Unijuí é representada no VIII Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua Portuguesa em Manaus - Unijuí

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As professoras doutoras Maria Cristina Pansera de Araújo, do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação nas Ciências (PPGEC) e do curso de Ciências Biológicas da Unijuí; e Leonir Terezinha Uhde, do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade (PPGSAS) e do curso de Agronomia; juntamente com a professora Francesca Werner Ferreira (AIPAN), a egressa Catiane Oster (professora de Geografia das redes municipal e estadual de Ijuí) e a doutoranda Natália Dias de Oliveira, do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Desenvolvimento Regional (PPGDR), participaram do VIII Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua Portuguesa (VIII CIEA-LP), realizado de 21 a 25 de julho de 2025, em Manaus/AM.

Com o tema “Educação Ambiental e Ação Local: Respostas à Emergência Climática, Justiça Ambiental, Democracia e Bem Viver”, o evento reuniu especialistas, pesquisadores, educadores, estudantes e representantes da sociedade civil de países lusófonos, com o objetivo de promover o intercâmbio de experiências em educação ambiental em contextos locais e globais. A escolha da cidade de Manaus como sede reforçou a relevância estratégica da Amazônia nas discussões ambientais, proporcionando aos participantes uma imersão em uma região de grande importância ecológica, sociocultural e geopolítica.

Atividades Preliminares

Na manhã do dia 21, as professoras Leonir, Maria Cristina e Francesca, acompanhadas da doutoranda Natália, realizaram uma visita técnica à Incubadora de Empresas da Universidade do Estado do Amazonas (INUEA), onde foram recepcionadas pelo coordenador da incubadora, doutor Neuler Almeida. O objetivo foi conhecer o sistema de inovação da instituição e explorar possibilidades de parcerias institucionais.

À tarde, participaram do seminário “Investigar para acelerar as respostas educativas à emergência climática”, promovido pela Resclima, como parte da programação preparatória do congresso. Entre os principais encaminhamentos do encontro, destacaram-se: a valorização da pesquisa educativa interdisciplinar voltada a respostas rápidas e eficazes diante da emergência climática; a construção coletiva de uma agenda comum de diretrizes educativas entre os países de língua portuguesa; o reconhecimento da emergência climática como uma urgência ética e política, que exige a articulação entre ciência, educação e movimentos sociais; e a valorização de abordagens socioculturais críticas, que envolvam as comunidades em processos educativos contextualizados.

Trabalhos Apresentados

Durante o congresso, foram apresentados quatro trabalhos com a participação de representantes da Unijuí:

  • Compreensões sobre a Diversidade de Situações de Recuperação e Prevenção de Impactos Ambientais num Parque Urbano – Vidica Bianchi, Maria Cristina Pansera de Araújo, Francesca Werner Ferreira;
  • Grupo Namaacha: Educação Ambiental em Movimento – Francesca Werner Ferreira, Regina Ruth Armindo Tomo e Mônica Mesquita;
  • Biodiversidade, Interações Ecológicas e Ambiente: Educação Ambiental e Imersão Acadêmica para Jovens Estudantes de Ijuí/RS – Natália Dias de Oliveira, Leonir Terezinha Uhde e Roberto Carbonera;
  • Implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) em Contextos Regionais Brasileiros: Desafios e Perspectivas para a Educação Ambiental – Natália Dias de Oliveira, Tatiane Maria da Silva Dias e Maria Cristina Pansera de Araújo.

Visitas Técnicas

A programação oficial do congresso incluiu diversas visitas técnicas. A professora Leonir participou de uma visita à Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) do Instituto Soka Amazônia, em Manaus. A atividade teve como objetivo o intercâmbio de saberes sobre práticas de conservação, educação ecológica e desenvolvimento sustentável em áreas protegidas da Amazônia. A visita também buscou conhecer as ações realizadas pelo Instituto, observar in loco práticas de gestão sustentável da floresta e fomentar redes de cooperação internacional. A RPPN, reconhecida oficialmente pelo ICMBio, é voltada à preservação da biodiversidade amazônica e à promoção de pesquisa, educação ambiental e conservação de ecossistemas.

As participantes Catiane Oster e Francesca Werner visitaram o Centro de Ciências e Saberes Karapãna (CCSK), onde tiveram contato com a trajetória de resistência da etnia Karapãna diante das ameaças aos seus modos de vida. Uma das principais demandas apresentadas pela comunidade no congresso foi a criação de uma escola indígena bilíngue, específica, diferenciada e intercultural, voltada a crianças e jovens das etnias Karapãna, Apurinã, Baré, Kambeba, Mura, Tikuna, Tucano, Kokama, Satere Mawé, entre outras presentes na região metropolitana de Manaus. A proposta busca integrar saberes tradicionais e conhecimentos científicos, respeitando a territorialidade, ancestralidade e cosmologia dos povos originários.

A professora Maria Cristina participou de uma visita técnica à Fundação Universidade Aberta da Terceira Idade (FunATI), com o propósito de discutir a possibilidade de um convênio para o desenvolvimento de projetos na interface entre Educação em Saúde e Meio Ambiente.

Sobre o evento

O VIII CIEA-LP integra uma sólida trajetória de articulação em rede entre agentes da educação ambiental de diversos setores. A cada edição, o congresso promove não apenas o intercâmbio científico, mas também o desenvolvimento de ações concretas, como projetos colaborativos, formação de redes de pesquisa, apoio a comunidades e influência em políticas públicas.

As próximas edições do Congresso já estão confirmadas: em 2027, no Timor Leste, e em 2029, em Angola. Os legados desses encontros se traduzem em publicações científicas, articulações internacionais e, principalmente, no fortalecimento de uma educação ambiental com identidade lusófona, enraizada nas realidades locais e com impactos globais.

A participação da Unijuí no VIII CIEA-LP representou uma oportunidade ímpar de fortalecer as ações de pesquisa, ensino e extensão da instituição, promovendo o diálogo entre saberes acadêmicos e populares, ampliando redes de colaboração e reafirmando o compromisso da universidade com uma educação ambiental crítica, transformadora e socialmente comprometida. Essa vivência amplia horizontes e inspira novas práticas educativas voltadas à sustentabilidade, à equidade e ao bem viver.


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