
No dia 4 de novembro, os alunos do Colégio Estadual José Lange, de Augusto Pestana, participaram de uma atividade formativa sobre o tema “Qualidade da Água e dos Cereais”, conduzida pelo professor doutor Roberto Carbonera, docente de Agronomia e do Mestrado em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade da Unijuí. A iniciativa teve como propósito promover a disseminação do conhecimento científico e estimular a reflexão crítica sobre questões ambientais e de saúde pública diretamente relacionadas ao consumo de alimentos e à disponibilidade de água potável.
Durante a palestra, o professor apresentou resultados de pesquisas desenvolvidas no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade (PPGSAS) da Unijuí, que investigam a presença de resíduos de agrotóxicos em amostras de aveia branca, em águas de poços artesianos e também em águas tratadas provenientes de mananciais superficiais. Os dados reforçam a necessidade de monitoramento contínuo e de políticas públicas voltadas à gestão sustentável dos recursos hídricos e à segurança alimentar.
A atividade contou ainda com a presença da mestre Michele Renz Scheer, egressa do PPGSAS, natural de Augusto Pestana e responsável pela primeira pesquisa desenvolvida na área de resíduos em cereais, e da acadêmica do curso de Agronomia da Unijuí, Thuane Vitória Rigo, bolsista de iniciação científica que atua na continuidade dos estudos relacionados à temática. A participação das pesquisadoras possibilitou ampliar o diálogo entre diferentes níveis de formação acadêmica, evidenciando a importância da integração entre pesquisa, ensino e extensão.
Ao oportunizar o contato direto dos estudantes com resultados de pesquisas científicas regionais, a ação fortalece o vínculo entre universidade e escola, contribuindo para a construção de uma formação cidadã comprometida com a sustentabilidade e a melhoria da qualidade de vida nas comunidades locais.
A iniciativa integra as ações de extensão e divulgação científica da Unijuí, alinhadas ao compromisso institucional de articular ensino, pesquisa e extensão em prol do desenvolvimento regional sustentável. PPGSAS reafirma, por meio de atividades como esta, sua missão de produzir e socializar conhecimento voltado à preservação ambiental, à saúde e à sustentabilidade dos ecossistemas.
A Unijuí agradece à direção, em nome das professoras Márcia Sostmayer, Ana Paula Scarton e Salete Teresinha Bernadi Libardi, equipe docente e alunos do Colégio Estadual de Augusto Pestana pela receptividade e parceria, que tornam possíveis ações de aproximação entre a universidade e a educação básica. Iniciativas como essa fortalecem o compromisso conjunto com a formação científica, ambiental e cidadã das novas gerações.


A Unijuí, a partir do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade (PPGSAS), deu encaminhamento, em parceria com a empresa Manp, à instalação de equipamentos que serão usados no projeto Finep - Agricultura de Precisão. A entrega técnica ocorreu nesta semana, no Instituto Regional de Desenvolvimento Rural (IRDeR), a Escola Fazenda da Universidade.
Foram entregues e instalados sensores inteligentes que auxiliarão na pulverização assistida da semeadora utilizada, a qual foi cedida em parceria da Imasa. Os sensores de mapeamento reconhecem padrões, com auxílio de uma câmera que vai na frente do trator. Este sistema reconhece o que é soja, solo e que é planta invasora, fazendo o desligamento do próprio pulverizador neste momento. Esse sistema gera economia e auxilia no controle de uso de herbicidas.
Conforme o professor Ivan Ricardo Carvalho, são dois projetos em execução, os quais são coordenados em conjunto com o professor José Antonio Gonzalez da Silva. Ambos são voltados à pesquisa e extensão, e tecnologia, que convergem em prol da Escola Fazenda da Universidade
O primeiro projeto, segundo explica, nasce da necessidade de reduzir a utilização de agroquímicos, principalmente herbicidas, e é o que utilizará os sensores. “Ao final da safra, conseguiremos reduzir drasticamente a quantidade de produtos utilizados e também de contaminantes devido a esse novo sistema. Sem sombra de dúvidas, é um projeto inovador e único em uma universidade hoje em dia”, ressalta Ivan, lembrando que a Universidade vai utilizar esses recursos ao longo de três anos.
