Destaques do Mestrado e Doutorado - Unijuí

Mestrado e Doutorado

Métodos alternativos para o controle de pulgões pautam dissertação no PPGSAS

Quando ainda cursava o mestrado em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade na Unijuí, Douglas de Jesus focou sua pesquisa na busca de soluções para o controle de afídeos, também conhecidos como pulgões, em cultivares de aveia branca. O mestrando trabalhou com duas formas de eliminar os insetos de forma segura.

Intitulada “Variabilidade genética de cultivares de aveia a não-preferência por afídeos e a presença de inimigos naturais com a proposta de um método alternativo de controle”, a dissertação procurou cultivares de aveia branca (Avena sativa) mais resistentes ao ataque de afídeos. A segunda proposta de pesquisa apresenta um composto à base de urina de vaca como repelente natural para o controle desses insetos, visando a redução da necessidade de controle por inseticidas.

Segundo Douglas, constatou-se que há cultivares de aveia branca com potencial genético de resistência por não-preferência ao ataque de pulgões. “Essas cultivares podem ser selecionadas para o aprimoramento em programas de melhoramento genético, visando o desenvolvimento de novas cultivares ou fortalecimento de cultivares já existentes, ao incorporá-las com esse tipo de resistência”, destaca.

Ele acredita que isso permitiria a redução da necessidade do controle químico contra insetos como esse. “Os pulgões estão entre as principais pragas capazes de gerar danos diretos e indiretos à cultura da aveia. Portanto, a variedade com maior resistência possibilita uma produção final com maior segurança alimentar e ecologicamente equilibrada”, afirma.

No segundo aspecto abordado por Douglas, o qual avaliou a eficácia da urina de vacas em lactação sob diferentes concentrações, como biorepelente contra pulgões, foi observado que em concentrações elevadas do composto é possível, sim, obter um efeito repelente contra esses insetos. “No entanto, ainda são necessários mais estudos sobre ambas as condições, a fim de obter mais evidências sobre a eficácia do composto e validar o mesmo como um método alternativo ao uso de inseticidas para o controle de pulgões”, comenta.

Após completar o mestrado, Douglas afirma que dará sequência aos estudos em áreas correlatas ao Programa. “Concluída essa etapa, planejo manter a busca constante por qualificação nas áreas das ciências biológicas, ambientais e morfológicas”, finaliza. 

 Gabriel R. Jaskulski, acadêmico de Jornalismo da Unijuí


Mestrado em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade promove Aula Magna sobre mudanças climáticas

Aconteceu na última sexta-feira, dia 12 de agosto, a Aula Magna do Programa de Pós-Graduação em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade da Unijuí (PPGSAS), com o tema “Mudança climática no cenário atual”. O evento ocorreu de forma online, com transmissão ao vivo pelo canal da Universidade no YouTube.

O convidado para falar sobre o assunto foi o cientista ambiental e meteorologista, Carlos Afonso Nobre. Ele é coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas e pesquisador sênior do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo. O mediador da palestra foi o doutor em Agronomia e professor do PPGSAS, Roberto Carbonera.

O palestrante apontou algumas das principais evidências que indicam a emergência climática, como o recuo das geleiras, elevação do nível do mar, aumento da temperatura global e acidificação dos oceanos. “As mudanças climáticas são um desafio para todos nós, para a humanidade e para a própria sobrevivência do planeta”, afirmou.

Ele ressaltou, ainda, que principalmente nas últimas décadas, o clima do planeta foi muito alterado pela ação humana. “Com a injeção de gases de efeito estufa que retém o calor próximo da superfície, nós modificamos muito os ciclos naturais, até mesmo os ciclos geológicos. Se um humano for analisar os sedimentos no fundo dos oceanos daqui a mil, dois mil anos, vai ver essa marca clara da ação humana, vai ver plástico e outras coisas que não existem na natureza”, relatou o pesquisador.

