Os estudantes do Ensino Médio da EFA estão tendo uma oportunidade única de vivenciar os diferentes cursos de graduação da Unijuí, além de suas áreas de atuação, por meio de estágios voluntários. A iniciativa faz parte do Projeto Conexões, que é realizado há quatro anos na Escola e que, neste ano, conta com a parceria da Universidade.
“Nós iniciamos com este projeto há quatro anos, quando não tínhamos a obrigatoriedade do Novo Ensino Médio. E o nosso objetivo sempre foi possibilitar que os estudantes tivessem práticas formativas e experiências em diferentes áreas do saber, a fim de conhecerem as diversas possibilidades profissionais. Neste ano, temos a primeira turma dentro da proposta do Novo Ensino Médio e buscamos intensificar ainda mais a participação dos estudantes em oficinas e palestras com diferentes profissionais, por exemplo”, explicou a professora e orientadora do Ensino Médio, Sandra Janice Nunes.
Neste sentido, como explicou a professora Sandra, foi fortalecida a parceria com a Universidade. Agora, além de terem acesso aos laboratórios, os estudantes também podem vivenciar as aulas dos cursos de graduação de interesse, além de terem a oportunidade de realizar estágios voluntários - caso da estudante da EFA, Maria Eduarda Leonarczk Bonfim, que reforçou seu interesse pelo curso de Jornalismo em seu estágio na Rádio Unijuí FM.
Conforme explicou a vice-reitora de Graduação, professora Bruna Comparsi, o Projeto Conexões vai ao encontro de outras atividades já desenvolvidas pela Universidade, e que aproximam os estudantes do Ensino Médio do mundo universitário e das diferentes profissões - caso do projeto Passaporte para o Futuro, Trilha das Profissões e Profissional do Futuro. “Fomos, então, provocados pela EFA para constituirmos esse ambiente de experiência aos estudantes, tanto do mundo do trabalho quanto do ambiente universitário. A partir disso, organizamos diversas ações aos alunos, começando pelas atividades coletivas, que envolvem desde a sua inserção na universidade até a apresentação das oportunidades disponíveis, como a internacionalização”, explicou a vice-reitora.
A partir da organização dos cursos, os estudantes podem vivenciar atividades de ensino, pesquisa e extensão dentro das profissões de interesse. Eles podem, também, se candidatar para atuação como estagiário voluntário, a fim de conferir como é o dia a dia de um profissional da área. A Maria Eduarda, por exemplo, já conheceu toda a estrutura da Rádio Unijuí FM e já foi desafiada a escrever e apresentar pequenos boletins. “Eu presto muita atenção nas minhas características, e elas me levam ao curso de Jornalismo. Eu gosto de conversar sobre coisas que me interessam, como futebol, política e linguagem, além de ter fluência em inglês e espanhol. Antes de ser estagiária, eu já tinha certeza de que queria seguir nesta área, e essa experiência só reforçou a minha escolha”, comentou.
Na tarde desta segunda-feira, 27, a turma 231 da EFA promoveu a segunda edição da Mesa Literária, intitulada “Diásporas, subúrbios e discriminação: observações sociológicas nas obras modernistas de Lima Barreto, Graciliano Ramos, Paulo Lins e Jeferson Tenório”. O encontro aconteceu no Centro de Eventos da Unijuí e contou com a presença das demais turmas do Ensino Médio, da coordenadora pedagógica Vivan Lunardi, orientadora Sandra Janice Nunes e da vice-diretora da escola, Eduarda Burckardt.
De acordo com o professor Dr. Leandro Renner de Moura, responsável pela disciplina de Literatura, o objetivo da Mesa literária deste ano foi permitir que os estudantes do terceiro ano do Ensino Médio embarcassem em uma profunda reflexão, aproximando as obras desses grandes escritores a temas emergentes da sociedade atual. A intenção de fundo foi possibilitar o entendimento ampliado do papel da Literatura na compreensão dos mais variados desafios sociais, étnicos e raciais enfrentados por povos, comunidades, famílias e indivíduos na contemporaneidade, os quais se deslocam de uma região para outra na busca por dignidade, enfrentando as circunstâncias de uma sociedade ainda fortemente marcada pelo preconceito e pela discriminação.
