O acadêmico Diones Silveira Biagini qualificou sua tese de doutorado no dia 16 de julho, junto ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Desenvolvimento Regional da Unijuí. O projeto intitulado “Coleta seletiva como movimento alternativo de desenvolvimento” foi apresentado de forma online. A banca foi integrada pelos professores doutores da Unijuí, Sandra Beatriz Vicenci Fernandes e Sérgio Luís Allebrandt, e pela professora doutora Maria Aparecida Santana Camargo, da Unicruz.
O doutorando conta que o tema está presente em sua vida desde 2013, quando estudava a temática da economia solidária no projeto Profissão Catador, em Cruz Alta, para o seu mestrado. “Por causa disso, fui coordenador do Meio Ambiente, em 2017, e criamos a coleta seletiva nos bairros, que é fomentada pelos catadores. Após sua criação, resolvi avaliar essa política pública na tese”, comenta.
Segundo Diones, o objetivo geral foi identificar o que limita e o que impulsiona a participação social na coleta seletiva em Cruz Alta. “A relação que as sociedades têm com os resíduos passa pela questão cultural. Por exemplo, as pessoas compram e querem descartar os resíduos o mais rápido possível, pois parte da sociedade ainda trata o reciclável como lixo.”
Além disso, a separação desses materiais gera renda para os catadores de materiais recicláveis, traz benefícios para o meio ambiente e ainda reduz custos para os municípios. “Apesar das vantagens, essa relação do sistema com o consumo interfere nesse processo espontaneamente. Enfim, são reflexões que estão surgindo e, por isso, a partir da qualificação no programa de doutorado, irei a campo pesquisar ainda mais”, explica o doutorando.
Para Diones, o Programa de Doutorado em Desenvolvimento Regional consegue trazer discussões e reflexões globais e locais. “No doutorado, consegui visualizar possibilidades mais abrangentes no contexto regional. Além disso, o curso tem na sua coordenação e na minha orientação, por exemplo, professores que vão além da teoria acadêmica”, afirma.
A Pós-Graduação Stricto Sensu em Desenvolvimento Regional na Unijuí tem por objetivo a formação e o aprimoramento de docentes e outros profissionais para o exercício de atividades de pesquisa, extensão, ensino, assessoria e consultoria, qualificados para atuação na área das ciências sociais aplicadas, em organizações públicas, privadas e da sociedade civil.
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Gabriel R. Jaskulski, acadêmico de Jornalismo
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O Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Desenvolvimento Regional da Unijuí promoveu nesta segunda-feira, dia 26 de julho, o webinar “Trilha metodológica no processo de articulação com vistas ao planejamento e gestão territorial”. O evento aconteceu em parceria com os Programas de Pós-Graduação em Desenvolvimento Territorial Sustentável (UFPR Litoral) e em Desenvolvimento e Políticas Públicas (UFFS); e também com a Rede Iberoamericana de Estudos sobre Desenvolvimento Territorial e Governança (Redeteg) e Rede Brasileira de Pesquisa e Gestão em Desenvolvimento Territorial (Rete).
Conforme explicou o professor doutor Pedro Luís Büttenbender, um dos organizadores e mediador do evento, o objetivo do painel foi refletir sobre as habilidades e a orientação metodológica a ser seguida pelos atores que atuam no processo de articulação, com vistas ao planejamento e à gestão territorial. O evento integra a programação articulada a partir de um projeto de pesquisa interinstitucional, iniciado no final do segundo semestre de 2020, que está em fase de execução e se estenderá até 2023. “Contamos com a participação de mais de 30 pesquisadores oriundos do Brasil, Portugal, Espanha, Colômbia e Argentina, de 18 universidades”, reforçou o professor.
O projeto citado, “O patrimônio territorial como referência no processo de desenvolvimento de territórios ou regiões”, tem o objetivo de elaborar estudos, de propor e validar um instrumental metodológico que contribua com o processo de diagnóstico, estudo, entendimento e de proposição do desenvolvimento territorial. Parte dos fundamentos trabalhados já foi publicada num artigo na Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional. Uma segunda parte está em processo de publicação na Revista Guaju, da Universidade Federal do Paraná.
