Ecossistemas Regionais de Inovação: articulação em busca do desenvolvimento econômico e social - Unijuí

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Ecossistemas Regionais de Inovação: articulação em busca do desenvolvimento econômico e social

               

O grande sucesso do Vale do Silício, berço de empresas como a Apple, Facebook e tantas outras, contribuiu muito para a criação de parques tecnológicos mundo afora nos últimos anos, incluindo o Brasil. Estes passaram a ficar conhecidos como Ecossistemas de Inovação. O termo ecossistema lembra a biologia, representando um local onde tem diversos indivíduos e eles acabam colaborando entre si  para que todos possam sobreviver, e esse conceito passou também a ser empregado no setor econômico, ou seja: empresas e sociedade como um todo, se adaptando a muitas circunstâncias e com diversos atores pelo desenvolvimento local. 

Dessa forma, o Ecossistema Regional de Inovação se dá nesta articulação entre os diversos atores locais dos setores empresarial e acadêmico, bem como representantes do poder público e de entidades da sociedade civil organizada, para que possam interagir entre si e promover o desenvolvimento através da inovação. Segundo o professor Daniel Baggio, um ecossistema de inovação é uma região ou um território com uma diversidade de atores interagindo e buscando, com união, a sobrevivência, e principalmente o desenvolvimento econômico e social desta região, além da busca por novidades e inovação. “Quando falamos em ecossistemas de inovação, temos que levar em consideração outras terminologias, como a confiança, colaboração, a flexibilidade e liderança entre os atores: quanto mais eles confiarem e interagirem entre si isso se faz relevante, sabemos que existe uma pequena competitividade entre as empresas mas tudo começa com pequenos laços que vão se fortalecendo e crescendo cada vez mais, até que se constitua elementos dinâmicos como se tem em determinados locais no mundo”, explica o professor.

Já a Coordenadora da Incubadora da Unijuí em Ijuí, a Criatec, Maria Odete Palharini, que trabalha diretamente com startups e iniciativas inovadoras na região, explica que os ecossistemas são extremamente importantes, pois conseguem fazer a conexão entre os atores, público e privados, que trabalham para a geração de riquezas e inovação.“É extremamente importante que esse Ecossistema Regional de Inovação funcione, seja conectado e ativo, assim se consegue acelerar este processo de desenvolvimento com foco na inovação. Estamos trabalhando muito nisso, para que seja possível desenvolver a região. Temos iniciativas bem sucedidas, porém atuando de forma isolada. Para ser efetivo, precisa de uma grande conexão e é o que se busca aqui na nossa região”, projeta.   

Programa Inova RS

     
 

Neste sentido, o Programa Inova RS, propõe a estruturação de oito ecossistemas regionais no Estado, dentre os quais na região Noroeste e Missões, a qual abrange 78 municípios, contemplando cidades como Ijuí, Panambi, Santo Ângelo, Santa Rosa e Três Passos. Na região Noroeste e Missões a coordenação do Programa é da Unijuí, com a coordenação do professor Dr. Daniel Knebel Baggio e apoio técnico da Agência de Inovação e Tecnologia e Incubadora de Empresas de Inovação Tecnológica, a Criatec, vinculados à Vice-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão. Com duração prevista de dois anos, para o desenvolvimento do Programa são concedidas Bolsas de Gestão da Inovação e Tecnologia (GIT) a profissionais com experiência em gestão de projetos de inovação, ciência e tecnologia, para atuar nas atividades de suporte aos comitês locais e de gerenciamento de projetos estratégicos nos Ecossistemas Regionais de Inovação. Atuam diretamente no projeto os consultores Bárbara Righi Cenci, Patrícia Lazzarotti Garcia e Cleber Eduardo Graef.

Segundo Bárbara Righi Cenci, o projeto trata-se de pensar a região como um todo, considerando que naturalmente há cenários distintos (e até divergentes) em alguma medida, mas também muitas semelhanças e consensos e, a partir disso, buscar fortalecer a cooperação para que possam haver ganhos coletivos. “Essa tarefa traz desafios intrínsecos, seja no que diz respeito à compreensão do território - como entender os setores produtivos e as competências econômicas que já são relevantes, as potencialidades que existem e ainda podem ser ativadas e o contexto ambiental e histórico, por exemplo; seja no engajamento dos atores neste processo - como oportunizar contato e diálogo entre os diferentes setores, visualizar as expectativas, motivações e limitações das partes envolvidas, estimular o compartilhamento de conhecimentos e a identificação de pontos estratégicos em que uns podem apoiar os outros”. Explica.

Saiba mais sobre o Programa, que é uma iniciativa da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do Governo do Estado, clicando neste link.

 


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