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável também estiveram presentes na fala do professor Carlos Nobre. Ele destacou seis grandes transformações que podem contribuir para o alcance dos ODS, relacionadas à capacitação humana e demografia; consumo e produção; descarbonização e energia; alimentação, biosfera e água; cidades inteligentes; e revolução digital. “Para atingirmos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, para prosperidade com inclusão social, paz social e sustentabilidade planetária, humana e de todos os ecossistemas, mantendo a biodiversidade, nós temos que atacar todas as áreas, não só a questão do clima”, evidenciou.


Dissertação do Mestrado em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade aponta educação como caminho para proteção dos bens comuns

A América Latina possui importante concentração de reservas de água, florestas e biodiversidade. Essa riqueza, contudo, está sob risco de destruição em prol do desenvolvimento econômico. Com o objetivo de contribuir no debate da proteção ambiental e da gestão dos bens coletivos dessa Região, a mestre em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade pela Unijuí, Marjorie Reis Muller, desenvolveu sua Dissertação. O trabalho, intitulado “Decolonialidade, Política e Ecologia: Perspectivas de Gestão Unificada dos Commons na América Latina”, foi orientado pela professora Sandra Vicenci. 

Marjorie é graduada em Administração, também pela Unijuí, e explica que o tema foi construído a partir de uma aula do PPGSAS com o professor Fernando Estenssoro, da Universidade de Santiago do Chile. “Ele fez uma explanação sobre seu livro ‘A Geopolítica Ambiental Global do Século 21: Os Desafios para a América Latina’. Inicialmente eu tinha interesse em analisar especificamente os esforços dos países do Mercosul para a proteção ambiental, mas, à medida que aprofundei a pesquisa, delimitei melhor o tema”, relata.

A defesa da Dissertação ocorreu em 24 de junho de 2021 e o trabalho foi realizado por meio de revisão da bibliografia existente sobre a temática. Entre os principais resultados obtidos em sua pesquisa, está que a educação é o caminho para a proteção dos bens comuns. “Para que as lacunas existentes possam ser preenchidas, é necessário o desenvolvimento de uma consciência coletiva de pertencimento planetário e somente a educação poderá criar uma consciência coletiva com força suficiente para mudanças políticas efetivas”, ressalta Marjorie.

Ela destaca ainda que, por meio do Mestrado, se descobriu cientista social, e pretende seguir na área da pesquisa, dando continuidade à carreira acadêmica. “O Mestrado foi um divisor de águas na minha vida, transformou minha visão de mundo, me apontou caminhos para a construção do conhecimento acadêmico e me trouxe consciência individual dos meus valores e desejos. Tenho intenção de cursar o Doutorado e, futuramente, quem sabe mais uma Graduação”, completa Marjorie.


Unijuí e Fockink firmam convênio para desenvolvimento de banco de dados meteorológicos para previsão de cenários

Na tarde desta terça-feira, dia 2 de agosto, ocorreu a assinatura do contrato de cooperação técnica, científica e educacional entre a Fidene/Unijuí e a empresa Fockink, de Panambi. A parceria visa a execução e desenvolvimento do projeto de pesquisa intitulado “Previsão de cenários para manejo da irrigação por dados meteorológicos satelitais e uso da tecnologia de alinhamento contínuo de pivô central para maior eficiência de uso da água”.

Estiveram presentes para assinatura do contrato a presidente da Fidene e reitora da Unijuí, professora Cátia Nehring; o vice-reitor de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão, professor Fernando González; o coordenador do Mestrado em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade, professor José Gonzalez; a coordenadora de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Agência de Inovação Tecnológica da Unijuí (Agit), Fabiana Simon; o presidente da Fockink, George Washington da Silva; o gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa, Edomir Schmidt; e o engenheiro agrônomo da Fockink, formado pela Unijuí, Matheus Meotti.