Para contribuir com as discussões, foi convidado a palestrar no webinar Pablo Costamagna, que é doutor em Estudos de Desenvolvimento, docente e investigador, ligado à Faculdade Regional Rafaela, na Argentina. Em sua fala, enfatizou a importância da pesquisa, da ciência e o papel da universidade como agente impulsionador do desenvolvimento regional. Ao reconhecer o processo construtivista, pedagógico e coletivo, no contexto da complexidade, apontou para a responsabilidade das universidades, dos programas de pós-graduação e dos pesquisadores para a sua interação e aportes através da pesquisa-ação. Os muros das universidades devem se transformar em pontes para que sociedade possa se capacitar e se apropriar dos resultados da pesquisa, e através dela promover o desenvolvimento territorial e a sustentabilidade.
Participaram como debatedores os professores doutores Valdir Roque Dallabrida, Luciana Rodrigues Fagnoni Costa Travassos e Airton Adelar Mueller.
Valdir Roque Dallabrida, da Universidade Federal do Paraná, que também é coordenador da Redeteg e do projeto de pesquisa “O patrimônio territorial como referência no processo de desenvolvimento de territórios ou regiões (ProPAT)”, enfatizou que este é um dos aportes estratégicos a serem gerados através do projeto de pesquisa e destacou que vivemos na América Latina contextos de autoritarismo e de rompimento à abertura e participação da sociedade e, portanto, críticos às práticas democráticas, participativas e de fomento coletivo ao desenvolvimento territorial.
A professora Luciana Travassos, da Universidade Federal do ABC/SP, também representando a rede RETE, observou que o processo de capacitação leva a formação e o empoderamento dos sujeitos no caminho virtuoso do desenvolvimento territorial, com abordagens endógenas e exógenas. Enfatizou o papel e qual o papel do Estado como formulador de políticas públicas, apoiando estruturas de governança participativa ao desenvolvimento e que isto requer a formação de novos agentes articuladores no território, abarcando o estado, as universidades e os demais agentes no território.
O professor Airton Adelar Mueller, representando o Mestrado e Doutorado em Desenvolvimento Regional da Unijuí, enfatizou as conexões entre a dimensão humana e o enfoque pedagógico, a construção das capacidades e os desafios da decolonialidade na pesquisa, o descentramento da produção acadêmica e intelectual, e que novas referências vêm sendo construídas a partir de iniciativas latino-americanas.
Segundo o professor Büttenbender, o evento foi promovido no contexto da pandemia, integrado às estratégias de internacionalização da universidade e maior articulação externa do Programa de Mestrado e Doutorado em Desenvolvimento Regional. Destacou também que, a partir de redes de pesquisa, de projetos de pesquisa interinstitucionais, busca-se gerar orientações metodológicas para a pesquisa e as ações para o desenvolvimento territorial na perspectiva da sustentabilidade, dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da cooperação e geração de esperança de um futuro melhor.
Novos eventos serão realizados abordando temas estratégicos para a abordagem da governança e do desenvolvimento territorial.
O webinar na íntegra pode ser acessada neste link.

A mestranda em Desenvolvimento Regional pela Unijuí, Luana Borchardt, apresentou o tema “Transparência, accountability e controle social na gestão pública: análise dos processos de planejamento e execução orçamentária em cidades médias da Região Funcional 7 do Rio Grande do Sul” em sua dissertação. A banca ocorreu dia 2 de julho, de forma online, e foi integrada pelos professores doutores Sérgio Luís Allebrandt, Nelson José Thesing e Marcos Paulo Dhein Griebeler.
A dissertação da estudante procurou compreender e analisar as repercussões das alterações orçamentárias praticadas por meio de decretos executivos, expedidos pelo gestor público, que alteram o orçamento público aprovado em lei, sem, no entanto, requerer que haja uma nova análise legislativa que a autorize. A pesquisa ocorreu em três cidades médias - Ijuí, Santo Ângelo e Santa Rosa, que integram a Região Funcional 7 de Planejamento do Rio Grande do Sul – RF7.
