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Rizoma Temático orienta sobre identificação e denúncias de crimes virtuais

Não há como negar: a internet trouxe avanços à sociedade, em diferentes áreas. Aproximou pessoas, facilitou o acesso à informação e desburocratizou serviços. O problema é que não evoluímos apenas em pontos positivos. Muitos acabaram utilizando o poder da internet, e o desconhecimento de usuários, para furtar dados pessoais ou praticar delitos. Entender o que são crimes virtuais é importante não só para prevenir quando para reagir à ação de criminosos.

Pensando nisso, o Rizoma Temático desta quinta-feira, dia 1º de abril, foi ao ar pela Rádio Unijuí FM com o tema “Crimes virtuais: da identificação à denúncia”. Para debater a temática, foram convidados o titular da Delegacia de Repressão aos Crimes Informáticos e Defraudações, André Anicet; o professor de Tecnologia, perito em informática - designado pelo Tribunal de Justiça do Estado do RS, Google Trainer e fundador da startup Empodera Digital (parceira oficial Google for Education), Diogo Mendes; e o pós-doutor em Direito e professor da Unijuí, Mateus de Oliveira Fornasier.

Hoje, especialmente com a pandemia, tivemos um aumento no número de crimes realizados por meio da internet. Percebemos isso pelo volume de trabalho que temos, porque a Polícia Civil não tem estatísticas precisas. No momento do registro, é feita a ocorrência, por exemplo, como estelionato ou extorsão”, explicou o delegado, ressaltando que qualquer ação na internet deve ser avaliada com cuidado. “Se uma pessoa pede dinheiro, precisamos pensar: por quê? Uma ação simples é ligar para a suposta pessoa, que fez o pedido, e questionar: foi você mesmo? Todo cuidado é pouco. Lembrando que a recuperação de valores e identificação dos criminosos, no caso de um golpe, por exemplo, é morosa”, disse.

Conforme destacou Diogo Mendes, a pandemia acelerou a digitalização de processos e de setores que tradicionalmente eram presenciais. Essa disrupção aconteceu de forma muito rápida e com falhas na implantação dos sistemas, ficando as boas práticas de segurança em segundo plano. “Nós tecnicamente evoluímos nos mecanismos de segurança, com senhas complexas, autenticação de dois fatores e mais uma infinidade de recursos. Mas também temos um fator variável imprevisível, que é o ser humano”, destacou.

Segundo o professor Mateus, a maioria dos crimes já estão tipificados no Código Penal. E destacou que apenas modificar a legislação não vai alterar o cenário. “A grande dificuldade que temos é fazer o link do dano causado, a conduta que causou o dano e de onde partiu.” A deep web ou dark web não são indexadas, por exemplo, e sites, conteúdos e plataformas não estão disponíveis para qualquer um. Inclusive, no caso da dark web, além de os sites não serem indexados, só é possível ter acesso por meio de navegadores específicos.

Confira o debate completo no podcast:



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