O coordenador do Mestrado em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade da Unijuí, professor José Gonzalez, destacou que esse projeto é uma oportunidade de mostrar os potenciais da Instituição. “Essa parceria é um sonho antigo. É hora de tentarmos construir juntos possibilidades de inovação, de soluções, envolvendo o programa de Mestrado com as demandas que a empresa tem interesse”, salienta.

De acordo com o presidente da Fockink, George Washington, somente em 2021 a empresa cresceu 38%, sendo que a expansão estimada para 2022 é de 48%. Com sede na cidade de Panambi, a companhia, que completa 75 anos, possui 680 funcionários e três unidades de negócios instaladas no Brasil: em Luís Eduardo Magalhães, na Bahia; em Sorriso, no Mato Grosso; e em Jataí, em Goiás.

Já o gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa, Edomir Schmidt, ressaltou que a parceria vai servir para que o próprio grupo consiga se subsidiar e prestar um serviço com uma garantia ainda maior aos clientes. "Precisamos dar uma garantia para o cliente, para que ele não perca o grão. Para isso, é necessário cada vez mais conhecimento, para que sejamos assertivos na solução que indicamos", finaliza.


Fidene/Unijuí firma parceria com a Indústria de Óleos e Essências Aromáticas para o desenvolvimento de pesquisa

Na manhã desta segunda-feira, 1º de agosto, ocorreu a assinatura do contrato de desenvolvimento de pesquisa e de licenciamento de tecnologia para futura exploração comercial entre a Fundação de Integração, Desenvolvimento e Educação do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Fidene), mantenedora da Unijuí, com a Indústria de Óleos e Essências Aromáticas de Três Passos. O contrato prevê o desenvolvimento do projeto de pesquisa “Uso de óleo essencial de citronela e capim-limão no tratamento de saúde humana, animal e vegetal”.

Participaram do ato de assinatura, junto ao campus Ijuí, a reitora, professora Cátia Maria Nehring; o vice-reitor de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão, professor Fernando Jaime González; a chefe do Eixo Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da Agência de Inovação Tecnológica (Agit), Fabiana Simon; o coordenador do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade, professor José Antonio Gonzalez da Silva, e a pesquisadora do programa, professora Christiane de Fátima Colet; e os representantes da empresa licenciada, Dirceu José Diel e Pedro Diel. 

O projeto de pesquisa se insere no desenvolvimento de atividades de ensino, pesquisa e extensão do campus da Unijuí em Três Passos, especialmente no desenvolvimento e incremento do Pólo Oleoquímico de Três Passos, onde espera-se que os relevantes trabalhos científicos da Universidade na área da “produção, extração e transformação de óleos essenciais” viabilizem a produção primária de plantas (aromáticas, condimentares e medicinais), a inovação, a tecnologia, o empreendedorismo, a incubação de empresas e o desenvolvimento econômico/social nesta área estratégica. 

A conclusão do projeto de pesquisa, com apresentação dos resultados, está prevista para o final do ano de 2024. 


Mestranda avalia qualidade da água e riqueza da vegetação em banhado de Ijuí

Reconhecendo a importância do regime hidrológico, a agora mestre em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade pela Unijuí, Silviane Koch, elaborou sua dissertação sobre a “Qualidade da água e riqueza da vegetação arbórea nativa no entorno de um banhado urbano”. 

A defesa ocorreu no dia 24 de junho, sendo a banca constituída pela professora doutora Vidica Bianchi, que orientou a pesquisa; pelo professor doutor e coordenador do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade, José Antonio Gonzalez da Silva; professor doutor Geraldo Ceni Coelho, da UFFS; e o professor Nelson Lima da Universidade do Minho, de Portugal.

A dissertação de Silviane usa como objeto de estudo a qualidade dos aspectos naturais do banhado localizado no bairro Elizabeth, no perímetro urbano de Ijuí. Um banhado é um ambiente de solo encharcado que, dependendo de sua localização, é encarregado de controlar as enchentes, absorvendo a água dos rios nos períodos de cheia e de amenizar a estiagem, devolvendo aos cursos de água o volume resguardado. 