A legislação que autoriza o gestor público a praticar a alteração do orçamento, somada às disposições da Lei de Responsabilidade Fiscal e à Lei de Acesso à Informação, ainda apresentam interpretações simplificadas ou pouco exploradas. Assim, o mínimo de informações legais da transparência pública são disponibilizadas. “Quanto mais claras e simplificadas forem as informações sobre o gasto público, maior será o interesse do cidadão, permitindo que atue de modo qualificado como fiscalizador e como agente de transformação da sociedade”, explicou Luana.
Graduada em Direito pela Unijuí e especialista em Direito Privado, Luana conta que há alguns anos presta assessoria em questões relacionadas ao direito público e que as experiências nas gestões municipais trouxeram a oportunidade de cursar o Mestrado em Desenvolvimento Regional. “Foi necessário buscar essa qualificação acadêmica tendo em vista que a gestão pública orçamentária me desperta interesse, em razão de estar continuamente em mutação, assim revelando características da gestão administrativa, no sentido de se entender a linha de política de governo aplicada.”
A Pós-Graduação Stricto Sensu em Desenvolvimento Regional na Unijuí tem por objetivo a geração de conhecimento e produção científica a partir da pesquisa, tendo a interdisciplinaridade como referência metodológica e como temática os diversos aspectos que envolvem planejamento, gestão e inovação, na perspectiva da sustentabilidade do desenvolvimento regional.
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Gabriel R. Jaskulski, acadêmico de Jornalismo

Na próxima segunda-feira, dia 26 de julho, às 16h, o Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Desenvolvimento Regional da Unijuí realiza o webinar “Trilha metodológica no processo de articulação com vistas ao planejamento e gestão territorial”.
O evento, que será transmitido pelo canal da Unijuí no Youtube, contará com Pablo Costamagna como palestrante. Ele é doutor em Estudos de Desenvolvimento, docente e investigador, ligado à Faculdade Regional Rafaela, na Argentina.
Participam como debatedores os professores doutores Valdir Roque Dallabrida, Luciana Rodrigues Fagnoni Costa Travassos e Airton Adelar Mueller. A mediação ficará a cargo do professor doutor Pedro Luís Büttenbender.
O evento acontece em parceria com os Programas de Pós-Graduação em Desenvolvimento Territorial Sustentável (UFPR Litoral) e em Desenvolvimento e Políticas Públicas (UFFS); e também com a Rede Iberoamericana de Estudos sobre Desenvolvimento Territorial e Governança (Redeteg) e Rede Brasileira de Pesquisa e Gestão em Desenvolvimento Territorial (Rete).

Na última sexta-feira, dia 16 de julho, foi realizado o 4º Seminário Internacional de Cooperativismo em Encarnación, no Paraguai, através da promoção conjunta entre a Universidad Autônoma de Encarnación (UNAE) e Unijuí. Neste ano, o evento aconteceu a partir do tema “Reconstruir e inovar juntos para a sustentabilidade”, orientado pela Organização das Nações Unidas (ONU), através dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), e pela Aliança Cooperativa Internacional (ACI), que definiu o tema “Reconstruir Melhor Juntos” para celebrar o Dia Internacional do Cooperativismo e o papel das cooperativas no combate ao novo coronavírus.
O seminário, marcado pelo Painel Internacional, contou com a participação do professor do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Desenvolvimento Regional da Unijuí, doutor Pedro Luís Büttenbender, que também é professor convidado da UNAE e membro da Rede de Investigadores Latino-americanos em Cooperativismo (Rilac).
Do Paraguai, participou Silvia Marimoto, que é residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD/ONU; da Colômbia, Juan Fernando Álvarez Rodríguez, professor e diretor da Pontificia Universidad Javeriana e membro da Rilac; e da Argentina, Eduardo H. Fontenla, ex-membro da direção do Instituto Antonio Ernesto de Salvo (Inaes) e membro do Colegiado de Graduados em Cooperativismo e Mutualismo. Participou, também, Matías Denis, do Centro de Investigación y Documentación de la Universidad Autónoma de Encarnación (Cidunae), que atuou como moderador do painel.
