
O estudante Mauro Cipriano é o primeiro indígena a se tornar mestre pelo Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Direito, no curso de Mestrado em Direitos Humanos da Unijuí.
Orientado pela professora doutora Elenise Felzke Schonardie, Mauro, que é Kaingang, defendeu na última terça-feira, 17 de maio, a dissertação “Língua-mãe (Mynh): a língua Kaingang como instrumento para valorização e revitalização da cultura do povo indígena Kaingang de São Valério do Sul - RS”, obtendo conceito A da banca avaliadora.
A dissertação versou sobre a temática da educação indígena Kaingang sob o olhar dos direitos humanos, com ênfase na valorização da educação na língua materna Kaingang no Instituto de Educação Indígena Ângelo Manhká Miguel, de São Valério do Sul, no Rio Grande do Sul. O objetivo da pesquisa foi demonstrar a importância singular da língua materna na escola indígena, como instrumento para o fortalecimento da língua-mãe e da cultura Kaingang, de modo a garantir sua valorização e revitalização.
Suas conclusões demonstraram a relevância ímpar da existência e do trabalho realizado pelo Instituto de Educação Indígena em língua Kaingang em nível de formação de professores bilíngues, visto que isso é fundamental para a manutenção da cultura e revitalização da língua materna entre os Kaingang do Sul do Brasil, tendo como base os direitos humanos, a fim de visibilizar a demanda indígena e a promoção da língua-mãe entre os Kaingang.
A banca examinadora foi composta pelos professores doutores Fabiana Raquel Lopes Sparemberger (FURG), Bruno Ferreira (IEEIAMM, primeiro indígena a concluir o Doutorado em Educação pela UFRGS 2020) e Ivo dos Santos Canabarro (Unijuí).