Entre os resultados obtidos pela acadêmica, está a regeneração natural das espécies arbóreas no entorno do banhado. “Alguns registros fotográficos do início dos anos 2000 indicam a inexistência da vegetação. Os dados do estágio sucessional das espécies comprovam que essa vegetação é uma regeneração natural que está em andamento há pelo menos 20 anos”, explica.

A pesquisa confirmou que há poluição nas águas do banhado, ocasionada pelo uso e ocupação do solo no seu entorno. “Constatou-se que o quadrante três (face sul do banhado) é o mais impactado pela ação antrópica [realizadas pelo homem], porque apresentou três parâmetros com valores superiores ou inferiores aos estabelecidos pela Resolução nº 357/2005 do Conselho Nacional do Meio Ambiente para águas doces de Classe 1”, afirma.

De acordo com Silviane, foram encontrados eletrodomésticos, roupas, calçados e galhos provenientes de poda nas proximidades do banhado. “O conhecimento sobre o estado em que se encontra a conservação do banhado e sobre os prejuízos decorrentes da deposição de resíduos sólidos e despejo de efluentes domésticos é essencial para ser utilizado como um instrumento de conscientização da comunidade e dos gestores municipais”, acredita.

Para ela, a relevância da pesquisa se evidencia ao comprovar que se este ambiente estiver danificado, há possibilidade de agravar outras situações ambientais na região. “É um ecossistema que não pode ser extinto sob pena de os efeitos das estiagens serem muito mais graves. Além de que, toda a biodiversidade do local também sofrerá sérios impactos”, afirma.

Silviane já iniciou um novo desafio após concluir o Mestrado em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade. “Quanto à carreira, continuo sendo professora da rede pública estadual e já estou cursando doutorado em Educação nas Ciências na Unijuí. Estou sempre em busca de qualificação e aperfeiçoamento”, completa.

Gabriel R. Jaskulski, acadêmico de Jornalismo da Unijuí 






Professores trabalham capacitação de lideranças a partir dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Entre os meses de setembro de 2021 e julho de 2022, foi desenvolvido um processo de capacitação de lideranças no município de Boa Vista do Cadeado, a partir do tema “Desenvolvimento e Sustentabilidade: a efetivação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 no município”. A iniciativa parte do Poder Executivo e da Unijuí, por meio do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade (PPGSAS) e do Observatório de Direitos Humanos do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Direito.

Contando com a participação de lideranças municipais, conselheiros, professores, estudantes e membros da comunidade, a qualificação foi desenvolvida em três momentos: o primeiro focou nos estudos e reconhecimento da Agenda 2030 e dos ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, e sua implementação no âmbito municipal. O segundo bloco de estudos foi sobre a realidade local, unindo teoria e prática, onde participaram estudantes e professores do curso de Agronomia, desenvolvendo estudos de diagnóstico e pesquisa de campo; e o terceiro tratou de análises e desafios frente à realidade local, com a possibilidade de contemplar projetos para o município, com recursos orçamentários ou projetos específicos que serão desenvolvidos.

A municipalização da Agenda 2030 corresponde ao processo de localização dos ODS no município, por meio da criação, realização, acompanhamento e difusão de projetos em prol do desenvolvimento sustentável da cidade, percebida como bem comum por agentes públicos, privados e sociedade civil.

Conforme destaca a Organização das Nações Unidas - ONU, os ODS constituem um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade. Estes são os objetivos para os quais as Nações Unidas estão conclamando e contribuindo, a fim de atingir a Agenda 2030 no Brasil.

A Agenda é um plano de ações para as pessoas, para o planeta e para a prosperidade. Ela também busca fortalecer a paz universal com mais autonomia para as pessoas. Todos os países e todas as partes interessadas, atuando em parceria colaborativa, implementarão este plano. Neste sentido, a Unijuí buscou promover os saberes locais e sua responsabilidade e conexão com as mudanças globais pela sustentabilidade. Nesta jornada coletiva, assume-se o propósito de que ninguém seja deixado para trás.

