço de escuta aos professores interessados.
Confira a pesquisa neste link.
Confirma o Rizoma Temático na íntegra:

Na semana em que a Unijuí promove o 8º Congresso Internacional em Saúde, com a co-promotora Universidade do Minho, de Portugal, o Rizoma Temático da Rádio Unijuí FM propôs uma discussão nesta quinta-feira, dia 20 de maio, sobre os “Desafios e avanços da saúde em discussões internacionais”.
Foram convidados para participar do programa a coordenadora do evento na Unijuí, professora Eliane Wilkelmann; a professora da Universidade do Minho e coordenadora da Comissão Internacional do Congresso, Zélia Ferreira; e a professora da Universidade Federal do Cariri, Ada Cristina de Aguiar.
De acordo com a professora Eliane, a expectativa era de realizar o evento de forma presencial neste ano, mas, em razão da pandemia de covid-19, não foi possível. O formato online, no entanto, permitiu que 987 trabalhos possam ser apresentados até esta sexta-feira, dia 21 de maio, e que um número expressivo de pessoas acompanhe os debates. “Tivemos a inscrição de 1.600 participantes ativos. No entanto, como muitos eventos são transmitidos pelo canal da Unijuí no Youtube, mais pessoas podem acompanhar as discussões, que inclusive contam com palestrantes de outros estados e outros países”, reforçou a coordenadora.
O tema em debate, “Determinantes sociais, tecnológicos e ambientais em saúde”, nunca esteve tão em destaque, já que a própria pandemia expôs estes pontos. “A situação que vivemos é reflexo destes três determinantes: no mundo, países desfavorecidos vêm sofrendo mais com a pandemia, com a falta de serviços, de informação e de educação em saúde. A tecnologia, por sua vez, facilita o acesso aos serviços de saúde. E quanto aos determinantes ambientais, não tivemos ações suficientes para parar as alterações climáticas em prol da saúde. Veio uma pandemia que nos fez parar e perceber que alterações ambientais são mais poderosas, enquanto nós, espécie humana, não somos os dominadores.”
Sem deixar de lado o tema do momento - a pandemia, o Congresso Internacional em Saúde abordou outros assuntos, tão importantes quanto o novo coronavírus, a exemplo do uso dos agrotóxicos. Uma das participantes do debate foi Ada Cristina de Aguiar, que falou, durante o programa, sobre a preocupação com a exposição da população - especialmente rural - a estes produtos. “É importante lembrar que, no Brasil, ninguém está a salvo desta exposição. Encontramos agrotóxicos na água, no ar, no solo, nas frutas e verduras. Produtos que podem causar desde uma intoxicação aguda, perceptível dentro de 24h a 72h, ou uma intoxicação crônica, mais difícil de diagnosticar e de associar ao agrotóxico. Isso porque o efeito pode surgir depois de décadas”, explicou, destacando algumas doenças associadas, como o câncer e alzheimer.
Confira o programa na íntegra:
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A partir desta quinta-feira, dia 13 de maio, até o sábado, dia 15, os pontos de cultura se reúnem, de forma virtual, para o 10º Fórum dos Pontos de Cultura do Rio Grande do Sul. O evento, que terá como base de transmissão o município de Ijuí, visa estimular a reflexão sobre os desafios do fazer cultural em tempos de pandemia e as perspectivas da política Cultura Viva no Estado.
Antecedendo a abertura oficial, o Rizoma Temático foi ao ar na Rádio Unijuí FM, nesta quinta-feira, com o tema “Cultura Comunitária: pontos que enriquecem e potencializam o desenvolvimento (crítico e social) da sociedade”. Para abordar a temática, foram convidados o coordenador adjunto do Colegiado de Culturas Populares e conselheiro estadual de Cultura, Mario Augusto da Rosa Dutra; o fotógrafo, geógrafo e coordenador do Comitê Gestor da Política Cultura Viva RS, Leandro Artur Anton; e a integrante da Associação Ijuiense de Proteção ao Ambiente Natural (Aipan) e da Comissão Estadual do Redes, Vera Lucia Silva.
