A professora Vidica Bianchi e a acadêmica Roberta Marques do DCVida participaram e apresentaram cinco trabalhos científicos no XXIV Congresso Brasileiro de Entomologia, realizado de 16 a 20 de setembro, em Curitiba/PR.
Os trabalhos são resultados de pesquisas realizadas durante disciplinas do curso, dentro do projeto realizado pelo Programa de Educação Tutorial (PET Biologia) em parceria com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente e a empresa ISCA Tecnologias. Eles trataram da diversidade de insetos da região noroeste do Estado e teste com iscas atrativas a partir de feromônios sintéticos.
Segundo as participantes, além dos trabalhos apresentados no congresso, conferências e mesas redondas trataram de temáticas relacionadas à entomologia agrícola, forense, médica e veterinária, bem como, da importância da conservação da biodiversidade em ecossistemas brasileiros. Foram destacados os temas de controle biológico e redução do uso de inseticidas sintéticos no controle de pragas nos cultivos brasileiros. Também, foram abordados estudos sobre o vetor da dengue Aedes aegypti, que trataram desde o monitoramento populacional até de resistência a inseticidas.
No final de março, uma equipe do Globo Repórter esteve nos laboratórios da Universidade para gravar a edição do programa, que destacava as pesquisas sobre o paladar. Durante as gravações, foram feitas demonstrações práticas para explicar como funciona o paladar, sendo que ele está diretamente relacionado aos alimentos, pois é o sentido capaz de detectar os diferentes sabores através da língua. Acadêmicos do curso de Biologia e Química da UNIJUÍ, provaram outro gostinho: o da fama.
Confira a reportagem: |
Espécie rara de borboleta no campus Santa Rosa | |
A mata ao lado do Campus da UNIJUÍ em Santa Rosa revelou, em 2009, uma grande surpresa para Sabrina Thiele, na época, Bióloga da Universidade. Uma espécie de borboleta ameaçada de extinção foi descoberta por acaso durante buscas por lagartas. Sabrina havia iniciado a pesquisa ainda quando aluna da Universidade, em trabalhos voluntários, que realizava em turno inverso no laboratório. Após passar por um estágio em São Paulo, no Laboratório de Ecologia de Borboletas da Unicamp, ela descobriu que muitas lagartas se alimentavam de Cipó-de-São-João, uma planta comum no bosque da UNIJUÍ, em Santa Rosa, então decidiu fazer uma busca por lagartas neste local. O resultado dos trabalhos foi acompanhado pelo pesquisador da Unicamp, que após o processo de metamorfose das lagartas, identificou a borboleta como sendo Cyanophrys bertha, uma espécie rara e ameaçada de extinção. A espécie consta na Lista Vermelha (de espécies ameaçadas de extinção) da União Mundial pela Conservação da Natureza (UICN). Sabrina revelou que esta borboleta é muito difícil de ser observada, e que as fotos que ela registrou são as únicas desta borboleta viva no mundo, pois segundo ela, só há registros fotográficos do animal em coleções de museus. “É importante que continuemos preservando o bosque ao lado da universidade como uma forma de contribuir para a preservação desta espécie rara de borboleta, que vive aqui”, destacou a bióloga.
