
Cerca de 4 mil mulheres indígenas, de mais de 150 povos, desembarcaram na terça-feira, 7 de setembro, em Brasília, para a Marcha Nacional das Mulheres Indígenas. Elas uniram-se aos mil indígenas que já estavam acampados na Capital federal para acompanhar o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o marco temporal.
Esse foi um dos principais assuntos que norteou o debate do Rizoma desta quinta-feira, 9 de setembro, que teve como tema “Indígenas: um panorama da realidade no Brasil”. Os convidados do programa foram: o integrante da Assessoria Jurídica da Comissão Guarani Yvyrupa e da Rede de Advogados Indígenas do Brasil, Rodrigo Kuaray Mariano; o pós-doutor em Direito e professor do Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos da Unijuí, Doglas César Lucas; e o kaingang, egresso do curso de História da Unijuí e mestre em História pela UFRGS, Danilo Braga.
Segundo o professor Doglas Lucas, a discussão sobre o marco temporal é uma tentativa de compreender a propriedade a partir de um tempo, que para as comunidades indígenas não existe. “Essa ficção que se criou em torno do marco temporal é uma estratégia jurídica de restringir o debate da propriedade coletiva ou mesmo privada que os povos indígenas do Brasil possuem desde o processo de formação deste país, enquanto um país invadido pela presença europeia”, ressalta.
Danilo Braga, que esteve em Brasília recentemente participando dos protestos contra o marco temporal, garante que a expectativa sobre a decisão do STF é boa. “Nesse momento, o Supremo está como guardião da Constituição e a gente quer que a Constituição prevaleça. Se a Constituição for rasgada, vai virar o caos, e não é isso que queremos para o nosso país. Nós queremos um país com regras, respeitando as instituições, os poderes e que a democracia prevaleça”, destaca Danilo.
O advogado Rodrigo Kuaray avalia a instabilidade do cenário político brasileiro atual e como isso pode influenciar na decisão do STF. “Nós vemos por parte do chefe de Estado que deveria primar pela preservação da ordem democrática, ataques diretos a outras instituições e ao Supremo. Nós estamos presenciando uma briga de poderes, então, talvez a gente consiga uma decisão favorável justamente como uma resposta a esses ataques, para colocar uma posição do STF dizendo que nenhuma tentativa de abalo da ordem democrática do Brasil pode passar por pressão política”, finaliza Rodrigo.
Confira o programa na íntegra abaixo:
Por Amanda Thiel, estagiária de Jornalismo da Assessoria de Marketing

Os últimos oficiais americanos deixaram o Afeganistão nesta segunda-feira, 30 de agosto, após dias de uma missão para a retirada de militares e civis do País. Com isso, tem fim a mais longa ocupação da história dos Estados Unidos. Mas o que acontece agora? Quais as consequências da tomada do poder pelo Talibã para quem vive no Afeganistão e fora dele?
Para debater o assunto “Colapso no Afeganistão: como isso impacta em nossas vidas?”, o Rizoma Temático desta quinta-feira, 2 de setembro, trouxe três convidados: o mestre em História e professor da Unijuí, Josei Fernandes; o doutor em Ciência Política e professora da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Dejalma Cremonese; e o pós-doutor em Direito e professor do Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos (PPGDH) da Unijuí, Doglas César Lucas.
O professor Dejalma destaca que para entender a situação do Afeganistão hoje é necessário olhar um pouco para a história. “O Afeganistão é um país difícil no aspecto geográfico, sempre foi palco de disputas e conflitos, até no regime da Guerra Fria, e sempre foi considerado um país de salvaguarda a grupos terroristas, como a Al-Qaeda, que Osama Bin Laden pertencia e era aliada do Talibã.”
O professor Josei reforça que essa formação histórica torna o território propenso para o surgimento de grupos terroristas. “Esses conflitos, essa luta por territórios de difícil acesso, essa hostilidade que acaba sendo criada contra invasores estrangeiros em muitos momentos da história, acaba sendo um combustível muito forte para o surgimento de grupos terroristas”, avalia o historiador.
“Do ponto de vista acadêmico, nós precisamos produzir o processo de descolonização epistemológica, ou sempre vamos insistir nessa leitura ocidental do mundo como sendo a melhor. Precisamos criar espaços de debate sobre a diferença, sobre o outro, a outra cultura. Não vamos produzir unanimidades, nem consensos, mas precisamos definir pautas mínimas de convivência entre povos, culturas e religiosidades diferentes. Nós só podemos contribuir para que a emancipação do outro se torne possível na medida em que o outro se torna importante para nós”, destacou o professor Doglas.
Por Amanda Thiel, estagiária de Jornalismo na Assessoria de Marketing da Unijuí
Ouça abaixo o programa na íntegra:
Inicia em setembro o projeto Ações Sustentáveis nas Escolas, que desde 2015 trabalha meio ambiente e sustentabilidade através do rádio, incentivando estudos, pesquisas e atividades em salas de aula. Nesta edição, o público-alvo são estudantes do Ensino Médio do Centro de Educação Básica Francisco de Assis (EFA), numa parceria com o projeto Conexões.

