Gilson Volpato ministra qualificação sobre Redação Científica na UNIJUÍ
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- Quinta, 17 Outubro de 2013
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Professor doutor Gilson Volpato, da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), ministra capacitação para pesquisadores
Conhecer as particularidades da redação científica, saber como interagir com a comunidade científica internacional por meio de artigos, é um requisito para que o pesquisador seja bem-sucedido. O resultado final é uma interlocução efetiva e produtiva com os seus pares e, consequentemente, a visibilidade e o avanço da pesquisa desenvolvida. Esta ideia é defendida pelo professor doutor Gilson Volpato, da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), que está ministrando, na UNIJUÍ, curso de capacitação sobre Redação Científica.
O primeiro curso, com o tema “Introdução à Redação Científica”, foi desenvolvido na noite de quarta-feira. O segundo curso, de Redação Científica, está em desenvolvimento nesta quinta e sexta-feira, tendo por local o Salão Azul, no Câmpus Ijuí. O objetivo do curso é a qualificação para o desenvolvimento de um discurso científico coerente e compatível com o padrão exigido em periódicos internacionais. Em linhas gerais, o curso traz elementos sobre como fazer e, principalmente, como comunicar conhecimento científico novo no mundo de hoje. As referências são as publicações de circulação internacional, seus códigos, suas regras e as práticas que estão consagradas como efetivas.
Em entrevista à Rádio Unijuí FM, Volpato destacou que, “hoje em dia, não se pode pensar em pesquisa científica sem pensar em publicação científica, pois é no ambiente da publicação que você está discutindo com seus pares, é muito mais importante do que a discussão que acontece em congressos. Só que, para conseguir publicar, você precisa conhecer algumas coisas, e esta é a dificuldade dos pesquisadores aqui no Brasil, e a publicação nacional não resolve este problema, tem que ser uma publicação internacional”. Para o docente, em qualquer área do conhecimento, as publicações internacionais buscam publicar novidades. “Todo cientista que for ler o artigo quer sair do mesmo com alguma novidade, com alguma grande notícia”.
Sobre a forma de apresentação, Volpato diz que o inglês tem que ser de alto nível e que, mais do que isso, o texto tem que estar bem escrito. “A história tem que estar bem contada, o que se exige do jornalismo hoje está sendo exigido da ciência. E o cientista está um pouco perdido nesta história, porque hoje sobram artigos e na triagem muitos artigos de bom conteúdo não são olhados em função do formato e de como a história foi contada”.