Já o segundo projeto engloba cerca de 70 Institutos de Ciência e Tecnologia no Brasil. Ele será desenvolvido em prol da agricultura familiar, com foco em melhorar o sistema de distribuição de sementes através de sensores inteligentes na linha de semeadura.
De acordo com o professor Ivan, o produtor vai poder acessar pelo celular uma tecnologia que antes ficava na mão de poucas pessoas devido ao alto custo. “Vamos conseguir ter um mapeamento em tempo real da dosagem dessas sementes, trazendo custos baixos para dentro da cadeia produtiva da soja, milho, algodão, girassol e outras culturas que são trabalhas no Brasil”, explica.
O professor também destaca que o projeto é pouco mais amplo. “A Unijuí é mais uma vez a protagonista da parte de experimentação, em especial o Programa de Melhoramento, PPGSAS e Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Modelagem Matemática”, ressalta. Lembrando que o ganho dessa nova ferramenta é a oportunidade de se ter um sensoriamento remoto, que hoje é assistido, além de ampliar parcerias com a Imasa, a Fockink, entre outras empresas.
“Sem sombra de dúvida é o diferencial para se ter acompanhamento da agricultura de precisão, com definições de manejo. Teremos uma interface com inteligência artificial e internet das coisas. A nossa ideia é que, a partir disso, tenhamos uma agricultura smart, 100% inteligente e que toma quase que por si só boas decisões”, completa.
A Unijuí recebeu, neste mês, uma comitiva composta pelo pesquisador Marcos Borba, chefe de P&D Embrapa Pecuária Sul, e Alberi Noronha; os professores da Unipampa - campus Itaqui, Eloir Missio, Ritieli Mambrim e Vinicius Piccin; e o representante do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Pinheiro Machado, Júlio Fernandes Moreira.
Na ocasião, a equipe esteve reunida com professores pesquisadores da Unijuí, dos cursos de Agronomia, Biologia e Farmácia, e docentes vinculados ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade (PPGSAS). Além disso, participaram de um encontro com o vice-reitor de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão, professor Daniel Knebel Baggio.
Os encontros tiveram a proposta de incentivar a possibilidade de promover relações e parcerias para o fortalecimento de ações conjuntas, com foco especial no desenvolvimento e execução do projeto” Estratégicas tecnológicas para a construção da transição agroecológica em sistemas agroalimentares da agricultura familiar do estado do RS (FINEP/MCT)”, coordenador pela Unijuí, e no projeto “Rede de bioinsumos para agricultura familiar camponesa no Rio Grande do Sul: promoção de soberania alimentar e sustentabilidade”, coordenado pela Unipampa, aprovado junto ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar.
Segundo o coordenado do projeto FINEP, da Unijuí, o professor Osório Antônio Lucchese, a parceria terá o papel de construir uma rede de apoio para a construção da transição agroecológica para a agricultura familiar no Estado do Rio Grande Sul. “Em especial, ancorada no uso de alternativas sustentáveis e de domínio dos agricultores familiares para produção de alimentos saudáveis”, ressalta.
O coordenador do PPGSAS, professor José Antônio Gonzalez, destaca a importância de ações que possam trazer grandes transformações nos sistemas agroalimentares na região e para o Estado. “O protagonismo desta ação, que envolve distintas instituições parceiras e de outras regiões do Estado, sirva de exemplo de cooperação e motivação buscando fome zero, agricultura sustentável e desenvolvimento socioambiental para as comunidades”, completa.
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O professor do curso de Agronomia e do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade (PPGSAS), Roberto Carbonera, participou, na última semana, do 2º Seminário de Vigilância em Saúde das Populações Expostas a Agrotóxicos (VSPEA).
O evento foi promovido pela Secretaria Estadual da Saúde (SES) e reuniu profissionais da saúde, estudantes, gestores e representantes da sociedade civil, com o objetivo de aprofundar conhecimentos e fortalecer ações de vigilância frente aos impactos dos agrotóxicos na saúde humana.
O professor Roberto Carbonera abordou os impactos do modelo agrícola atual na saúde ambiental e humana, além de apresentar dados de seu grupo de pesquisa sobre a contaminação da água e alimentos por agrotóxicos. As pesquisas lideradas pelo professor identificaram a contaminação da água em Ijuí por resíduos de agrotóxicos, tanto na água captada do Rio Potiribú quanto em poços artesianos rurais e urbanos.
