Luta contra o Aedes aegypti não deve parar durante a pandemia - Unijuí

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Luta contra o Aedes aegypti não deve parar durante a pandemia

Enquanto as atenções se voltam à covid-19, um outro problema toma conta dos municípios: a Dengue. E embora a maioria das pessoas esteja mais em casa, em razão do isolamento social, o pátio e possíveis locais de acúmulo de água acabam despercebidos.

“Tudo o que o mosquito Aedes aegypti precisa, para sua proliferação, é calor, água e alimentos. Tivemos boas chuvas neste verão e ainda temos muitos locais que acumulam água – mesmo que seja um pouco, como uma casca de ovo e uma tampa de garrafa. Por isso há ambientes favoráveis ao desenvolvimento do mosquito neste momento”, explicou a professora do curso de Ciências Biológicas da Unijuí, Francesca Ferreira.

Segundo o coordenador da Vigilância Ambiental, Rinaldo Pezzetta, a média do índice de infestação do mosquito se mantém em 2,6% em Ijuí – quando o recomendado é que essa taxa seja inferior a 1%. Neste ano, já são 59 notificações de casos suspeitos e três confirmações da doença na cidade. “Nós pedimos que as pessoas verifiquem os seus pátios e ajudem nossos agentes que, mesmo durante a pandemia, não pararam de realizar as visitas”, disse.

Francesca lembra que há um risco em se negligenciar o mosquito em meio à pandemia de covid-19: há o perigo de termos, em paralelo, uma epidemia de uma doença viral que também pode matar. “Os serviços de saúde já estão sobrecarregados, já passaram do limite em razão do novo coronavírus. Lembrando que tivemos um surto de Dengue, há alguns anos, e que muitas pessoas correm o risco de uma segunda, terceira infecção, porque existem várias cepas. Há o risco, no caso de uma reinfecção, da pessoa ter dengue hemorrágica. E para a Dengue não existe vacina. Aliás, uma das causas de não existir vacina talvez seja porque a doença não atinge, ainda, países da Europa e dos Estados Unidos. Digo ‘ainda’ porque é uma questão de tempo para que os vetores - Aedes albopictus, principalmente, cheguem em países de climas, por enquanto, mais frios”, reforçou a professora, lembrando que as mudanças climáticas, que o aumento da temperatura média no planeta como um todo, propicia a mudança de temperaturas em locais que ainda não têm ou tinham as espécies vetoras.

Para evitar a proliferação do mosquito, valem as dicas já conhecidas: evitar a presença de ambientes favoráveis para a proliferação do mosquito. “Isso é o mínimo de civilidade que podemos demonstrar. O lixo tem dono. Cada pessoa que gera resíduos é responsável pelo descarte adequado. Os governos locais têm a responsabilidade de fiscalizar, de alertar, de educar, mas a sensibilização é individual”, alerta Francesca.

A ajuda médica deve ser buscada diante dos principais sintomas de dengue, que são: febre alta, dores musculares intensas, dor ao movimentar os olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo.


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