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Um novo ritmo para o Coral UNIJUÍ

Helena Dóris Sala é a nova regente do Coral UNIJUÍ. Assumiu em setembro do ano passado, com o desafio de dar continuidade ao trabalho de levar a cultura à comunidade regional por meio da música. O Coral UNIJUÍ é um espaço de integração entre o meio universitário e a comunidade, que este ano chega aos seus 24 anos de atividades consolidado como um dos principais projetos culturais da região.

 

 
 

Natural de Ijuí, Helena tem formação em Licenciatura em Música pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e Mestrado em Ciências da Educação pela Universidade do Porto, em Portugal. O Comunic@ participou de um ensaio do Coral na tarde do sábado, 02 de abril, para conhecer um pouco mais da nova regente e dos seus planos à frente do grupo:

 

- Qual sua trajetória profissional?

Atualmente, além de reger o Coral UNIJUÍ, ministro aulas particulares de música na minha própria escola de música Espaço Musical, estou na regência do Coro Metodista e ministro aulas de música no CEAP. Já atuei como professora de Música no Sesi de Ijuí, na Escola Municipal Eugênio Ernesto Storch e na Apae de Ijuí. Já trabalhei com música em projetos socais (ONGs) e em projetos de música na UFSM, em Santa Maria.

 - Já conhecia o trabalho do Coral Unijuí?

Sim, sempre ouvi falar do Coral UNIJUÍ, porém devido meus estudos fora da cidade desde os 17 anos, poucas vezes tive a oportunidade de prestigiar as apresentações.

 - Fale sobre o interesse em ser regente do grupo.

Sempre gostei de música, desde criança canto na igreja, em casa, na escola, em corais, em festivais da canção, estudar e ser professora de música sempre foi um sonho. Quando chegou o momento de decidir meu futuro profissional a música foi minha primeira opção. Desde o início da faculdade me envolvi em projetos de canto coral, participei dos coros da universidade, e procurei me aperfeiçoar na regência de corais. Na minha opinião o canto coral é uma atividade essencial para formação das pessoas em todos os sentidos, desde saber se relacionar, conquistar seu espaço dentro de um grupo, superar desafios de apresentar-se em público, autoconhecimento, saber expressar sentimentos através da arte de cantar, formar laços de amizade e tornar-se um cidadão mais sensível e feliz. De certa maneira, ao assumir a regência de corais acredito estar contribuindo para uma melhor qualidade de vida daqueles que cantam, bem como daqueles que apreciam e tem prazer em prestigiar e ouvir uma boa música.

- Como é trabalhar com um projeto tão expressivo na comunidade?

Estou trabalhando com excelentes coralistas, com vozes lindas e com grande potencial vocal. Ressalto que o Coral UNIJUÍ é referência em Ijuí e na região, e está sendo uma experiência muito rica, importante e de grande responsabilidade para minha carreira profissional. Gosto de desafios e de trabalhar com prazer e alegria e espero estar transmitindo isso aqueles que integram o Coral tanto aqueles que apreciam as nossas apresentações.

- Qual o seu gosto musical?

Venho de uma linha voltada à música popular, devido meu histórico familiar, amizades e por admiração de compositores e músicos da música popular brasileira. Além disso, desde pequena escutei músicas nativistas, gospel, hinos, samba, bossa nova, nos quais compõem atualmente meus estilos de música favoritos. Mas sou aberta a todos os gêneros musicais, procuro estar sempre atualizando e diversificando meu repertório musical.

- Como vê o cenário musical atual no país?

Acho que o Brasil, desde sua descoberta, tem uma corrente muito forte para a cultura popular, consequência da história do país, da nossa colonização e daqueles que construíram o país. Percebemos a união de diferentes povos que de certa forma representaram e representam a cultura brasileira. Indígenas, afrodescendentes, europeus, dos quais fizeram com que cada região brasileira desenvolvesse ritmos diferentes e alguns semelhantes. Isso fez com que, ao mesmo tempo que algumas regiões desenvolvessem o samba, outras o carimbó, o frevo, moda de viola, bem como nativistas, sertanejas, axé, rock, bossa nova e muitos outros ritmos.

- Como você avalia a importância do ensino de música?

A cultura brasileira desde sempre foi rica e diversificada, ainda nos dias de hoje possui essa característica. Continuamos escutando compositores, músicos e bandas de excelente qualidade que têm contribuído para a cultura brasileira. Acredito que, com o ensino de volta ao currículo escolar, a música no Brasil gradativamente será valorizada novamente, e como consequência, o seu aprendizado oferecerá as pessoas a vivência e a descobertas de ritmos musicais diferentes, não apenas aqueles que a mídia transmite ou que temos mais afinidade, por termos pouco repertório musical. Claro, que ritmos, gostos e gêneros musicais, são apenas um de tantos outros conteúdos e conceitos que são estudados em música. Volto a ressaltar, que acredito que todo ritmo é válido, é uma expressão de uma história e de uma cultura de algum lugar do país, mas apenas apreciar um ritmo talvez não seja tão apropriado, devemos sempre expandir os olhares a novas melodias, novas músicas e apreciar todos os estilos e ritmos musicais, os conhecidos e desconhecidos para adquirirmos capacidade para interpretar, conhecer, entender e, aí sim, julgar ou defender ou saber qual tipo de música aprecio ou não. Mas claro, que percebemos a existência de músicas de qualidade e outras que não são de qualidade, mas isso acontece em qualquer área do conhecimento.



 

 

- Quais são seus planos para o Coral UNIJUÍ?

Os ensaios continuam acontecendo nas sextas feiras à noite e aos sábados à tarde, semanalmente. Estou acrescentando ao repertório desses 24 anos do Coral UNIJUÍ músicas da MPB, Negro Spiritual, Latinas, Eruditas, Infantis, em diversas línguas. Acho pertinente aproximar o coral da comunidade e trabalhar ao mesmo tempo músicas conhecidas com músicas pouco conhecidas do público e dos coralistas. Estou também aperfeiçoando a parte cênica, a presença de palco e a expressão corporal no coral. Neste momento, também estamos dando continuidade ao projeto As Bruxas e está previsto resgatar o projeto Em Cantos Gaúchos. Está previsto um edital para pianista ou instrumentista acompanhador, que será aberto em breve. Para o segundo semestre de 2017 será lançada uma turnê de recitais e apresentações em comemoração aos 25 anos do Coral, trazendo para o espetáculo músicas novas, mas também iremos resgatar as músicas mais marcantes da trajetória do grupo, com participações especiais. 


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