"Podemos, a partir do feminismo, pensar um novo modelo de sociedade, com a lógica do respeito e da igualdade" - Unijuí

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"Podemos, a partir do feminismo, pensar um novo modelo de sociedade, com a lógica do respeito e da igualdade"

Para marcar o 08 de março, a Unijuí reuniu mulheres com diferentes profissões e vivências para dialogar sobre questões de gênero.


A frase do título desta matéria é da professora do curso de Direito da Unijuí, Joice Nielsson, e ilustra um pouco do que foi debatido esta tarde na Unijuí. Convidada para fazer a abertura do evento "Da luta eu não fujo: a força das mulheres na sociedade", promovido pela Universidade para marcar o Dia Internacional da Mulher, ela falou à plateia sobre igualdade, respeito e liberdade. Segundo a professora, para construirmos uma sociedade mais igualitária é preciso democratizar o espaço privado, pois é nele que as pessoas desde criança são impostas a modelos padronizados. Enquanto meninas ganham bonecas e aprendem a cuidar da casa, os meninos ganham bolas e são obrigados a serem fortes. “Vamos transformar. Vamos pensar em um modelo que nos possibilita ser o que somos” ressaltou Joice.

Na abertura do evento, que tinha como objetivo falar sobre conquistas, luta e empoderamento, a professora Cátia Nehring, reitora da Unijuí, ressaltou a importância de uma sociedade com igualdade de oportunidades. Para Cátia “As diferenças nos constituem como únicos e únicas”.

Maria Alice Sides, professora, atriz e agora artesã foi umas das convidadas a subir ao palco e contar um pouco da sua história de vida como mulher: “Eu não me vejo como uma mulher negra. Eu me vejo como uma mulher”, disse destacando que precisamos nos despir de adjetivos e nos enxergarmos como seres humanos. Outras cinco mulheres, representando diferentes segmentos, também contaram suas histórias. Estiveram presentes no palco contando sobre sua luta, além da professora Maria Alice, a agricultora Vanessa Kirshner Bigolin; a sindicalista Rosane Simon; a Delegada de Polícia Jocelaine Aguiar; a Vice Miss Plus Size do Rio Grande do Sul, Darlene Zardin; e Cristina Pozzobon, Engenheira Civil e vice-reitora de Graduação da Unijuí. A vice-reitora de Graduação, Cristina Pozzobon, que também participou dos debates, destacou que a Fidene é uma instituição que preza pela igualdade entre os gêneros na questão salarial e na distribuição de cargos de chefia, e que a Universidade se orgulha de ser um espaço de formação e reflexão sobre temas como a igualdade.

O evento fez parte do calendário oficial do município. A programação se estende com a exposição “Da luta eu não fujo” – As trabalhadoras rurais em Ijuí", coordenada pelo Museu Antropológico Diretor Pestana, até o dia 10 de março, no Hall da Biblioteca Universitária Mario Osorio Marques. De 13 a 31 de março a exposição pode ser conferida na Sala de Exposições do Museu e, no dia 16 de março, no Parque de Exposições Wanderley Burmann.

08 de março: dia de luta!

O primeiro Dia da Mulher foi em maio de 1908, nos Estados Unidos, quando cerca de 1500 mulheres aderiram a uma manifestação em prol da igualdade econômica e política no país. No ano seguinte, o Partido Socialista dos EUA oficializou a data como sendo em 28 de fevereiro, com um protesto que reuniu mais de três mil pessoas no centro de Nova York e culminou, em novembro de 1909, em uma longa greve têxtil que fechou quase 500 fábricas americanas.

Só em 1945 a Organização das Nações Unidas (ONU) assinou o primeiro acordo internacional que afirmava princípios de igualdade entre homens e mulheres. Nos anos 1960, o movimento feminista ganhou corpo e, em 1975, comemorou-se oficialmente o Ano Internacional da Mulher. Já em 1977 o "8 de março" foi reconhecido oficialmente pelas Nações Unidas.

Luta contra a violência

O Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgou, nesta quarta-feira, 08, os resultados da pesquisa Visível e Invisível: A vitimização de mulheres no Brasil, realizada pelo Datafolha, sobre os índices de violência contra a mulher no Brasil.

A pesquisa, que pode ser consultada no link, revelou que 29% das mulheres já foram agredidas. Na maioria das vezes (61% dos casos) a agressão parte de algum conhecido. Os companheiros representam 19% e o ex 16%. Em 43% dos casos a mulher é vítima dentro da própria casa.

Na mesma pesquisa, os dados revelam que o assédio é algo recorrente para grande parcela das mulheres. Entre as ouvidas na pesquisa, 40% disseram ter sofrido algum tipo de assédio, seja no trabalho, na rua, no ônibus, no táxi, na van, no metrô ou em festas.

A violência contra a mulher deve ser denunciada pelo número 180 ou então 190. Denuncie!


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