Unijuí sedia o Café Restaurativo de Ijuí - Unijuí

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No último sábado, dia 26 de abril, aconteceu a segunda edição do “Café Restaurativo” de Ijuí. O evento foi organizado pelo Conselho de Gestão do Programa de Justiça Restaurativa de Ijuí, em parceria com a Unijuí, e proporcionou um momento de encontro, diálogo e formação, envolvendo facilitadores de práticas restaurativas e demais interessados no movimento da Justiça Restaurativa.

As atividades tiveram por objetivo promover a formação continuada de pessoas envolvidas no movimento da Justiça Restaurativa, bem como difundir e ampliar o alcance destas práticas junto à comunidade ijuiense. Participaram do evento professores das redes Municipal e Estadual de Educação, vinculados à SMED e à 36ª CRE, servidores ligados à rede de atendimento do município (Creas, Cras, Coordenadoria da Mulher, Fórum Permanente da Mulher), advogadas integrantes da Comissão de Mediação e Práticas Restaurativas da OAB, servidores do Poder Judiciário, Brigada Militar, Susepe, além de alunos e professores dos cursos de graduação em Direito, Pedagogia e Psicologia da Unijuí, vinculados ao projeto de Extensão Cidadania para Todos.

O evento oportunizou reflexões sobre os pressupostos fundamentais da Justiça Restaurativa, buscando contribuir com o processo de formação de pessoas, bem como reforçar a importância da utilização de mecanismos alternativos de gestão de conflitos e de comunicação construtiva, estimulando a comunidade local a se engajar neste movimento que tem se mostrado cada vez mais conhecido e valorizado tanto no Brasil quanto no mundo.

Segundo a professora do curso de Direito da Unijuí, Ester Hauser, que integra o Conselho de Gestão, a Justiça Restaurativa representa uma importante mudança de paradigma para o tratamento dos conflitos, pois foca nos danos sofridos e nas necessidades das pessoas envolvidas, buscando, por meio do diálogo construtivo, a restauração do equilíbrio das relações interindividuais e sociais afetadas.

“Também representa uma filosofia de convivência baseada na cultura da paz, promovendo a vivência efetiva do diálogo, equidade, respeito à diversidade, atenção às necessidades das pessoas e dos grupos, bem como a corresponsabilidade. A Justiça Restaurativa busca potencializar o elemento construtivo dos conflitos, por meio de práticas dialógicas que, além de oportunizarem a democratização das relações pessoais e sociais, também promovem a participação, a autonomia, a responsabilidade, além da vivência de valores civilizatórios, o que contribui, de forma efetiva, para transformar positivamente ambientes de convivência”, destacou a professora.

Segundo a assistente social Cristiane Barasuol, coordenadora geral do Conselho Gestor, em Ijuí, a caminhada da Justiça Restaurativa se fortaleceu nos últimos anos a partir do engajamento de pessoas, de instituições e do trabalho coletivo, mas, sobretudo, a partir da aprovação da Lei Municipal nº 6887/19, que institui a JR como uma política pública no município e organizou o funcionamento do Conselho de gestão. 

“Este Conselho é constituído por representantes de diferentes entidades públicas e privadas de Ijuí, sendo responsável pela condução das ações de Justiça Restaurativa, subsidiando o planejamento e acompanhando a execução da Política Pública Municipal, assim como os projetos e ações desenvolvidas. Também cabe ao Conselho promover a articulação entre as instituições que atuam no apoio ao Programa Municipal de Justiça Restaurativa”, finalizou.


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