Unijuí - Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.

O estudante de Agronomia da UNIJUÍ Régis Felipe Schneider apresentou o trabalho “Produção forrageira de gramíneas anuais de inverno na região noroeste do Rio Grande do Sul”, no II Simpósio de Iniciação Científica da Empraba Pecuária Sul, no início de setembro.

De acordo com o Chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Pecuária Sul, Daniel Montardo, a participação de bolsistas e estagiários nos trabalhos de pesquisa da Embrapa é algo muito importante, além do que, os coloca em contato com a realidade do meio rural. “Temos hoje, devido à missão da Embrapa, tentado privilegiar pesquisas aplicadas. Então os estagiários que estão vinculados a projetos aqui na Unidade estão tendo em maior ou menor grau, dependendo do projeto, um contato direto com produtores, com associações de produtores e associações de raças. Assim, são vários os exemplos em que estes estagiários têm um contato bastante grande com a realidade, o que em algumas das universidades não ocorre tanto, já que o perfil é mais acadêmico e a missão é mais de ensino e menos de ciência aplicada”, ressalta Montardo.

Para o pesquisador e coordenador do evento, Naylor Perez, o Simpósio de Iniciação Científica, além de cumprir a exigência dos órgãos parceiros de fomento à pesquisa, como Fapergs e CNPq, visa contribuir com a capacitação dos bolsistas e estagiários que atuam na Embrapa, por meio da produção e apresentação de trabalhos científicos. Naylor ainda destaca a importância para esses jovens em desenvolverem esse trabalho na Embrapa. “Aqui eles têm o primeiro contato com o método científico, com a pesquisa e os critérios adotados para realizá-la. É uma oportunidade para conhecer as particularidades que o trabalho de pesquisador possui, que pode vir a ser a profissão deles no futuro. Muitos, inclusive, continuam após a conclusão da bolsa e fazem mestrado e doutorado e, após se formarem se integram à pesquisa, seja na Embrapa ou em diferentes instituições no estado, no Brasil ou em outros países”, explica Naylor Perez.

O Instituto Regional de Desenvolvimento Rural, mais conhecido como IRDeR, é um espaço para realização de pesquisas, trabalhos, dissertações e teses de doutorado.

Estudantes de Agronomia, Medicina Veterinária, Biologia, Química e Geografia, utilizam da área para ações de extensão, como reposição e recuperação florestal, avaliação e redução de impactos ambientais, desenvolvimento sustentável, educação e formação de agricultores e produção de mudas de espécies nativas e exóticas. Mantém um qualificado plantel de gado e tambo leiteiro para a realização de estudos e produção de leite, realiza produção de grãos e sementes, suínos, erva mate, entre outros produtos da agropecuária.

As pesquisas são realizadas em parceria com a FEPAGRO, Centros de Pesquisa da EMBRAPA, EMATER, Universidades e Departamentos da UNIJUÍ.

Do total da área, 101 ha são considerados não agricultáveis, sendo 78,0 ha de área de preservação permanente e o restante é destinado à pesquisa, piscicultura, suinocultura, viveiro, sede e estradas. A superfície de área útil representa 135,0 ha distribuídos entre culturas anuais, erva mate, silvicultura, pastagem anual e perene, pomar, horta e açudes.

Relato de Igor Metz Kühne, acadêmico do Curso de Agronomia da UNIJUÍ, que realizou intercâmbio na Universidade Autônoma de Madrid, Espanha, no primeiro semestre de 2011

Sempre pensei em ter uma experiência internacional antes de me formar, e estou concretizando esse sonho através do convênio firmado entre a Unijuí e a Universidade Autônoma de Madrid. Desembarquei dia 24 de janeiro no Aeroporto de Barajas, onde fui recebido pelo amigo Alécio Baroni, que tinha acabado de realizar seu intercâmbio e logo estaria retornando ao Brasil. Sua ajuda facilitou muito minha locomoção e também tirou dúvidas a respeito dos lugares que seria interessante conhecer.

Após uma semana instalado, e já tendo uma certa noção do que deveria fazer, percebi que teria que me virar sozinho e que tudo  que fizesse a partir daquele momento dependeria de mim, era hora de começar a me virar em uma vida diferente da qual estava acostumado.