O evento também contou com as palavras da reitora da UNAE, doutora Nadia Czeraniuk, do presidente do Instituto Nacional de Cooperativismo (Incoop), Pedro Loblein, e da decana da Facultad de Ciencias Empresariales, doutora Laura Arévalos.
O professor da Unijuí e um dos líderes do Seminário, Pedro Luís Büttenbender, destaca que a integração transfronteiriça e latino-americana vem sendo ampliada e fortalecida, e tem no cooperativismo e na sustentabilidade temas prioritários também no Programa de Mestrado e Doutorado em Desenvolvimento Regional da Unijuí. Reforça, ainda, que o cooperativismo vem sendo uma importante estratégia e mecanismo para o processo de reconstrução e de superação das crises decorrentes da pandemia, e a Unijuí é uma referência neste protagonismo.
Confira o Seminário na íntegra:
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A mestranda Maria Alice Costa Beber Goi apresentou, no dia 29 de junho, sua dissertação no Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Desenvolvimento Regional da Unijuí. O tema escolhido, “A sustentabilidade do meio rural à luz da legislação: o caso do município de Boa Vista do Cadeado/RS”, foi apresentado de forma online. A banca examinadora foi integrada pelos professores doutores Argemiro Luís Brum, Nelson José Thesing e Vilmar Antônio Boff.
Maria Alice iniciou o curso de Mestrado em março de 2019, motivada, ainda na graduação em Direito, a dar sequência aos estudos. “Decidi participar visando o aperfeiçoamento profissional e a oportunidade de expandir os horizontes do conhecimento”, comenta.
O tema escolhido tem relação com a origem da mestranda, que é descendente de italianos. “Escolhi esse tema pois minha família é toda ligada ao agronegócio e senti a necessidade de verificar como é a realidade da preservação ambiental nas propriedades”, explica.
A mestranda concluiu, em sua pesquisa, que os agricultores, em sua grande maioria, seguem a legislação ambiental vigente no Estado. “Apesar de cumprirem com sua parte, não há incentivo governamental que dê forças e estímulo para que sigam buscando cada vez mais a preservação ambiental em suas propriedades", completou.
Maria Alice acrescenta o quão importante foi a Unijuí para a sua vida acadêmica. “Avalio minha formação na Unijuí como muito boa, especialmente pelo fato de que a maioria das disciplinas que cursei foi ofertada de forma presencial”, afirma, destacando que não pretende, ainda, ingressar no doutorado. “Quem sabe daqui a alguns anos.”
O Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Desenvolvimento Regional tem por objetivo a geração de conhecimento e produção científica a partir da pesquisa, tendo a interdisciplinaridade como referência metodológica e como temática os diversos aspectos que envolvem planejamento, gestão e inovação, na perspectiva da sustentabilidade do desenvolvimento regional.
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Gabriel R. Jaskulski, estagiário de Jornalismo
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O Conselho Regional de Desenvolvimento do Noroeste Colonial (Corede Norc), com apoio da Associação dos Municípios do Planalto Médio (Amuplam), realizou na última quinta-feira, dia 8 de julho, um seminário sobre o Plano Plurianual (PPA) - um instrumento de planejamento, com duração de quatro anos, com revisões anuais, previsto no Artigo 165 da Constituição Federal. Para o presidente do Corede, professor Nelson José Thesing, esse processo de planejamento estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas da Administração Pública, em programas estruturados em ações, que resultam em bens e serviços para a comunidade.
Segundo o professor Sérgio Luís Allebrandt, coordenador do Programa de Mestrado e Doutorado em Desenvolvimento Regional da Unijuí, que coordenou o seminário, o PPA é elaborado sempre no primeiro ano de mandato dos novos prefeitos, entra em funcionamento no início do segundo ano do mandato e termina no fim do primeiro ano de seu sucessor. Significa a busca da continuidade do processo de planejamento, que necessita contar com a presença da comunidade em sua elaboração. Ainda, conforme o professor, o PPA é fundamental no processo de efetivação das políticas públicas, oportunizando a indicação de caminhos para o desenvolvimento local e regional, apresentando detalhadamente os atributos, metas físicas e financeiras, e serviços públicos a serem entregues à sociedade.