“Tais dados são preocupantes, considerando que além da água, sofremos o impacto diário de alimentos contaminados, poluição do ar, solo, locais de trabalho e mesmo produtos que chegam de diversas formas nas nossas residências. Desta forma, torna-se cada vez mais importante, a promoção de espaços de debates qualificados e de ampla participação social, que possam auxiliar na formulação de políticas públicas de promoção à saúde, bem como desenvolver modelos sustentáveis de produção de alimentos”, destaca o professor.
Atualmente, o Rio Grande do Sul é um dos quatro estados que mais consomem agrotóxicos no país e o Brasil é o maior consumidor mundial, com mais de 700 mil toneladas por ano. o que gera impactos importantes na saúde da população, como câncer, malformações congênitas, desregulação endócrina, depressão, doenças neurodegenerativas, entre outras.
Além do professor Carbonera, o Seminário contou com a participação de palestrantes do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) da SES, do Ministério da Saúde, da Fundação Oswaldo Cruz, da Abrasco, Emater-RS, Movimento Ciência Cidadã, Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre/UFRGS e da Universidade Federal de Pelotas.


Com o objetivo de estabelecer as condições necessárias à conjugação de esforços para a execução de trabalhos de pesquisa agropecuária de interesse mútuo, a Unijuí e a empresa Dubai Alimentos firmaram, nesta semana, um contrato de cooperação técnico-científica-financeira.
A parceria tem a proposta de qualificar o processo de produção, recebimento, beneficiamento, industrialização, embalagem, comercialização e consumo de alimentos saudáveis com vistas à segurança alimentar, à saúde e ao meio ambiente, a partir do projeto de pesquisa “Produção saudável de alimentos com vistas à segurança alimentar, à saúde e ao ambiente”.
A pesquisa será desenvolvida na empresa Dubai Alimentos. Para isso, a empresa já disponibilizou os dados de resíduos de pesticidas realizados, os quais serviram para fazer o diagnóstico preliminar dos níveis de resíduos detectados nas amostras. Também, já foram conduzidos trabalhos com novas amostras coletadas nos últimos dois anos para acompanhar e monitorar a evolução dos resultados obtidos.
“Os dados revelaram a existência de resíduos na maioria das amostras analisadas, porém as últimas mostraram avanços significativos”, destaca o professor do curso de Engenharia e do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade (PPGSAS) da Unijuí, Roberto Carbonera.
As análises de resíduos são realizadas pelo Laboratório de Análises de Alimentos, Água e Cosméticos (Alax), em Maringá/PR. O laboratório utiliza o método de extração QuEChERS, seguido das análises por Cromatografia Líquida acoplada à Espectrometria de Massas em Série (LC-MS/MS) e a Cromatografia Gasosa acoplada à Espectrometria de Massas em Série (GC-MS/MS).
Desta forma, possibilita a detecção e quantificação simultânea de 500 compostos em cada amostra provenientes de cultivos convencionais e orgânicos. A comparação dos Limites Máximos de Resíduos está sendo conduzida com base em consultas às bases de dados das regulamentações brasileira, europeia e do Codex Alimentarius.
Os contatos e orientações técnicas aos fornecedores de matéria-prima e/ou produtores, são realizados pela equipe técnica da empresa, em comum acordo com a Unijuí. A partir disso, são repassadas orientações para o uso exclusivo de produtos registrados, número de aplicações, doses e período de carência indicados para a cultura na União Europeia, para atender a um maior grau de qualidade aos produtos produzidos. “Serão monitorados e avaliados os resíduos presentes com vistas à sua redução, se possível, com a produção sem resíduos”, ressalta o professor.
A condução da pesquisa será realizada por um estudante do PPGSAS, por um bolsista Pibic/CNPq, da Unijuí, sob supervisão do professor Roberto Carbonera orientador, e pela equipe da Dubai Alimentos, sob a direção de Dante Mauricio Tissot. Para a condução do trabalho, serão realizadas reuniões periódicas entre as entidades parceiras para a definição de prioridades e ações necessárias à consecução dos objetivos propostos.