Conforme explicou Leandro, os pontos de cultura nasceram de um programa, Cultura Viva, criado pelo governo federal em 2004 e que iniciou o processo de reconhecimento de organizações culturais em todo território brasileiro. “Organizações que trabalham a cultura como direito e que salvaguardam o patrimônio imaterial da cultura brasileira. Que têm o pensamento de que cultura não é só arte no sentido das linguagens, mas a construção das relações humanas e dos saberes”, disse. Em 2014, o programa governamental tornou-se uma política de estado. Hoje, somente no Rio Grande do Sul, são cerca de 240 organizações reconhecidas.
Segundo Mario Augusto, até 2004, as culturas populares não tinham o mesmo valor. Com o programa, o trabalho desenvolvido pelas organizações pode ser reconhecido e, principalmente, potencializado. “É importante lembrar que a cultura de base comunitária não refere-se apenas à periferia. A região central também precisa da cultura viva. E naquele ano, isso passou a acontecer”, afirmou, destacando que, apesar das conquistas, o debate é constante – tanto que, no Fórum que inicia-se hoje, serão discutidas políticas públicas e novas ideias que possam resultar em avanços.
Atuando há mais de 40 anos no município e região, a Aipan foi reconhecida como ponto de cultura em 2014, através do projeto "Cultura socioambiental em duas comunidades escolares de Ijuí: Thomé de Souza e Otávio Caruso Brochado da Rocha". Conforme explicou Vera Lúcia, para além dos debates, a Associação realiza oficinas, para o reaproveitamento, por exemplo, do óleo de cozinha usado na produção de sabão.
Para acompanhar 10º Fórum, acesse o canal do Youtube Cultura Viva RS.
Acompanhe o Rizoma Temático na íntegra:

Pra comemorar os 20 anos da UNIJUÍ FM, além de tocar as histórias que ficaram na memória da emissora, também queremos que o ouvinte possa relembrar os seus melhores momentos junto com a gente!
E é claro que a música sempre cumpriu um papel importantíssimo nesse processo. Pensando nisso, imaginamos como seria a programação do RADIOTAG se ele existisse desde o início. Com os hits que marcaram cada ano, de 2001 até 2020, a programação da 106.9 vai recordar aquelas canções que você pode nem mesmo lembrar que existem, mas quando ouvir, com certeza vai sair cantando o refrão.
E o melhor: todas as quartas e sextas-feiras, na nossa fanpage no Instagram, você pode participar dessa seleção musical, onde publicaremos um Top 5 de cada ano, junto com uma caixa de sugestões. Estas irão compor a programação do RADIOTAG NOSTALGIA, que vai ao ar todas às sextas-feiras, das 17h às 19h da tarde.
No final, o ouvinte que tiver mais participações ainda ganha uma camiseta do aniversário de 20 anos da UNIJUÍ FM! Mas ATENÇÃO: só valem as músicas lançadas naquele ano, hein!
Então participe lá na nossa fanpage e sintonize na 106.9 pra relembrar com a gente os melhores hits das últimas duas décadas!
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Diversas ações aproximam a Unijuí da comunidade, e os projetos de extensão são bons exemplos dessa interação. Por meio deles, a Universidade estabelece uma relação com o município e a região, para que o conhecimento e a pesquisa promovam o desenvolvimento e a qualidade de vida.
Para detalhar as características e contribuições dos projetos de extensão, o Rizoma Temático da Unijuí FM desta quinta-feira, dia 29 de abril, convidou o vice-reitor de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão da Unijuí, professor Fernando Jaime González; o professor e coordenador do projeto de extensão Física para Todos, Nelson Toniazzo; e o acadêmico de Enfermagem e bolsista do projeto Educação em Saúde, Gilberto Nogara.
“A extensão estabelece um diálogo com a comunidade, nas mais diversas instâncias, e mantém um olhar especial aos grupos mais vulneráveis”, explicou o professor Fernando González, lembrando que a Unijuí possui 15 projetos de extensão, nas áreas prioritárias de Saúde, Direitos Humanos e Cidadania, Educação e Formação de Professores, Tecnologia e Desenvolvimento. No entanto, não é apenas por meio dos projetos que esse contato com a comunidade acontece.