O PPA aponta as etapas de elaboração, execução, monitoramento, avaliação e revisão das peças básicas do processo administrativo, elaborado quadrienalmente, mas avaliado, revisto e monitorado anualmente, proporcionando a flexibilidade necessária ao enfrentamento de novos problemas e demandas da sociedade. Por vezes, transforma-se em um trabalho bastante burocrático, conforme destacou o vice-presidente do Corede, prefeito de Panambi, Daniel Hinnah.
O seminário contou com a presença de prefeitos, vice-prefeitos, secretários e representantes dos Conselhos Municipais de Desenvolvimento (Comudes e Codemi) dos 11 municípios que integram o Corede Noroeste Colonial: Ajuricaba, Augusto Pestana, Bozano, Catuípe, Condor, Coronel Barros, Ijuí, Jóia, Nova Ramada, Panambi e Pejuçara.
Os participantes de cada município indicaram diretrizes e propostas de projetos e ações que possuem potencial para organizar Projetos Regionais. Inicialmente, foram apontadas as necessidades em infraestrutura dos modais de transporte, uma vez que determinam o tempo de entrega e os custos de logística. Nesta direção, foi indicado o acesso asfáltico para o município de Nova Ramada, único município da região que ainda não possui acesso por asfalto. Também foi mencionada como prioridade a ampliação e melhoria da malha asfáltica nas principais rodovias da região, bem como da infraestrutura urbana, tanto nos bairros, como nos distritos (interior e industrial).
Ainda com relação à mobilidade e modais de transporte, foi enfatizada a necessidade de utilizar o potencial do aeroporto de Ijuí para atender demandas particulares do setor empresarial, de saúde e educação que necessitam de seus serviços, mas retomando também a possibilidade de linhas com voos comerciais regulares. No que se refere às matrizes produtivas, a cadeia do leite foi apontada como prioritária para todos os municípios da região. No mesmo sentido, foi apontada a necessidade de potencializar o processo da agroindustrialização, com potencial para viabilizar o setor de turismo rural. Além disso, outros temas importantes foram destacados e debatidos: existência de espaço para um frigorífico na região; eventos tecnológicos para qualificar as matrizes produtivas; manutenção e criação/atração de empreendimentos no setor industrial, gerador de novas oportunidades para o comércio e serviços; e importância de todos os municípios priorizarem atenção em ações para as micro e pequenas empresas. No setor Serviços, apontaram-se o fortalecimento da estrutura de saúde na região - hospitais, unidades de pronto atendimento, saúde comunitária e preventiva, e da rede educacional em todos os níveis; no aspecto cultural e turístico também foi enfatizado o movimento das Etnias; e ainda a transversalidade do empreendedorismo nas atividades públicas e comunitárias, visando a geração de trabalho e renda.
Destacou-se que dos temas apontados, vários podem estar presentes nos PPAs de todos os municípios, enquanto outros dependem de recursos e tomada de decisões das esferas estadual e federal. Neste sentido, a organização e o entendimento regional em torno de um conjunto de projetos prioritários fortalecem a ação junto aos governos estadual e federal, por ocasião, a elaboração dos PPAs daquelas esferas.
Por fim, o seminário apontou a necessidade de retomada do planejamento regional, que aponte caminhos para o desenvolvimento, contemplando a presença de todos os atores organizados, seja nas associações comerciais e industriais, administrações municipais, câmaras de vereadores, sindicatos, cooperativas, instituições de ensino, órgãos públicos e entidades do Terceiro Setor e da sociedade civil presentes na região.
A articulação do processo conta com os trabalhos do Conselho Regional de Desenvolvimento e suas Comissões Setoriais (Educação; Saúde; Assistência Social e Inclusão Social; Agricultura; Segurança; Indústria, Comércio e Serviços; Infraestrutura e Gestão Pública), bem como os Conselhos Municipais, nas diversas dimensões.