Entre os temas priorizados na qualificação, e respeitando as características do município, deu-se início à Análise Diagnóstico de Sistemas Agrários, uma metodologia que permite identificar limites e potencialidades dos diferentes sistemas de cultivo e criação e, a partir disso, possibilita apresentar proposições de melhorias para os diferentes tipos de sistemas de produção encontrados, de acordo com a expectativa dos agricultores, bem como propor linhas estratégicas de desenvolvimento para a agricultura municipal.

Outros eixos estarão presentes no seguimento da construção da agenda, envolvendo aspectos do urbanismo, do saneamento básico, da agroindústria e do comércio local, sempre buscando assegurar prosperidade para as pessoas que vivem no município, com qualidade de vida para presentes e futuras gerações.

A iniciativa contou com a presença dos gestores públicos locais, especialmente do prefeito e vice, João Paulo e Juquinha, e do desejo, compromisso e projeto para o desenvolvimento sustentável no município.

Como encerramento, foi realizada uma assembleia de apresentação de resultados desta etapa, com entrega de certificado aos participantes do curso. 

 


Aberto o prazo para inscrições no Mestrado em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade da Unijuí

O Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade da Unijuí está com inscrições abertas para o curso de Mestrado, até o dia 29 de julho. Conforme consta no edital, serão ofertadas até 15 vagas. Interessados podem se inscrever em unijui.edu.br/ppgsas, clicando no botão Processo Seletivo e Matrícula.

O programa tem uma abordagem interdisciplinar, intrínseca à área de Ciências Ambientais, o que significa o desenvolvimento de ciência e inovação na resolução de grandes problemas socioambientais. O curso de Mestrado dedica-se à pesquisa com visão sistêmica e multidisciplinar e busca analisar e compreender as relações entre sistemas naturais e produtivos, abordando as dimensões ambientais, sociais, econômicas, culturais e produtivas, visando a geração de conhecimento para solucionar ou minimizar os impactos negativos gerados pelo desenvolvimento. 

Podem se inscrever na seleção graduados nas áreas de Ciências Ambientais, Agrárias, Biológicas, da Saúde, Sociais, Química e Tecnológicas Aplicadas e/ou áreas correlatas. Os candidatos podem optar por uma das duas linhas de pesquisa: Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - que busca analisar o processo de desenvolvimento a partir do espaço natural e do histórico de ocupação e uso; e Qualidade Ambiental em Sistemas Produtivos - baseado no aprofundamento científico e na construção de processos inovadores voltados à prevenção e solução de problemas socioambientais.

Os inscritos passarão por processo seletivo, que conta com análise de currículo, entrevista e discussão da intenção de pesquisa. 

Mais informações na Secretaria do PPGSAS, pelo telefone (55) 3332-0420 - ramal 3331 ou pelo e-mail ppgsas@unijui.edu.br. Também é possível verificar o edital completo na página do Programa.


Mestrado em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade abre período para inscrições

As inscrições para o Mestrado em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade da Unijuí estão abertas. Interessados podem se inscrever pela página do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade - PPGSAS, até o dia 29 de julho.

O edital disponibiliza 15 vagas para o curso de Mestrado, para ingresso no segundo semestre deste ano. O Programa é recomendado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e busca analisar e compreender as relações entre sistemas naturais e produtivos, abordando as dimensões ambientais, sociais, econômicas, culturais e produtivas, visando a geração de conhecimento para solucionar ou minimizar os impactos negativos gerados pelo desenvolvimento.

O curso é destinado aos graduados nas áreas de Ciências Ambientais, Agrárias, Biológicas, da Saúde, Sociais, Química e Tecnológicas Aplicadas, além das áreas que se relacionam com a qualidade ambiental e a promoção do desenvolvimento sustentável.