“A nova graduação possui os Projetos Integradores, que têm um forte viés extensionista, à medida que trazem para dentro da universidade as dificuldades, os desafios da comunidade, e buscam uma resposta a partir do conhecimento científico e profissional. A própria pesquisa tem uma dimensão extensionista quando coloca aos empresários da região as novas tecnologias e avanços, por exemplo”, completou o vice-reitor.
À frente de um dos projetos de extensão mais antigos da Universidade, Física para Todos, com cerca de 30 anos, Toniazzo destacou que a atividade traz ganhos ao professor, por meio do feedback que acontece com os diferentes agentes envolvidos, e aos estudantes – que têm a oportunidade de aprender mais e para além da sala de aula. Opinião compartilhada pelo acadêmico Gilberto, que há três anos integra o projeto Educação em Saúde.
“Iniciei como voluntário e depois passei a ser bolsista. A extensão dá sentido à produção de conhecimento que vivenciamos em sala de aula, que aprendemos dentro da universidade. Por meio dela, conhecemos a realidade de diferentes pessoas, desenvolvemos nosso lado profissional e humano”, destacou, reforçando que a liderança também é trabalhada pelos bolsistas, que assumem responsabilidades ao lado dos professores.
Confira o programa na íntegra:
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A reforma tributária, elaborada pelo ministro Paulo Guedes, pode tornar os livros mais caros no País – o que tem gerado debates acerca do tema. A ideia é que a nova Contribuição Social sobre Operações de Bens e Serviços (CBS) substitua as contribuições para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e para os programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep). Essa mudança acaba com a isenção e taxa o livro em 12%. Hoje, o mercado de livro é protegido pela Constituição de pagar impostos. A lei 10.865, de 2004, também garantiu ao livro a isenção de Cofins e PIS/Pasep.
Para debater o tema “Imposto da leitura: qual o impacto da taxação de livros?”, o Rizoma Temático da Unijuí FM desta quinta-feira, dia 22 de abril, convidou a diretora da Biblioteca Pública do Estado, Morganah Marcon; o coordenador do projeto Traças Digitais e professor do curso de Letras: Português e Inglês da Unijuí, Anderson Amaral; e o proprietário da Literatus Xoks, Nadélio Petersen.
Contrapondo os argumentos da Receita Federal, que alega que "famílias com renda de até dois salários mínimos não consomem livros não didáticos" e "a maior parte desses livros é consumido pelas famílias com renda superior a dez salários mínimos", a diretora da Biblioteca Pública destacou que a quinta edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil - realizada pelo Instituto Pró-Livro (IPL), Itaú Cultural e IBOPE Inteligência, mostra que, em 2019, existiam cerca de 100 milhões de leitores no Brasil, que representavam 52% da população. Deste total, 70 milhões pertenciam às classes C, D e E. “Há um equívoco muito grande nessa afirmação de que as classes mais baixas não leem. A pesquisa mostrou que, dentro desta faixa dos 70 milhões, a renda varia de um a cinco salários mínimos. Muitas pessoas não têm o poder aquisitivo para comprar, mas têm acesso ao livro na escola, na biblioteca”, reforçou Morgana, que acredita que taxar livros mostra que o governo não quer que as pessoas adquiriam conhecimento. “Tendo um povo não leitor fica, obviamente, mais fácil de controlar.”
Nadélio explicou que, embora a Contribuição Social recaia sobre o livro, o setor não possui imunidade tributária. “Embora o livro não seja tributado na sua circulação, o faturamento de quem vende é. Estes 12%, se aprovados, representarão cerca de 30% no consumidor final, porque a tributação tem um efeito cascata neste setor. Além deste prejuízo, teremos o impacto em outros agentes, como as pequenas editoras”, reforçou.
Na avaliação do professor Anderson Amaral, tributar os livros é uma solução empobrecida para um problema complexo. “O País carece de um projeto capaz de enfrentar as dificuldades na educação. Precisamos trabalhar a valorização da cultura, do letramento, da educação como um todo. Trabalhar o empreendedorismo e o desenvolvimento de uma atitude criativa”, disse.
Confira o programa na íntegra:
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