A nível de administração municipal, se apresenta o trabalho histórico da Amuplam, que além das reuniões regulares dos prefeitos, organiza encontros de várias secretarias municipais com reuniões sistemáticas. Ainda, foi destacada a importância da organização e presença dos vereadores.
Por fim, os presentes reforçaram a necessidade de integração dos diferentes espaços públicos para viabilizar a construção de consensos sobre prioridades regionais, cuja implementação contribua para o desenvolvimento sustentável e o bem-estar da população de todos os municípios que integram a região Noroeste Colonial.

O desenvolvimento regional é muito mais do que o crescimento econômico. Ele nasce na vertente dos municípios e se consolida no ambiente regional a partir de sua dinâmica na cadeia produtiva. Em razão deste contexto, a doutoranda Roseli Fistarol Krüger desenvolveu, junto ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Desenvolvimento Regional da Unijuí, a tese intitulada “As políticas municipais para indústrias e as repercussões no processo de desenvolvimento regional”, sob orientação do professor doutor Sérgio Luís Allebrandt.
A partir da pesquisa foram entrevistados representantes do poder público, que formula as leis, e empresários, que as demandam, e apresentadas as repercussões das políticas industriais praticadas pelos municípios, sendo elas limitadas, reativas ou inovadoras. Para Roseli, o diferencial de sua pesquisa está no olhar para o regional/local. “Muitos estudos destacam as políticas nacionais de incentivo à indústria, mas não havia trabalhos, teses, no contexto regional/local. É desafiador e empolgante ao mesmo tempo”, destacou.
A tese apresenta os dois lados, do poder público e dos empresários, por serem elementos para o desenvolvimento de nova postura do poder público - que deve tornar-se muito mais ativo e menos reativo, a partir da formulação de políticas mais eficientes, em atuação conjunta com associações de empresários, segundo Roseli.
De acordo com a doutoranda, a escolha por realizar o doutorado na Unijuí aconteceu após realizar uma pesquisa no mercado. “A Unijuí é uma Universidade reconhecida no meio acadêmico e empresarial, não só na região, mas em todo o Sul do País, e por isso a escolha. Já a temática para minha tese partiu de uma identificação com o assunto que foi abordado. A tese apresenta as repercussões das políticas industriais praticadas pelos municípios, sendo elas limitadas, reativas ou inovadoras”, explicou.
Roseli defendeu a sua tese de doutorado neste mês, na área de concentração Planejamento e Gestão e na linha de pesquisa “Políticas públicas, planejamento urbano e gestão do território”. A banca foi composta pelos professores doutores Sérgio Luís Allebrandt (presidente/orientador, PPGDR/Unijuí), Nelson José Thesing (avaliador interno, PPGDR/Unijuí), Pedro Luís Büttenbender (avaliador interno, PPGDR/Unijuí), Antonio Paulo Cargnin (avaliador externo, POSGEA/Ufrgs) e Lucir Reinaldo Alves (avaliador externo, PPGDRA/Unioeste).
Por Evelin Ramos, bolsista de Popularização da Ciência da Unijuí

O Grupo Interdisciplinar de Estudos em Gestão e Políticas Públicas, Desenvolvimento, Comunicação e Cidadania (GPDeC), vinculado ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu - Mestrado e Doutorado - em Desenvolvimento Regional (PPGDR) da Unijuí, está realizando uma pesquisa denominada “Gestão Social e Cidadania: o controle social do desenvolvimento regional no Rio Grande do Sul - 2018/2023”, que tem por objetivo mapear ações de controle social à luz da gestão social no Estado.
Em 2020, no âmbito deste projeto guarda-chuva, foram elaborados dois subprojetos com o objetivo de analisar aspectos inerentes ao controle social durante a pandemia de covid-19. O primeiro foi “Cidadania e controle social no território do Corede Noroeste Colonial durante a pandemia da covid-19: desafios e oportunidades”; e o segundo “Cidadania e controle social de territórios em tempos de pandemia nos municípios do Corede Noroeste Colonial: interfaces entre a sociedade civil e as administrações municipais”. O objetivo é analisar o processo de gestão do distanciamento social e as dinâmicas de gestão social e controle social durante a pandemia no âmbito de municípios do Corede Noroeste Colonial.
