GT sobre Agrotóxicos apresenta resultados de ações - Unijuí

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GT sobre Agrotóxicos apresenta resultados de ações

             

Em sua última reunião do ano, as entidades participantes do GT Macrorregional sobre Agrotóxicos se reuniu, na sede do Cerest, para uma apresentação dos trabalhos realizados durante o ano de 2018 e a apresentação do calendário de ações 2019. Foram realizadas 10 reuniões mensais, sendo duas de preparação para o 4º Encontro Macrorregional sobre os Impactos dos Agrotóxicos, que aconteceu no distrito de Buriti, em Santo Ângelo.

Ainda, dentre as principais atividades realizadas durante o ano pelo Grupo de Trabalho, estiveram o encaminhamento de quatro denúncias de uso indevido de agrotóxicos nas cidades de Bozano, Chiapeta e no distrito de Chorão, em Ijuí. Em todas as ocasiões as denúncias foram encaminhadas à Patran e à Promotoria para que fossem tomadas as devidas precauções legais. O GT Macrorregional ainda teve representação em eventos importantes da área como a Toxiplan, em Porto Alegre, a Federação dos Apicultores, em Panambi, e a Roda de Alimentação Saudável.

Foi apresentada ainda a agenda de atividades de 2019, onde estão previstas, para abril, a realização de um Seminário sobre Legislação acerca da temática dos agrotóxicos, evento preparativo para o Congresso Internacional de Saúde, que acontece em maio, na Unijuí. Para o segundo semestre, estão previstos dois eventos, sendo o primeiro um Dia de Campo com oficinas de conscientização junto à Escola Imeab, o qual será estruturado juntamente à direção da escola. O segundo, é um evento voltado ao debate sobre agroecologia e suas possibilidades, que deve acontecer dentro da programação da ExpoIjuí Fenadi.

O GT Macrorregional entra em recesso e retorna suas atividades no mês de fevereiro. As reuniões são realizadas nas segundas sextas-feiras de cada mês, no Cerest, em Ijuí.


GT sobre Agrotóxicos cobra fiscalização sobre pulverização indevida em proximidade de escola

                             


O GT Macrorregional sobre Agrotóxicos recebeu, em agosto deste ano, uma denúncia sobre a realização de pulverização indevida de agrotóxicos ao lado da Escola Estadual 24 de Fevereiro, no distrito de Chorão, em Ijuí. A denúncia, contendo fotos e relatos de moradores sobre o ato, ainda trazia a informação de que a área é periurbana, onde há um poço artesiano que abastece centenas de famílias, bem como muitas residências próximos ao local.

Conforme o advogado e integrante do GT Macrorregional, Leonardo Ferreira Pillon, diante dos fatos apresentados e dos relatos de que a prática é recorrente na região, acontecendo, inclusive, em horário escolar, “o Grupo de Trabalho em ação conjunta com o Fórum Gaúcho de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos, levou o fato ao conhecimento do Ministério Público Estadual e à Defensoria Pública Estadual para que, dentro de suas competências, os órgãos determinassem a reabertura do inquérito anterior sobre a situação recorrente, impedindo-se a pulverização de agrotóxicos no entorno da escola e comunidade em quaisquer horários e que fosse realizada perícia químico-ambiental na área da escola para se avaliar a deriva dos agrotóxicos e quais princípios ativos de biocidas estão eventualmente presentes no local cujo território é de circulação de crianças, professoras, mães e pais de estudantes”.

Um estudo do Centro Universitário de Várzea Grande, Instituto de Saúde Coletiva e da Universidade Federal do Mato Grosso sugere que populações intensamente expostas aos agrotóxicos apresentam maior risco de malformação fetal, reforçando a importância do monitoramento da utilização dos agrotóxicos e contaminação humana e ambiental nesses municípios. Por isso, a partir da denúncia feita pelo GT, em 3 de dezembro, o Ministério Público ouviu a diretoria da Escola 24 de Fevereiro, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente e a Associação de Pais e Mestres. Ao contrário da determinação anterior em que a área da escola foi considerada dentro do perímetro urbano, a ata da audiência trata que somente a área frontal da escola estaria dentro da área urbana e conclui que apenas dentro do perímetro urbano haveria vedação legal de pulverização de agrotóxicos.

“Na avaliação do GT, a determinação é muito branda com possíveis exposições aos agrotóxicos: o ambiente escolar deve ser um lugar seguro contra quaisquer efeitos nocivos decorrentes de uso desses produtos químicos”, conclui Francesca Ferreira, representante da coordenação do GT.


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