O PPGSAS possui duas linhas de pesquisa: Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - que busca analisar o processo de desenvolvimento a partir do espaço natural e do histórico de ocupação e uso; e Qualidade Ambiental em Sistemas Produtivos - baseado no aprofundamento científico e na construção de processos inovadores voltados à prevenção e solução de problemas socioambientais.

O processo seletivo para ingresso é dividido em duas etapas. No primeiro momento é observado o currículo do candidato e é criada uma lista de aprovados para a próxima fase. Posterior a isso, é realizada uma entrevista com os pré-selecionados, com o intuito de discutir a intenção de pesquisa, que será realizada no dia 4 de agosto. No dia seguinte, serão divulgados os resultados finais.

Para mais informações, basta entrar em contato com a Secretaria do PPGSAS pelo telefone (55) 3332-0420 - ramal 3331 ou pelo e-mail ppgsas@unijui.edu.br. Também é possível verificar o edital completo na página do Programa.




Unijuí atuará em projeto aprovado no Programa de Redes Inovadoras de Tecnologias Estratégicas do Estado

Mapa do Estado, com a distribuição das 12 Instituições de Ensino Superior que integram a Redeitec Bioinsumos-RS

A Unijuí e instituições parceiras aprovaram, em edital da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs), um grande projeto estratégico para as regiões Noroeste e Sul do Brasil, no Programa de Redes Inovadoras de Tecnologias Estratégicas do Rio Grande do Sul (RITEs - RS). Intitulado “Rede Gaúcha para o desenvolvimento de processo de produção, formulação e validação em campo de bioinsumos agrícolas multifuncionais para substituição de insumos químicos”, o projeto prevê o investimento de cerca de R$ 1,5 milhão.

Conforme explica o professor José Antonio G. da Silva, das áreas de Ecofisiologia, Melhoramento e Fitotecnia, que coordena o projeto pela Unijuí, os sistemas de produção intensiva, principalmente de grãos, se agregam a grandes quantidades de fertilizantes e agrotóxicos. Essas atividades requerem altos insumos, causando graves perturbações do solo e do meio ambiente. Um dos principais problemas associados a este sistema de produção agrícola é a contaminação das águas, sejam superficiais ou subterrâneas, dada a quantidade de pesticidas e fertilizantes adicionados aos solos. Outro aspecto preocupante dos sistemas intensivos é a redução da biodiversidade associada à aplicação de agrotóxicos, principalmente inseticidas e fungicidas, e ao cultivo extensivo de plantas geneticamente semelhantes. Aspectos que impactam na qualidade ambiental, segurança alimentar da população e ameaça à biodiversidade. 

O projeto, destaca o professor, visa desenvolver os processos de produção, formulação e as aplicações nos cultivos agrícolas gaúchos de bioinsumos multifuncionais, visando a substituição gradual de fertilizantes e fungicidas químicos e de agrotóxicos. Ele tem como grande objetivo implementar e consolidar a Rede Gaúcha para o desenvolvimento de processo de produção, formulação e validação em campo de bioinsumos agrícolas multifuncionais (nutrição, controle de doença, indução de resistência e estimulação de crescimento), baseado em tecnologias de co-cultivo microbiano em meio líquido (Trichoderma sp., Bacillus sp. e Pseudomonas sp.); nanoformulação de biomoléculas; formulação baseada na tecnologia de spray drying para microencapsular as células e/ou esporos microbianos; e atmosfera modificada para aumento da vida de prateleira de produtos contendo células. 

“Trata-se, portanto, de um grande projeto que visa entregar para a agricultura gaúcha produtos amigos do ambiente, que possam reduzir os custos de produção e a evasão de divisas, e que também está focado em desenvolver tecnologias locais e treinar pessoas para atender à crescente demanda e à exigência por alimentos mais saudáveis. Proposta que está diretamente ligada às linhas de pesquisa dos programas de pós-graduação Stricto Sensu em Modelagem Matemática e Computacional (Modelagem na Engenharia de Biossistemas) e do mestrado em Sistemas Ambientais e Sustentabilidade da Unijuí”, explicou o professor José Antonio G. da Silva, lembrando que a Universidade apresenta hoje, na Escola Fazenda - Instituto Regional de Desenvolvimento Rural - IRdeR, o maior campo experimental de pesquisas em aveia do Brasil, integrando agricultores, agroindústrias, empresas e grandes indústrias, participando do processo de geração de ciência e inovação.