Os projetos vão ao encontro do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 16 - Paz, Justiça e Instituições Eficazes, que trata da cooperação nacional e internacional, transparência e conformidade institucional, governança e responsabilização institucional, governança global, transparência e segurança da informação, além dos desafios futuros para promover uma sociedade pacífica e inclusiva pelo acesso à justiça e instituição responsável.
Para fazer esta análise, os participantes do projeto estão aplicando um questionário para os 11 municípios do Corede Noroeste Colonial, com vistas a subsidiar os estudos que estão sendo realizados. O instrumento tem o objetivo de mapear a visão dos dirigentes e membros dos Comitês da Covid-19 sobre a sua atuação para o enfrentamento do coronavírus. Já foram realizadas sete entrevistas, na modalidade online, com os representantes dos comitês dos municípios de Augusto Pestana, Condor, Doutor Bozano, Jóia, Nova Ramada, Panambi e Pejuçara.
Estes subprojetos estão sendo conduzidos por bolsistas de Iniciação Científica com a orientação de doutorandos e mestrandos do PPGDR, sob a coordenação geral do professor e coordenador do programa, Sérgio Luís Allebrandt.
Os dados coletados nesta pesquisa serão analisados e, em conjunto com outros dados obtidos em diversas fontes, serão utilizados em relatórios de bolsistas, dissertações e/ou teses, podendo ser publicados na forma de artigos em eventos e/ou periódicos científicos ou em capítulos de livros, sendo que os resultados parciais já estão sendo utilizados para a elaboração de trabalhos científicos que serão submetidos à publicação no Salão do Conhecimento, que ocorrerá na modalidade virtual entre os dias 26 a 29 de outubro.

A Unijuí, por meio do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Desenvolvimento Regional, foi parceria na realização de quatro painéis, que antecedem o 12º Encontro de Investigadores Latino-americanos em Cooperativismo – Eilac, previsto para acontecer em 2022 no Brasil. O evento também foi promovido pela Rede de Investigadores Latino-americanos em Cooperativismo (Rilac), Observatório de Cooperativas (OBSCoop/USP), Económicas/UBA e Universidade Federal do Tocantins (UFT).
De acordo com o professor doutor Pedro Luís Büttenbender, coordenador dos painéis pela Unijuí, as discussões tiveram o intuito de gerar um olhar que valorize e reconheça o panorama do cooperativismo na América Latina. Ao todo, nos quatro encontros – que aconteceram de forma online nos dias 12 de abril, 7 e 14 de maio, e 4 de junho -, transitaram com exposições 12 países. Foram cerca de 230 participantes.
“O cooperativismo vem ampliando a sua ênfase e a sua temática, especialmente para fazer frente aos desafios impostos pela pandemia e pelo desenvolvimento. É nesta perspectiva que projetos de pesquisa, de capacitação, educação e de modernização vêm sendo realizados. Neste sentido a Unijuí, por meio dos cursos de Mestrado e Doutorado em Desenvolvimento Regional, vem participando ativamente do movimento latino-americano, que envolve a Rilac, para tratar sobre as diferentes experiências do cooperativismo na América Latina”, explicou o professor, lembrando que todo este trabalho não só prepara para o Eilac, como também contribui para a estruturação de uma abordagem cada vez mais forte do cooperativismo, da gestão cooperativa e das políticas públicas de desenvolvimento no Programa de Pós-Graduação da Unijuí.
“As regiões mais desenvolvidas do interior da América Latina contam com uma presença importante de experiências cooperativas, da mesma forma que no Brasil e na nossa região Sul. O cooperativismo é o modelo de organização que mais bem se adapta aos períodos de crise. Aliás, é um mecanismo para fazer frente à crise”, completou Büttenbender.
Confira os painéis:
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