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Assédio no ambiente virtual é tema do Rizoma Temático

Um estudo, chamado “Além do Cyberbullying”: A violência real do mundo virtual”, mostrou que a principal violência sofrida por mulheres em ambientes digitais é o assédio nas interações virtuais (38%) e, na sequência, ameaças de vazamento de imagens íntimas (24%). A pesquisa, desenvolvida entre julho de 2020 e fevereiro de 2021, foi realizada pelo Instituto Avon em conjunto com a Decode, empresa especializada em pesquisa digital. Ela reforça um cenário que é preocupante e que, embora ocorra no ambiente virtual, gera impactos reais a meninas e mulheres.

Para debater o tema “Casos de assédio no metaverso: quando a realidade virtual afeta a vida”, o Rizoma desta quinta-feira, 14 de abril, convidou a psicóloga, professora do curso de Psicologia da Unijuí, mestre em Educação e especialista em Psicanálise na Cultura, Íris Campos; a professora do curso de Direito e do Programa de Pós-Graduação em Direito da Unijuí e doutora em Direito Público, Joice Nielsson; e a jornalista, fundadora do projeto Escola de Comunicação, doutora em Comunicação e Informação e pesquisadora da Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas, Luiza Santos. 

Quem acompanha as notícias já deve ter ouvido essa palavra: metaverso, um conceito que saiu das páginas dos livros de ficção científica e foi parar nas mesas dos investidores e das grandes empresas. O potencial que cerca essa ideia é tão grande que fez até o Facebook trocar seu nome para “Meta”. O metaverso é uma espécie de nova camada da realidade que integra os mundos real e virtual e que, na prática, trata de um ambiente virtual imersivo construído por meio de diversas tecnologias, como Realidade Virtual, Realidade Aumentada e hologramas - algo que vem sendo construído, mas que ainda não existe da forma que vem sendo explorado pela mídia, conforme destacou Luiza Santos.

“Apesar de ainda não termos esse metaverso, temos um contexto de uso da internet, de uso de tecnologias e de imersão em mundos. Mas, diferente da narrativa do metaverso, que coloca as coisas separadas do mundo real, há conexão. As comunidades jovens jogam multiplayers e essa experiência que eles têm, de sociabilidade, assim como os mecanismos de comunicação que acessam não estão restritos ao ambiente virtual. Eles entram em outros contextos da vida, o que também ocorre em outras situações, como o assédio”, destacou.

A professora Iris Campos afirma que o mundo virtual reproduz o mundo real porque foi criado por humanos. “E assediar é uma possibilidade humana ligada à libido presente em todos os humanos. A nossa questão é: por que os homens se dão ao direito de assediar? Falamos em homens porque, culturalmente, eles são os assediadores. Também precisamos pensar o que define o assédio, que é uma ação de violência psicológica a uma pessoa, a uma mulher. É assédio quando ela sente, quando diz que está sendo violentada”, explica.

Conforme comenta a professora Joice Nielsson, embora juridicamente ainda seja utilizado o conceito de assédio embasado na Lei do Assédio Sexual - que define assédio como constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, a definição, hoje, deve ser pensada de forma mais ampla e a partir do somatório de legislações que versam sobre a temática. “Assédio trata de condutas que vão constranger, violentar, importunar outras pessoas para satisfação do prazer”, comenta a docente.

Para conferir o Rizoma Temático na íntegra, acesse:


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