“Grande parte destas pesquisas serão aqui desenvolvidas, avaliando o desempenho e validação destas tecnologias na cultura da aveia. Inclusive, já no primeiro ano do projeto, haverá a possibilidade de análise e verificação dos resultados pelos Dias de Campo que serão desenvolvidos com a participação da comunidade no IRDeR”, completa o professor.

Segundo os coordenadores gerais do projeto, Márcio Mazzuti (Bioprocessos) e Jerson Guedes (Aplicação dos Bioinsumos) da Ufsm, a Rede de Desenvolvimento e Inovação Tecnológica em Bioinsumos do Rio Grande do Sul -  ou Redeitec Bioinsumos-RS, à frente da iniciativa, é composta por 34 pesquisadores de 12 Instituições de Ensino Superior (IES) do Estado: Universidade Federal de Santa Maria (Ufsm); Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI); Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs); Universidade Federal de Pelotas (Ufpel); Universidade de Caxias do Sul (UCS); Universidade Federal do Pampa (Unipampa); Universidade de Passo Fundo –(UPF); Instituto Federal Farroupilha (IF Farroupilha); Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IF Rio Grande do Sul); Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs); Universidade de Cruz Alta (Unicruz), para além da Unijuí. Todas com reconhecida importância e impacto no ensino, na pesquisa e na extensão em suas regiões. 

Os professores explicam que estas IES estão distribuídas em todo o território do Estado, cobrindo de forma relevante as regiões produtoras de grãos, frutas, hortaliças, essências florestais e pastagens. Há, também, 12 empresas parceiras - startups e empresas consolidadas, ligadas à pesquisa, produção, desenvolvimento, avaliação e à comercialização de bioinsumos ou de equipamentos para sua aplicação. Estas empresas estão distribuídas em diferentes regiões, preferencialmente próximas às zonas de produção de conhecimento da área do tema - algumas, no entanto, com diferentes interesses nos resultados do projeto.

O projeto destaca a ação de práticas estratégias agrícolas que estão sendo aplicadas e discutidas internacionalmente para atender às tendências ambientais e econômicas sustentáveis, com o objetivo final de manter a produção e, ao mesmo tempo, proteger a biosfera. Dessa forma, as abordagens ecologicamente corretas recomendadas são baseadas na capacidade da diversidade microbiana da rizosfera para a produção de safras intensivas e vigorosas, preservando a biosfera. Consequentemente, conta com várias abordagens para melhor uso de recursos microbianos benéficos, como bioinsumos para ajudar a sustentar práticas agrotecnológicas ambientalmente corretas. 

Conforme completa o professor José Antonio G. da Silva, o projeto se baseia na utilização de produtos biológicos para promoção do crescimento vegetal e supressão de doenças, incluindo o uso de biopesticidas que mitigam o estresse causado por pragas e doenças por meio de relações predatórias, parasitárias ou químicas; o uso de biofertilizantes, que são substâncias que contêm microrganismos vivos que, quando aplicados em sementes, superfícies de plantas ou solo, colonizam a rizosfera ou o interior da planta e promovem o crescimento aumentando o fornecimento ou disponibilidade de nutrientes primários para a planta; e o uso de bioestimulantes, que são moléculas produzidas por microrganismos que têm o papel de estimular o crescimento das plantas e induzir resistência a doenças.


Utilizamos cookies para garantir que será proporcionada a melhor experiência ao usuário enquanto visita o nosso site. Ao navegar pelo site, você autoriza a coleta destes dados e utilizá-los conforme descritos em nossa Política de Privacidade.