A saga nordestina, compreendida no evento enquanto uma diáspora, em função dos conhecidos processos de deslocamento/migração de milhares de pessoas para o centro do país, foi brilhantemente explorada pelos alunos a partir das obras “Vidas Secas” e “Cidade de Deus”, dos escritores Graciliano Ramos e Paulo Lins, respectivamente. Os grupos encarregados produziram minidocumentários, entrevistas e vídeos mudos, retratando o drama vivido pelas famílias retirantes, uma realidade de miséria, ignorância, perseguições e preconceitos.
Já as obras “Clara dos Anjos”, de Lima Barreto, e “Avesso da pele”, de Jeferson Tenório, foram postas lado a lado, numa fantástica imersão ao mundo dos personagens principais. Usando a perspectiva da literatura comparada e a tendência histórico-crítica, o grupo responsável explorou o universo do cotidiano dos protagonistas, através de uma observação sociológica crítica, apontando a crise de valores morais, o acentuado preconceito racial e a discriminação por parte das autoridades que atravessa as duas obras, em um comparativo histórico que impresssionou a todos.
Trazendo elementos da música e da arte, a turma fez uma homenagem a todos aqueles que injustamente sofrem perseguições por seus lugares de origem, por sua raça, etnia e posição social, encerrando o evento com a presença dos quatro escritores da Mesa deste ano, devidamente trajados e com suas obras amplamente conhecidas em mãos, momento especial para fotos, autógrafos e um belo coquetel organizado pela EFA.
A EFA, dando continuidade aos preparativos para as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) 2024, realizou nos dias 24 e 29 de maio o primeiro simulado com os estudantes do Ensino Médio. As iniciativas visam reforçar as aprendizagens dos estudantes que farão o exame, que é considerado uma porta de entrada para o Ensino Superior. Este ano, o ENEM será realizado nos dias 3 e 10 de novembro, em todo o Brasil.
O simulado teve a parceria da SOMOS Educação, seguindo os mesmos moldes adotados para a prova oficial, sendo realizado em dois dias, de acordo com as áreas do conhecimento e a redação, com vistas a simular este momento aos alunos e prepará-los para os futuros exames que cada um vir a realizar.
“A EFA sempre busca oferecer aos seus alunos inúmeras oportunidades para melhor prepará-los para os processos de ensino e aprendizagem, fazendo uso dos diferentes espaços que temos à disposição e de parceiros que se somam nestes processos”, destacou a coordenadora pedagógica dos Anos Finais e Ensino Médio, Vivian Belter Lunardi.
Nos dias 20 e 22 de maio aconteceu a socialização da Jornada de Pesquisa 2024 com a Educação Infantil e Anos Iniciais da EFA. Na ocasião, a comunidade escolar teve a oportunidade de apreciar os estudos realizados em cada turma. Para o presente ano, a Escola trouxe como tema central da Jornada as "Invenções que transformaram a humanidade".
O projeto é uma das marcas pedagógicas da EFA que visa envolver os estudantes na pesquisa científica, desenvolver a criatividade e a reflexão, além de promover aprendizagens sobre as invenções que marcaram a história da humanidade. As crianças da Educação Infantil e Anos Iniciais embarcaram em uma viagem no tempo, abordando o subtema “Da Pré-história à Contemporaneidade”, em parceria com o Museu Antropológico Diretor Pestana que acolheu as famílias, as quais puderam visitar e apreciar o acervo.
De acordo com a especificidade de cada turma, foram abordados aspectos relacionados ao estudo de cientistas e estudiosos que embarcaram em uma jornada fascinante por meio de pesquisa, experimentos e invenções, oferecendo soluções para os problemas cotidianos.
Segundo a coordenadora da Educação Infantil e Anos Iniciais que acompanhou o projeto, Greise B. S. Michael, “A Jornada de Pesquisa é uma oportunidade valiosa para os estudantes se envolverem em um ambiente de aprendizado colaborativo. Além disso, receber feedback construtivo durante esses eventos é fundamental para o aprimoramento do trabalho acadêmico, pois são nestas interações que os pesquisadores identificam pontos fortes e áreas de melhoria em seus projetos, contribuindo assim para o desenvolvimento contínuo de suas habilidades e aprendizagens. Além disso, ao envolver as famílias nos eventos de Socialização da Jornada de Pesquisa, cria-se um ambiente de apoio e incentivo que pode ser fundamental para o sucesso dos estudantes.”