A professora dos cursos de Engenharia Química e do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade, Fernanda da Cunha Pereira, apresentou, na última semana, os resultados do projeto “Produção de Biogás e sua Utilização em Geração Distribuída no Conceito de Smart Grid: Perspectivas e Desafios para a Região Noroeste e Missões do RS”, financiado pela Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do Estado do RS.
A apresentação dos resultados foi feita durante a reunião do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema). Na ocasião, a professora fez a entrega da Cartilha sobre Biogás, elaborada a partir dos dados gerados no Roadmap da Cadeia de Biogás. O Roadmap representa uma das principais entregas do projeto, reunindo informações técnicas, econômicas e institucionais sobre a cadeia do biogás na macrorregião Noroeste e Missões.
O documento fornece uma visão integrada do ecossistema, identifica atores e barreiras e organiza caminhos de ação em curto, médio e longo prazos. Além de alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), o Roadmap se propõe como um guia dinâmico e atualizável, capaz de orientar o monitoramento de metas e a adaptação das estratégias conforme surgem novas evidências, garantindo maior efetividade e continuidade às iniciativas relacionadas ao biogás.
Já a Cartilha, estruturada a partir do Roadmap, apresenta de forma acessível conceitos fundamentais sobre o biogás, suas fontes de produção e as etapas do processo de geração. O material foi elaborado para aproximar o tema da comunidade acadêmica, dos gestores públicos e dos produtores rurais. O conteúdo inclui um fluxograma simplificado que descreve desde a origem da biomassa utilizada como substrato até a conversão em energia e co-produtos, como o biofertilizante.
“Essa iniciativa busca não apenas divulgar o potencial do biogás para a matriz energética e ambiental da região, mas, também, incentivar o uso consciente dessa tecnologia como alternativa sustentável para o aproveitamento de resíduos agroindustriais e urbanos”, destaca a professora Fernanda.
Outros projetos
Além deste, foram apresentados outros dois projetos pela docente, aprovados via Consulta Popular e financiados pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura do Rio Grande do Sul, que estão em fase inicial.
O primeiro é chamado de “Ampliação e Qualificação do Laboratório de Análises Ambientais da Central Analítica da Fidene para Avaliação de Agrotóxicos em Soluções Alternativas Coletivas de Abastecimento de Água nos Municípios do Corede Noroeste Colonial”. O segundo é o “Ampliação e Qualificação do Laboratório de Análises Ambientais da Central Analítica da Fidene para Caracterização da Qualidade da Água para Consumo Humano em Soluções Alternativas Coletivas de Abastecimento de Água nos Municípios do Corede Noroeste Colonial”.
De acordo com a professora Fernanda, os projetos observaram que a economia do Corede Noroeste Colonial é fortemente baseada na agropecuária, com destaque para a monocultura de soja, milho e trigo, além da produção animal. Eles têm como objetivo avaliar 165 amostras de água provenientes das Soluções Alternativas Coletivas dos municípios abrangidos pelo Corede, em conformidade com o Plano Estratégico de Desenvolvimento Regional 2015/2030. Sendo que cada amostra passará por análises físico-químicas, microbiológicas e de resíduos de agrotóxicos.
“Cerca de 20% da população da região consome água proveniente de Soluções Alternativas Coletivas, captadas principalmente de poços subterrâneos. Esses recursos hídricos representam uma fonte estratégica e fundamental de abastecimento, suprindo a demanda de água e possuindo inestimável valor econômico e social. Por isso, devem ser compreendidos, monitorados e explorados de forma racional, assegurando sua disponibilidade para as futuras gerações.”
A docente explica que estudos nacionais e internacionais têm evidenciado a presença de resíduos de agrotóxicos em corpos hídricos, água potável e alimentos. Esses contaminantes, quando presentes em níveis acima do permitido, podem comprometer tanto a qualidade da água quanto a saúde humana, uma vez que alguns estão associados a efeitos tóxicos cumulativos e de difícil controle.
“No contexto regional, onde a agricultura intensiva é predominante, torna-se essencial o monitoramento contínuo desses resíduos para garantir a segurança da população e a sustentabilidade ambiental”, reforça.