Confira a entrevista com a bióloga: Como você se sente depois dessa descoberta? Sinto-me feliz em poder contribuir com a preservação das borboletas e do ambiente no qual elas vivem, além de despertar a sensibilização das pessoas para o cuidado com o meio ambiente. Considero importante mostrar para as pessoas que as borboletas são mais do que símbolos culturais, e que podem ser úteis como indicadoras da qualidade do ambiente. Essa vontade de pesquisar sobre borboletas vem desde pequena? O interesse pelas borboletas surgiu através de uma disciplina de campo, ainda quando aluna de Ciências Biológicas na UNIJUÍ, na qual tive a oportunidade de trabalhar com a criação de lagartas de borboletas pela primeira vez. Depois disso, a curiosidade pelas lagartas, a sua metamorfose e, a borboleta que surgia a partir dela, me instigaram a continuar minhas criações. Foi através de trabalhos simples que tive a oportunidade de conhecer diversas espécies. Qual o incentivo que você recebeu da UNIJUÍ para a realização desse trabalho? A Unijuí disponibilizou o espaço e a estrutura dos laboratórios para que fossem desenvolvidos os métodos de criação das lagartas. Quais são os seus planos daqui para frente? Gosto muito da carreira acadêmica e busco aperfeiçoar-me para continuar trabalhando com pesquisas nesta mesma linha que venho desenvolvendo. |
Os laboratórios de Zoologia e de Botânica da Unijuí receberam a visita de crianças da educação infantil e da pré-escola da rede municipal de Ijuí. As crianças, acompanhadas de seus professores, foram recebidas por estudantes dos cursos de Ciências Biológicas, Licenciatura e Bacharelado, e pela técnica de laboratório Tamires Ferrazza, sob orientação da professora Vidica Bianchi.
Muito curiosas e interessadas pelas borboletas, depois de várias pesquisas, as crianças da E.M.I. Dalva de Almeida Weinmann vieram esclarecer dúvidas sobre o ciclo de vida das borboletas, o porquê das cores e como se alimentam. Para acompanhar e ver todas as fases da metamorfose da borboleta, levaram, do laboratório para a escola, uma lagartinha que irá se transformar em uma borboleta.
As crianças do pré-1 da E.M.F. Davi Canabarro, encontraram um inseto na sala de aula que parecia uma joaninha, porém sobre a vigilância do professor, concluíram que o inseto era, na verdade, uma “patriota”. Novas dúvidas surgiram e perguntas como: “Picam as pessoas?”, “O que eles comem?”, “Porque eles tem pintinhas?”, “Onde eles ficam no inverno?”, foram esclarecidas durante a visita.
As crianças do Pré-2, também da escola E.M.F. Davi Canabarro, surpreenderam-se, na pracinha, com um louva-a-deus. Segundo os professores, o desespero para descobrir se era um animal "venenoso" movimentou o início de muitas pesquisas, descobertas e novas dúvidas surgiram. Quando chegaram ao laboratório, as crianças já sabiam que o louva-a-deus não era venenoso, mas estavam ansiosas para descobrir: “Louva-a-deus tem ouvido?”, “É verdade que fica na barriga dele?” “Como o louva-a-deus respira?”, “Onde ele mora?”, “Verdade que ele se camufla?”.
No laboratório de Botânica, tiveram a oportunidade de observar grande variedade de flores e sementes, oriundas de coleções confeccionadas pelos professores e acadêmicos, durante atividades de ensino e pesquisa.
“É impressionante o interesse das crianças pelos insetos e outros animais. Todos os semestres somos solicitados, pelas escolas, para esclarecer questões relativas a estes organismos”, relata a professora Vidica. “Nos sentimos honrados em poder participar destes momentos peculiares na formação das crianças. Suas curiosidades refletem o início da alfabetização científica, por isso precisamos tratar e responder com responsabilidade”, continua a professora.
Através da sensibilidade dos professores em perceber o interesse dos alunos, destaca-se a função da pesquisa no processo de ensino e de aprendizagem. Além disso, potencializa a escola pública e demonstra a qualificada formação e comprometimento dos educadores da Educação Básica na busca da formação plena do ser humano, viabilizando possibilidades através da vasta visão da sociedade, ambiente e dos fenômenos.
O Curso de Ciências Biológicas conta com diversos laboratórios, os quais possuem variadas coleções de plantas e animais, além de professores e acadêmicos disposto a interagir com a comunidade. A interação entre universidade e escola torna-se essencial, pois, além de atender as demandas das escolas, também possibilita aos acadêmicos do curso vivenciar diferentes momentos de ensino e de aprendizagem, fundamentais para a sua formação.
Utilizamos cookies para garantir que será proporcionada a melhor experiência ao usuário enquanto visita o nosso site. Ao navegar pelo site, você autoriza a coleta destes dados e utilizá-los conforme descritos em nossa Política de Privacidade.