Nesta quinta-feira, 2, a equipe da UNIJUÍ FM irá participar de um encontro na escola, para falar sobre a profissão de jornalista, o mercado de trabalho, a programação e a produção de conteúdo na emissora educativa, produção de podcasts e o imaginário no rádio, informações que vão ao encontro do projeto "Conexões", que visa potencializar as aprendizagens básicas em cada turma, promover as interações das diferentes áreas e propiciar aos estudantes oportunidade de construir aprendizagens de forma contextualizada.
Após o bate-papo, os estudantes serão desafiados a produzir conteúdos para o rádio, envolvendo as temáticas do meio ambiente e cidades sustentáveis, etapa do projeto Ações Sustentáveis que estimula os participantes a desenvolver habilidades de comunicação e oratória, uma vez que visitarão os espaços da emissora e irão realizar a locução dos conteúdos.
Para a diretora da UNIJUÍ FM, jornalista Cláudia Gesing Bohrer, este é um momento importante de troca de conhecimentos, que reforça o papel educativo do rádio e a parceria com as escolas. “Este é um projeto que há muitos anos incentiva o estudo do meio ambiente, traz os estudantes para o universo da rádio e possibilita uma visão da nossa profissão”, afirma.
Todas as etapas do Ações Sustentáveis, que inicia com a palestra e segue com a produção de conteúdos, visita à emissora, gravações dos alunos e veiculação do material na programação, tem apoio da Fonte da Ilha, de Ijuí.

Estudantes podem experimentar a comunicação e oratória, gravando conteúdos para o rádio, no projeto Ações Sustentáveis nas Escolas de Ijuí (FOTO: 2017)
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Impulsionada pela transformação digital, a área de Tecnologia da Informação (TI) sofre escassez de mão de obra qualificada, o que tem sido chamado de “apagão na área da TI”. Com o aumento da demanda, sobram vagas, mas faltam profissionais, que estão sendo amplamente disputados pelas empresas, gerando uma competição acirrada por talentos. Nesta quinta-feira, 26 de agosto, esse foi o assunto trazido para debate no Rizoma Temático da Rádio Unijuí FM.
Intitulado “Profissionais X demanda: a disputa predatória por desenvolvedores”, o programa teve como convidados o doutor em Computação e coordenador dos cursos de Ciência da Computação, Engenharia de Software e Matemática da Unijuí, Edson Luiz Padoin; o doutor em Computação e coordenador do Programa de Pós-Graduação em Modelagem Matemática e Computacional (PPGMC), Sandro Sawicki; e o egresso do curso de Ciência da Computação, Gabriel Cavalheiro Ullmann.
O professor Edson Padoin destacou que essa é uma era de mudança. “O surgimento da pandemia e o fato de termos que nos isolar, nos fez perceber que algumas coisas podiam ser feitas de maneira diferente. Por exemplo, eu não preciso ir a um estabelecimento para fazer uma compra”. Segundo ele, isso fez com que empresas que não estavam no meio digital entrassem, e aquelas que já estavam aperfeiçoassem seus softwares e aplicativos. “Com isso, uma quantidade absurda de profissionais começou a ser requisitada”, completou.
As recentes invasões de hackers em instituições do país e do mundo também foram propulsoras para as transformações digitais, de acordo com o professor Sandro Sawick. “Isso fez com que muitos empresários acendessem a luz vermelha, porque a tecnologia da informação é o alicerce do funcionamento de todo negócio. Nós não conseguimos efetuar uma simples compra em um estabelecimento comercial sem que haja uma infraestrutura computacional por trás. A computação está em todo lugar e passa muitas vezes despercebida, pela forma natural de inserção”, salientou.
Selecionado para receber uma bolsa no Mestrado em Engenharia de Software na Concordia University, no Canadá, Gabriel Ullmann acredita que investir na formação de profissionais internamente é uma saída para empresas tornarem essa disputa mais saudável. “Muitas empresas não possuem um processo interno de mentoria, por exemplo. Pegam profissionais que têm 5, 10 anos de experiência na área, para falar com estagiários e a galera que está no seu primeiro ano. É uma forma de juntar o conhecimento que vem das instituições de ensino e do estudo que a pessoa faz em casa, com o mercado de trabalho”.
Para conferir o Rizoma Temático na íntegra, acesse:
Amanda Thiel, estagiária da Assessoria de Marketing da Unijuí
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A pandemia ampliou o tempo em que crianças e jovens permanecem em frente às telas de computadores e smartphones. O que antes era diversão, tornou-se também um meio para estudos. E a preocupação entre pais, professores e especialistas sobre o uso excessivo de tecnologias inevitavelmente se intensificou neste período.
Para discutir o tema “O impacto do uso de tecnologias no desenvolvimento infantil”, a Unijuí FM convidou para o Rizoma Temático desta quinta-feira, dia 19 de agosto, a professora do curso de Psicologia da Unijuí, Amanda Schöffel Sehn; a doutora em Psicologia, Elisa Cardoso de Azevedo; e a professora da EFA e do curso de Pedagogia da Unijuí, Elisabete Andrade.
