Duas pesquisadoras vinculadas ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção Integral à Saúde (PPGAIS) da Unijuí estão vivenciando uma importante experiência internacional. Laura Schleder Correa, doutoranda, e Diovana Gelati de Batista, pós-doutoranda, estão em período de intercâmbio acadêmico na University of Pittsburgh, nos Estados Unidos.
As alunas integram o projeto de pesquisa “Efeitos de herbicidas à base de glifosato como agentes disruptivos metabólicos: um estudo translacional sobre o impacto nas vias de estresse celular”, coordenado pelo professor Thiago Gomes Heck, desenvolvido no âmbito do Grupo de Pesquisa em Fisiologia da Unijuí (GPeF) e com colaboração da professora Julia Matzenbacher dos Santos, da University of Pittsburgh.
Segundo o professor Thiago Gomes Heck, “o projeto recebeu financiamento do CNPq em dois editais de internacionalização: um deles para interação entre pesquisadores do Brasil com o exterior e outro para alocação de bolsas de estudo no exterior.” O professor ainda destaca a relevância do intercâmbio acadêmico. “Esse período de imersão numa universidade internacional traz uma bagagem de expertise cultural, científica e tecnológica. Uma universidade com pesquisadores de muitos países (EUA, China, Índia, Coreia do Sul…). Tecnologia de ponta, aulas em inglês, imersão na pesquisa e na ciência.”, diz Thiago.
O coordenador também salienta que a iniciativa não se encerra com essa etapa do intercâmbio: “O projeto prevê continuidade aqui, pois é em rede entre diferentes pesquisadores da Unijuí, do PPGAIS e PPGMMC, além de outros externos do Brasil e do exterior. Isso significa a consolidação de uma rede de pesquisa com atividades por muito tempo.”
Experiência acadêmica e cultural
Laura Schleder Correa é biomédica patologista clínica, com especialização em Hematologia Laboratorial e mestrado pelo PPGAIS. Agora, como doutoranda na mesma linha de pesquisa, ela integra o programa de Doutorado Sanduíche na School of Nursing da University of Pittsburgh.
A aluna conta que o convite surgiu logo no início do doutorado: “Logo que entrei no doutorado, em julho de 2024, meu orientador, o Prof. Dr. Thiago Heck, me apresentou a ideia do projeto que ele enviaria para o CNPq e perguntou se eu aceitava o desafio de fazer esse doutorado sanduíche. Aceitei no mesmo momento.”
Laura explica que sua pesquisa investiga se os herbicidas à base de Glifosato podem colaborar para alterações metabólicas. “Aqui, na Universidade de Pittsburgh, irei investigar os mesmos fatores, porém com foco na resistência insulínica e o estresse oxidativo em culturas de célula do músculo esquelético”, explica.
Ela permanecerá por cinco meses nos EUA e afirma que a vivência tem sido transformadora: “Está sendo uma experiência incrível! Estamos participando das aulas de Anatomia e Fisiologia da nossa supervisora, a Profa. Dra. Julia dos Santos, e essas aulas estão nos auxiliando muito na comunicação e adaptação com os alunos, professores e funcionários da universidade.”
Já Diovana Gelati de Batista tem formação em Ciências Biológicas, mestrado em Atenção Integral à Saúde e é doutora em Modelagem Matemática e Computacional, também pela Unijuí. Atualmente, desenvolve seu pós-doutorado no PPGAIS e explica como surgiu a oportunidade: “Tenho participado da execução do ‘Projeto Glifosato’, coordenado pelo professor Dr. Thiago Gomes Heck no Grupo de Pesquisa em Fisiologia (GPeF), desde o mestrado, investigando os efeitos desse herbicida à saúde metabólica e ambiental. No ano passado, submetemos um projeto relacionado a esse mesmo tema para concorrer a financiamento através de um edital do CNPq que incentiva colaborações internacionais. O projeto foi contemplado, dentre outros recursos, com duas bolsas: uma de pós-doutorado no exterior (PDE) e outra de doutorado sanduíche no exterior (SDW). Então, o professor Thiago concedeu a bolsa de PDE a mim e a de SDW à Laura.”
Sobre a sua pesquisa, Diovana esclarece: “Tenho investigado quais são as principais vias de resposta celular aos herbicidas à base de glifosato (HBG), com foco nos seus efeitos sobre o metabolismo. Especificamente, estamos estudando se pode haver alguma relação entre a exposição a esses herbicidas e o desenvolvimento de resistência insulínica e Diabetes Mellitus Tipo 2. Para isso, enquanto a Laura investiga os efeitos dos HBG na resistência insulínica no músculo esquelético, tenho focado nas vias moleculares de liberação de insulina no pâncreas.”
Tanto Laura quanto Diovana ressaltam que o maior desafio tem sido o idioma, especialmente fora do ambiente acadêmico, mas ambas apontam que estão se adaptando e progredindo dia após dia. “Apesar de entendermos muito o inglês, ainda estamos tímidas para nos comunicarmos, mas, ao mesmo tempo, a maior conquista é que conseguimos entender as conversas e estamos conseguindo nos enturmar e conversar”, afirma Laura.
A contribuição da experiência para a pesquisa na Unijuí
Além do avanço nas pesquisas, as alunas esperam trazer aprendizados significativos à Unijuí. Laura destaca que pretende retornar com domínio maior do inglês e com habilidades laboratoriais como extração de DNA e RNA, PCR e cultura de células permanentes. Diovana acrescenta que esperam trazer uma nova visão sobre a ciência. “Certamente voltaremos com uma nova visão, mais ampla, sobre a ciência e como é feita em países desenvolvidos. Acredito que isso contribuirá muito para nossa atuação enquanto futuras professoras e pesquisadoras, e poderemos compartilhar nossas experiências com o Grupo de Pesquisa em Fisiologia e comunidade acadêmica da Unijuí”, finaliza.
Slide 1
.jpeg)
Lacinia neque maecenas integer imperdiet cras sociis torquent conubia.
Slide 2
.jpeg)
Curae cras mus nullam euismod magna in ligula hendrerit metus ante.
Slide 3
.jpeg)
Nisi nunc mus vehicula primis ridiculus nisl senectus, a praesent nascetur blandit proin.