Em julho acontecerá a socialização da jornada dos Anos Finais e Ensino Médio, abordando o subtema “ Da Idade da Pedra à Inteligência Artificial”.
Na noite da última segunda-feira, 20 de maio, o curso Técnico em Enfermagem da EFA - Campus Três Passos realizou um evento comemorativo, alusivo ao Mês da Enfermagem e ao seu aniversário de 20 anos.
O evento também contou com apresentações de estudos de caso, realizados pelos formandos da turma, onde foi possível compartilhar vivências e experiências nos atendimentos com pacientes em parada cardiorrespiratória (PCR); reanimação cardiopulmonar; atendimento a pacientes graves na Unidade de Terapia Intensiva (UTI); e cuidados com paciente com dengue hemorrágica. Foi possível compartilhar orientações e primeiros cuidados aos sintomas de dengue clássica e conversar sobre a hepatite C, doença grave que acomete silenciosamente muitas pessoas. Os estudantes mostraram a importância da pesquisa para desenvolver a prática e prestar um cuidado de excelência.
A história do curso Técnico em Enfermagem teve início em 26 de agosto de 1999, quando uma comissão se reuniu para elaborar uma proposta para oferta de cursos técnicos na EFA. Participaram professores do Centro de Educação Básica Francisco de Assis, professores da Unijuí e pessoas da comunidade local. Em 2001, com pioneirismo, foi ofertado o curso Técnico em Enfermagem na cidade de Ijuí, e em 2004 na cidade de Três Passos.
Ao longo destes 20 anos de trajetória no município de Três Passos, o curso se consolidou na região celeiro por sua excelência na formação de profissionais para atuar na educação, promoção, proteção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde em parceria com hospitais, clínicas, redes ambulatoriais, unidades básicas de saúde, consultórios médicos, laboratórios de análises clínicas e unidades de diagnóstico, creches, spas, home care, instituições de ressocialização, abrigos, casa de repouso, dentre outros. Um dos grandes parceiros do curso técnico é o Hospital de Caridade e a Secretaria Municipal de Saúde de Três Passos, onde os estudantes realizam os estágios curriculares, etapa fundamental para a consolidação do futuro profissional.
“Quando pratico algo que só visualizava nas enciclopédias, nos livros de fisiologia e anatomia, cuidados a pacientes críticos, a gestantes, recém-nascidos e idosos, a ideia é de facilidade, correto? É só receber o paciente e, pronto, já sei o que fazer para curá-lo. Mas isso não é mágica e nem conto de fadas. Olhar no olho do outro e entender que a dor relatada por ele nem sempre é do membro fraturado, mas da dor da alma, a dor de estar longe de alguém querido, o medo do que poderá acontecer ao adentrar em um ambiente desconhecido, é a missão da Enfermagem”, destacou a coordenadora do curso Técnico em Enfermagem, Sandra Leticia Righi Furini, lembrando que a função do profissional é acalmar, acalentar, demonstrar empatia e segurança. “Nossa missão cuidar, é respeitar o próximo, é ter a sensibilidade da escuta ativa, transmitir segurança, acalmar e entregar aos familiares seu ente querido em boas condições de saúde. Mas temos a consciência que o desfecho pode não ser tão bom assim”, completou.
Sandra faz parte do curso há 18 anos e destaca que o seu aprendizado não acaba por aqui. “Aprendi nesses anos que a vida não é feita de valores materiais, de dinheiro, mas de valores como a sensibilidade, o amor, a compaixão, a dedicação, a atenção com aquele que só quer dizer: esse procedimento não dói, né? E todo esse cuidado é pautado em teorias que acalmam a alma, que transmitem segurança. O outro às vezes só espera um ‘bom dia’ e nada mais. A doença, às vezes, é curada com o beijo da mãe na ferida do filho”.
A coordenadora destaca que é encantada por ensinar os alunos na prática e por conduzi-los com excelência à futura profissão. “Fazer parte da EFA é viver, aprender e transformar nosso conhecimento. É elaborar a nossa melhor versão a cada dia, é transformar alunos em técnicos em Enfermagem. A transformação só será possível quando acreditamos e seguimos o objetivo de cuidar, e esse cuidar vem através do conhecimento, da leitura, da teoria e dos fundamentos da Enfermagem, da ciência que estuda o ser humano. Precisamos entender a necessidade do outro e desenvolver a sensibilidade de perceber quando precisamos intervir”, finaliza.
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