Segundo ela, a agricultura também é reconhecida como uma das principais fontes difusas de poluição por metais pesados, um problema global devido à difícil remediação desses elementos, que não são biodegradáveis e apresentam controle complexo. Esses metais podem se originar de impurezas em fertilizantes, de formulações de agrotóxicos e do descarte de dejetos animais.
Na região do Corede Noroeste Colonial, conforme destaca, os desafios relacionados ao saneamento básico ainda representam riscos ambientais e de saúde pública. Entre eles, evidencia-se a contaminação da água por coliformes totais e fecais, como a bactéria Escherichia coli, associada a diversas doenças de veiculação hídrica. Esse risco é agravado em áreas onde a captação de água ocorre em poços subterrâneos mal vedados ou próximos a potenciais fontes de contaminação.
“Com essa iniciativa, a Unijuí reforça sua atuação em pesquisa científica aplicada, buscando soluções sustentáveis para desafios ambientais e de saúde pública. Além de trazer benefícios diretos à população local, os resultados obtidos poderão servir como referência para formulação de políticas públicas e estratégias de monitoramento em outras regiões do Brasil e do mundo, alinhando-se aos compromissos globais da Agenda 2030 e à preservação dos recursos naturais para as gerações futuras”, finaliza.

A professora da Unijuí, Leonir Terezinha Uhde, participou, na última semana, do Seminário Internacional Educação, Mudanças Climáticas e Resiliência, promovido Secretaria da Educação do Estado do Rio Grande do Sul (Seduc-RS) com apoio do Banco Mundial e da Organização Todos Pela Educação, que ocorreu em Porto Alegre. O evento reuniu mais de 200 participantes entre gestores públicos, educadores, pesquisadores e representantes de órgãos internacionais.
O Seminário abordou temas como educação, clima e resiliência, com foco em propiciar mais escolas seguras frente às mudanças do clima. Uma das propostas foi debater o papel da educação frente às emergências climáticas.
A abertura contou com a presença da Secretária Estadual de Educação, Raquel Teixeira, do diretor de Educação do Banco Mundial para América Latina e Caribe, Andreas Blom, além de representantes da Unesco, do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional e especialistas da Bolívia, Japão, Uruguai, Peru e Equador. O tom foi de urgência e reconstrução, mas também de articulação e inovação.
Durante o primeiro dia do seminário, foram realizados quatro painéis temáticos, com destaque para o debate “Repensando a resiliência: desafios para países em desenvolvimento diante das mudanças climáticas e riscos de desastres”, mediado por Luana Smeets, coordenadora da Todos Pela Educação. Os painéis abordaram experiências internacionais, soluções para infraestrutura escolar adaptada, e políticas públicas orientadas à proteção de comunidades escolares em contextos de risco climático.
Além das apresentações técnicas, os participantes discutiram propostas que integram a Declaração de Porto Alegre para Escolas Resilientes, um compromisso coletivo para integrar a educação à agenda climática. A referida Declaração propõe diretrizes para tornar as escolas mais seguras, preparadas e protagonistas na construção de comunidades resilientes.
Segundo a Seduc, o seminário representa um marco no redesenho das políticas públicas educacionais do Estado: “Estamos reconstruindo não só escolas, mas um novo projeto de educação que responde ao nosso tempo, um tempo de crise climática e reconstrução coletiva”, afirmou a secretária Raquel Teixeira.

A professora do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade (PPGSAS) e do curso de Agronomia da Unijuí, Leonir Terezinha Uhde, participou, entre os dias 24 e 27 de junho, do XXIV Congreso Latino‑Americano de la Ciência del Suelo (XXIV CLACS), intitulado “Unidos por la Salud del Suelo”, realizado em Santa Cruz de La Sierra, Bolívia, na Universidade Evangélica Boliviana (UEB).
O congresso teve como objetivo fortalecer e divulgar avanços científicos e tecnológicos voltados à saúde do solo e manejo sustentável na América Latina e abordar os desafios regionais da degradação do solo, incluindo mudanças climáticas, insegurança alimentar e perda de biodiversidade, em cenário preocupante da degradação em quase 14% das terras latino‑americanas.