“Este é um tema que está cada vez mais presente. É importante pensarmos sobre os efeitos que o uso da tecnologia produz nas crianças, mas também sobre o uso que os pais fazem da tecnologia e como isso pode afetar o desenvolvimento dos seus filhos e as suas questões subjetivas”, explicou a professora Amanda Sehn.
Na avaliação de Elisa, embora a pandemia tenha acendido o alerta para muitos, há pessoas que ainda subestimam ou talvez não conheçam os impactos que o uso excessivo pode ocasionar no desenvolvimento das crianças. “Há anos anos a gente vem se dando conta deste fenômeno, do uso cada vez mais precoce das mídias por bebês e crianças. Até achamos bonito de ver. Eles são, de fato, nativos digitais, mas precisamos nos questionar sobre a proporção do uso”, reforça.
O impacto pode ser sentido, segundo Elisabete, pela falta de paciência entre os estudantes para ouvir, para transcrever as informações que estão no quadro ou simplesmente para ler. “Nós percebemos que as crianças estão ansiosas. Precisamos constantemente fazer uma conversa para que elas entendam a importância de transcrever ou de ler, por exemplo. Precisamos, na minha avaliação, buscar o equilíbrio.”
Para conferir o Rizoma Temático na íntegra, acesse:
Estudantes dos cursos de Comunicação da Unijuí são frequentemente instigados a colocar em prática a teoria passada em sala de aula. A disciplina de Produção Audiovisual e Multimídia, sob orientação da professora Márcia Almeida, propôs aos acadêmicos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda a elaboração de um podcast sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). O podcast foi elaborado com 11 episódios, com base nos 17 Objetivos, e pode ser conferido neste link.

O podcast foi produzido numa parceria entre os acadêmicos e a Rádio Unijuí FM, que entrou como cliente das produções acadêmicas. Inicialmente, foi realizada uma reunião de briefing com a diretora da Rádio Unijuí FM, Claudia Bohrer. Posteriormente, os estudantes selecionaram os ODS de interesse e produziram o podcast. Ao longo dos episódios há a presença de vários convidados que são referências em cada área trabalhada.
O primeiro episódio do podcast foi produzido pelos estudantes Fidel Arthur Franco dos Santos e Mônica Taíza Mülhbaier. É uma introdução à temática das produções, que relaciona a cidadania e os ODS/ONU. Os acadêmicos explicam brevemente o que são os 17 ODS e a importância do esforço conjunto para sua promoção.
O segundo episódio foi desenvolvido pelos estudantes Alessandro Haab Welter e Matheus Bernardo. Na produção, eles trazem o ODS 3, Saúde e Bem-Estar. O foco da produção foi a saúde mental. O terceiro episódio foi produzido pelas acadêmicas Mozara Aguilar Sandri e Laura Foletto dos Santos. Com a escolha do ODS 5, elas trouxeram como abordagem as mulheres transsexuais na sociedade.
O quarto episódio trouxe o ODS 11, Cidade e Comunidades Sustentáveis. Foi produzido pelas estudantes Aline Denise Gehrke e Brenda Berwanger Silva Pereira e trabalhou a temática de cidades do futuro. O quinto episódio teve como tema o ODS 12, Consumo e Produção Responsáveis. Com a produção das alunas Marjory Mayer, Marina Moesch Silveira e Mariane Martins dos Santos, o episódio abordou sobre a indústria da moda.
O sexto episódio foi produzido pelos estudantes Andrei Martins e Gabriel Roggia Jaskulski. Eles trabalharam com o ODS 15, Vida Terrestre. Os estudantes trabalharam os cuidados com a terra e o uso exagerado de agrotóxicos e os impactos no solo. O sétimo episódio teve como escolhido o ODS 7, Energia Acessível e Limpa. A produção foi feita pela acadêmica Evelin Ramos Rosa e teve como tópico principal a importância de uma energia acessível e limpa no desenvolvimento regional e sustentável.
O oitavo episódio foi desenvolvido pelo estudante Davi Covari sobre o ODS 6, Água Potável e Saneamento. A abordagem foi baseada no esgotamento sanitário e no saneamento básico. O nono episódio foi sobre o ODS 14, Vida na Água, e foi produzido pelo estudante Rubian Bottega. A abordagem teve como foco a importância dos oceanos.
O décimo episódio foi sobre o ODS 10, Redução de Desigualdades. A produção foi feita pelas alunas Amanda Calegaro Thiel e Ariane Wendland de Souza. O foco do episódio foi a desigualdade econômica. O último episódio do podcast foi produzido pelo acadêmico Giovanni Pasquali Piovesan. O ODS trabalhado foi o 13, Ação contra a mudança global do clima. O estudante trouxe como ponto central as metas de produção e meios de alcançar os objetivos.
A atividade foi finalizada com ótimos resultados. Os acadêmicos conseguiram, de forma dinâmica e descontraída, trazer para discussão um tema tão importante quanto os ODS/ONU.
Por Krislaine Baiotto, estagiária do curso de Jornalismo da Unijuí
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