Madrid é a capital e maior cidade da Espanha. Possui uma grande importância na economia da Europa. É rica em história e arte devido aos seus museus e teatros, onde mesclam o antigo e o moderno.

Possui muitos pontos turísticos de elevado interesse histórico que diariamente são visitados por centenas de pessoas, como o Palácio Real de Madrid, Parque do Bom Retiro, Plaza de España, Puerta Del Sol, Plaza Mayor, Plaza de Colón, Gran Via. A cidade é muito bonita, onde encontramos pessoas extremamente educadas e sempre dispostas a ajudar os turistas. Madrid impressiona pelo seu tamanho, mas é extremamente organizada e possui uma diversidade muito grande de pessoas.

É o caso do transporte público, seja ele através de ônibus, metrô, ou mesmo trem. O metrô é o meio de transporte mais utilizado pelo Madrileños. É confortável e chega ao destino rapidamente. Enquanto as pessoas utilizam os meios de transporte aproveitam para ler um livro, jornal... confirmando o índice de alfabetização de 98%.         

Outro fator a se destacar é a segurança, é possível observar policiais nas ruas e o índice de violência é baixo. Mas, claro que é importante tomar certos cuidados para não ocorrer nenhum imprevisto.

Moro no Bairro Herrera Oria, considerado um lugar muito bom para se viver, em um apartamento com mais três pessoas (do Brasil, da Espanha e da República Dominicana). É um lugar tranqüilo e harmonioso onde encontramos muitos idosos e famílias passeando.

A culinária é bem diferente e caliente, mas saborosa, não se pode exagerar no pedido, pois é bem forte. A noite é muito animada e famosa, possui várias opções de lazer e te possibilita conhecer muitas pessoas.

Estudo na Universidad Autônoma de Madrid, a qual impressiona pela sua estrutura e reconhecimento internacional, estando enquadrada no grupo das 200 melhores universidades do mundo. Cada departamento possui sua biblioteca e seu restaurante. A universidade também preza pelo lazer de seus estudantes, oferecendo várias opções de esportes, no qual participo jogando futebol.

Faço matérias optativas no Curso de Ciências Ambientales, na qual destaco a disciplina Crecimiento, economia mundial y desarrollo sostenible (Crescimento, economia mundial e desenvolvimento sustentável). Nessa matéria estudamos a atual economia mundial, países mais desenvolvidos, o contraste com os países que necessitam de mais ajuda e o que podemos fazer para diminuir estes problemas.

Também faço curso de espanhol oferecido pela universidade aos estudantes intercambistas para aprimorar o idioma. Nesse curso estou tendo a oportunidade de conhecer pessoas de diversos países e trocar informações. Tenho colegas da Itália, Alemanha, França, Romênia, Japão, Turquia e Irã. Sou o único brasileiro da turma.

As aulas na universidade são bem interessantes, mas exigem sacrifício e esforço. Os alunos são bem dedicados e em relação ao convívio fui muito bem recebido pelos colegas. O material de aula prática é em inglês, exigindo, portanto, conhecimento da língua.

Não estou tendo dificuldade de comunicação em virtude de ter feito curso de espanhol antes de vir e agora estar aprimorando e praticando, mas julgo ser importante o conhecimento do idioma local pra o sucesso do intercâmbio.

Além da possibilidade de estudar em uma grande universidade, já tive a oportunidade de viajar e conhecer na Espanha as cidades de Cotos, Salamanca e Toledo; em Portugal, Lisboa e Porto e Paris, na França. Até julho, quando termino meu intercâmbio, pretendo conhecer mais alguns lugares.

Viver em Madrid é muito fácil, porém o custo de vida é alto comparado a outros lugares da Europa. Tenho certeza que estou tendo um grande crescimento pessoal e que no futuro terá importância no meu currículo profissional. Agradeço à Unijuí, especialmente à Assessoria de Assuntos Internacionais, ao Alécio Baroni pela receptividade na chegada, meus amigos e familiares que estão dando todo apoio.