Durante o congresso, foram abordados temas como fertilidade do solo e nutrição de plantas; biologia e biodiversidade do solo; inovações em saúde do solo; contaminação, remediação e recuperação de solos degradados; educação e percepção pública do solo; manejo e conservação de solos; solos e mudanças climáticas; corretivos e fertilizantes; física dos solos, laboratórios de solos e pedometria, gênese e levantamento de solos.
A professora Leonir esteve presente em conferências com renomados especialistas internacionais, como a ex-presidente do grupo de solos da FAO, Rosa Poch (Espanha), sobre “Estado mundial del recurso suelo”, e com Ronald Vargas (Bolívia), sobre“Inovações em saúde do solo: estado e futuro”. As conferências também contaram com apresentações científicas de 73 trabalhos, organizados segundo as temáticas: morfogênese, biologia, química, fertilidade, entre outras.
O congresso foi organizado pela Sociedade Boliviana de Ciência do Solo (SBCS) e Sociedade Latino‑Americana de Ciência do Solo (SLCS) em parceria com o Centro de Investigación Agrícola Tropical (Ciat), Universidade Autónoma Gabriel René Moreno (UAGRM) e a UEB, com suporte da União Internacional de Ciência do Solo (IUSS).
O XXIV CLACS, de acordo com a professora, representa um marco histórico, sendo um canal de cooperação latino‑americana para enfrentar de modo integrado os desafios da sustentabilidade dos solos, promovendo investigação, educação, inovação tecnológica e diálogo político. O encontro une diversas vozes — científicas, técnicas, culturais — na luta por solos saudáveis e sistemas alimentares resilientes na região.
Além do Congresso, a professora Leonir também acompanhou o IX Simpósio de Inovações Educativas no Ensino de Ciência do Solo voltado para crianças e o Dia de Campo, incluindo excursão técnica a “calicatas” (estudo de perfis de solo) e estações agrícolas do CIAT, no município de Saavedra.
O dia de campo teve como propósitos a visita às áreas experimentais e produtivas no CIAT; conhecer tecnologias e práticas voltadas à conservação do solo e da água; discutir estratégias de manejo da fertilidade, uso de bioinsumos e agricultura regenerativa; promover o intercâmbio técnico-científico entre pesquisadores, estudantes e profissionais da América Latina.

Os professores do curso de Agronomia e do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade (PPGSAS), Roberto Carbonera e Osório Antônio Lucchese, participaram do III Seminário Regional e I Seminário Municipal de Liberato Salzano sobre Homeopatia. O evento ocorreu no dia 10 de abril e foi organizado pela Emater de Frederico Westphalen, que representa 28 municípios na região, e a Prefeitura Municipal de Liberato Salzano.
O professor Roberto Carbonera tratou da inclusão da Regional da Emater de Frederico Westphalen ao “Programa em Rede de Pesquisa-Desenvolvimento em Sistemas de Produção com Atividade Leiteira na região Noroeste do Rio Grande do Sul” e “Rede Leite”, juntamente com as regionais de Santa Rosa e Santa Maria, além da regional de Ijuí, berço e base de atuação de programa há quinze anos. Destacou, também, a importância do programa como parceiro e suporte ao projeto aprovado junto à Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
Já o professor Osório Lucchese, ressaltou a importância da aprovação do projeto “Estratégias tecnológicas para construção da transição agroecológica em sistemas agroalimentares da agricultura familiar no Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul” junto à Finep em um edital nacional no qual concorreram 200 projetos. O projeto está em fase de contratação com recursos próximos a R$ 5 milhões a ser executado em três anos.
No evento, foi dada a notícia do recebimento do comunicado da direção da Finep sobre as orientações para a contratação do projeto. Conforme o professor, nele está contemplada a instalação de uma Biofábrica em Liberato Salzano em parceria com a Cooperativa Mista dos Agricultores Familiares de Liberato Salzano (CoopSalzano), entre outras diversas ações de desenvolvimento sustentável.
O III Seminário Regional e I Seminário Municipal de Liberato Salzano integrou o Dia Mundial de Homeopatia. Contou com palestrantes especialistas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, assim como de relato de experiências de ações desenvolvidas em homeopatia. A atividade ocorreu no Salão Paroquial de Liberato Salzano, com mais de 400 participantes.
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