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Professor de arquitetura da Unijuí explica síndrome dos edifícios doentes

Em 1976, um hotel na Filadélfia, cidade norte-americana, adoeceu. O ar interno do edifício foi contaminado pela bactéria Legionella pneumophila durante uma convenção empresarial, gerando 182 contaminações graves de pneumonia e 34 óbitos. Alguns anos depois, em 1982, após comprovação do fato, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu a síndrome do edifício doente.

A própria OMS definiu os principais sintomas sentidos pelas pessoas e que podem auxiliar na identificação da síndrome, dentre eles destacam-se: dor de cabeça, fadiga, letargia, coceira e ardor nos olhos, irritação do nariz e garganta, além de problemas cutâneos e dificuldade de concentração. Em alguns casos, a saída do ambiente já resulta em uma melhora imediata.

Segundo o professor do curso de Arquitetura e Urbanismo da Unijuí, Igor Soares, isso acontece devido a diversos fatores. “Em prédios novos, isso perpassa por questões de projetos mal dimensionados ou elaborados. Já para prédios antigos isso ocorre pela falta de manutenção das edificações”, explica.

Para saber se os prédios estão doentes existem uma série de medidas que devem ser realizadas, com o objetivo de averiguar a situação da estrutura. “É importante realizar revisões e ações estruturais de manutenção constante, como no caso de conserto de infiltrações, limpeza da caixa d'água e pinturas. Isso principalmente em edifícios com mais de 10 anos ou onde há pessoas morando”, comenta.

Porém, caso o prédio já esteja doente existirão indicativos visuais e patológicos que podem ser detectados de forma simultanea. “Os diagnósticos visuais são a alta umidade e presença de mofo, mas os maiores indicativos são os problemas respiratórios dos moradores ou trabalhadores daquele espaço, que acabam se agravando quando estão nas dependências da estrutura”, afirma o professor.

Além disso, ambientes que apresentam odores e pouca iluminação são estruturas que frequentemente apresentam falhas e posteriormente a síndrome do edifício doente. “Na nossa região devemos tomar mais cuidado com os indícios, pois temos um inverno úmido e é nessa época que se tende a identificar uma estrutura adoecida”, finaliza o docente.

Gabriel R. Jaskulski, acadêmico de Jornalismo da Unijuí


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